Não lembro que me disse uma vez que deveríamos fazer com que o mundo lá fora se tornasse cada vez mais parte do nosso mundo exterior.
Muito se debate sobre isso, criam-se conceitos,dizeres,personagens bem quistos ou não que ganham fama e modo afamado de se portarem pelo simples fato de que criam uma casca espessa ou puramente artificial sobre as suas vidas enquanto vão de modo robotizado deixando acontecer o que tiver de acontecer.
Trazemos diariamente muita informação ao nosso mundo e isso tem seu lado bom tanto quanto tem o seu lado ruim. Aprender,claro nunca é demais, contudo o modo como nos é ensinado importa por demais.
Vamos assim criando um montinho de aprendizado, por outras vezes geramos aprendizado e somos nós quem de forma informal ensinamos aquilo que nós mesmos ou as outras pessoas poderiam sim aprender com qualquer um.
O mundo não é seu como dizem por aí. Ele é na verdade de todo mundo, mas cabe a cada um de nós uma pequena parte dele que se renova a cada dia.
É como um pequeno confeito em meio a um enorme bolo onde vamos ali comendo migalhas, mesmo que jamais não nos contentemos com essas migalhas.
O tempo é o direto responsável por nos proporcionar isso, mesmo que muitas vezes ainda voltemos atrás e repensemos o que poderíamos ter feito aqui e ali. Não há retornos, não há ainda uma máquina do tempo que nos transporte ao passado e para onde poderíamos arrumar as coisas, fez está feito.
Remediar previamente, sarar as feridas do futuro, cada um escolhe as opções que lhe cabem,mas ao mesmo tempo vamos apenas deixando acontecer, fazendo dentro do possível, se sujeitando ao que a vida nos impõe ou aquilo que os mais reflexivos acreditam estar escrito para o nosso destino.
Somos nós mesmos que fazemos nosso destino sim,mas não acredito em milagres, não acredito em esperar acontecer, incrédulo,cético,chame daquilo que quiser,mas o mundo está em quem o vive, em quem procura vivê-lo e não naquele que permite que os outros o vivam por você.
Nasça,renasça,cresça e principalmente envelheça,mas nunca deixe de aprender,nunca deixe de ensinar e claro se der tempo viva,mas viva muito.
Muitas vezes nos perguntamos o por quê de estarmos nesse mundo ou por quê de determinado fato acontecer com a gente.
De certa forma acho que na verdade não deveríamos contar com as coisas prontas,mas sim com a possibilidade de construir pouco a pouco aquilo que queremos para nós e para o futuro de nossas vidas.
Outro dia me vi pela primeira vez como alguém que poderia influenciar a vida das pessoas. Alguém que poderia de realmente encaminhar ou desencaminhar aquilo que as pessoas faziam da própria vida, mesmo que eu não soubesse realmente o por quê de estar sendo condecorado com essa missão ou propriamente ter escolhido fazer da minha relação com a escrita algo que pudesse fazer as pessoas pensarem sobre como vão levar a vida ou como vão decidir viver.
Eu não escolhi escrever,assim como nem todo mundo escolhe falar sobre o que pensa e sente de uma maneira tranquila. Eu, claro poderia chegar aqui e declamar poesias, não surtiriam efeitos,mas divulgar outras pessoas talvez me trouxesse mais views,mais curtidas e por quê não dizer,mais gente agregada a minha vida social.
Vivemos pela conta do chá, por aqueles que acreditamos que serão compensatórios em nossas vidas e que acabarão muitas vezes por nos julgar de uma maneira errônea na vida delas.
É nesse ponto que ultrapassamos a linha, deixamos de ser para estar presente na vida das pessoas como corpo presente, mesmo sem estar,mesmo sem de fato emitir uma opinião sobre algo que certamente não conhecemos ou até mesmo sobre aquilo que falamos ao acaso,sem pensar,sem de certo rememorar sobre.
A vida não deixará de caminhar se pararmos de refletir sobre ela. Nossos medos e atos corajosos do dia a dia vão mudar aos poucos. Deixaremos de temer alguns, passaremos a crer mais em outros, assim é a vida,assim ela toma prumo.
Enquanto esse processo ocorre vamos deixando acontecer,vamos deixando a vida tomar frente do que ela deve tomar. Nada mais do que vivemos está além, tudo está ali pronto para ocorrer e ser feito de acordo com o que podemos.
