terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Admiração Silenciosa!



Texto extraído de vídeo do canal "Ame Todos os Dias" de Thiago Rodrigo

A gente não sabe elogiar as pessoas

Sabe qual é o dia que a gente mais recebe elogios? No dia do nosso próprio velório.

Sabe qual o dia em que mais nos mandam flores, isso mesmo! 
No dia em que estamos dentro de um caixão e não temos a capacidade de recebê-las e nem de se alegrar com elas.

Eu acredito até que tem gente que se no caixão pudesse ouvir as coisas boas que as pessoas estão dizendo a respeito delas por ali no velório, ela levantaria do caixão e voltaria pra vida na mesma hora.

E acredito que no mundo dos vivos muita gente que saiu de perto da gente, estaria perto ainda se tivesse ouvido coisas boas a seu respeito.

Se tivesse sido elogiado.

Admiração silenciosa não serve pra nada de que adianta admirar e calar, de que adianta gostar de algo que alguém fez e nunca contar pra ela. Por que é que nunca falamos coisas boas.

A gente divulga a tragédia,mas nunca fala da conquista.
A gente repassa fofoca e esconde o triunfo.
Nós espalhamos boatos e nunca falamos dos bons fatos.

Então agora vai pra vida e elogia. O pai,a mãe,a avó ou a tia.
Se a pessoa é bonita conta logo pra ela quem sabe você para de segurar vela.

Teu funcionário é competente, merece elogio do presidente.
Se é bom o café que puseram na mesa, agradece logo a gentileza.

Se no amigo você encontra lealdade,elogia e cuida dessa amizade.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Esse seu olhar



Esse seu olhar,quando encontra o meu, fala de umas coisas que eu não posso acreditar...

Ah Tom Jobim, você não mentia em suas canções, mas como você brilhou nessa. Afinal, já parou pra pensar que diariamente vários olhares lhe são lançados para difusas situações em que você vê, é surpreendido ou sinceramente nunca vai ter consciência de que lhe foi lançado.

Poucas coisas são tão intimidadoras quanto um olhar, daqueles que de forma penetrante pode ir do encantamento ou intimidação até te vestir ou despir lhe arrancando lágrimas e principalmente sorrisos.

Muitas vezes os olhares que procuram uns aos outros traduzem aquilo que as palavras não dizem,

A janela da alma que mesmo em meio a milhares e milhares de pessoas são capazes de procurar aquele olhar que com tanta ternura pode lhe ter algo a dizer com exatidão.

Para os mais jovens são armas de sedução, encantamento e paquera, daqueles olhares capazes de nos beijar com carinho sem quaisquer tipo de segundas intenções, até os intimidadores capazes de nos paralisar diante deles.

Capazes de expressar a essência, o olhar pode ser a coisa mais linda entre os amantes,da mesma forma que pode denunciar um falso amor com a clareza de um cristal.

Há olhares marcantes daqueles que certamente não nos esqueceremos seja pelo primeiro amor ou de um pai que ia da severidade até a ternura com o seu filho antes de um afago.

Há olhares e olhares, existe sim aqueles que não se deixam decifrar. 

Ficam ali, parados,cerrados incomodando com seus enigmas silenciosos sem dizer uma palavra com a voz e obviamente com os olhos.

Prefiro os olhares solares, daqueles que sorriem com franqueza e verdade. Do tipo que nos acaricia e nos faz criar um laço fraterno capaz de revelar segredos que não saberíamos dizer em palavras.

Um olhar vale sim mais do que mil palavras, pois nele deixam de enganar e omitir qualquer cumplicidade a quem tende ocultar segredos do foro mais íntimo.

O olhar definitivamente não é um lugar para se passar com pressa, mas sim um lugar para se encontrar ao se perder.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (4)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Querolae Nathali

"Meu nome é Querolae e hoje tenho vinte e um anos.

Ainda adolescente eu tinha uma vida estável. Estudava e tinha a cada dia novas experiências incluindo nos namoros, fase onde tudo é sempre uma novidade. Desde o primeiro beijo, o primeiro namorado e assim vai.


Minha mãe não deixava que eu saísse com minhas amigas, mas um belo dia teria uma festa num sítio de uns amigos e disse para minha mãe que eu iria dormir na casa de uma amiga. Tudo ia muito bem na festa até que apareceu um menino pelo qual eu me encantei.


Aconteceu de darmos uns beijos,mas achei que duraria somente aquele fim de semana. Ali eu conheci o meu primeiro amor.


Continuamos a ficar e ele sempre me buscando na porta de escola, me levava em casa e assim foram semanas até que ele me pedisse em namoro. Éramos apaixonados, trocávamos cartas de amor, não conseguíamos ficar brigados aquela coisa de gente apaixonada mesmo. E olha que eu tinha quinze anos e ele dezoito.


Em meio a esse tempo perdi minha virgindade com ele e contei a minha mãe que me deu remédios para tomar, mas nesse tempo eu era uma adolescente apaixonada e tomava os remédios de uma forma toda errada e ele sempre falando comigo que era doido pra ter um filho e eu nunca levando a sério.


