segunda-feira, 30 de julho de 2018

Ao perdemos nossos heróis




























O tempo é quase sempre responsável por amenizar dores e sofrimentos passados em nossa vida,contudo ao mesmo tempo em que ele aplaca a dor é também ele o responsável por pouco a pouco ir limando a seiva da vida daqueles que por muito tempo nos protegeram e asseguraram que seguíssemos a passos largos o nosso caminho.

Aos poucos vamos vendo a vida correr e o corpo de nossos entes queridos se perderem em meio a guerra fria contra o tempo. Incomoda saber que logo eles não estarão ali,machuca ainda mais saber que nada pode ser feito e que a cada impotência da parte deles maior será a nossa diante daquele que é a única certeza da humanidade. A vida um dia acaba.

A vida é algo muito simplório,a cada momento em que avançamos para a frente,também estamos ceifando segundo após segundo a nossa estadia na terra,logo podemos crer que aqueles que estão a nossa frente em questão de idade irão pela lógica nada certa da vida primeiro do que nós.

A ideia de que precisamos crescer e amadurecer vem disso, claro que nem sempre nossos pais vão aceitar fácil a ideia de que terão de nos criar para o mundo e não para eles,afinal não é fácil se desprender do seu coração fora do corpo e deixar que ele siga por aí o seu destino sem a proteção de nossas asas a impedir que ele se machuque ou se decepcione, mas infelizmente é assim a vida.

Cria-se a proteção firme,assegurada como se fosse eterna,mas infelizmente não será assim,infelizmente perderemos aos poucos a nossa proteção e perceberemos que nossos super heróis não são eternos.

Essa é a vida nos dando um tapa forte na face para mostrar que a realidade é bem mais dura do que pode ser a ficção pelo simples motivo de estar realmente acontecendo,para piorar está acontecendo com a gente ali,ao vivo.

Aos poucos,contudo, vamos sendo preparados para o momento da perda,da ausência que mesmo com todo o preparo possível ainda assim será doloroso como um corte profundo em nosso peito.

Somos preparados,seja por nossos "heróis" ou pela vida para substituir aqueles que já se foram ou que um dia irão, claro que podemos não ter a mesma eficiência,mas logo seremos nós os responsáveis por ceder espaço para que outros venham nos substituir.

Vivemos o luto isto é fato,essa é a certeza que nos leva a crer da falta de existência de super pais que vivam para sempre,de super filhos que venham os substituir sem sombras de dúvidas e até os superem formando assim um clã, um super elo familiar que infelizmente não é capaz de existir.

Pense no entanto que perdemos nossos super pais apenas fisicamente,sendo que toda a relação estabelecida por eles conosco será perpetuada em nossa cabeça,de forma que o amor que eles nos transmitiram será repassado a outras gerações de forma que elas também possam transmitir futuramente o que receberam.

Simbolicamente enterramos nossos entes queridos muitas vezes deixando com eles o pensamento de que a vida não terá o mesmo sentido ou que a vida deixará de existir após o falecimento daqueles que nos criaram.

Obviamente que há todo um culto sobre aquele que morre até para que as qualidades dele sejam exaltadas após a sua partida,mas como todo e qualquer ser humano ele é mais um recheado de defeitos e qualidades ressaltáveis. Nem todo pai ou toda mãe,foi um exemplo,a maioria pode ser assim,mas há aqueles que vão deixar poucas lembranças boas de sua passagem pela terra.

Isso se dá, pois a visão de cada pessoa sobre o outro é variável de acordo com uma infinidade de fatores que vão desde empatia,histórias sobre o indivíduo ou claro,as ações feitas por aquele que se vai para quem fica.

Para esses que se vão certamente a melhor das certezas é que seus filhos que ficam na terra serão boas pessoas,responsáveis pela ética,moral e todos os bons fatores que levam a sociedade ou as pessoas fora do conceito a elevarem o patamar de uma pessoa.

Seja presente enquanto pode,abrace,beije e esteja próximo daqueles que você ama o quanto mais puder. É sendo o melhor de você que você presenteará aquele que tanto zelou por você e a você mesmo quando seus heróis já não puderem lhe salvar.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

O fardo da alma gêmea



























Vivemos em um mundo gigantesco.
Onde bilhões de pessoas nascem,crescem e morrem a cada instante.

Dentro de tamanho espaço uma hora ou outra concluiremos que nessa vida,ninguém é feito para ninguém.

Isso mesmo.
O mundo não é um tremendo laranjal,onde as laranjas são partidas assim que brotam para que futuramente se encontrem com a sua outra metade.

Na verdade a laranja segue inteira,pode vir torta,doce,amarga,azeda,com bicho,seca,mas não importa,lá está ela no pé por um longo ou breve período dentro de toda a sua aparência.

Muito se fala das teóricas almas gêmeas,devo convir que para escrever textos românticos é um mote maravilhoso,daqueles capazes de explicar,antes,durante e por quê de relações.

Digo explicar relações e não o sentimento,afinal na vida real,fazer com que um relacionamento dê efetivamente certo muitas vezes parece uma missão improvável, um sonho dourado daqueles onde poucas vezes obteremos exito.

Você pode dizer que encontrou a sua alma gêmea em cada esquina,mas vamos combinar que se você não se esforçar para dar certo,provavelmente não dará.

É meio como se você se tornasse um adestrador de cobras,você sabe como manuseá-las,sabe como atraí-las,mas se elas te piarem em momento algum você se tornou imune ao seu veneno.

É talvez nesse momento que você passa a ceder,sim,ceder não faz parte de perder o desafio,você não está em uma competição,mas sim em um relacionamento a dois. Vocês caminham juntos e não com um na frente e o outro correndo atrás querendo alcançar ou até passar o companheiro.

Ao cedermos passamos a ganhar muita coisa,principalmente na parte de poupar o relacionamento das brigas bobas e que minam a relação a ponto de torna-la insustentável.

Uma quantidade sucessiva de DRs cansa qualquer ser humano e se não me engano alguém me disse uma vez que quem muito se reúne pouco resolve e se tratando de um relacionamento resolver as coisas tem um lado bom,mas também pode ter um lado muito ruim.

Ninguém precisa concordar sempre dentro do relacionamento,namorar alguém muito parecido ou que seja idêntico a você tem dessas contradições,além,claro da grossa vista de que os opostos se atraem.

Importante para isso tudo é o respeito, você podem torcer para times rivais,ter posições distintas na política,de religião,mas se houver respeito e consenso entre os dois torna-se tudo mais simples e prático para a adaptação.

Basta entender que o fato de alguém não concordar com você,não faz dessa pessoa errada,vocês apenas tem opiniões distintas,inclusive é muito mais fácil evitar esse orgulho besta de se dizer certo a todo momento,relacionamento nenhum sobrevive a esse tipo de coisa,muito menos alma gêmea.

Se ceder e aceitar as coisas sem querer estar sempre certo é fácil,te digo que não,mas se esforçar para que isso ocorra é melhor do que se escorar para sempre na ideia de que se você é a alma gêmea de alguém vocês ficaram juntos.

O esforço é a chave de tudo e por mais que as pessoas não estejam predestinadas a estarem juntas,casos elas se esforcem e batalhem por aquilo que desejam elas ficaram juntas por mais diferentes que elas sejam.


quinta-feira, 26 de julho de 2018

Meu "Querido" Ex.Doc (26)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Começamos o nosso namoro de uma forma pouco convencional,trabalhávamos juntos,mas não podíamos dar na cara que estava rolando algo,demorou um pouco até que todos um dia descobrissem tudo,mas a descoberta trouxe um belo desconforto a todos,pelo clima instaurado.

