quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (34)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Débora Silva do Instagram @mundinho_da_valentina 


"Conheci meu marido numa praça perto de casa onde nos apresentávamos jogando capoeira. Ao final de uma dessas apresentações ele veio falar comigo e nos tornamos amigos e após isso tudo fluiu naturalmente e estamos juntos a três anos.

Quando já tínhamos dois anos juntos descobri a minha gravidez, quer dizer, meu marido percebeu antes de mim e insistiu muito para que eu fizesse o teste de farmácia que veio a dar positivo.

As primeiras consultas foram as mais esperadas, principalmente o primeiro ultrassom, quando eu fiz estava com oito semanas, foi a imagem mais linda do mundo.

A minha amizade com o meu marido já era muito grande, mas com a chegada da Valentina ela se tornou ainda maior e nos deixa ainda mais felizes, principalmente quando soubemos que seria uma princesinha.

Eu quase não tive desejos, o pai dela os tinha por mim,mas tive alguns sustos nas primeiras semanas com um sangramento forte que me fez pensar que eu tinha perdido a minha pequena e resultou em uma semana de repouso além de um outro sangramento forte, de formar poça de sangue no chão aos sete meses de gravidez.

Fui para a maternidade, mas graças a Deus deu tudo certo e eu tomei a medicação e fiquei mais uma vez de repouso.

O nome eu fiz um acordo com o meu marido onde se fosse menino ele escolheria e se fosse menina eu escolheria. Resolvi por Valentina pelo significado: Valente que além de ser um nome lindo tinha um significado forte.

Quando completei os nove meses achava que qualquer dor que eu sentia seria a hora de ir e ficava toda feliz. Quando completei quarenta e uma semanas e três dias eu fui fazer uma ultra com o double e deu que meu líquido aminótico estava baixando e tive de ser internada.

Partimos então para a indução onde fui internada ás 13:45 do dia vinte e oito de fevereiro e ás 20:45 a médica veio colocar o soro pra que eu começasse a sentir as dores.

Eu tinha aquela altura seis centímetros de dilatação e vinte minutos depois minha bolsa estourou e eu me sentia ainda mais feliz pois sabia que a minha princesa estava mais perto do que nunca.

Passei a noite toda em trabalho de parto,mas ás 7:40 da manhã do dia primeiro de março quando eu cheguei a nove centímetros de dilatação Valentina desencaixou e a médica preferiu não arriscar.

Ela poderia demorar muito para encaixar novamente e então me levaram para a sala de cirurgia para realizar uma cesária de emergência.

Finalmente ás 8:10 da manhã Valentina veio ao mundo com quarenta e oito centímetros e pesando dois quilos novecentos e trinta gramas fazendo daquele momento o mais inesquecível de toda a minha vida. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A máscara da realidade e da ficção


O fascínio de uma mágica consiste justamente no segredo que a envolve. Enquanto o truque não é descoberto o mágico tem nas mãos o poder de iludir e assegurar que as pessoas possam se impressionar com aquilo que ele vai fazer.

Com o segredo revelado o truque deixa de existir e o mágico se torna apenas um completo idiota tentando omitir aquilo que todo mundo já sabe.

Perde-se o poder, perde-se o fascínio do publico e principalmente a graça de achar que o truque era algo fantasioso e além de nossa imaginação.

No cenário social todos nós usamos uma máscara que nem sempre representa uma má intenção, mas apenas o desejo de se manter uma pessoa reservada e sem nuances de desvios ou pontos fora da curva.

Erro crasso no entanto que algumas pessoas ajam de forma contrária a isso,dando margem a difamações próprias e rumores nem tão bem vistos que acabam por tirar do obscuro a verdadeira face de quem é alvo de falácias ou impropérios tolos.

Ao assumir o papel de vítima de rumores a pessoa tem primeiro a obrigação moral e lógica de perceber se não abriu a boca para falar demais ou se a sua vida é exemplar o suficiente para cobrar quem quer que seja.

Muitas vezes ao tirarmos a máscara ficamos ali no aguardo de um novo truque, algo incrível que possa suprir o truque revelado e nos surpreender mais uma vez.

Infelizmente na maioria das vezes o truque não vem e a frustração pela espera do que não acontece é ainda maior do que a surpresa pelo truque antigo, a mágica fantástica que deixou de ser relevante para nossos olhos e consciência.

As máscaras no entanto se tornam um problema quando a pessoa constrói um personagem para si, dizendo se discreto,reservado e intocado com seu caráter e nome harmonioso sendo que tais feitos já ficaram para trás a tempos devido as suas próprias atitudes ou palavras fora de ordem.

Para repor ao invés de aí sim se preservar e se fazer o direito de se manter calado perante a sociedade,abre-se a latrina e defeca-se pela boca com coisas sem sentido.Um amontoado de dizeres que pouco representam sentido ou ameaça ao bem comum e apenas deturpam ainda mais o antigo mascarado.

Surge ali o oposto de toda ação. Juras de sinceridade inexistentes e presentes dentro de um excesso tolo em prol apenas de si mesmo e que queima a reputação de quem já torrou a mesma a tempos.

Confude-se a verdade e a mentira, perde ali o tato para saber o que é e o que não é relevante ou estritamente verdadeiro. Fingi-se até obter resultados, uma pena que esses resultados sejam falsos e assim tenhamos a postura contraditória de encarar a pessoa e perguntar: É você mesmo ou apenas mais uma lenda sua?

Há redenção para tudo na vida.

Mas a imagem arranhada e o vidro quebrado jamais se tornam o mesmo até por que a vida é algo bem mutável. Uma pena aquela máscara agradável que você usava antes combinava melhor. 

Trazia para si um frescor maior que serviria de modelo para outras pessoas, mas você tirou e deixou o seu rosto exposto, ainda acreditando estar travestido numa máscara resistente deixou que ponto a ponto seu rosto fosse tragado pela própria ambição de ser algo que você não era.

O personagem que você construiu foi mal escrito, seu roteiro tem diálogos vagos e daqueles bem previsíveis, perdemos uma boa história por que você quis aumentar mais um ponto. 

Agora ao invés de acompanhar o seu enredo de ficção teremos mais histórias reais e elas não são baseadas, são escritas ao vivo e com uma tinta carregada de fortes emoções.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Sem ser domesticados


Tudo bem, tudo bem, a oração diz para que: "Seja feita a vossa vontade,amém!" Mas olhe bem...

Você está mesmo fazendo aquilo que deseja?

Está feliz com  tudo aquilo que faz hoje e vê a vida entrando nos trilhos sem que as pessoas te julguem e digam o tempo todo que está errado e que o caminho não é esse.

Talvez as pessoas não tenham notado que cada qual tem o seu tempo, mesmo que algumas vezes seja necessário um toque na ampulheta para que o tempo comece a trabalhar a nosso favor.

Somos leões, famintos e selvagens que anseiam por viver todos os dias como se fosse o último,mas freados pela própria vida que ora da a mão e em outras lhe arranca o braço e puxa o tapete que lhe sustenta.

Sejamos doces sim, mas não doces o suficiente para que sejamos devorados e nem amargos demais para que nos cuspam fora.

O importante é estar dentro do jogo, vivo a cada dia sem a garantia de um novo dia amanhã,mas também sem perder a fé de que esse novo dia chegará.

A esperança deve ser sim a última que morre,somente dessa forma nossos objetivos serão concluídos mesmo que não ocorra no tempo em que tanto ambicionamos.

Em geral corremos contra o tempo, deixando os ponteiros acelerarem quando vemos o tempo próximo do final e caminharem lentos e vagarosos quando nos aproximamos daquilo que gostamos.

O mundo parece conspirar contra nós, mas acredite não é verdade.

Há sim muita gente com o desejo ardente de te prejudicar ou de pelo menos ver você abaixo das expectativas e sem vencer nem mesmo a rotina do dia a dia,mas ainda serão catados a pinça, quase que de forma única aqueles poucos que te apoiarão para caminhar junto rumo aos seus objetivos.