Isso até minha menstruação atrasar. Por ser muito nova logo imaginei que era normal já que meu ciclo menstrual sempre foi desregulado e eu tinha ido a pouco tempo com a minha mãe no ginecologista,então segui super tranquila.


Lembro que eu estava no primeiro ano e um dia cheguei em casa e após almoçar vomitei tudo e falei com a minha avó: "Nossa vó acho que comi um pastel estragado na escola" ,mas sexto sentido de vó nunca falha e ela respondeu: "Sei o pastel estragado".


Os dias foram passando e eu seguia passando muito mal até que resolvi falar pro meu namorado e ele resolveu comprar um teste de gravidez. Já acordei no outro dia indo escondida no banheiro e fiz.


As duas listrinhas subiram tão rápido, comecei a chorar e liguei pra ele dizendo que tinha dado positivo. Os pais dele trabalham em hospital e logo que ele ligou pro pai e me disseram para ir para lá fazer o exame de sangue.


Fiquei lá esperando por duas horas na esperança que o exame de farmácia pudesse falhar, mas quando o exame saiu o pai dele chegou e disse: "Parabéns, você é a nova mamãe!"


Meu mundo caiu, mas ao mesmo tempo eu estava feliz. A pergunta em si era: E meus pais?


Nem tanto a minha mãe, mas meu pai era pior. Achávamos que pelo meu namorado trabalhar com meu pai seria mais fácil, mas estávamos enganados.  Contei para minha mãe, ela brigou comigo, mas aceitou, ela contou para o meu pai e ele não olhou na minha cara.


Disse que quando a minha barriga estivesse grande atravessaria a rua.


Meu pesadelo começou ali. Não pelo meu pai, mas pelo pai do meu filho.


Nos primeiros meses eu passava muito mal, só vomitava e a única coisa que meu estômago segurava era carambola, de resto eu enjoava e vomitava por tudo e achava que a fase dos enjoos nunca passaria.


O pai do meu filho deixou então de ir nas consultas comigo e ir somente nos ultrassons, eu estava levando numa boa,achando que era só uma fase até por eu estar mais chata mesmo.


Descobrimos ser um menino, ele ficou muito feliz. Eu queria Bryan e ele queria Felipe, decidimos por Bryan Felipe, passamos semanas bem até que veio o carnaval e ele decidiu sair sozinho.


Nessa época já morávamos juntos e realmente uma mulher quando fica grávida tem horas que fica chata mesmo, de não querer ninguém por perto, mas tem horas que precisamos de carinho, então aquilo pra mim foi horrível já que eu era uma menina muito nova com uma vida pela frente e no momento em que mais precisei ele não estava comigo.


Tudo que eu queria era ele do meu lado, mas as brigas se tornaram cada vez mais frequentes e intensas assim como as saídas com os amigos. Por estar grávida eu não me importava muito até descobrir uma possível traição. 


Ele dizia que era mentira, mas eu sabia que era verdade, então nos separamos e eu voltei pra casa da minha mãe.


Eu chorava todos os dias por falta dele e ele fez todo o enxoval do Bryan, mas tudo o que eu queria era estar com ele, por isso tive muitas complicações no final da minha gravidez, devido a situação sentimental em que eu me encontrava.


Com trinta e sete semanas de gestação eu que nunca tinha tido problemas de pressão vi minha pressão subir. Com trinta e nove semanas a médica pediu que todos os dias eu medisse a pressão na farmácia pois ela estava muito alta e que caso ela ficasse alta demais era para correr para o hospital.


Quando estamos grávidas torcemos para o bebê nascer logo, mas quando se aproxima da data vai batendo o medo e eu nunca imaginei que seis de julho seria o meu dia.


Fui a farmácia medir minha pressão e quando deu que ela estava dezessete por oito minha mãe já quis correr pro hospital enquanto eu dizia que sempre que íamos eles mandavam a gente de volta até que após muita insistência eu fui.


Chegando no hospital era a hora da troca de plantão então eu fui a última a ser atendida antes da troca de plantão, nesse momento minha pressão foi a dezenove. O médico olhou meu cartão, viu que eu estava com quase quarenta semanas e pela pressão estar muito alta decidiu me internar.


Eu fiquei bem nervosa e comecei a ter contrações, ele chamou a minha mãe explicou a situação e passaram a procurar o pai do meu filho que ninguém sabia onde estava. Naquele momento tudo o que eu queria era parar de sentir o incômodo da contração até que me colocaram no bendito soro.


Que soro abençoado de ruim, minhas contrações ficaram intensas, mas uma dor suportável e toda hora vinha um médico fazer o maldito exame de toque e eu não dilatava, então estouraram a minha bolsa e aí começou o filme de terror.


Eu comecei a sentir dores insuportáveis, daquelas de ver estrelas no céu e nessa hora pelo menos já tinha o pai do meu filho do lado. Eu não podia beber água, minha boca toda seca e meus lábios todos rachados, minha dor só aliviava no banho.