Mesmo assim,após ela abandonar o serviço,ficamos juntos por cinco anos. No começo era quase tudo flores,mas aos poucos a relação se desgastou muito,seja por ciumes da parte dela,por causa do meu trabalho que ela não gostava ou principalmente por causa de interferência interna de parentes e até pessoas próximas.

Enfim,durante esse tempo de namoro ganhei muitos colegas,mas passei a colecionar pessoas a quem o santo não batia ou simplesmente aqueles onde a inimizade virou rotina,principalmente devido a fofocas ou conversa fiada.

Após o fim do namoro,muitos falavam que logo voltaríamos,mas a discrição,algo que não havia antes em nossa relação fez muita gente estranhar quando eu surgi namorando outra garota para as redes sociais.

As amizades dela em conjunto ao sentimento que ela dizia sentir por mim,funcionavam quase que como uma bomba relógio. Já que enquanto eu não planejava ter notícias dela,as adquiria gratuitamente,ela buscava de todo o modo saber o que eu fazia,com quem andava até mesmo para justificar o fim do namoro me culpando por ter feito algo.

Não vivíamos como pessoas casadas, por assim dizer,afinal eu morava na minha casa,onde ela não vinha e ela na casa dela,onde apesar de eu ir diariamente não me sentia confortável para dormir lá.

Eu trabalhava durante todo o dia,ela também,então não almoçávamos juntos,as vezes jantávamos,dependia muito de nossas brigas ou da fase em que vivíamos,mas era comum que ela lavasse minhas roupas,embora eu bancasse o que ela gastasse as lavando e até lavando as dela também.

Enfim,eramos um casal,que desgastou a relação por "n" fatores e que após muito tentar eu decidi por fim a relação,mas ela não aceitou muito bem isso.

Terminada a relação eu como disse,comecei a namorar outra garota,mas também vivia em pé de guerra,pois se a antiga namorada era ciumenta,a nova era ainda pior,então brigávamos muito por causa disso.

Eu precisava arranjar um jeito de lavar minhas roupas, já que não mandaria para a minha ex e minha casa estava sem tanquinho,além do tempo que eu não tinha pra lavar um grande volume de roupas na mão.

Descobri então uma senhora que lavava roupas para fora a duas ruas da casa da minha ex,até aí tudo bem,afinal eu também morava no mesmo bairro,então não seria exatamente um problema eu pagar uma senhora para lavar as minhas roupas.

Pois bem,era uma segunda a noite e eu jogava futebol com meus amigos,logo as vezes a minha namorada me acompanhava,as vezes não.

Nesse dia no entanto,ela começou a brigar comigo cedo,me mandando mensagens que um fake do Facebook lhe enviara,falando que eu namorava e que a minha ex ainda me via direto e lavava até mesmo as minhas roupas.

Neguei,até por que não era verdade e desabafei com uma amiga minha que conhecia as duas garotas,ou seja a atual e a ex e ela então me abriu os olhos.

E se você esqueceu uma peça de roupa sua lá e ela usar isso pra falar que ainda namora com você,mas eu não tinha esquecido nada,eu peguei tudo e saí fora,não dava pra imaginar que seria isso.

A confusão prosseguiu e somente na terça a noite eu pegaria as minhas roupas,isso a namorada já estava mais que enfurecida e minha amiga tentando apaziguar a situação.

Cheguei para pegar as minhas roupas com um outro colega e a senhora me informou que as roupas já haviam sido pegas e que o serviço foi inclusive pago. Me surpreendi e perguntei quem pegou as roupas,afinal,somente eu as pegaria e pagaria pelo serviço.

Fui avisado que a minha namorada havia passado lá e pego as roupas.

A ficha caiu ali,minha ex,só podia ser ela. Por morar próxima e conhecer as minhas roupas certamente ela passou,viu as roupas no varal,pagou o serviço e em companhia das amigas fez o fake pra mandar mensagens e melar meu novo namoro.

Bingo! Fiz meu colega ir na casa dela para pegar as minhas roupas,ela num rompante toma o telefone dele e diz que só entregaria as roupas se eu fosse buscar.

Fiquei irado,contei a minha amiga em comum com a atual e ela logo pensou que tudo não passava de uma armação para que a minha atual me visse indo lá,ou saindo de lá para perceber que eu estava ou a traindo ou realmente namorando como o fake da internet disse.

Minha amiga então se ofereceu para junto ao padrasto dela me acompanhar até a casa da minha ex pra pegar as roupas. Fomos até lá,ela não estava,certamente por quê fomos em um horário que ela não esperava para armar nada e aproveitei que os portões estavam sempre abertos e entrei na casa.

Entrei sozinho com um saco de lixo nas mãos e o celular no bolso para recuperar as minhas roupas.

Minha amiga e seu padastro dentro do carro me esperando sair até para que eu não tivesse de carregar a grande quantidade de roupas sozinho.

Eu lá de costas pegando as roupas no armário e meu telefone vibrando,só que eu não tinha tempo para olhar,só percebi que tinha dado ruim,quando ouvi o trinco da porta se trancando.

Fiz me de surdo e segui pegando as roupas e as colocando dentro do saco como se não houvesse amanhã.

Ela parou atrás de mim com a chave na mão e falou: Você não vai falar nada comigo não! Me explicar nada? Nos temos de conversar.

Minha amiga lá fora estava totalmente em pânico,por quê o meu telefone não parava,era uma ligação emendando na outra.

Enquanto isso eu pensava: Filha da mãe,rouba minhas roupas,tenta fuder o meu namoro e ainda quer que eu dê explicação. Me ajuda aí né.

Me virei de frente pra ela,já com o saco de lixo cheio de roupas nas portas e apenas disse: Dá licença!

Ela estacionou na minha frente e não queria me deixar passar e o telefone no meu bolso vibrando como se não houvesse amanhã e ela me cobrando explicações.

Repeti o pedido: Dá Licença

Mais uma vez negado, repeti acrescentando: Dá Licença,ou eu vou ter de te empurrar para ir

Ela mais uma vez negou então forcei a passagem sendo bruscamente impedido por ela,mas sem sucesso

Passei,abri a porta e saí,com ela gritando impropérios atrás de mim,parada da porta.

O carro do padastro da minha amiga já estava até ligado,segundo ela,foi um grande alívio me ver saindo e pude confirmar pelas inúmeras ligações em meu celular.

Fui embora para nunca mais ter de sequer conversar com essa minha ex,mesmo com ela ainda tentando atrapalhar o meu namoro fingindo de grávida,se fazendo de doente já que realmente ela perdeu muito peso,me ligando bêbada e até quando um parente dela distante havia falecido,mas não adiantou.

Dela eu só quis a distância cada vez maior."

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Semeie o mundo



Passado,presente e futuro nos habitam com intimidades diferentes a cada individuo,contudo o passado é aquele a qual remetemos nossos momentos mais felizes seja por uma infância recheada de bons momentos ou pela divertida adolescência coberta de diversos motivos para nos fazer lembrar e sorrir de tudo.

O passado por si nos habita diariamente,talvez por isso acreditemos que ele está dentro do nosso contexto de presente,quando na verdade ele,feliz ou infelizmente ficou para trás num lugar onde não poderemos mais viver.