Lutem, esbravejem, busquem e não se cansem dessa busca, as dores e dissabores das derrotas e das vontades frustradas serão esquecidas quando ao fim de tudo vermos que a vitória foi alcançada.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Carta ao surto



Estava tudo em águas calmas...

Tudo como deve ser...

Aquela vida pacata onde acordamos cedo, dormimos ainda mais cedo e nesse meio tempo vamos vivendo nossa vidinha tranquila, em maré mansa, águas rasas e sem qualquer tipo de preocupação fora da curva.

Mas quanto tempo resistimos sendo normais dentro de nós mesmos?
Quanto tempo podemos suportar todo o tipo de pressão sem explodir?

Estagnados, parados,mas é como dizem por aí. Águas calmas não fazem bons marinheiros

E é isso que somos, marinheiros de uma vida inteira tomada em mar aberto onde há também outros barcos que se acoplam ao nosso e navegam juntos.

Que venham as tormentas, elas não poderiam deixar de existir.

Há tormentas passadas que maculam as águas
Há aquelas onde o nosso barco ganha corrosão, não racha, não quebra, segue navegando, mas se deteriora.

Tudo na vida se deteriora, com mais ou menos tempo, mas se deteriora.

O surto se dá pelo acumulo. Pela sequência improvável de situações que fujam do nosso controle e oportunidade que nos escapem dos dedos gerando assim pequenas frustrações que vão sobrepondo as alegrias da vida.

Sim, a vida não é só tristeza e mais dia menos dia você descobrirá que a alegria pode lhe sorrir de volta.

Mas por enquanto não, por enquanto é pressão mesmo. 
É a vontade de ir ali correndo e atar os laços do passado e fazer um único elo entre passado, presente e futuro até mesmo para poder seguir.

Infelizmente tem pontas soltas do passado que não se devem mexer, enquanto a outras que devem ser sanadas e postas em frente para evitar que possamos surtar sem motivo, arranjar crises inexistentes e mudemos nossa vida apenas por uma ponta de orgulho ou pela vaidade descabida.

Foi uma, foi duas, foram três pancadas e BUUUM.

Foi pelos ares. 

Pelos ares foi a história
Pelos ares foi o respeito
Pelos ares foi a consideração.

No chão ficaram a vaidade, o orgulho e a vontade de mudar tudo em meio aos impropérios ditos sem a menor resquício de remorso. Devaneio, loucura,mas o que é isso? Tormenta, tsunami, maré alta, cheia.

Eis o grande marinheiro, eis aqui a vontade de resolver tudo, mas eis aqui também a frustração de ser ignorado, de ter sido atropelado em vontades e em palavras não ditas.

Certos sábios dizem que se você engolir tudo o que sente você se afoga,mas e se soltarmos tudo na hora errada?

E se dissermos tudo aquilo que pensamos de forma desenfreada, solta,sem compromisso e bater o arrependimento,bater a verdadeira noia de ter feito tudo errado,quando na verdade era a hora de ter resolvido.

O que fazemos então? Surtamos de novo?
Tentamos resolver de forma torta e desconexa tudo de errado que aprontamos?

Não dá! Não vai rolar.

O surto foi dado, a palavra maldita foi proferida e ações e reações foram feitas. 
Escolhidas ou não elas geram consequências e amargas lembranças do que não deveria ter acontecido.

Vai passar sim.
Uma hora tudo aquilo vai ficar para trás e vamos achar todo esse rebuliço uma bobagem, mas até lá a fase ruim fica na cabeça, como nuvens negras de chuva a providenciar que o sol não se abra para nós.

Os barcos se separam, vão seguir navegando por aí. 
O  acoplamento!? Esse vira mais uma ranhura, mais uma marca passada que provavelmente se for reparada não terá a mesma consistência.

O mundo gira, não é em torno de nós, mas de tanto bater se desaprende a apanhar e quando começarmos esse aprendizado vai ser uma surra daquelas.

Dá saudade sim, dá vontade de tentar de novo, mas também dá medo, muito medo de ver o surto tomar conta de tudo de novo.

Neguemos então, deixemos para lá. 
O tempo passou e agora é a hora de acumular ranhuras não de surtar novamente.

Até lá paremos para refletir. 

Encare isso como um até breve, se muito um dia eu volto aí, só não vá surtar, assim eu terei toda a certeza que os barcos não vão mais se encontrar e teremos ali o nosso adeus.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (33)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Fernanda

"Antes de ser mãe eu vivia muito desapegada e vivia para os próximos instantes.

Até por isso a notícia da gravidez veio como um choque, pânico total mesmo, mesmo por que eu não amava o pai da criança e tinha a responsabilidade de um passarinho.

Era meio que pensar assim: Como criar uma criança para uma pessoa que não teve tempo nem para brincar de boneca?

Mas criei coragem e fiz o ultrassom.

E lá estava ela com o coração ligado no duzentos e vinte. 

Impressiona com um ser tão pequeno faz sua vida dar um giro de trezentos e sessenta graus. 

Nesse mesmo primeiro ultrassom descobri que teria uma menina.

Para escolher o nome fiz uma lista de três páginas até por que eu estava muito indecisa e acabei optando por Evellyn, pois não conhecia ninguém com esse nome.

Em meio aos desejos com coisas boas como o ferrero rocher e sorvete com açaí, também vinha o medo com a hora do parto, já que todo mundo sempre contava uma história sanguinária.

Cheguei até mesmo a ter um sonho louco onde um bebê loiro se fazia de indefeso colocando o dedo na boca e fazendo "gugu, dádá" e de repente me espancava e colocava uma faca pra me matar.

Foi tenso! Mas descobri que era medo.

Medo de ser mãe, medo de não dar conta, mas meu parto foi tão tranquilo.

O melhor vem depois que a sensação de colocar alguém tão indefeso no mundo e se sentir a pessoa mais sábia, mais forte.

Aquele primeiro contato com o bebê, a primeira mamada. Tudo te faz ver um mundo diferente, faz você se sentir especial e sentir um amor inexplicável.

Desejo para cada ser humano ter essa sensação pelo menos uma vez na vida. É como ganhar na mega sena, mesmo que eu nunca tenha ganho, mas deve ser assim.

Hoje completo oito anos de pura aprendizagem."

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O tempo presente e feliz de nossas vidas!




Já pensou se existisse apenas uma certa idade para sermos felizes...

Somente uma época na vida de cada pessoa onde seja possa sonhar e elaborar seus planos de vida com energia o bastante para realiza-los ignorando assim todas e quaisquer dificuldades e obstáculos.

Uma única idade para a gente se encantar com a vida e vivê-la de modo apaixonado e desfrutando de tudo o que ela é capaz de nos oferecer sem nenhuma culpa e sem medo de sentir prazer em fazer isso.

Gloriosa fase onde podemos criar e recriar nossas vidas conforme nossa imagem e semelhança podendo cantar,brincar e dançar, vestindo todas as cores e sabores e capazes de nos entregar a todos os amores e experimentações da vida sem preconceito ou pudor.

É um tempo entusiasta, de coragem e onde todo desafio nos dá força para que lutemos ainda mais pelo que desejamos com disposição sem igual para tentar algo novo e repetir as tentativas quantas vezes forem necessárias.

Esse tempo atende pelo nome de presente.

Apenas ele com a duração do instante em que passamos é capaz de dar vida aquilo que sentimos aqui e agora.

Num estalar de dedos tudo passa e perceberemos que o presente já é passado e partiu para nunca mais voltar. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Os grandes "Se" da minha vida


Não vão ser poucas vezes em que nos pegaremos pensando em como será o nosso futuro e o que acontecerá a partir de um dado momento. 

Talvez esse seja o grande mistério do ser humano, descobrir em que ponto exato da vida ou em qual exato momento, fato ou escolha a nossa vida muda.

Infelizmente em geral perdemos noites de sono a nos imaginar numa realidade paralela onde aceitamos todos os "se" que deixamos pendentes em nossa vida.

Nossos pensamentos flutuando para lá e para cá em meio a devaneios de como seria ou de como não seria a nossa vida se tivéssemos ido mais cedo a algum lugar ou ido mais tarde, aceitado um convite ao invés do outro.