Eu entrei no hospital ás 18 horas e 40 do dia seis de julho, passei dor a noite toda, médicos fazendo exame de toque a noite toda, aquele soro horrível que eu tinha vontade de tacar longe o tempo todo e nada de dilatação.


Ás 13 horas minha ex-sogra chegou e por trabalhar em hospital falou que se eles não dessem um jeito ela iria chamar o supervisor, chegou foi uma médica que fez o exame de toque e eu senti dor de ir no céu e voltar e xinguei ela toda.


Ela escutou os batimentos,chamou a equipe e disse pra preparar a sala de cirurgia que meu bebê estava com batimentos fracos. Me levaram pra sala de cirurgia, naquela hora eu já estava sem dor, fizeram minha cesária eu vi meu filho e depois levaram.


Fui para o quarto e dormi, mas quando acordei eu não quis ver meu filho,ali devido a todos os acontecimentos sentimentais antes do parto veio a minha depressão pós parto, fiquei frágil, mas pedi a Deus que tirasse aquilo do meu coração e então aquele sentimento foi passando e ficando tudo bem.


No dia seguinte eu nem senti minha cesária, já estava andando como a mulher forte que sou e sem frescura a ponto das enfermeiras elogiarem falando que mulheres mais velhas tinham muitas frescuras, mas eu era pulso firme.


Saímos do hospital e o pai do meu bebê todo babão, voltamos a conversar, nos relacionar, mas relacionamentos nunca mais são os mesmos após términos, ficamos juntos por sete anos, mas as brigas ficaram muito intensas e decidimos nos separar.


Minha vida não parou por ter filho pequeno, hoje tenho vinte e um anos, dois filhos lindos Bryan com cinco anos e o mais novo de três, as coisas não foram fáceis, mas me sinto uma mulher realizada e somos uma família muito feliz.


Voltei a conversar com o pai deles, somos amigos hoje e voltei aos estudos atrasada. Deixei sim de fazer muita coisa de adolescente pra cuidar de um bebê, mas tudo valeu a pena e hoje agradeço a minha mãe que hoje me ajuda bastante e o meu pai que antes dizia que passaria longe de mim e é o avô mais babão do mundo, apaixonado pelos netos e sei que meus filhos são tudo na vida dele.


Um filho não vai te impedir de ser feliz, pelo contrário um filho traz felicidade e hoje não me vejo sem eles. Uma mulher feliz e realizada com eles."

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Anjos Tortos



Muitas vezes abrimos os olhos e sonhamos cada vez mais alto.
Sonhamos como detentores de asas livres e soltos pelo ar como se não houvesse qualquer temor de voltar ao chão.

Quanto maior o salto e o sonho maior é a possibilidade de queda, mas perder o medo é justamente o primeiro passo para quem deseja voar.

Não será a primeira e nem a última vez que nossos sonhos vão se desencontrar por aí e os objetivos se distanciarão, enquanto nos desgastamos batendo a cabeça na parede pelo leite derramado ou pelas asas que nos foram podadas.

Deixemos de nos eximir de culpa por acumular sonhos guardados por achar que não daria ou que não valeria tanto a pena assim.

A vida não perdoa, muitas vezes ela bate forte, nos golpeia com força brutal e temos de retomar a si para caminhar  pro rumo "certo" novamente.

E as dores? As frustrações amorosas daquelas que pensamos: "Agora é esse!" "Vai dar certo" achei a pessoa certa" e mais uma vez as ilusões deram lugar a realidade.

Ao longo da vida perdemos amores, amigos de laços estreitos, colegas. Quantas rasteiras tomamos e ficamos agarrados ao chão para só depois de muito perceber que podemos alçar boa altura novamente.

Apanhamos muito, muito mesmo. A ponto de acreditar que nossas surras não terão fim enquanto tentamos em vão desviar dos golpes que diariamente sofremos até que encontramos o fundo do poço e acreditamos que de lá não sairemos.

Feridos, no escuro e sem a esperança de reaver a feliz ideia de voltar a claridade.

De onde tiramos forças? 
De onde arrancar esperança e fé que tudo vai melhorar?

É a hora de tomar a posse de si mesmo.
Hora de deixar o amor próprio brotar dentro do peito e se espalhar.

Ninguém tem o direito de te prender ao chão, mas é você quem decide se quer voar.

Mire as estrelas, mire a lua e bata as asas em busca do que apenas em teoria é inatingível.

Faça com o que o sorriso seja seu melhor escudo e te proteja durante as tentativas para que você volte ao chão duro.

Plane, voe de forma branda e de repente suba como um foguete rumo ao liberto céu limpo.

Você é livre e se ainda não se sente assim.

Corre! Ainda dá tempo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tudo aquilo que aprendi escrevendo sobre virgens



Muitas vezes me peguei meio sem jeito para começar a falar com as pessoas de algo tão pessoal e que por muitas vezes tinha um lado dramático e poucas vezes romântico de uma coisa que pelo menos em tese deveria ser único e especial.

Aos poucos fui me acostumando com a ideia de que as pessoas gostam de ler sobre o íntimo das outras,mas deixam de se expor por muito pouco, embora que muitos do que relatavam os casos adoravam saber sobre as visualizações que obtinham ou sobre como as pessoas reagiram sobre o seu relato.