São muitas as pessoas que almejam a felicidade a qualquer custo acreditando que um fato novo poderia manejar uma guinada na vida para ventos e tempos melhores. Um emprego novo, morando numa nova cidade,um filho, tudo aquilo que possa mudar o rumo de nossas vidas.

Os fatos de nossas vidas podem sim colaborar para que tomemos caminhos diferentes,comportamento e ambições mudam de acordo com o tempo e a cada dia podemos ter um novo pré consentimento da vida ou da forma que ela é.

Promessas éticas e morais que muitas vezes ficam pelo papel ou presas em nossas mentes de onde nunca saíram,meio que como o início de uma nova dieta toda segunda feira ou começar a malhar e a correr visando melhorar a saúde,quando na verdade seguimos comendo besteiras desenfreadas e deitados no sofá vendo TV ou agarrados ao nosso querido Netflix.

A infância tem muito dessa falta de preocupação,principalmente pela pensamento de que teremos tempo para tudo e que num piscar de olhos as coisas funcionaram e acontecerão de uma maneira suave e sem maiores danos.

Ledo engano,os minutos correm e o tempo nos escorre pelas mãos, logo estamos adultos,correndo de lá a cá para alimentar não só a nos mesmos como também aos nossos filhos a quem queremos um mundo herdado de maneira tão sonhada na infância,mesmo que já na fase adulta estejamos totalmente cientes que o mundo não é um mar de rosas.

Ao ganharmos um filho talvez esse conceito mude,não somos nós mais as crianças desejosas de que o tempo pare e fiquemos sem as frustrações do mundo adulto ao beirar a caucasiana casa dos trinta,mas sim os nossos pequenos aqueles a quem desejamos dar bons exemplos para que eles creiam que o mundo deles aos trinta seja bem melhor do que é hoje para nós.

Passamos a ver o mundo com mais cautela e com o desejo quase alucinado para que ele mude para um lugar melhor não num passe de mágica,mas pela nossas mãos apenas pelo motivo de: Orgulhar nossa prole.

De forma inconsciente quando criança nós pensamos apenas em nós mesmos,um narcisismo efetivo que coloca as outras pessoas em segundo plano até por que sem conhecimento de causa acreditamos que no futuro elas possam ser substituídas por outras pessoas e assim sucessivamente seguiremos até que nossos momentos sejam eternos ou claro,cheguemos a fase adulta e notemos que a banda não toca com tanta intensidade e alegria apenas por que assim desejamos.

O tempo e a vida nos recoloca nos eixos e a criança que éramos toma a frente de dores e sofrimentos que antes pensávamos não existir ou estar presentes apenas nos livros e filmes que nossos pais nos contavam enquanto desejávamos dormir para nos levantar no dia seguinte e brincar mais e mais.

Qualquer história por mais banal ou infantil que ela queira se portar acaba por ter início,meio e fim. Começando por narrar e apresentar pessoas para em seguida nos colocar diante das adversidades que serão resolvidas de forma heroica e uma lição coadjuvante nos é lançada para que enquanto ainda não caíssemos no sono a mesma pudesse ser compreendida.

O problema contudo é que nós crescemos, chegamos a fase adulta e ao invés de apenas ouvir as histórias aguardando um final feliz,passamos a contar nossas histórias que ao invés de uma moral ditada de aprendizado nos dá ensinamentos nem tão felizes quanto gostaríamos e finais nem tão alegres quanto costumavam ser.

Fisicamente crescemos,mentalmente talvez demore para perceber que somos adultos,mas socialmente somos apresentados ao mundo muito cedo,alguns cedo até demais e por isso deixar o mundo um lugar legal e habitável aos nossos herdeiros acaba por ser uma questão de honra. Para aqueles que não possuem filhos, esse papo todo ainda pode parecer estranho,mas vai fazer todo sentido assim que um sorriso banguela lhe fizer abrir os olhos bem mais do que a boca para se lembrar daquele doce infância que viveu e acreditava ser eterna.

Devemos saber sim,que nessa vida tudo o que plantamos será colhido, mas também devemos estar cientes que ao plantar algo nem sempre colheremos frutos,mas que com sorte e cultivo poderemos descansar a sua sombra com a mente certa de que o trabalho foi bem feito.

Crianças, somam,dividem,semeiam os bons sentimentos,adultos não,esses colhem,desde que tenha sido feito um bom plantio.

Semeie.


segunda-feira, 23 de julho de 2018

O que querem saber sobre nós!




São muitas as pessoas com que conversamos diariamente, são poucas no entanto as pessoas com quem conversamos e que realmente se importam com as entrelinhas do que dissemos,com as respostas que poderemos oferecer.

É apenas curiosidade,desejo em saber sobre você não existe,mas sobre o andamento da sua vida,essa sim,causa rebuliço,opiniões formadas e buscas incessantes sobre o que você posta ou fala.

Quanto mais vivemos,mais percebemos que pouco as pessoas se importam com o que dizemos realmente. Ao longo da vida as pessoas apressam o passo cada vez mais,acelerando todo o curso de suas vidas correndo demais,trabalhando demais e se preocupando excessivamente apenas com os próprios umbigos afim que aos poucos quem sabe um dia lhe caiba sair de suas redomas e eles possam ver o mundo lá fora.

Nesse meio dia passamos por bom dias cada vez mais secos, boa tardes e boas noites atravessados, ditos quase como numa obrigatoriedade que nos coloca diante de um discurso de amor a todo custo quando na prática isso não existe.

Passamos muito tempo exercendo o discurso de que devemos ter amor entre as pessoas,colocando mensagens e textos virtuais que exalem o bom sentimento e as boas sensações que o amor propicia, mas a realidade discorda do discurso, seguimos no nosso ritmo e envolvidos em nós mesmos.

O pouco tempo que nos resta ou que não conseguímos reservar apenas para nós é sobreposto para compromisso egoístas onde dizemos que somos obrigados a ir,mas que no fundo,no fundo somos totalmente responsáveis por brindar tal evento com a nossa "dispensável" presença.

Dispensamos o sofrimento diário, tememos todo e qualquer tipos de sofrimento, por isso tantos encontros com amigos,tantos passeios sem sentido,tantos copos de cerveja tentando achar a formula da felicidade,o amor perdido a cada esquina,quando sabemos que isso tudo é balela,mas mesmo assim,o que custa tentar? O que custa seguir tentando?

Nos voltamos para os nossos problemas, temos os mais diversos deles, os criamos a cada dia e pessoalmente até evitamos que eles tenham solução apenas pelo desejo de falar que eles existem. Procuramos muito pêlo em ovo quando poderíamos resolver situações fazendo o fácil,o óbvio,mas o caminho mais difícil sempre atraí, o perigoso é mais gostoso.

Ao esparramar nossos problemas é que damos progressão ao maior dos problemas do ser humano, o tamanho da língua, mas se acalme,não somos nenhum tamanduá de língua gigante,mas temos a incrível capacidade de traduzir aquilo que sentimos em palavras.

Quanta bobagem dizemos,quanta bobagem somos capazes de emitir sem pensar e colocar em prática um terço daquilo que dizemos. Propagamos o certo,mas efetuamos o errado,pomos em prática justamente aquilo que mais julgamos e condenamos como se fossemos acima do bem ou do mal.

A partir daí é muito mais que o chamado disse me disse, mais que fofoca, somos nós exercitando o chicote do corpo,a língua.