A paranormalidade e a adivinhação não está entre os fortes do ser humano, talvez no máximo um sexto sentido que na verdade nem é tão apurado assim e é capaz de nos meter em maiores enrascadas do realmente nos livrar do que pode nos ferir.

Em nossa vida as variáveis se mostram possíveis desde o momento em que nascemos e isso é o que move tudo ao nosso redor. Desde uma simples escolha do que vestir, como se portar ou o que fazer para que tudo acabe bem ao fim do dia.

Digo isso aos mais bem planejados. 
Aqueles que se pegam esquematizando passo atrás de passo a ser dado prontos para assegurar que o fim do caminho seja soberano e que o caminho até lá seja mais fácil.

Já pensou se aquele seu namorado de infância fosse realmente o amor da sua vida? Vocês poderiam ter casado a mais tempo, construído família, ter uma casa linda com um jardim de frente para o mais belo por do sol, mas tudo também podia ter dado bem errado.

Você seguiu não foi e vem colecionando desastres amorosos, percalços com empregos a luta diária para ter o que comer e ter uma renda legal que a faça se orgulhar de pelo menos ter conseguido.

Dia após dia as pessoas vão planejar como te deixar para baixo, como criar possíveis desavenças que resultam em tristeza e num leve abatimento que uma hora ou outra se dissipa por aí.

Você sempre soube o que precisava para viver, mesmo que não soubesse havia sempre alguém disposto ou indiscreto demais pronto para lhe afirmar que isso é o certo ou errado, bastava você definir o que é e o que não é convencional ou aceitável para você.

Nunca foi e nunca será fácil, você vai ter de engolir sapos, deixar a raiva lhe queimar a garganta para não desperdiçar oportunidades futuras ou para não estragar a construção daquilo que tanto almeja.

Os dias de luta são incontáveis até que se chegue os dias de glória e olha que estes podem até não chegar. 

Você precisou conhecer pessoas, passar por momentos, ver e ouvir coisas que poderiam formar aquilo que você pensa, lê,escreve e principalmente fala.

Dependendo dos "se" que você deixou para trás quando você resolver abrir a boca as pessoas vão abafar o seu som, ignorar e rir daquilo que você é e até mesmo duvidar que você chegará lá. Isto é fato, muita gente se acha maior do que um dia foi até mesmo sem perceber.

Por outro lado, você pode ser grande e silenciar a todos que planejar lhe ouvir, saber como você já está lá e claro que uma galhofa ou outra vai surgir, aquele resquício invejoso dentro da essência humana vai desejar que você não seja quem você é, vai desejar que você desvie o caminho e faça aquilo que eles tem vontade, mas aí está apenas mais um "se"

São estigmas criados por pessoas que cresceram ou que precisam crescer,mas ouvidos por pessoas que ainda são pequenas. E acredite eu não falo de crianças.

O fim do caminho vai chegar até mesmo sem você querer, com ele não existe sim ou não, se vou, ou se não vou. É pá, pum, e acabou. Abre os olhos e reza para que quando esse momento chegar você tenha respondido mais sim do que deveria, mais nãos do que realmente gostaria, que tenha aberto a boca para dizer coisas que tirem as pessoas da inércia.

Assim você e todos que presenciaram suas aparições na vida terão a certeza que você apesar de tudo tentou apenas viver. Resta saber se conseguiu ou não!

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos...



Hoje o tempo é seu. Você está neste exato momento assim como em todos os outros momentos anteriores, plantando tudo aquilo que será colhido no futuro.

Mestre Chorão já dizia poeticamente que nossas escolhas vão dizer aonde iremos, assim como escolherá o que nos procuramos, os amigos que teremos e aqueles aos quais cultivaremos ao longo da vida.

Pense por aí quantas vezes você pensou escolher certo,quantas vezes acertou,errou ou simplesmente deixou que o destino tomasse as rédeas sem pensar no amanhã.

Logo cedo a imaturidade nos faz crer que nossas escolhas e decisões não terão consequências e que resultaram apenas em ganhos expressivos que vão acarretando numa sequências de quedas e elevações de nossas vidas até que possamos alcançar a maturidade onde finalmente perceberemos que nossas escolhas trazem grandes ônus e algumas consequências irreversíveis.

Vai dizer que você nunca acordou após um dia daqueles e pensou: Ufa, achei que nunca iria acabar.

Quantas decisões foram tomadas, quanta coisa você deixou para trás e melhor ainda, quanto você projeta para o seu futuro. Na verdade fazemos uma série de decisões a cada dia de nossas vidas, contudo umas com mais e outras com menos importância.

Dessa forma vamos caminhando, dando sequência a essa árduo ofício que é viver nesse mundo em que somos designados.

Nos resta então curtir nossas escolhas,seja lá quais foram. Abandona-las quando preciso, absorvê-las quando intuitivas e reflexivas do nosso caráter,mas precisamente mexer,remexer e se preciso assim, reavaliar e refazer aquilo que foi feito de errado, mesmo que as consequências já sejam maiores do que nós.

É crer e descrer que adiante, lá no futuro tudo isso se justificará e enfim possamos dizer que toda a nossa felicidade é apenas fruto de sorte aliada as nossas escolhas bem feitas.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebe.Doc (32)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Júnior do Instagram @pai_viuvo

"Minha vida andava em perdição até que eu conheci minha esposa numa festa de aniversário de um amigo.

O melhor dia da minha vida foi quando num jantar ela anunciou que estava grávida, logo nas primeiras consultas eu ouvi o coraçãozinho do meu bebê e aos cinco meses descobrimos o sexo e soubemos que nosso mundo seria cor de rosa.

A mãe escolheu o nome e teve apenas um louco desejo de comer barro com sal, mas durante a gravidez não houve nenhum susto.

Os médicos sabiam que ela tinha pressão alta, mas falaram que ela podia tentar o parto normal, caso não conseguissem fariam a cesária.

Forçaram até o fim o parto normal, mas a pressão dela subiu demais e ela não resistiu.

No começo foi bem difícil. Não sabia o que seria dali em diante e tive que sair do emprego para cuidar dela.

Minha mãe hoje em dia me ajuda, mas a família materna por morar em outra cidade não.

Muitas vezes penso que não tenho forças para continuar,mas estou tentando de todas as formas não desistir, mas é difícil.

As vezes não tenho vontade de comer e só quero chorar,mas a cada dia ela me dá forças e me ensina cada dia mais e mais. Lembro que eu tenho uma filha que ela deixou um amor antes de ir.

Foram oito anos juntos de muitas lutas e eu me sinto meio sozinho. É difícil entrar em casa e não ver ela ali, entrar em nosso quarto e não ver ela ali, me lembro de tantos momentos como uma vez que cheguei em casa e ela estava lavando louça. 

Eu entrei na cozinha, ela olhou para trás e disse: "Chegou o meu amor" e deu um sorriso enorme, o sorriso mais bonito que ela tinha, vejo nossos vídeos, fotos e sinto uma saudade enorme de ouvir a voz dela.

Sabe,a morte é estranha.
Um dia você está com a pessoa e no outro ela não existe mais, mas pra mim ela sempre está no meu coração.

Era pra ser um dia de alegria e acabou que veio a tristeza junto com a alegria, mas Deus sabe de todas as coisas e agora tenho um anjo no céu e um anjo na terra pra cuidar e amar. E Deus me deu essa missão e eu vou cumprir. 

Amo muito a minha filha e sei que ela vai estar cuidando de nós aí no céu. 

Todos os dias olho para o céu e vejo as estrelas e digo: "Olha Luara,a sua mamãe está ali" 

Eu sinto sua falta meu amor, mas Deus sabe de todas as coisas.
Eu vou amar a nossa Luara aqui na terra e você vai amar ela aí no céu,a gente ama muito você."

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Vagas lamentações


Basta crescer um pouco que logo notaremos que a vida não é nem de longe o mar de rosas que imaginamos quando crianças. 

O tempo se encarrega de trazer até nós coisas que antes pensamos não existir ao vislumbrar um mundo adulto onde vamos aonde bem entender, não damos satisfações a quem não interessa e somos felizes acima de tudo.