Aprendi que o respeito acima de tudo com as histórias era mais que necessário.

Pré julgamentos não me levariam a lugar algum e pessoalmente gostei muito do resultado que obtive durante um ano contando histórias de pessoas que muitas vezes eu nem mesmo sabia quem eram.

Quantos relatos me chegaram em anônimo.

Alguns eram perceptíveis como de pessoas que acreditavam no meu potencial para entreter e outras apenas viam nos textos uma forma de ler sobre sexo sem ter de botar a cara literalmente.

Descobri que o sexo aguça. E como aguça a curiosidade e a líbido.

Aprendi também que a cara muitas vezes não condiz com aquilo a pessoa vivencia e que muita gente passou perrengue,mas conseguiu superar de forma exemplar, outras de forma bem duvidosa.

Dentro de cada história o mito da virgindade imaculada foi se perdendo.

Fui chegando a um conceito de que as pessoas tem que entender a virgindade de uma forma simples e que as grandes dúvidas estavam na verdade para o período anterior a perca da virgindade.

Quis sim captar aquilo que as pessoas sentiam antes, durante e depois do ato e como cresceram através daquilo que passaram.

E como fui surpreendido.

Seja pelos anônimos querendo relatar sua virgindade anal perdida ou pelas garotas com histórias fortes que ainda hoje escondem do mundo que tiveram sua primeira vez de uma forma bem longe daquelas em que planejaram nos seus melhores sonhos.

Como se vê nem tudo foi festa e admito que me faltaram alguns relatos que infelizmente não consegui casos. Vide a vontade que eu tinha de relatar algum caso de pessoas que tenham perdido a virgindade com alguém do outro sexo.

Infelizmente os poucos que se dispuseram a relatar algo do tipo se perderam entre a vergonha de falar ou haviam tido relações sexuais com alguém do sexo oposto antes.

Foram quarenta e sete relatos distintos entre o dia 07/01/2016 até o dia 22/12 do mesmo ano,muitos recordes batidos entre os casos e uma pequena pontinha de saudade que acredito que possa deixar de existir a qualquer momento.

O ano acabou e a série Virgem.Doc deixou para trás um legado que hoje é visto nos primeiros relatos da série Meu Primeiro Bebê.Doc,mas não pense que paramos por aí.

Uma série com tamanha importância nunca acaba,seja pelo fato de que os leitores podem sempre ler de novo aqueles relatos que mais gostaram assim como podem surgir novos relatos surpresa.

Por fim aprendi que a primeira vez nem sempre é a melhor, mas que marca, fixa na mente daqueles que vez ou outra dirão que se esqueceram ou fujam do assunto como se fosse algo proibido ou aquilo que desejassem ver fora de sua história.

Não está. É aprendizado, é sim único, mas o tempo acaba por nos fazer ter tantas lembranças novas que o lá na frente diremos apenas que é uma lembrança boba e sem graça daquela pessoa que um dia fomos e que nunca mais conseguiremos ser.


PS: De brinde segue a lista do Top 5 dos relatos de virgindade de acordo com aqueles com mais visualizações.

1º - Virgem.Doc (24)

2º -  Virgem.Doc (3)

3º -  Virgem.Doc (13)

4º -  Virgem.Doc (4) 

5º-  Virgem.Doc (8)

De criança todo mundo tem um pouco



Por Priscila Gonçalves

Não rimou, mas com certeza você se lembrou da famosa frase: " De médico e louco todo mundo tem um pouco", acertei?

A idade, maturidade e experiências é que nos faz adultos. Não necessariamente nesta ordem, mas, chega um ponto da vida em que esquecemos dos doze ou treze anos iniciais da vida, onde não tínhamos quase nenhuma preocupação além de tirar boas notas na escola e definir qual seria a próxima brincadeira, ou até escolher entre três ou quatro desenhos animados que mais gostávamos, mas que passavam em canais diferentes e na mesma hora. Que dilema aquele!

Então, chegamos à fase onde as cobranças da vida social e auto crítica nos faz perder a cabeça, e mergulhar em responsabilidades que não podemos fugir (?), tarefas, satisfações. 

E aquela criança com preocupações sem nexo para os adultos se vê quase morta em nós, exalando suspiros enfraquecidos e nos implorando um pouquinho de tempo livre, para nos presentear com momentos sem estresse. E o que fazemos? Seguimos a filosofia de Homer Simpson: " Cala a boca pensamento, ou te enfio uma faca." 

Verdade seja dita, todos estamos muito ocupados com nós mesmos e preocupados com as opiniões alheias, mesmo que gritamos pro universo que isto não importa. Hipocrisia. Nos importamos sim. Há valores e crenças enraizadas que não nos deixam agir 100% como gostaríamos. É o medo do julgamento.

E continuamos seguindo a vida, no melhor modelo rebanho.