Claro que existem os verdadeiros, os confiáveis,aqueles com quem poderemos contar e que se interessam de verdade pelo que contamos e falamos da boca pra fora, aqueles que estão ali torcendo verdadeiramente para tudo dar certo. 

São para esses que devemos nos abrir,sair e testar quem é de verdade ou quem é de mentira,somente assim paramos de guardar o peso do mundo sobre as costas e partimos sem amarras em busca da felicidade que queremos e não daquela que os outros querem para gente. 

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Meu querido respeito



























Muito pensamos que o amor é a base da vida,pouco pensamos no entanto que para que exista o amor devemos primeiro vestir as poderosas vestes do repeito para que esse amor de fato exista.

Ninguém ama alguém sem de fato respeitar aquela pessoa a qual ama,caso contrário é apenas o puro desrespeito,abuso ou mero interesse.

Em nossas vidas só passamos a ter grandes feitos,aqueles aos quais nos orgulhamos e consagramos como grandes,quando o respeito impera,principalmente o respeito a si mesmo,afinal ao nos desrespeitarmos passamos a permitir que outras pessoas tomem as rédeas de nossas vidas.

A liberdade então é outro ponto que deixa de existir quando se ama sem que exista respeito,qualquer tentativa de amor sem liberdade ou a estimativa de ser livre é utopia, ilusão pura que alimenta o falso amor.

Emprego ruim,relacionamento ruim, de que outras formas você ainda pretende desrespeitar a si mesmo e seguir sofrendo e martelando a falta de amor por aquilo que você faz ou vive.

Aprender sobre aquilo que nos desagrada é ruim, muito mais fácil falar sobre aquilo que gostamos e que temos prazer sobre sentir e fazer.

O desrespeito aprisiona, torna vítima aquele que não consegue sair e condiciona toda a sua vida a ele. Sem respeito você não vive,mas apenas sobrevive tendo como estima a carência em demasia.

Crescem as mentiras, o esforço para controlar o incontrolável,apego ao velho e o medo do novo,a ingratidão e claro a infelicidade,afinal tudo e todos parecem estar contra nós.

Para que exista o amor na sua vida, o amor, puro e por si próprio,respeite a si mesmo,acima de qualquer pessoa,respeite a sua e seja grato,dessa forma será sempre grato a você mesmo para respeitar a sua vida acima da vida dos outros.

O respeito é a base, base está que não é obtida através do medo. Respeite-se e não permita-se ser desrespeitado, transforme-se na pessoa mais respeitada por si mesmo e então será livre para sempre.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (25)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Nos conhecemos muito novos no colégio,eu era três anos mais velho,mas acabei sendo reprovado um ano e a minha sala calhou de ter amigas em comum com ela.

Eu era o típico aluno gordinho engraçado,mas ao mesmo tempo de pavio curto,daqueles que ou você vai gostar muito de andar junto ou vai tomar raiva da minha cara,ela era a garota nerd,esforçada,mas que ao mesmo tempo detestava passar horas estudando.


Não lembro ao certo como começamos o namoro,foi meio que por acaso e logo estávamos namorando sério.


Adolescência é um idade complicada,vejo isso hoje em dia até por que na época eu me via sempre certo e tudo,mas sabia também que fazia muita merda, talvez por isso brigávamos tanto.


Contudo eu via que ela era uma boa namorada,afinal,bastava eu brigar e querer fazer besteira para que nossos amigos,muitos deles em comum por estudar no mesmo colégio virem meio que me contendo de fazer qualquer coisa fora da linha.


Nem sempre adiantava é verdade,mas pelo menos eles evitavam que a coisa piorasse.


Em meio a tantas brigas namoramos por cinco anos, muito tempo,talvez por isso me incomodava tanto o fato de que ao todo parecia que só eu levava o namoro a sério.


Minha família inteira era ciente do nosso namoro,mas da família dela apenas uma irmã mais velha tinha noção que ficávamos algumas vezes,sendo que pelo nosso tempo de namoro era meio difícil de pensar que apenas ficávamos e isso foi me incomodando a ponto de piorar nossas brigas cada vez mais.


Fora isso,mesmo após tanto tempo de namoro ela permanecia virgem,intacta,afinal,se eu não ia na casa dela e ela pouco ia na minha,ficava muito difícil para que eu pudesse ter alguma coisa com ela e fora das duas casas,ela se fazia de difícil,logo,virgem ela permanecia.


Brigas atrás de brigas e então terminamos.


Na época eu não sabia se seria apenas mais um de nossos términos ou se era pra valer,mas dessa vez ela não perdeu tempo.


O namoro que havíamos começado no fundamental e caminhou até o Ensino médio terminou quando após uma semana do nosso término ela iniciou um namoro com um cara que estudava no prédio de engenharia que era em frente ao nosso colégio.


Na minha cabeça ficou meio óbvio que ela já conhecia o cara e estava flertando com ele,por que o desenrolar da coisa foi muito rápido.


Enfim,não passou mais uma semana e o cara estava jantando na casa dela,com a família toda.Ou seja eu namoro com a vagabunda (Assim passei a chama-la) por quatro anos e não conheço nem o cachorro da casa e o cara em uma mísera semana namora,em duas janta na casa da família.


Mas,calma,não há nada que não possa piorar.


No colégio onde eu estudei o ensino médio tem aulas durante o dia todo,isso só não ocorre nas sextas feiras a tarde,onde os alunos são dispensados no horário de almoço e vão para as suas casas em geral para estudar.


Ficava muito pouca gente no colégio e eu no caso fui um desses,já que meu último horário de sexta antes da saída era Educação Física,logo,quando não íamos pro clube do colégio para fazer a aula lá,ficávamos até depois do horário jogando bola na quadra.


Lembro que naquele dia joguei bola até cerca de uma e meia,duas horas e resolvemos ir embora eu e mais três colegas.


A frente do colégio na época contava com um estacionamento amplo,não possuía cobertura alguma além de diversos pés de manga que davam sombras tanto para os carros,apesar do perigo de levar uma senhora mangada na lataria,além de dar sombras para os alunos que descansavam por ali para esperar as aulas começarem ou claro seus pais buscarem para ir pra casa.


Naquele fatídico dia,iríamos caminhar até a avenida principal para pegar ônibus lá e ir pra casa.


Com o estacionamento praticamente vazio no entanto notamos que havia um carro quase no fundo do estacionamento que balançava muito e estava praticamente todo embaçado.


Adolescentes não perdoam,começamos a gritar igual loucos pelo que provavelmente estava acontecendo ali na parte da tarde sem fazer ideia de quem estava no interior do veículo.


Eis que a porta se abre e do carro saí meio que arrumando a roupa o tal sujeito que agora era o atual namorado da minha ex.


Eu paralisei,travei totalmente a ponto de meus colegas mudarem da zoação comigo para a preocupação.


A raiva me consumiu e por muito pouco não fui até lá,quando a janela se abriu e vi dentro do carro a minha ex,suada e se aparentemente arrumando a roupa.


Cinco anos,cinco anos onde de forma torta ou não dediquei muito sentimento para aquela garota e mesmo assim nem digno de ser apresentado a família eu fui. Sexo então,nem pensar,era algo que ela mal cogitava,mas e agora...


Duas semanas,três semanas se muito haviam se passado e tudo aquilo que eu não obtive em cinco anos ele teve em um prazo curto de tempo.