O choque é grande,mas logo perceberemos que infelizmente a melhor fase das nossas vidas com relação ao fato de apenas vivê-la sem preocupações é sim em geral a nossa infância.

Contudo muitas pessoas carregam consigo por toda a vida o excesso de martírio próprio. Um auto flagelo capaz de envenenar bons momentos que de uma forma ou de outra a vida acabara proporcionando a todos nós.

Vale a lembrança de que nem sempre a vida será ruim, bons e maus momentos vão se alternar e faz parte do pacote batalhar para que os momentos bons durem mais do que os ruins e que a vida e todo o nosso progresso cotidiano não vá pelo ralo.

Pense por exemplo em não transformar a vida em negatividade. 

Pensamentos negativos são mais atrativos, tanto quanto falamos que as notícias ruins correm rápido e que se aproximam de nossas vidas com maior facilidade. 

A chance maior é de que os momentos ruins sejam maiores e mais longos, afinal serão realmente lembrados com muita intensidade tendo em vista que ninguém é adepto de sofrer na verdade, mesmo que diga o contrário.

A felicidade é construída aos poucos, quase que de grão em grão e muitas vezes dura pouco mesmo, ou pelo menos assim trará a impressão.

O problema é que deixamos para ser mais intensos com a tristeza, deixamos para lamentar mais do que agradecer quando agradecemos, achamos que ao invés de sermos gratos por mais um dia,estamos aqui apenas por obrigação e pronto.

Ok! Pensar de forma depressiva é hoje mais do que comprovadamente uma doença que merece acompanhamento expressivo,mas daí a pensar que o mundo vai desabar sobre a sua cabeça a todo instante sem nada efetivamente estar ocorrendo convenhamos não é nada agradável para você e para a outras pessoas.

Da mesma forma que pensamentos negativos atraem coisas negativas, eles também tendem a afastar as pessoas de você, ou vai dizer que nunca ouviu falar que felicidade atraí felicidade?

Paremos de lamentar e passemos a agir mais, com vontade extra de ser e estar dentro de algo que faça a vida valer a pena. 

Atraía para você pessoas de bem e que farão assim para a sua e para a própria vida.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ciclos


"Encerrando ciclos,fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos. O que importa é deixarmos no passado os momentos da vida que já se acabaram." A frase é de Paulo Coelho, mas deixa para quem quer que a leia a intenção clara de nossa vida que corresponde a encerrar ciclos como uma forma de progredir.

Aos poucos vamos amadurecendo e ganhando todo um conhecimento que antes apenas acreditávamos ter quando na verdade ele não existia.

A junção de fatos que aconteceram em nossas vidas acabam por acionar uma pessoa nova a cada dia, meio que como se a cada amanhecer tivéssemos novas oportunidades de crescer mais e mais.

Com o nosso crescimento diário passamos a perceber que não é sempre que a felicidade bate a porta e que muitas vezes a vitória que parecia certa escapa entre os dedos como se fosse algo cada vez mais rotineiro.

São as quedas, os tropeços e obstáculos que ultrapassamos em nossas histórias passadas que fazem como que tenhamos novos obstáculos a vencer e uma vida para seguir.

Você não irá se lembrar, mas quando você era apenas um bebezinho de colo, se sentar,engatinhar e depois andar pode parecer um desafio tremendo daqueles onde sem alguma ajuda você não estaria aí.

Mas veja só. Hoje você tem a possibilidade de fazer tudo isso, parece até mesmo fácil, você vai acabar sentindo uma dorzinha aqui ou outra ali quando for mais velho,mas isso é natural. Vai acontecer.

Vamos nos adaptando aos pormenores da vida, da mesma forma com a qual nos adaptamos as coisas boas também. As convicções que eram firmes como rocha acabam amolecendo e aos poucos vamos percebendo que certas coisas merecem ser deixadas para lá enquanto outras até poderiam ser mais valorizadas.

A vida no entanto acaba nos conduzindo por aí. De uma maneira ou de outra vamos sendo guiados por coisas menores que podem se tornar grandes ou não.Basta lembrar do efeito borboleta, um segundo diferente, uma coisa ínfima fora do lugar e vida é outra.

Fecha-se as cortinas,deixemos para trás aquilo que nos foi dado ou empurrado guela abaixo para que possamos compreender que a vida é assim mesmo.

Parece tudo combinado, personagens armados estrategicamente para entreter uma história que acontece em tempo real e com texto afiado digno de tragédias gregas ou comédias românticas.

Da mesma forma em que fechamos os ciclos e as cortinas dessa nossa grandiosa peça de teatro da vida, alguém ou nós mesmos poderemos abrir palmo a palmo de tecido revelando uma platéia aquecida e pronta para nos aplaudir.

Melhor agradecer e desejar que tudo aquilo não seja um ponto final. 

Ao contrário das vírgulas os pontos finais tem vertentes.
As vírgulas da vida são pequenas pausas entre os fatos tão corridos para que possamos respirar um pouco, mesmo que rápido e seguir até os pontos finais colocados por nós até que possamos recomeçar.

O que fica para trás desse ponto final com todas as suas pontuações é aprendizado. É um ciclo fechado ali para que possamos entender que funcionou ou não, fez sorrir ou fez chorar.

Certamente será melhor do que encarar o último ponto final. Aquele a qual finaliza todo e qualquer ciclo que muitas vezes não queremos ver chegar ao fim.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Ser pai!



Parece engraçado que enquanto muitos homens tem o ambicioso sonho de ficar ricos as custas do seu trabalho ou de uma bilhete premiado da mega sena, outros caras tenham apenas o nobre desejo de ser pai.

Sim, proliferar suas raízes na terra de uma forma além dos ideais e das ações que ele realizou em vida dentre as quais está o fato de que um filho ou mais de um pode estar entre essas ações sendo tida como a mais gloriosa de sua vida ou não.

Infelizmente temos aqueles pais do tipo relapsos, para não argumentar de forma crítica ou ácida demais e olha que eles merecem.Há aqueles que creem que filho é apenas mais um despesa, um vínculo com alguma mulher(lembrando que neste texto estamos falando apenas da fonte paterna da coisa) daquelas tidas como "mulheres a não se relacionar"

Machismo imbecil, achismo tolo e fútil de homens que colocam filhos no mundo a torto e a direito se esquecendo que aquele pequeno ser humaninho não pediu pra nascer e tampouco tem alguma culpa sobre a forma como o relacionamento entre o pai e a mãe não deu certo.

É caro sim, traz despesas incontáveis, surpreendentes, de coisas que de verdade você jamais imaginou, mas também traz realizações infinitas, conquistas daquelas que não podemos prever e por coisas simples.

Ser pai vai além de trocar fraldas, dar banho e brincar com o seu bebê após um dia de exaustivo trabalho, isso é pago, de forma fácil,simples, basta apenas um sorriso banguelo daqueles que um pequeno bebê pode nos dar.

É incrível como acordar pela manhã e pensar em agarrar aquele pequeno corpo ainda frágil e despreparado para as amarguras da vida e pensar em como protegê-lo a todo custo e se tornar a referência, o exemplo, sim eu poderia dizer o herói,mas e depois pra explicar pra esse garoto que você não voa e nem pretende salvar a cidade,mas apenas é capaz de dar a vida por ele.

Sou dos tempos dos heróis sem capa, capazes de proteger e cuidar por sua prole com vontade animalesca e torcer para que ele não siga a sina da canção de Cazuza e perca seus heróis por overdose, no máximo quem sabe uma adrenalina, uma gana de seguir em frente e vencer e ensina-lo que ele também pode.

Me disseram certa vez que o homem só se torna pai de fato quando acalenta seu filho em seu colo, diferente da mãe que cria toda a relação umbilical de ver o seu bebê ser gerado junto a ela, agarrado e próximo a ela enquanto o homem aguarda,se enche de ansiosidade e esperança até ter para si a chance de dividir e partilhar o amor.