E onde estava a criança que la no passado caía em gargalhadas sem fim, não tinha medo de nada, levava um tombo feio e não derramava uma só lágrima? Coitada...ta quase em coma profundo dentro de nós. A sufocamos sem ver. Perdeu o fôlego e a energia.

Existem pequenas coisas que podemos fazer para reviver aquele menino danado, ou aquela menina levada sem precisar agir exatamente como uma criança. 

Dê risadas:

Altas, escandalosas, mas desde que sejam verdadeiras. Um vídeo ridículo, uma piada tão ruim que chega a ser engraçada. Assista Chaves. As mesmas piadas, falas decoradas, e até hoje, pelo menos em mim, funciona muito bem.

Brinque:

Siiiiiim! Estou falando de brincar mesmo. Um primo ou irmão ainda criança, ou até um filho pode te ajudar nessa tarefa. Mergulhe por algum tempo no mundo dele, nas brincadeiras fantasiadas. Se permita despertar a criatividade e inventar histórias de super heróis malucos.

Se delicie:

Convenhamos que manter a saúde em dia é essencial. Mas, enfiar a cara num sorvete e se deixar lambuzar é uma delícia. Não precisa ser todo dia, nem uma vez por semana. Se for pelo menos uma vez na vida, já vale!

Por último, lembre-se de você criança:

Feche os olhos por alguns minutos, e tente se lembrar o máximo que puder de você em sua infância. Até onde o pensamento permitir, vá. Olhe pra você, e diga a este menino ou menina que o ama profundamente. Acaricie esta criança, dê a ela muito amor. 

Nossa criança interior adormecida, precisa de carinho e atenção muito mais que nós. É ela que nos freia em determinadas situações, que nos faz enxergar a vida com um pouco mais de leveza, sem loucura. 

Vamos tentar preservar esta imagem tão valiosa em nós, pois, se a deixarmos morrer completamente, nossa vida estará fadada a tristeza profunda.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Metamorfose Ambulante


Temos medo do desconhecido, daquilo que nunca tocamos ou atingimos, medo de nos arrepender de ter tentado algo que notavelmente era em vão ou por não ter tentado aquilo que acabou por dar certo sem a nossa interferência.

Temos medo de mudar, de cortar o cabelo mais curto, de mudar a cor do esmalte e colocar um bem "cheguei" da mesma forma que temos bastante medo das consequências de nossas escolhas.

Acabamos por estagnar, deixar para amanhã, para outro dia, deixamos do jeito que está, da forma que nos acostumamos e sabemos lidar, da forma como já conhecemos.

Contudo cansamos.
Chega um determinado momento que a rotina se torna estafante e a repetição de ações acaba por nos desgastar cada vez mais como se nunca tivéssemos feito e acabamos nos martirizar.

Todavia há um momento em que não podemos mais evitar,as mudanças adentram a porta sem qualquer convite e não aceitam qualquer convite de repúdio para que nos deixem com facilidade.

Agradeça! A mutação é uma dádiva que temos em meio a toda a mesmice e a pasmaceira que vez ou outra permitimos em nossas vidas.

Do nosso físico até o nosso íntimo a mudança revigora,renova nossas forças trazendo amadurecimento que precisamos para encarar possíveis novas mudanças.

Talvez como diria Raul Seixas devemos ser uma metamorfose ambulante ao invés de ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Algumas vezes será melhor "estar" do que "ser" alguma coisa.

Ao permitirmos que o novo adentre nossas vidas mudamos também a forma de pensar e de agir diante da vida. Mudam também as formas como encaramos os amores, as alegrias, frustrações e decepções que são corriqueiras.

Mudar é preciso! 
E muitas vezes não é um desvio de conduta ou personalidade, mas sim uma grande mostra de coragem para encarar as consequências das mudanças que proporcionamos a nós mesmos.

Portanto,quando lhe disserem que você mudou, nem sempre encare de uma forma negativa. 

As pessoas podem não compreender, podem desconhecer e até temer aquilo que você se tornou, afinal assim como você elas também temem o desconhecido, mas sorria,agradeça e entenda que a vida está cumprindo o seu papel.

Não somos moldes idênticos ou robôs de pensamentos e comportamentos iguais.

Mude,seja,esteja como bem entender.

Seja a metamorfose para que cada vez mais você amadureça, cresça e se renove a cada dia de sua vida.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Sensível demais


Vão ter dias em que por mais que tentemos suprir nossas carências tudo ao nosso redor vai nos afetar atingindo em cheio nossa alma. Ser sensível demais ocasiona isso.

Algumas vezes uma atitude pequena ou um fato comum em nosso cotidiano vai nos tomar os pensamentos e perpetuar a culpa de algo que muitas vezes podemos tanto não ter culpa como não ter onde e como resolver.

Tal como uma crise existencial por que o morador de rua está passando frio ou aquele motorista de ônibus que lhe deu uma resposta atravessada. Não somos super heróis que sabemos as necessidades alheias e sempre surgimos no lugar certo e na hora certa.

Por algumas vezes tal sensibilidade pode parecer patético, daquelas coisas que reclamaremos de nós mesmos quando nos pegamos chorando atoa por algo totalmente irrelevante.