A caminhada até a avenida foi talvez a mais longa e silenciosa da minha vida,meus colegas a principio,tentavam mudar de assunto,enquanto eu mudo ficava na mesma sem responder qualquer palavra.


Anos mais tarde esse fato se tornou fato de zoação,apesar de eu ainda me referir a ela como vagabunda.


Ela segue com o cara até onde soube dela,eu me formei,namoro e até hoje ainda encaro carros parados em canto de estacionamento.


Felizmente o estacionamento do fato deixou de existir anos mais tarde,aplacando um pouco toda a raiva que podia sentir daquele lugar."


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Guardando sentimentos para si


























Tudo já foi dito
Mais do mesmo foi feito e refeito
De apenas um lado,tudo foi tentado para ser feito
Mais uma vez você mergulhou de cabeça,mas era tudo muito raso.

O que era inteiro se desfez em muitos pedaços.
Pedaços estes que ainda assim tentou demover da ideia,tentou demover de ir em frente.

Mas e o outro lado?
Este não fez por onde, pior, não fez nada de recíproco e segue o ditado:

Uma andorinha só não faz verão, quando um não quer, dois não se...amam!?

Não se sabe os motivos, os por quês de tudo aquilo ser colocado de lado e nada mais dar certo.

Covardia profunda daquele que se omite e não revela aos céus e ao mundo aquilo que sente e pensa.

Medo de se expor,temor tolo e desconexo daqueles que sente e prefere ocultar aquilo que sente.

Enquanto um não tentava,seguia-se ali,falando,explicando,explanando tudo aquilo que não precisaria ser explicado.

Tudo tem limite
O tempo talvez apresse essa linha tênue sobre o que se aceita e o que não se aceita,mas e agora?

Chega né!?

Guarda esse sentimento aí e para de ficar soltando ele pra todos os cantos.

Vai bater saudade,mas ela vai ficar lá,não tem quem a mate ou quem a sufoque.

Ficar rememorando nas entrelinhas e pequenos detalhes aqueles que nem nos grandes e belos momentos vai lembrar daquilo que para nós é grandioso.

Uma gota d'agua não vai encher um copo, pouco fará de diferença para aquele encharcado de chuva. Então mais do que nunca é hora de esquecer a indiferença, exorcizar aquele sentimento amoroso não correspondido e deixado de lado.

Sentimentos não devem ser dados de forma gratuita,erga a mão e ofereça e ele será mutilado e deixado de forma vaga e impotente.

Respira fundo, inspira tudo aquilo de bom que o mundo produz e reflita.

Ser intenso é bom, envolve,fascina,aproxima o longe e encurta distâncias incalculáveis.Mas tem um preço,vem as dores e a falta de respostas daqueles que não são tão intensos como você.

Exima as culpas, evite o rancor e a raiva obtida aliada aquele sentimento ruim atrelado a você.

Pega tudo isso que você sente,abre um potinho e guarda lá, armazena para mais tarde,armazena para você,seu amor próprio vai agradecer.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Seus objetivos de vida



Os anos vão se passando e chegamos a uma determinada fase onde passamos a nos questionar o por quê de fazermos isso ou aquilo, pior, descobrimos que não estamos sozinhos nesses questionamentos e passamos a nos levantar diariamente para avaliar o por quê de estarmos nos movendo e tendo a impressão de estarmos estacionados no lugar.

Qual o nosso principal objetivo de vida? O que queremos para o nosso futuro enquanto patinamos no presente sem saber para onde ir e como agir.

Me lembro de uma metáfora sensacional que vi no filme "Prenda me se for capaz" Nela o personagem de Leonardo Di Caprio, Frank Abaganale Jr  diz que seu pai magistralmente interpretado por Christopher Walken havia lhe contado uma história onde dois ratos haviam caído em um pote de manteiga. O primeiro rato desistiu e com isso se afogou. O outro insistiu e se esforçou tanto que transformou a manteiga em nata e saiu do pote.

O filme baseado em história verídica de um grande falsário americano que anos mais tarde passaria a atuar do lado certo da lei pode ter tido sim essa frase como um grande motivacional para a vida das pessoas.

Afinal,se desistirmos, nos afogamos na grande manteiga da vida e a nata,seria ela a glória alcançada após tanta batalha para sermos recompensados?

Não há uma certeza geral sobre o que fazer para realizar nossas ambições. Grandes ou pequenas,parecem cada vez mais distantes ou envoltas em uma infinidade de opções que pouco nos reserva a ideia concisa.

Criar um propósito de vida ou um objetivo concreto para ela,parece ter se tornado o grande armário que antes envolvia mais aqueles que duvidam ou se questionavam sair de sua sexualidade.

Se esse tabu parece cada vez mais elucidado,criamos então o tabu onde não se sabe com o que faremos para caminharmos em nossa vida. Qualquer ação a favor disso parece pecadora,mas acredite é apenas um parecer.

Há quem tente de tudo um pouco. Mergulhar no trabalho,intercâmbio do outro lado do mundo,retiro espiritual,ano sabático,dieta, ter filhos, mas mesmo assim seguem as dúvidas. Se descobrir e obter as suas próprias pretensões é algo que poucas vezes conseguiremos.

Como arrancar de dentro para fora aquilo que nem ao certo sabemos o que é e que se forçarmos muito podemos nos decepcionar e encontrar o vazio daqueles que se veem sem pretensões certeiras.

É preciso admitir para nós mesmos aquilo que não gostaríamos de admitir para as outras pessoas. O mundo pede para ser mudado,nós desejamos muito mudar o mundo,mas não sabemos por onde ou como começar e dessa forma permanecemos acordando dia após dia para trabalhar e arrecadar o salário que paga os nossos boletos.

Verdade dura que nos envereda por um caminho sem volta onde seguimos admitindo a verdade para nosso amigos enquanto afirmamos a todo custo para nós mesmos nas entrevistas de emprego e a nossos patrões que amamos aquilo que fazemos de todo o nosso coração.

Nem tudo em que somos bons nos faz feliz e principalmente,não paga as nossas contas. Passamos com isso a crer que a grama do vizinho é sempre a mais verde e que o quinhão dele é mais dourado numa micro inveja boa que é contida pelo ansioso desejo de que tudo melhore para nós antes de admitirmos que na verdade não fizemos nada por essa melhora.

A perfeição não existe,mas seguimos ignorando isso,crendo a todo tempo que somos incapazes de realizar e por isso estamos inertes. Enquanto isso superestimamos aqueles que acreditam ou que conseguiram obter seus objetivos e concretiza-los.

As certezas devem nos gerar dúvidas,elas devem nos fazer compreender que acreditar é preciso e muito possível.

Ou paramos de nos iludir em busca de um ideal que nos conforte ou coletivamente seremos derrotados um a um pelo cansaço e pelo excesso de luta que temos para nos situar na vida.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O lado bom da vida



























Nem sempre é fácil,mas já parou para olhar a sua vida e imaginar o que de melhor a vida tem a oferecer. Procurar saber sobre aquilo que há de bom,mesmo dentro das coisas ruins que se passaram e fazer de tudo isso uma boa lição.

Mas afinal o que seria bom de se ver na vida?

Imaginar como seria tudo ao seu gosto? Realizar com facilidade tudo aquilo que se planeja? Pois bem,na verdade nada disso é unicamente bom,tanto que se pudêssemos afirmar com clareza,seria bem provável que a ideia de um consolo fosse feita para as nossas vidas.