Sou o tipo de pessoa que aponta em desafios ao longo da vida, você vence etapas, fases tal qual as fases de vídeo game que seu filho acabará por conhecer e vai querer superar uma a uma. A vida também é assim, recheada de desafios que lhe são propostos pelo destino de forma diária um após o outro ou de forma simultânea onde nos resta apenas encarar e encarar. Assim é a vida.

Imagine que quando criança você propunha desafios do tipo "O chão de lava" onde você não poderia pisar no chão ou era daqueles que não pisavam em vigas ou determinadas cores de traçados nas calçadas, parecia difícil, mas você realizava com afinco e a vontade próspera de ultrapassar tudo para vencer. Os desafios aos poucos vão crescendo, ganhando outros contornos. Passar de ano na escola, arranjar um emprego, conquistar aquela garota de quem você gosta, casar e se tudo não se alterar e você tiver indo pelos trilhos vem os filhos.

Dizem por aí que Deus dá o frio conforme o cobertor e um filho não é e nem nunca deve ser um fardo,mas uma benção e uma nova oportunidade de você se reinventar e reaprender a ser alguém além do que você é até aquele momento. É uma mudança brusca, constante, um aprendizado que uma pequena criatura lhe dá e que você sem perceber finaliza o processo de amadurecimento.

Você pode ser homem desde que nasceu, ter atitudes e ações que comprovem isso e que te façam ser lembrado além do tempo de estadia nesse planeta, sendo pai você alcança um novo degrau, você atinge um patamar diferente, daqueles onde passa a tentar entender a vida de uma forma mais definida e se possível permitir que ela seja entendida pelo seu filho.

Orai e vigiai, você é exemplo, mas não pode ser o caminho único para ele, temos as mães,avós, avôs, tias, madrinhas,amigos seus,amigos deles, abre-se o leque, o mesmo mundo que você teve diante dos olhos e viu se abrir também estará diante de seu filho.

Em alguns dias o céu vai estar azul, em outros vão ter nuvens escuras e vai chover mesmo, você é pai para que ele aprenda que tudo vai passar, o bom e o ruim, tem começo, meio e fim e um dia você se lembrará de tudo o que o seu pai lhe disse e tentará agir como ele foi, ou do avesso, mas enfim será pai.

A resposta sobre se você é bom ou não vai além da opinião das pessoas, vai além dos dizeres sobre o que você tem ou não que fazer para que a vida de seu filho seja melhor ou diferente da sua, você saberá que está na constância do caminho certo quando ver um par de pequenos olhos brilhando, dentes sorrindo para você, braços abertos e ouvir uma "doce" e amada voz dizer: 

Te amo papai!  

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (31)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Paulo Vitor Santos Gonçalves

"Eu nunca fui do tipo que sonhava com o amor e com suas possíveis variáveis,até achava que ele existia,mas que com o tempo nos esquecíamos sobre como ele era e como demonstrar ele a outra pessoa.

Frustrações amorosas fazem parte disso.

Você começa um namoro aqui, um casinho ali e logo se vê envolvido, namorando.

Eu havia tido um namoro longo, um quase casamento onde o mais surpreendido era o noivo, pequenos casos sem a importância até que conheci a amiga da amiga e tivemos um rolo, viramos amigos, mas a coisa não andava, não era pra gente.

Éramos muito melhores como amigos do que como namorados ou ficantes.

Ela teve a melhor ideia de sua vida: "Olha vou te apresentar uma amiga e tenho certeza de que vocês vão encaixar, vai dar tudo certo." Deu tudo certo.

Estávamos em meados do começo de Abril de 2016, marcamos todos de sair me recordo bem no dia quinze do mesmo mês, faltava pouco para meu aniversário, dois dias depois.

Saímos todos para um bar, se não me engano era a comemoração do aniversário de uma amiga,mas na verdade nunca precisamos de motivos certos para sair,se divertir e principalmente beber.

O destino parece engraçado as vezes, fomos apresentados,mas de primeira apenas a lembrança de que já nos conhecíamos, veio de outros tempos,mas não aconteceu ali, não era pra ser e acabamos tendo outras situações que evitaram que ficássemos juntos.

Não trocamos telefone ali,foi apenas uma reunião de amigos,mas quando é pra ser não tem jeito. 

Pouco depois estávamos conversando pelo whatts e marcando de sair, se ver e se conhecer de verdade.

Foi no dia vinte de abril. Passei mal o dia todo,sabe-se lá por que e não ia sair de casa,mas acabamos marcando um churrasco com amigos e logo estávamos lá sentados. Ela envergonhada, eu ali pensando em como matar um gato que insistia em me encarar e logo estávamos sozinhos num banco.

Foi rápido, foi instantâneo,não dá pra descrever somente em palavras,mas assim caminhamos. Dia seis de maio já estávamos namorando, com direito a pedido,mais um pouco de vergonha e a certeza mais que absoluta que o caminho estava certo.

Seria mentira dizer que houve planejamento sobre uma gravidez. Nos precavemos, mas pecamos em detalhes, mal sabíamos que seria nosso "pecado" mais lindo.

Recebi a notícia ao telefone, sabia das dúvidas, do atraso, mas estava distante. Foi o suficiente para não sair do prumo,mas para caminhar ao léu até uma praça, sentar lá por algum tempo e dar a notícia para pessoas a quem considerei importante.

Lembro de parar em meio a praça, olhar para o céu e silenciosamente pedir que viesse uma criança saudável,abençoada e cheia de vida.

A primeira impressão que seria de susto não foi tanto pela minha parte. Sempre achei que ao receber essa notícia eu cairia para trás e teria um medo tremendo daquilo que estava por vir. Não foi bem assim.

Tive críticas, tive boas impressões inclusive com uma amiga me dando diretamente o desejo de feliz dia dos pais e me afirmando que eu seria um excelente pai e aos poucos a ideia de ser pai a maturidade paterna foi me atingindo pouco a pouco.

Em minha vida eu sempre quis ouvir de pessoas as coisas e adaptar para a minha vida o que poderia me ajudar. É diferente de copiar a outra pessoa,mas ouvir e se aconselhar. Assim ouvi do marido de minha prima que o pai só realmente se torna pai quando toma o filho nos braços pela primeira vez.

Ou seja, logo eu poderia esquecer o coraçãozinho ouvido pela primeira vez e guardado até hoje através de um áudio precoce como diziam os médicos, ou o único desejo de uma empadinha enquanto eu trabalhava em uma cidade vizinha e claro, bem distante da ligação umbilical que a mãe tem com o filho.

Sendo pai aprendi que não se conta com todas as pessoas para tudo, mas se reconhece as mais importantes,aquelas que de uma forma ou de outra você levará consigo pela vida e claro pela vida do seu bebê. 

Não havia preferência, mas havia a disputa por nomes, havia o namoro as roupinhas de meninas e meninos,mas uma leve quedinha não só minha,mas de minha companheira por ver as roupinhas e detalhes que envolviam uma bebê do sexo feminino.

Entre Valentinas,David Lucca,Eliandros e até mesmo,pasmem o "masculino" Cristal, eis que surge Enzo, Enzo Gabriel para ser mais exato.

A notícia de que era um menino nos fez partir com mais afinco para preparar tudo, cada mês era de imensa ansiedade e vontade de ver logo o rostinho de uma criança mais que esperada.

A barriga enorme fazia com que cada vez mais sentíssemos a presença dele, até por que no carnaval ele já dava seus chutes, a cada ultrassom uma gracinha, era uma lambida na mão aqui,um tchauzinho ali.

Passou fevereiro e me lembro bem de estar aqui fazendo uma carta quase que psicografada sobre como Enzo ainda na barriga se preparava para vir ao mundo e conhecer a mamãe, foi um carnaval de lágrimas, escondidas, já que a mamãe não gosta de se deixar ver em meio as lágrimas.

Veio março, veio abril e as datas iam se multiplicando, já estava quase aprendendo a contar em semanas, até que chegamos a quadragésima primeira semana. A data foi quase no meu aniversário, quase na data do nosso primeiro beijo.

Cheguei ao hospital na parte da tarde já sabendo que a indução do parto havia começado, era por volta de duas da tarde e ficamos por lá, aguardando que as contrações começassem para que o parto normal fosse feito e Enzo viesse ao mundo.