Nos escondemos e omitimos, acabando por oprimir cada vez mais nossa mente a deixando vulnerável para qualquer chantagem emocional até mesmo aquelas menos elaboradas.

A fragilidade é exposta, parecemos não ter força e vigor para lutar contra a crueldade do mundo que de uma maneira desigual nos golpeia com toda a força possível.

Para quem é tão sensível a vida nunca passa depressa ou desapercebida. Se apegam aos detalhes,as entrelinhas se deixando afetar e usufruindo de uma capacidade própria de compreender tudo de bom ou ruim que a vida oferece.

Como um filme em HD de altíssima definição a pessoa sensível, vê ao longe, escuta mais e percebe mais do que as outras, dessa forma também conhecem as melhores e mais fiéis pessoas, pois fica mais fácil notar quem é quem apenas olhando no olho.

Vão de oito a oitenta, do ódio mortal ao amor gratuito.

Com toda a sua sensibilidade estão sempre prontos a explodir para qualquer um dos lados.

Choram por muito pouco, oprimidos e escondidos de si mesmo, mas sorriem para a vida e para o mundo que tanto os oprime e isso pode valer muito a pena.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Quando estou preparado?


 - Você está pronto?
 - Eu já nasci pronto!

Pura e doce mentira de alguém que deseja arduamente mostrar confiança ou preparo para encarar o que der e vier a frente. Desde os mais simples desafios até os mais dolorosos enfrentamentos.

A vida vai não vai te aliviar.

Todos os dias, melhor dizendo a cada segundo um novo desafio é proposto para que você ultrapasse etapas e siga em frente fazendo o que de bem entender na sua vida.

Obviamente surgirão dúvidas e perguntas práticas do tipo: Será que é a hora? Estou preparado para essas mudanças?

Surpresa! 
A vida não vai te dar dicas, ela não trabalha dessa forma.

Da mesma maneira que ela não vai te preparar todas as vezes que resolver puxar o seu tapete ou simplesmente resolver te fazer crescer e amadurecer para o futuro.

Pense como você uma hora ou outra no início da vida teve de aprender a andar 
Alguma vez você teve de se preparar para andar por aí sozinho sem que seus pais estivessem com você a todo instante.

A garota teve de comprar o seu primeiro sutiã. O menino virou homem ou pelo menos pareceu se tornar quando a coragem lhe tomou frente e ele passou a ir até a farmácia para comprar camisinhas.

E as decepções? Aprendizados? 

Quantos deles foram precisos para que toquemos o FODAS no mundo convencional e fossemos viver a nossa vida que tantos insistem em criticar.

Temos de confiar em nós mesmo, confiar muito, mesmo por que a confiança perdida não se recupera tão fácil, quem dera que elas fossem como nossas unhas roídas que logo voltassem a crescer.

Certamente que confiar em alguém é uma das melhores sensações do mundo, mas não supera a sensação de confiar em si mesmo.

Esteja pronto para se preparar mais e mais.
Nunca chegue ao final de seu preparo, pois um mísero segundo é capaz de modificar todo o panorama que parecia calmo e dócil para fazer dele um terrível terreno hostil.

Nossa maior limitação vem de dentro, vem dos confins de nossa mente.
É ela quem sabe quando ou por que não conseguimos nos preparar e nos adaptar ao que ocorre em nosso dia a dia.

Adaptação essa que demanda tempo, uns mais que os outros, o importante é que na hora certa saibamos encarar e preparados ou não sigamos em frente.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

(Des) Amor





Por Priscila Gonçalves

Dos maiores momentos de alegria e alívio para uma pessoa, consiste em contar com um ombro amigo para choramingar as pitangas, um colo para ganhar uns cafunés nas horas de carência emocional, um abraço dos mais fortes que aliviam a dor da alma, mesmo que nada disso venha acompanhado de palavras.

O ato em si, diminui muito o sofrimento nosso de cada problema, pequeno ou grande.

Presentear um amigo, irmão, pai, mãe, namorado com estas atitudes nos faz enxergar a importância de carinho e afeto verdadeiros, e doá-los nos faz ter mais. 

Quanto mais se doa, mais se tem.

Porem, nos deparamos com a insensibilidade e egoísmo, próprios ou alheios, que trava toda e qualquer emoção positiva.

Por vezes, esperamos ganhar para dar, e outrem esperam ganhar de nós para nos presentear.

Mutuamente não se trabalha, e a carência emocional se exaspera e desespera, levando a prantos, seguidos de soluços, dores no coração, cansaço, exaustão. 

O ser fica exaurido no meio do desespero, sem saber com quem contar e o que fazer.

A carência emocional, o desamor pode fazer estragos irreparáveis na alma. Acreditem-me. 

Mas ao me deparar com esta situação de desamor, tive ombros amigáveis, palavras doces, abraços fortes. 

O estrago foi reparado em tempo, sem brecha para a depressão se instalar. 

Deem todo o amor que vocês tem a seus amados, aqueles próximos mesmo que não seja com atos, mas em pensamento. 