Nosso dia a dia é por si muito corrido,envolvendo uma quantidade incontável de pessoas,relações e percepções que vão acarretar em sentimentos bons ou ruins para nossa essência.

Dentro disso tudo temos a grossa mania de classificar tudo o que se passa conosco entre aquilo que deu certo e o que deu errado. Contudo extremamos essas duas situações num ponto de oito ou oitenta,ou seja, dá tudo certo ou dá tudo errado.

Ignoramos então o que há de aprendizado em tudo aquilo que dá errado de nossas vidas para que lá na frente esse errado se torne certo, da mesma maneira ignoramos os acertos para que eles se mantenham ou para que não se convertam em erros futuros.

Teimamos em problematizar,dar a cara e nome para o problema e ignorar que o problema possa estar diretamente vinculado a nós. Um mísero dia ruim pode ser o significado para todo uma terra arrasada frente ao que pode vir,pior ainda quando levantamos essa bola ruim pelas atitudes de outras pessoas com a gente.

É nossa culpa gerar tamanha expectativa das coisas que podem ser relativadas ou apenas excluídas de nossa cabeça o tempo todo,ao reduzir os problemas oriundos do nosso coração,aqueles mais profundos e que envolvem nossos piores ou até melhores sentimentos,teremos então uma cabeça mais aliviada para pensar e agir diferente.

Sempre haverá um ponto bom, mesmo que seja ele um pequeno fio daqueles que devemos desenrolar para que se torne um grande encontro de linhas,sempre haverá o contraponto do ruim que tanto desabonamos.

Complicamos demais por achar que sempre será complicado,chegou a hora de descomplicar.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (24)


 (Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

" Era época de faculdade e junto com isso o término de várias amigas ao mesmo tempo. Com um feriado próximo,nada melhor que uma viagem regada a  álcool,loucuras e pegação pra que todas se recuperassem.

No meio de toda essa bagunça conheci um menino,que durante todo o churrasco que arrumamos na viagem ficou conversando comigo,sendo que eu era a única que até então não tinha ficado com ninguém.

Até por quê eu ainda tava na fase de choro pelo término,meu ex me ligando pra infernizar e eu já meio que rezando pro meu feriado louco terminar ali.

Até que no meio de uma das ligações o menino pega o celular e fala: "Liga mais não que ela tá comigo agora"  Pensei comigo: "Que cara foda!" Mas era pura ilusão. Ali começava todo o meu inferno e eu nem sabia.

Conversamos muito,fui a cidade dele,mais algumas vezes,assim como ele também veio a Belo Horizonte e pouco depois começamos a namorar.

Só que ele usava drogas,no começo eu sabia e não me importava,mas com o tempo a situação foi ficando insuportável.

Teve uma festa na cidade dele em que eu fui e ele estava guardando os pinos de cocaína. Como tinha muita polícia na festa me ofereci pra guardar as drogas na minha jaqueta,já que não tinha policial mulher na cidade e logo eu não poderia ser revistada.

Casalzinho feliz andando até a festa até que uma viatura do nada joga o carro e grita: Perdeu!

Na hora não passava uma agulha de tão apertado,mas era só um amigo dele, policial fazendo graça, contudo pra mim a festa acabou ali.

Chegamos na casa dele após a festa e hora daquela DR,falei que não aceitaria mais, só que ele com jeitinho,contornou a situação.

Isso até outra festa na casa de um amigo dele. Dessa vez a festa estava recheada de menores de idade,bebida e outra vez ele com as drogas.

A polícia bateu na casa do menino e a pirralhada saiu toda desesperada, pulando os muros e ele por saber que eu estava sem documentos queria que eu fizesse o mesmo. 

Me recusei,claro, fiquei puta,afinal eu era maior de idade e nem tinha bebido aquele dia.

Falei então que ia embora pra casa dele, ele disse que eu iria sozinha,já que a festa estava só começando. Fui e logo ele apareceu lá.

Ele surgiu com raiva,louco pela cocaína,cerveja e ainda foi caçar cheirar loló.

Eu deitada na cama dele, já tinha preparado pra ele um colchão no chão.

Na segunda puxada de loló,ele entrou em crise. Começou a socar a cabeça,babar,o olho virando,nisso eu tentei levantar pra chamar a irmã dele, mas ele me empurrou na cama e correu no banheiro.

Não consegui me levantar,eu estava em choque,só sabia chorar e nunca tinha passado por aquilo na vida, não sabia como ajudar. Aquilo foi o começo do fim.

Após essa crise ele me prometeu parar. Afirmei que ou era a droga ou o nosso relacionamento.

Nisso durou mais de um ano, aquele cara legal do começo de namoro foi sumindo e nosso relacionamento foi perdendo o respeito, cada dia mais brigas e brigas cada vez mais feias. Com o tempo o amor acabou.

Ainda tinha um carinho muito grande por ele,queria ajuda-lo a sair dessa vida,mas namorar não dava mais.

Eu viajava para a cidade dele toda semana e todas as vezes era a mesma coisa, brigas e mais brigas por causa da droga.

Tentamos seguir com uma amizade,mas ela queria voltar e eu já estava decidida a seguir minha vida. 

Hoje tenho meu namorado,que graças a Deus é bem mais do que eu sonhei um dia,temos um filho lindo e finalmente posso dizer que sou feliz.

Quanto a ele,largou as drogas,mas o lado mau caráter segue lá,firme e forte fazendo outras garotas de idiota." 

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Escolhas




























É bem complicado se atingir conclusões claras em nossa vida.
Mais difícil ainda quando dentro das nossas difíceis conclusões temos em jogo o nosso sentimento, o sentimento alheio,tempo e claro,projetos de vida solo em companhias,sejam elas agradáveis ou não.

São muitas escolhas que fazemos e raramente as opções dispostas a nós serão fáceis de se decidir. Muitos caminhos,muitas opções para diversas ideias. Ficar em casa num dia frio debaixo das cobertas vendo Netflix ou se levantar e sair em busca do que precisamos. Verão dentro de casa ou de roupa de banho pronto para dar aquele mergulho.

Dificilmente termos escolhas entre duas coisas tão interessantes,dificilmente teremos tão poucas opções ao invés de um punhado de alternativas onde poderemos escolher das mais diversas.

Sempre haverão escolhas,boas,ruins,com pontos altos e baixos e capazes de trazer as mais variadas sensações sem que possamos definir de cara o que é bom ou ruim.

As vertentes são expostas,colocadas na mesa para que possamos encontrar respostas e opções que nos leve ao final do caminho.

O problema é que o caminho sempre se estende,as opções crescem a cada instante e quanto mais demoramos a escolher,mais vemos o campo aberto para novas escolhas sejam elas boas ou ruins.

No campo afetivo tudo se torna ainda mais complexo,afinal sentimentos não são objetos brincáveis, são parte da gente e nosso recheio dentro de uma fina camada de proteção.

Somos um balão cheio de sentimentos num mundo repleto de alfinetes.

Fugimos de um lado,cedemos de outro,escolhemos por vontade própria e a vida muitas vezes escolhe por nós. Na verdade ela faz isso muitas vezes e quando ela o faz em geral não são escolhas que gostaríamos de fazer,não são escolhas que gostaríamos de ter.

Como prosseguir rumo ao que mais há de valioso quando a escolha sangra a alma e nos perfura mortalmente. 