Somos mais capazes do que imaginamos e muitas vezes somos mais fortes do que pensamos ser. Claro que há um ou outro que exagera na dose,que usa de força exacerbada para algo que basta o jeitinho.
É aí que as pessoas vão ficando pelo caminho. Seja por escolha,seja por vontade da vida,seja por não era pra ser. Outras no entanto ficam, se agregam,colaboram com o processo. Criam proximidade,a bendita intimidade e quando se vê estão aqui.
A vida corre rumo ao seu destino. Nós é que procuramos o nosso em meio a ela e acabamos desviando,perdendo a trilha,caminhando para o lado contrário e regredindo. Quero mais é seguir em frente e torcer para que tudo dê certo no final.
Se não der a gente segue em frente, buscando um final diferente, buscando uma vida nova que nos abasteça.
Há muitos daqueles que afirmam que a mentira tem perna curta. Que mais dia ou menos dia a verdade prevalece e toda obra mentirosa sobre a sua vida será extirpada do nosso convívio e esquecida num passado distante.
Tem aqueles para qual a mentira parece até involuntária,tal como respirar e mesmo assim há quem caía,quem acredite e comprometa numa mísera gota falsa toda a verdade presente numa vida inteira de verdade ditas e feitas.
As grandes massas caem mais fáceis numa mentira, tal qual a velocidade que ela atinge a ponto de ignorarmos a verdade óbvia,aquela a qual podemos saber de cor e salteado,mas que acaba esquecida e ignorada devido a uma mentira retumbante que muito ocupa o espaço de tudo e todos.
A mentira por si causa perguntas, não sobre a ação dita como falsa após ela,mas sobre seus motivos, suas consequências assumidas. O que se ganha? Onde ela nos leva? Para que dizer tanta coisa inexiste quando o mundo mal quer saber o que lhe é dito de forma verdadeira?
Mente-se muito pelo mundo, mente-se por coisa pouca,por uma miniatura de ilusão que possa fazer da mentira uma verdade para quem queira acreditar, mas e aí? Alguém acredita mesmo? A fé naquilo que foi dito está feito?
Credibilidade abaixo, moral zero, mas a pessoa lá, impassível,firme, amalucada, ciente de que suas palavras possam gerar um desconforto a si mesmo mais tarde. Ciente que suas palavras serão ridicularizadas tamanha a asneira confirmada de forma cínica, tosca.
Você fez ou não fez, pouco importa, não há motivos para tanto e olhe lá o que vai dizer hein, suas palavras tem o dom de retornar em seu peito. Elas vão,mas de maneira nenhuma apenas irão de encontro ao mundo. Elas voltam, chegam no ar e voltam procurando as referências da verdade que você nunca soube dar.
Não sei no que você crê,mas pare.
Sua vida não pode ser um poço de mão única onde você dispara informações inexistentes e desconexas ao léu acreditando que ou a sua vida vai melhorar ou que as pessoas lhe tratarão diferentes pelo simples fato de que você inventou algo, criou da cabeça uma história que...Preste bem atenção. NÃO EXISTE.
NUNCA EXISTIU.
As convicções são inimigas poderosas da mentira,mas são ainda mais desanimadoras frente a verdade. Até por quê aquele que mente de forma convicta chega a acreditar até mesmo naquilo que ele sabe que não existe.
Já imaginou você se ver fora do país em brancas nuvens quando na verdade está apenas deitado na sua cama,dentro do seu quarto. Não é livro,não é imaginação fértil,não é possibilidade. É apenas mentira, balela, difusão de uma história mal contada e que se volta contra você quando o mundo resolver lhe contar que você mente não para ele,mas para si mesmo.
Finda-se o estoque de verdades,mas o estoque de mentiras se renova,cresce a cada dia enquanto as pessoas olham incrédulas e passivas riem de canto de boca da quantidade de devaneios criados e creditados a você.
O mundo não melhora para você e nem para nós quando você mente.
Principalmente quando você mente tão mal,principalmente quando você mente tanto.
Diga a verdade para você. Não essa verdade ilusória de que você vai desde um super herói ou alguém hiper famoso,apenas seja você para você mesmo. Talvez assim melhore, talvez assim não minta. Você não precisa disso. Ninguém aqui precisa e aguenta mais isso.