Demorou um pouquinho, lá pelas oito e pouca da noite começavam as contrações,pequenas e depois grandes dores e eu ali, pensando em como uma mulher pode se tornar forte e conversando direto com outros pais que estavam ali na mesma situação ou já com os seus filhos a ganhar alta, forma-se ali pequenas breves amizades que você acaba não esquecendo.

Já passava das onze horas quando fomos para a sala de pré parto, dores e contrações a perder de vista, mas nada da bolsa estourar, a dilatação ali entre quatro e cinco centímetros e banhos a perder de vista.

Foi ali que eu entendi a ansiedade que mães e pais que tanto relatei aqui no blog sentiam. Impressionava como alguns chegavam e logo os bebês iam nascendo,enquanto a madrugada ganhava corpo e eu via os médicos vagarosamente irem de um lado para outro sem pressa,enquanto minha companheira ou tomava plasil para conter os vômito (foram duas doses) ou tomava glicose já que o plasil além de lhe fazer parar o vômito fez também com que as forças se esvaíssem para Deus sabe lá onde.

A ideia de reclamar com os médicos e xinga-los já vinha com maior constância. O desejo pelo parto normal já se fora a tempos e ás três da madrugada fomos informados que se quisessemos uma cesárea seria apenas de forma emergencial ou pela manhã.

Estoura-se a bolsa então. Tive de convencer a mãe, ela já havia sentido dores e cansaço demais, mas quem sabe assim com a bolsa rompida a dilatação não alcançava logo os benditos dez centímetros e a gente conseguiria ver logo o nosso Enzo.

Foram ainda mais algumas horas,mais alguns choros por parte dela e novos banhos até que na troca de turno da manhã, por volta de sete horas que atingimos os oito centímetros.

Celular eu já não respondia mais, médicos eu já escolhia qual xingava ou me segurava para não forçar tanto. Pobre enfermeira que chegava aquela hora para trabalhar.Era eu me vestindo e ela tomando um senhor esporro pelo "descaso" com o qual eles permitem que a grávida sofra dores por horas e horas. Violência obstetrícia para alguns.

Me deram a acalorada roupa verde,touquinha e lá fui eu esperar o parto.

Uma salinha de espera até que preparassem tudo e uma bendita porta que aliada a um maldito telefone que não parava de tocar. Já era manhã do dia vinte um, feriado, mas eu ali vendo a porta abrir e fechar e nada de ninguém me chamar para a sala.

Vem a moça e opa, entrei. A companheira da noite, recheada de dores sumiu, estava lá sentadinha, feliz e contente na sala um tanto quanto quente que eu acabará de entrar.

-Oi amor! Disse ela com uma carinha ótima.
-Você tá bem! -Lembro de dizer ainda um tanto espantado e vendo médicos para lá e para cá enquanto ela ainda fazia um pouco de força para superar os nove centímetros.

Foram duas exatas horas, eu já sentado atrás delas ajudando, enfermeiras a mexer no celular e nada. Se eu estava cansado, imagina ela.

Cansaço esse que passou quando ela me disse que já sentia as costas, era o duro sinal de que a anestesia já tinha ido embora. O efeito se foi.

Novo pequeno esporro em enfermeiras folgadas, incluindo uma que disse que a dor era boa para sentir o bebê nascendo,enquanto por muito pouco ela não ouviu que seria ótimo esmurra-la e ter o mínimo de compostura e decência com pacientes.

Finalmente a decisão de que seria uma cesárea. Aquela mesma que desde antes da sala de pré parto tanto pedíamos e olha que nem a mamãe e nem o papai aqui eram médicos.

Achei que ficaria ali, dando apoio, mas adivinha, voltei para a bendita salinha onde a porta não conseguia se fechar e todos os médicos passam te olhando com a cara de: Esse aí não sabe o que lhe aguarda.

Dessa vez foi mais rápido, entre e já tinha os preparativos para o parto. Minha companheira deitada, eu ali ao lado em pé e ela já aberta e eu achando que de pé ficaria e a médica apenas disse: "Olha acho que é melhor você se sentar,senão teremos de cuidar de você e dela."

Eu me sentei, tudo bem, melhor seguir as ordens, já havia xingado aquela profissional demais mentalmente e havia mais coisas a me preocupar. 

A mãe ali pálida, eu acompanhando o trabalho dos anestesistas e descobri que não poderia filmar, mas sim tirar fotos do nascimento. Exceto pelo fato de que com tanta gente querendo saber do bebê então a bateria do meu telefone e do telefone dela foi pro saco, não tinha como tirar fotos.

Dane-se, vamos nascer Enzo, vamos esquecer as fotos e depois vemos isso. Um tempinho depois o choro veio, as lagrimas da mãe também e eu erguendo a cabeça para ver meu filho e "ser pai" literalmente pela primeira vez o tendo nos braços.

A enfermeira finalmente deu a ordem e lá estava eu diante dele e aguardando o tomar em meus braços algo que não foi permitido de primeira. Ele como sempre bonzinho chorou um pouquinho, mas logo que foi posto no peito da mãe cedeu aos encantos dela e parou de chorar num vídeo gentilmente concedido pelo anestesista do hospital Sem ele Enzo não teria fotos dos seus primeiros minutos de vida.

Acho que toda e qualquer crítica feita a mim e ao fato de que rapidamente tivemos um bebê com tão pouco tempo de namoro é superada ali. Nossa vida se concentra a um ser maravilhoso a quem todos os dias repetimos o ritual de agradecer pelos seus sorrisos banguelas, pela forma orgulhosa que ele tenta se sentar e ver as luzes ao seu redor.

É um eterno descobrir de sensações que tenho hoje e a cada suspiro a mais em minha vida. 

Eu poderia dizer sim que descobri o amor convivendo com ele, mas seria hipocrisia. Foi antes dele, foi antes de tê-lo em meus braços. Enzo na verdade é a materialização dessa amor. A projeção física de que eu posso ter o meu coração fora do corpo.

A vida tomou um novo sentido e direção,mas todos os sentidos e direções convergem para ele.

Enzo Gabriel."

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Labirintos de nossa mente





Nossa mente nunca está totalmente satisfeita com o próprio funcionamento. Relativamente pode-se dizer que esse é o real problema de uma máquina que pensa.

Pensamos tanto que acabamos desconhecendo a nós mesmo. Ficando assim inaptos a saber o que fazer e o que não fazer principalmente.

Assim caminhamos ao contrário do que realmente queremos, tentando fazer funcionar de uma maneira diferente do que realmente somos.

A mente assim como o tempo não para. Mas ao contrário de nossa mente o corpo uma hora para. Interrompe seu funcionamento e o batidão pesado que é a nossa vida. O corpo aparenta ser o tamanho de nosso problema.

É a nossa mente a responsável por inúmeras perguntas quanto a nossa capacidade cognitiva de andar,falar,ser e agir de um modo quase que sincronizado.

Cada vez mais jovens desenvolvemos habilidades antes destinadas somente a adultos e os mais velhos cada vez mais chegam a idades superiores velando para manter o status de melhor idade.

Se antes o temor era por doenças sexualmente transmissíveis hoje podemos dizer que perder a lucidez deve ser o medo de onze entre dez pessoas andando sobre o planeta.

Temos pouco uso de nossa mente se pensarmos de maneira geral, mas felizmente contamos com mentes cada vez mais brilhantes para agir por nós afim de criar e melhorar nossa estadia em vida.

Grandes físicos, grandes médicos, contadores de histórias, velhos sábios responsáveis por grandes ensinamentos apenas com o poder de suas palavras ou atitudes as quais as pessoas são impedidas pelo tempo de se esquecer.

Até onde poderemos ir?

Até onde nossa mente nos permitirá chegar? 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Honestidade é a nossa melhor defesa


"Basta um situação desconfortável, uma vírgula fora do lugar para que logo tentemos uma mentirinha inocente para se livrar,consertar as coisas ou o leve temor de assumir algum erro e claro suas consequências.