Nesse momento surgem pessoas incríveis,aquelas que parecem mais adeptas a se assegurar nos momentos indigestos da vida onde o chão lhe é tirado de debaixo dos pés.

Quem estende a mão está preparado para arcar com as consequências,preparado para se envolver e descobrir uma vertente nova através de uma escolha própria,mas imposta pela vida.

É preciso ser muito maduro para tomar frente e realizar grandes escolhas,daquelas que mudam o rumo da vida e te conduzem para o bem e para o mal. Até por que os resultados não são imediatos,muito pelo contrário,eles em geral são maturados em fogo baixo,flambando aos poucos tudo aquilo que pode ou não acontecer.

Tendemos muito a dizer sim,aceitar ou engolir aquilo que é imposto sem questionar o válido,o óbvio. São muitos por quês aceitos de forma voluntária,obrigatória para quem nem mesmo se tem a pergunta.

Ao nos esquecermos de dizer não por diversas vezes passamos a tentar justificar infundadas vezes aquilo que decidimos no impulso,pelo simples ato de decidir,enquanto nos mantemos firmes para não ceder aos arrependimentos,afinal retroceder não está sob hipótese.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

A hora da partida



Não há aviso,suspiro ou qualquer preparação e de uma só vez a vida se esvaí e as pessoas se vão deixando para nós a saudade e as lembranças de boas histórias vividas ou planejadas ao lado daquela pessoa especial.

São essas lembranças que tornam a saudade que sentimos das pessoas um pouco mais especial,afinal quando a pessoa se vai,ela deixa uma parte de si.

Fato é que a partida inesperada de uma pessoa deixa para trás também a solidão,seja ela pelo simples fato de não se ter a companhia direta ou pela lacuna ocasionada pela ausência de uma pessoa que se fazia presente em nossas vidas.

E nessa solidão,contudo,que descobrimos um novo meio de afago,um carinho especial reservado para nós de uma "estrela" especial que fica lá do céu a impressionar os anjos com seu cuidado e zelo,enquanto para nós reserva o brilho de quem um dia irradia luz através de seus sorrisos na terra.

Não imposta o grau de parentesco ou até mesmo a proximidade. A morte abre para nós um vácuo que de imediato é imensurável para nós que ficamos e que nos tornamos parte dessa morte tão rememorada enquanto a pessoa apenas tem ali a ocupação dilacerante de viver seus últimos suspiros.

Apesar de não esperarmos a morte ou a partida de alguém de nossas vidas, a verdade é que vamos nos adaptando e nos preparando física e psicologicamente para sermos "sozinhos". É bem verdade,dói, fere a alma,lateja na cabeça e nos músculos como se não houvesse sentido a perda de alguém que estava aqui e segundos depois se perdeu em meio a eternidade.

Entretanto,devemos compreender que nascemos sozinhos de certa forma,assim sem compreender o por que de estar vindo ao mundo vamos crescendo e surgindo para a vida até percebermos que belas são as aves que voam sozinhas,planando pela ar sem qualquer auxílio e independentes de ajuda seja ela a mais bem vinda que for.

A dor um dia bate a porta, é fato,senta se ao nosso lado como uma velha e indesejável amiga enquanto insiste que não saíra de lá enquanto não conversarmos com ela para resolver teóricos conflitos.

Lhe asseguro no entanto que a indesejável presença da dor ao nosso lado se faz maior devido a própria ilusão criada por ela. Ilusão essa que nos faz crer que ao perdermos alguém perdemos o amor que fora perpetuado em vida,através das histórias vívidas e das lembranças deixadas em nossa mente e que não serão esquecidas ao passar dos anos.

É obvio que o choro vai nos invadir algum dia, as lágrimas tem esse ponto de fusão entre a emoção e a dor seja para nos levantar e seguir adiante ou seja para nos fazer lembrar aquilo que nos corrói. Chorar faz bem,desde que não o façamos a todo tempo, de forma que os sorrisos também ganhem espaço para aplacar a dor e relembrar o grande encontro que é a vida.

Amamos por nós,amamos por eles e torcemos que desse encontro de amores enquanto estivermos aqui seja o suficiente para que quando nós formos embora as pessoas saibam que aquilo é o nosso melhor.

A saudade não vai passar,ela vai ficar ali,oscilando entre grandes e pequenos momentos pronta para se fazer presente,mas sendo compensada pelo amor,mesmo que de longe,mesmo que ausente de forma física para nos fazer entender o por que existe a morte.

A morte é incansável,ela sempre ocorreu e sempre ocorrerá, certeza única da vida enquanto a nós cabe compreender e valorizar o momento em que estamos juntos aqueles que queremos bem,juntos daqueles que amamos e compreender de uma vez por todas que o nosso coração anseia,grita e implora por uma única chance de demonstrar que o amor pode ser eterno no peito,na mente e no coração das pessoas.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Meu "querido" ex.Doc (23)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Ele era um dos amigos do meu irmão e ficava sempre perturbando aqui em casa até que começou junto ao meu primo e meu irmão a me chamar para sair com eles.

Fomos comer, fomos no Mega Space, então trocamos de telefone e começamos a trocar mensagens.


Até que um dia saímos eu,ele e meu irmão e meu irmão dormiu.


Naquela altura pra ele tinha algum clima entre nós, mas pra mim não, só que conversamos na beira da lagoa da Pampulha e ficamos pela primeira vez.


Só que se pra ele tinha algum clima pra mim foi tudo muito estranho.


A idade dele muito maior do que a minha pesava,afinal eram quatorze anos de diferença, isso por que eu já tinha entre vinte e dois, vinte e três anos.


Começamos a sair só nos dois até que no fim de agosto ele me pediu em namoro.

Se antes meus amigos falavam que eu era doida,minha mãe a partir daí tinha certeza, minha avó não conseguia entender como meu irmão que é ainda mais novo andava com ele, imagina eu namorando com ele. Já meu irmão era a imparcialidade, ele morre de ciumes de mim até hoje, mas não falava nada contra e nem a favor.

Logo que começamos a namorar ele me chamou pra ir um dia a noite na casa dele em Lagoa Santa, foi lá onde rolou a minha primeira vez,mas melhor não falar ou lembrar nada sobre isso.

Só que com o passar do tempo ele foi ficando um tanto paranoico,pra não dizer totalmente doido.

Minha mãe trabalha com vans escolares e ele não gostava que eu a ajudasse, não gostava que eu saísse sozinha com ela.

Teve um aniversário de uma grande amiga minha que eu chamei ele pra ir e ele me levou pra Lagoa Santa só pra não irmos, acho que como a diferença de idade era muito grande ele começou a achar que mandava em mim. 

Passamos a fazer apenas as coisas que ele queria e programas não tão convencionais como campanha política pra candidatas de Lagoa Santa, sempre indo até lá ou ficar apenas em casa.
Isso fora a parte do ciumes.

Teve uma vez que eu me arrumei toda pra sair e ele virou e perguntou aonde eu ia toda arrumada daquele jeito. Ou da vez que chamei ele pra ir a um show e ele afirmou que poderíamos ligar o DVD e ver todas as músicas com mais conforto, igualzinho no show.

Eu já estava ficando de saco cheio da chatice dele então um dia saímos e disse que eu precisava conversar com ele.

Falei que não estava dando certo,que estava me sentindo sufocada e queria um tempo.