Lancem luz à humanidade, que anda nessa carência desesperada, que vive nas sombras da amargura e do rancor, sem saber para onde vai e o que faz. 

Não se deixem abater pelo desamor, por mais forte e cruel que ele se mostre.

Não espere receber para doar.

A gratidão maior vem de dentro.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O dito arrependido


O arrependimento pode ser uma das maiores travas da raça humana. Afinal vez ou outra nos pegaremos pensando naquilo que fizemos e que gostaríamos de não ter feito ou daquilo que não fizemos por temer as consequências até então tidas como catastróficas para o andamento futuro de nossas vidas.

O arrependimento na verdade se torna ineficaz quando o fato acaba sendo reincidente, tal como alguém que diz das tripas coração que se arrepende de trair, mentir e manipular, mas que segue o fazendo com a excelência e a repetição de uma máquina de bom uso.

O arrependimento não muda o que é passado. O que está lá atrás assim vai permanecer, mas é bem verdade que o arrependimento pode sim mudar e muito o futuro.

O pensamento fixo em determinado fato ou argumento pode nos prender a pessoas,momentos ou bens que são irrelevantes para a continuidade das nossas vidas.

O arrependimento não vai te matar. A culpa talvez.

A culpa de ser idiota o suficiente para não ter falado na cara ou aquela péssima sensação que temos quando encerramos uma discussão que poderíamos ter dito isso ou aquilo a mais que ainda caberia, mas que agora não teremos mais a oportunidade.

Há quem não lamente.

Esses talvez sejam os melhores, afinal não se nega que eles vivam para frente.

Já imaginou se um atacante que perde um gol cara a cara no primeiro minuto se lamentasse por ele até o fim e nem mesmo na bola quisesse mais pegar.

Persistência não é para todos, na verdade a calma e a precisão estão até bem ligadas, não de forma íntima, mas de modo que possamos suportar o tempo que leva até tudo entrar nos eixos.

A dor de se arrepender leva as pessoas a pensarem mais em como agir ou no por que não agiram de determinada forma e no mundo de hoje, infelizmente parar para refletir pode significar a beira de uma severa e depressiva crise de nervos.

O medo de tentar é talvez aquela ponta mais amarga do arrependimento, mesmo para quem diz não se arrepender de nada ou que se arrepende com menor intensidade.

Eu não deixo de ser quem eu sou se pensar que poderia ter feito diferente. Ainda mais se dá forma que eu fiz tiver dado tudo certo.

Quantos já não vi por aí pensando: "Nossa, se eu tivesse ficado com fulano eu poderia ter sido mais feliz, ter feito isso ou aquilo, ter convivido com essa ou aquela pessoa.

Balela.

Ninguém conhece o futuro. A temporada de mudanças se abre, mas jamais se fecha e se tudo der certo no final, melhor ainda.

Siga em frente.
Pise fundo e deixe o arrepender para lá.

Olhe para o passado com esmero, mas jamais com vontade de voltar até lá.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Minhas Escolhas



Desde pequenos ouvimos nossos pais durante nosso processo de educação e socialização ditar aquilo que deveríamos fazer ou não fazer. Veja bem não estou aqui para dizer que conselhos paternos são errados e que não devem ser seguidos, mas digamos que nem todo ato de rebeldia em nossa infância faltava como fundamento.

Naquela época não conhecíamos a vida, o que não quer dizer que a curto prazo ou em nossa adolescência propriamente dizendo vamos conhecer mais do que nossos pais que viveram mais tempo do que nós ou como alguns gostam de frisar, tem mais experiência.

Acontece que com o passar dos anos e a medida que vamos tendo conhecimento sobre a vida e claro adquirindo experiência algo que antes só tínhamos através de nossos pais vamos sendo capacitados a perceber o que queremos ou o que não queremos.

Outro fato é que a medida que crescemos passamos a ver que não só nossos pais desejam definir o que faremos ou não, mas também amigos, conhecidos e a sociedade de uma forma geral. 

Alguns impõem a necessidade de um casamento para um casal que já está a algum tempo junto ou que vai ter filhos num futuro próximo,meio como se a alegria da criança dependesse apenas do fato do pai e da mãe estarem debaixo do mesmo teto.

Transformamos em piada aquele tiazinha mais velha que chega ao fim do ano perguntando dos namoradinhos, mas já pensou que na nossa idade ela já podia estar casada e esperando o primeiro filho como a sociedade impunha.

Namoradas podem lhe querer mais atento, mais extrovertido perto dos amigos dela, talvez até mais romântico, enquanto alguns namorados também vão exigir uma garota que lave,passe,cozinhe e até cuide da casa, talvez esteja certo como também talvez esteja muito errado.

É você o espermatozoide vencedor, logo se supõe que você consiga ao longo da vida tomar suas próprias decisões e saber o que é bom ou ruim a medida que vai aprendendo a viver e caminhar com as próprias pernas.

A questão é, não devemos fechar a cara para todos que decidam interferir de alguma forma em nossa vida, dando palpites que muitas vezes acreditam realmente estar ajudando, mas é claro que a necessidade de refletir, avaliar e constatar o que é melhor para si mesmo cabe a nós, tendo em vista que uma ordem ou imposição tira aquilo que primamos acima de muitas coisas em nossa vida. 