Por um instinto de sobrevivência que não sabemos de onde vem ou até por covardia mesmo acabamos hesitando em contar a verdade evitando assim o confronto finalizando assim a colheita daquilo que nós mesmos plantamos. Assim é a humanidade, suscetível a erros.

Vivemos a geração da superficialidade, onde as aparências não só enganam como estão expostas diante de nós, o consumismo de informações vagas é tão comum que encontrar alguém honesto e sincero até consigo mesmo é artigo raro.

Na ânsia de encontrar um alto status financeiro fica difícil encontrar alguém transpareça a verdade sempre e acredite Chorão estava errado, afinal nem sempre quem é de verdade sabe quem é de mentira.

Os escrúpulos escapam entre os dedos e os fins deixam de justificar os meios e a honestidade acaba por fazer com que percamos pessoas, chances e oportunidades que uma simples mentira salvaria toda uma situação.

Seria errado dizer a verdade então? Obvio que não

Ganhamos com ela a excelência de caráter e a consciência limpa que nos faz bater a cabeça no travesseiro todas as noite e ter um sono dos justos.

O medo de perder nossas conquistas faz com que deixemos de priorizar nossa essência e faz a verdade parecer algo ruim a reservando em nossas vidas apenas para nós mesmos em uma caixinha esquecida nos confins de nosso interior.

Bens materiais por maiores e mais caros que possamos ter não conseguiram jamais suprir as carências que possuímos afetivamente. Necessidades essas que se fazem valer da verdade para impedir que a falsidade domine nossas vidas e controle nossa mente.

Ao praticar a desonestidade passando por cima da ética e dos bons costumes impedimos nossa própria consciência de acumular noites tranquilas e principalmente de atrair gente de bem para junto de nós. Somos aquilo que transmitimos e ao sermos honestos mostramos a semelhantes que estamos ali para fazer aquilo que nos propomos para tal.

Estar em paz com nós mesmos fará com que sejamos mais felizes junto a pessoas que gostam e são verdadeiras com a gente. 

A honestidade é uma riqueza de valor incalculável, obtida de forma gratuita,aproveite.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Esquece a saudade. É só fake!


Há quem realmente acredite que a vida se baseia única e exclusivamente em passado,presente e futuro. Seu coração deve ser o portal inicial para tudo isso, principalmente quando resolve agir em direção contrária a seus pensamentos e desejos.

Seus olhos expurgam as lágrimas da alma, suas carências se abrem pro mundo em forma de poemas e a carência ressuscita um passado que muitas vezes está longe de ser memorável e pelo contrário do que dizem está bem distante de se revelar através de um básico: Oi sumida! em meio a madrugada ou uma curtida involuntária na sua foto recém postada.

Relembrar o passado vai muitas vezes sustentar de forma ilusória um passado cheio de histórias que não deram certo pelo simples motivos de que não deveriam dar certo,dando assim lugar a histórias que vão preencher o seu eu interior e te fazer seguir rumo ao presente e futuro.

Atitudes inesperadas vindas de pessoas do passado podem levantar a angústia por histórias mal acabadas, sem resolução aparente por alguém que resolveu deixar pra amanhã o que poderia ter feito de imediato. Nosso discernimento muitas vezes evapora, paixões antigas tem esse poder, nos deixam cegos por uma resposta de perguntas que nem mesmo foram feitas e que sinceramente quando cairmos por si notaremos que não valem a pena de serem respondidas.

Sabe aquelas noites insones que você passou acreditando que tudo poderia ter dado certo?
Sabe aquele nevoeiro angustiante que se formou sobre sua cabeça quando tudo parecia não ter a miníma solução? Pois é, você passou por todas as desculpas dadas por aquela pessoa que agora que viu que "ganhou somente o farelo" está disposta a retomar de onde ele largou.

Passou amigos, ficou para trás, não existe motivo para se ter saudade de algo que não tinha saudades de você antes e que faz dessas palavras doces do começo da noite um aconchego ao seu próprio ego.

Nosso corpo reage com um bloqueio mental de tudo de ruim que possa ter ocorrido. É natural que ele reaja assim, mas seria bem mais fácil e prático que certos fins se tornassem aprendizados para que o futuro não seja respondido com vozes do passado.

Em alguns casos vai doer na pele, tal qual um arranhão que não sara, uma ferida que ao menor toque se abre expondo a dor causada anteriormente. Uma cicatriz que fica ali, de forma perpétua em nosso corpo. É nossa forma de dizer que prosseguimos, que superamos o sentimento não correspondido ou que desviamos das falhas de caráter de quem não conseguiu agir certo com a gente.

Há muita gente sem noção, sem o nexo de que a vida contínua e que insiste em dar o ar de sua presença desagradável.Infantilidade essa que é paga com o desprezo de quem pouco quer saber das novidades de quem um dia se foi e que pessoalmente teve seu bilhete de partida entregue sem direito a arrependimentos de voltar.

Eh saudade que bate no meu coração.. parece apenas música,mas realmente a gente não se esquece fácil assim, não deixamos todos os fatos para lá e tentamos sim analisar algumas coisas que possam parecer boas quando na verdade são apenas grandes fakes de uma felicidade que NUNCA existiu.

Acredite: Quando o seu passado te ligar é melhor não atender, ele não tem absolutamente nada de novo pra te dizer, pelo contrário, esquece essa louca ideia de: Então vamos viver e um dia a gente se encontra. Deixa essa pros amigos e familiares que perdemos para os céus e que seguem lá de cima nos olhando e cuidando da gente da forma que deve ser. Essa saudade sim vale a pena.

Todo o desgaste, toda a decepção obtida antes, pode estar prestes a voltar quando ligamos o botão do foda-se e dedicamos nosso tempo a explicar o passado. Passou, simplesmente passou, ficou para trás e pode até ser lembrada,mais como exemplo do que não fazer do que do que deve ser feito dali em diante.

Ficam os aprendizados, a vontade tardia de ambas as parte de como deveria ter sido, mas olha! O que funcionou para um não vai necessariamente funcionar para outras pessoas.

Você hoje tem a cabeça fria para analisar fatos, talvez até mesmo analisar o que fez, sem ter um por quê, mas você não vai conseguir fazer diferente, por que o tempo caminho para frente e aquela situação só ocorre uma vez.

Nos sentimos dignos de resolver qualquer coisa a qualquer momento, mas certas coisas não tem de serem resolvidas por que achamos que não acabou ou por que outras pessoas acreditam ser a reencarnação da Fênix e surgem do amontoado de cinzas que deixamos para trás.

Não há motivos para se agarrar a pequenos prazeres tendo em vista que o geral era cinza,nebuloso, triste e que a vida hoje embora tenha lá suas dificuldades é muito mais sorridente. Vamos! É pra frente que se anda.

O mundo lá fora pode ter uma tempestade torrencial, um tsunami de problemas, mas não vai ser uma saudade idiota que você mendigou por tanto tempo que vai resolver a sua carência e solidão. A alma podre ainda está lá. O estigma turvo e sombrio dos rastros deixados para trás estão ali, basta abrir os olhos e ver.

Não subestime os desacertos, são eles as provas cabais para que tenhamos lucidez de seguir, de ir em frente sem aproximar o que se afastou por que quis. 

A vida pode dar segundas chances, você pode emagrecer,engordar,criar rugas,consertar o sorriso, mas a alma, essa não tem jeito.Ela não se endireita, segue do mesmo jeito, com alguns retoques aqui e ali, mas o caráter está preso a ela por toda uma eternidade. Você é aquilo que você nasce para ser.

Não sei como anda a sua vida agora, não me interessa e nem quero saber, mas se antes eu era mais eu, não vai ser agora que eu vou parar de acreditar que eu mereço mais, muito mais!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (30)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Poliana Nunes

"Eu conheci o pai do meu filho por que ele era amigo da minha irmã. Ele passou na minha rua e perguntou se a minha irmã estava em casa, mas por ela estar trabalhando ela não estava.

Nisso ele perguntou: Nossa sua irmã nunca falou de mim não, por que eu tinha pedido ela pra jogar uma idéias em você, acabamos conversando e ficando uma, duas, três vezes até que começamos a namorar e eu acabei engravidando.