Eis que ele me diz que pra ele não tinha esse negócio de tempo, falei então que terminássemos, mas óbvio que ele não aceitou a ideia de boa, disse que nós devíamos tentar, que podíamos fazer diferente,só que eu já tava muito puta com tudo.

Aí chegou o réveillon que passamos na lagoa da Pampulha,eu,ele e a sobrinha pequena dele. Na concepção dele a gente estava namorando, na minha eu liguei o fodas pra ele e nem beijo rolou.

Chegou um fim de semana de janeiro então que a gente brigou por telefone, aí então meu irmão e um carinha com quem eu já até fiquei e que pra variar ele também odiava me chamaram para ir a um sítio.

Só que como o povo do meu bairro fala só um pouquinho a fofoca que eu ia pro sitio com esse carinha chegou no ouvido dele.

Perto da hora de ir pro sítio ele me liga de novo e me xinga de tudo quanto é nome possível e eu fiquei muito puta, daí quando os meninos chegaram pra me buscar ele parou com o carro atrás.

Só que a minha mãe desceu e xingou ele todo, seja por ele estar me vigiando, seja por me chamar de todos os nomes "bonitos" que ele me chamou, isso fez pelo menos ele dar um pouco de sossego e não me procurasse por um tempo.

Ele ainda seguiu atrás de mim, me xingando quando via com as pessoas, buzinando quando passava em frente a minha casa ,mas felizmente não tive mais nada com aquele com quem minha mãe chama carinhosamente de "ovo" devido a sua gordura e careca reluzente.

Muito de vez em quando ainda o vejo, mas não tenho contato, até por que meu irmão parou de conversar com ele e felizmente parece que ele desistiu de me procurar."

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O amargo impedimento do amor




Você amou...

Amou tanto que não percebeu que amava alguém que não reconhecia o seu amor.

Pior,você se culpou por inventar alguém perfeito,imaculável,quando na verdade não era nada disso.

Você cedeu e abriu tanto as condições que logo viu uma pedra preciosa em brita batida.

Foi falho,muito falho e isto é uma pena, mas as vezes a nossa percepção é assim mesmo,tem vezes que ela destoa da realidade e tudo vira um mero borrão da realidade.

Um turbilhão de sentimentos nos invade e quando vimos já perdemos total chance e noção de que o mundo não acaba em mágoa pelo que não vivemos,pelo que não obtivemos correspondido.

Você precisa lidar com as situações e principalmente precisa lidar com o que restou desse misto de sentimentos represados em seu peito como se não pudesse ser recusados.

Não pense que o amor não existe apenas por que o seu coração foi esmigalhado e você se decepcionou. Joga fora todo esse sentimento ruim que você carrega e toca o barco.

Pense que o tempo passa e o mundo dá voltas. Estagnar a alma não vai lhe fazer progredir e principalmente voltar a reconhecer o amor.

Sacuda a poeira do seu coração. É hora do novo,de arejar pensamentos e recomeçar.

Você de fato amou,mas amou "errado",despejou amor onde não devia e colheu frutos ressecados e corrompidos por algo que não era amor.

Chegou a hora de abandonar o terreno infértil e plantar em terreno saudável. Somente assim você colherá bons frutos.

Chega de lágrimas perdidas,de corações despedaçados e noites insones. Jogue as lembranças ruins para o passado de onde elas não devem sair. As mentiras oferecidas a você e até aquelas que você mesmo criou crendo em um amor que não existia vão se extinguir.

Você foi autor de um personagem tido como mocinho. O bonzinho da novela que ao desenrolar da história vai perdendo a casca perdendo a magia que você mesmo acrescentou ao acreditar que amaria os defeitos tão evidentes.

O tempo é implacável e os defeitos sobressaíram as qualidade,pequenas rusgas se tornaram rusgas imensas,dotadas de uma imensa dor que não cessa,que lateja,bate o peito e fere profundamente aquele a quem ela atinge a ponto de ser repassada no toque,no olhar.

Fim da história, The End, Finito,ponto final no ciclo do personagem bonzinho que só cadencia o lado dele e estanca o peito a cada mal feito sendo agraciado com um afago.

Ninguém merece tamanha atenção a ponto de te deixar parado na espera de acontecer,tampouco alguém merece a chance de evidenciar o quão frágil você pode ser.

O amor foi feito para ser sentido,para ilustrar e colorir nossas vidas,se for pra ser preto e branco esse sentimento é melhor que ele fique onde está ou que não volte mais.

Se te faz mal,sufoca e não te faz sorrir é hora de partir. 

Siga em frente que é para lá que se anda.

terça-feira, 3 de julho de 2018

O passado não se renova



























Vale lembrar que o passado não tem qualquer palavra para nos dizer,toda e qualquer informação a ser dita por ele ou sobre ele já foi feita e ficou para trás onde como o próprio nome se refere: No passado.

Tudo aquilo que queríamos,planejamos e sonhamos ficou por lá,guardado em nossas memórias e corações trazendo para nós o sorriso ou o amargo sabor daquilo que não pretendemos obter.

Com o passar do tempo a gente vai meio que aceitando e compreendendo as pessoas que valorizam o hoje e o agora ao invés de cultuar aquilo que já foi feito.

São poucas as pessoas que valorizam as pequenas coisas,enquanto outras preferem se ocupar de seus planos perfeitos e imaculáveis,enquanto acreditam piamente que vão viver solitários por todo o mundo.

O passado ficou para trás,não há mais espera. É preciso trilhar o caminho do futuro tendo em mente que é pra frente que se anda.

Ninguém vai estacionar sua vida por você, você não vai estacionar a sua vida por ninguém. Há de se ter vigor para perceber que toda e qualquer história de passado,a ele, o passado pertence.

O futuro é doutor de novas histórias,dono de um frescor necessário para que respiremos o novo que ele tanto sugere.

É do futuro que vem as boas notícias é de lá que esperamos que as boas coisas se mantenham e que as ruins se tornem necessariamente boas.

O passado preserva o medo construído por coisas que já não existem, o futuro se permite guardar os medos em uma gaveta e perceber que viver com medo é uma tremenda bobagem.

A coragem vem com o tempo, vem com a experiência de saber que tudo vai ficar bem no fim de tudo e que como dizem: Caso ainda não tenha ficado bom,ainda não chegou ao final.

Serão muitas as dúvidas.
Questões daquelas onde não saberemos a resposta de imediato e permitiremos que o tempo vá nos levando para o que deve ser dito e respondido.

Abrimos o sorriso para o mundo, compartilhamos a nossa alegria com ele dia após dias,da mesma forma que emanamos toda a tristeza que possamos sentir. 

Aprendemos todos os dias,com os sorrisos,com o sofrimento,com aquela resposta que você não deveria ter mudado na hora H da prova, no carinho a mais que devia ter tido naquele relacionamento perdido,mas que depois realmente concordou que não valia a pena.

Aprendemos com tudo isso,carregamos do passado para o presente pequenos e grandes fardos dotados de pesos e medidas diferentes para que os carrega e para quem os vê.

Como é bom seguir rumo ao futuro sem amarras,sem o desejo ardente de voltar para o passado,mesmo sabendo que o passado nunca volta.

Eu quis,eu fiz,eu planejei, chegou a hora de ir em frente,de ir rumo aquilo que podemos fazer e não do que fizemos. 

Siga em frente e siga sorridente,o passado já não lhe diz mais nada,mas o futuro ainda tem muito a lhe dizer.