Só que ele não assumiu o filho. Eu fui mãe solteira e crio o meu filho sozinha, sustento ele sozinha,mas com muita ajuda dos meus pais. Ele nunca me ajudou com nada.

Na época eu tinha dezesseis anos, então tinha uma vida normal, eu estudava, mas fiquei muito tranquila.

Tanto que durante toda a minha gravidez eu continuei estudando, não parei,após ganhar o bebê eu continuei estudando e consegui me formar.

A descoberta foi por que eu notei que estava um pouco atrasada, resolvi fazer o teste de farmácia, deu positivo e depois fiz o de sangue que também deu positivo.

As primeiras consultas foram um pouco estranhas, por que era um coisa nova. 

Eu já havia cuidado de bebês, tinha cuidado dos meus sobrinhos, mas eu nunca tinha pensado em ser mãe e vinha muita gente que chegava pra mim e falava: Nossa você é nova e já é mãe!

Eu falava que eram coisas da vida, mas foi algo normal. Meus amigos de escola "babujaram" muito, fui muito bajulada, foi mais difícil mesmo me manter afastada um pouco da escola, sentir falta da escola,mas quando eu voltei eu consegui passar.

Quando deu por volta dos quatro meses é que eu fiquei doida. Pois ele começou a mexer e de começo eu achei uma coisa muito esquisita, como se tivesse um minhoca dentro de mim.

A escolha do nome foi pela minha irmã, por que eu não tinha ideia, fosse menina eu ia chamar de Raissa Emanuelle e fosse menino Rafael Igor.

Eu descobri o sexo três dias antes de internar, pois tive pré eclampsia, aí tive de internar pra tentar o parto normal, mas eu não dilatei então não teve como. Então estouraram minha bolsa e fizeram a cesariana.

Eu passei um repouso tranquilo, tanto que vejo muita gente hoje em dia com medo da cesariana, mas a cesariana depende da reação do organismo de cada pessoa.
Cada um reage de uma forma diferente. Eu reagi de uma forma super normal, super tranquila.

Eu tinha feito três ultrassons durante toda a gravidez, mas não conseguia ver o sexo do bebê por que ele fechava as pernas, mas tive um grande susto quando fui pegar um dos exames e o médico disse que não estava ouvindo o coração dele.

E eu sempre quis menina, coloquei na cabeça mesmo. Todo falava nossa você tá com cara de ganhar menina, você tá com barriga de menina, mas aí no dia que eu passei mal e fui pra ultra, era menino.

Eu passei até mal! 

Foi um dia quinze de julho de 2013, tive muita dor de cabeça, minha pressão abaixou, minha ansiedade que já era algo de natureza estava a mil fui pro médico.

Me deram uma dipirona direto na veia e me internaram numa segunda feira a noite sendo que só ganhei na quarta feira a tarde.

O começo é bem diferente, por que quando está na barriga tá tudo bem, tudo ótimo, até por que durante a gestação eu não senti dor nenhuma, só nos três primeiros meses que eu comia muita coisa pesada durante a noite então a médica pediu que eu diminuísse. 

Tive desejos como feijoada, lasanha e pavê que é a torta de biscoito, mas não tive desejos difíceis.

No hospital eu tinha um receio de pegar nele, por que era uma coisa pequena, molinha e acabou que o primeiro banho dele quem deu foi a minha irmã, já o da minha sobrinha que veio depois e hoje tem um ano fui eu quem dei. Então eu muito novinha, muito bobinha na época tinha o medo de pegar ele.

No dia do parto eu fiquei cerca de três horas gemendo de dor e quando fui pra sala de pré parto eu tive de furar a veia de novo por que minha veia sumiu,fizeram a entrada da veia errada e eu senti mais dor por que a médica não achava a veia e tive dificuldade para receber a anestesia nas costas.

Anestesia nas costas aliás que faz com que as costas nunca mais seja a mesma, fora isso ainda fiquei internada mais uns três dias, mas estava tudo bem, apenas o meu bebê que nasceu com um pouco de icterícia que o deixa um pouco mais amarelo no rostinho,mas alguns banhos de hospital na janela do hospital resolveram.

O resguardo também foi muito tranquilo pois meu corpo reagiu muito bem a cesárea, claro que eu estava ansiosa e com medo antes até por que tentaram fazer o parto normal que seria uma dor só e pronto, mas eu reagi muito bem.

O acompanhamento da minha mãe foi fundamental, pois ela me dava força,me acompanhava e falava que eu não precisava gritar que logo tudo passaria.

Após o nascimento eu tive que entrar na justiça para que eu recebesse ajuda do pai da criança, por que quando soubemos da notícia da gravidez, meus pais e minha irmã foram até lá conversar com os pais dele, mas eles duvidaram e exigiram o DNA mesmo o menino sendo a cara dele.

E eu considero que ir na justiça é um direito da criança, já que apesar de ter a ajuda dos meus pais eu hoje estou desemprega, vivendo de pequenos bicos que acabam dificultando pro bebê.

Mas estou em meio a um acordo litigioso aguardando o juiz decidir, por que ele já disse até que não tem amor com o filho, não paga pensão e nem nada, dão apenas roupas usadas que eu até não ligo por que menino perde roupa mesmo, mas enquanto isso ele dá uma de coitado e usa a irmã pra chegar até a mim e ameaçar de tirar o meu filho de mim.

Somente no dia em que eu entrei na justiça e cheguei pra ele e falei que ele disse que queria passar uns quinze dias com o menino e eu apenas perguntei o por que de não pedir isso antes de eu entrar na justiça. Agora é esperar a resolução do juiz."

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Maré de Azar!


Azar está entre aquelas palavras que as vezes gostamos de evitar até para não atrair. 

Há quem acredite demais que certas coisas se aproximam da gente apenas por simbologia, período do ano ou qualquer outra superstição que possa parecer tola,mas que se tiver um mínimo fundamento fará a vida de uma pessoa virar de cabeça para baixo.

Não será incomum se vermos alguém afirmar que não está em seus melhores dias ou até aqueles que creem,afirmarem com toda certeza que estão presentes em um inferno astral só findado com a data do aniversário.

Seja lá por qual motivo é bom pensar que realmente o mundo pode ter uma sequência de notícias tristes que muitas vezes acabam por nos fazer crer que é melhor se esconder embaixo das cobertas e deixar a tormenta passar.

A vida não é e nem nunca foi um mar de rosas,mas uma sequência de duros golpes fazem com que tudo pareça ainda mais difícil e o trabalho árduo seja encarado com vigor,mas ao mesmo tempo com medo.

Devemos sim nos conformar que os tempos modernos de hoje estão fazendo de nossas vidas gato e sapato e que logo tudo pode sim piorar,mas que nos resta saber como vamos encarar todo esse martírio ou claro aguardar de bocas escancaradas a morte chegar.

Sorte ou destino não são fatos a se brincar propriamente,mas muitas vezes a expectativa pelas seguidas tentativas em fazer tudo dar certo acaba por minar a pouca confiança que temos em que efetivamente tudo vá estar no lugar após as trovoadas.

Se quer um segredo mal guardado,mas que as pessoas se ressentem em contar é que na verdade nada vai ser fácil. Nada é de graça totalmente e se quer saber mais,quanto mais difícil e mais custoso for algo,maior será a sua dignidade e força após enfrentar os problemas.

E acredite,você terá de enfrentar ou o seu problema lhe trará o enfrentamento direto, lhe tocando, expurgando mais e mais problemas que você pode não pensar em ter,mas que virão a tona ocasionando toda a dor e sofrimento que você pensava em não ter na vida.

Felicidade é algo relativo. 

Oscila-se muito sobre como obter ou onde ela se encontra. 

Podemos chorar por muito tempo e sorrir por bem menos, mas e quando ela chegar e ai? 
Valeu a pena? Vai ser pra sempre? 
Claro que não, logo, logo vem outra baixa e mais outra.
Não desanime, você ainda vai voltar a sorrir depois de tudo. 
É só fase, vai passar.