Nossa liberdade.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (3)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Junio Soares

"Me chamo Junio e tenho quarenta e um anos.
No ano de 2001 conheci minha até então namorada e que a partir de 2005 viria a ser minha esposa, hoje com quarenta e quatro anos.

A vida foi seguindo normal como todo casal até que em meados de 2009/2010 começamos a pensar em ter um filho ou filha e assim começou uma verdadeira saga pra ter um bebê.


Tentamos por algum tempo e nada, cheguei a pensar que não seria capaz de ter filhos por problemas de quando eu nasci,fora que o pai da minha esposa abandonou a família quando ela ainda era muito pequena, então a vontade dela em constituir uma família era ainda maior, então minha esposa decidiu procurar um especialista.


Foi esse especialista que passou a pesquisar o período fértil dela ou seja quando ela ovularia.


Era toda semana uma ida no médico e quando o período chegava o pau caía a folha aqui em casa até que certo dia minha esposa chega pra mim e pergunta: 


-Você acha que eu estou grávida?

Eu então respondi com outra pergunta: Será?
Ela mesma me disse que achava que estava fazendo o coração ir lá na goela tamanha a vontade de que fosse verdade.

Corri na farmácia comprei um daqueles testes rápidos de farmácia e deu positivo.

Mas geminiano como sou fiquei com o pé atrás e não botei muita fé, resolvi então disse: Bora fazer um exame de sangue!

Mas com Deus no controle tudo dá certo.

Gente do céu estávamos grávidos, foi uma alegria tão grande que eu não consegui nem mesmo chorar, só começou aquele liga pra um, liga pra outro

Me lembro que contamos para uma tia da minha esposa e no dia seguinte tanto essa tia quanto uma prima dela estavam aqui na porta do trabalho com um monte de presentes, nunca vi tanto carinho assim.


Aí começaram a vir os ultrassons,quanta emoção. A cada batida do coraçãozinho, ver o formato das mãozinhas, das perninhas e já no segundo ultrassom o médico deu cerca de noventa por cento de chances de ser uma menina.


E todo mundo me enchia de perguntas sobre querer ser pai de uma menina ou de um menino, por que homem normalmente prefere um menino na maioria das vezes, mas eu sempre dizia que o que viesse tava bom, até que um dia alguém me perguntou e veio a resposta,assim na lata:


EU QUERO É SER PAI, NÃO IMPORTA SE DE MENINO OU MENINA.


Eu só pensava em ser pai.


O dia do parto estava marcado pro dia trinta e um de novembro ás 16 horas, ia ser uma cesariana tudo certo. Nisso eu resolvi acertar algumas coisas no shopping Del Rey pela manhã até que minha amada me liga dizendo: Vem pra casa que a bolsa estourou.


Saí vazado pra casa e rasgamos lá pro Vila da Serra que é longe que só vendo e comecei a esperar né lógico por que eu tinha que acompanhar o parto, minha mulher entrou fez todo o procedimento das anestesias e aí só depois disso me chamaram pra entrar.


Quando pensa que não, minha mulher vira pra médica e pergunta: É normal sentir alguma coisa?

A médica devolveu: Como assim?

Aí minha mulher falou que estava sentindo o corte do bisturi, pensa num olho arregalado, pensa em alguém com o toba na mão do lado de fora depois que me tiraram da sala,mas foi só um susto, logo eu estava de volta pra gravar o parto.


Gravar o corte era desnecessário, mas gravei minha esposa pegando minha filha pela primeira vez,aí chegou minha vez de pega-lá, entreguei a câmera para a enfermeira já gravando, mas aí vem toda a raiva.


A filha da puta da enfermeira enfiou o dedão no REC, só que como já estava gravando ela acabou pausando o vídeo impedindo qualquer filmagem minha pegando minha filha pela primeira vez.


Mesmo assim veio uma menina linda que é o orgulho do pai e da mãe e a quem dei o nome de Maria Eduarda sem nenhum motivo claro, mesmo tendo muitas Marias na minha família e na família da minha esposa e nem mesmo por motivos religiosos.


Hoje ao som de um Guilherme Arantes e de Oswaldo Montenegro, graças ao bom Deus ela é uma criança linda, saudável,cheia de vida com seus cinco anos, eu estou casado a onze anos e espero que fique pro resto da vida, por que esse é o propósito de constituir uma família, com erros, acertos vamos levando a vida sob os cuidados de Deus." 



Meu Primeiro Bebê.Doc (2)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Natanne Costa

"Meu nome é Natanne eu tenho vinte e quatro anos e antes de conhecer o pai dos meus filhos eu era uma pessoa com uma vida muito ativa. Trabalhava, ia pras baladas, viagens entre outras coisas.

Aos vinte e dois anos eu conheci o pai dos meus filhos em uma boate, ficamos juntos e depois de seis meses eu engravidei.


Pra mim o início foi muito difícil, eu não queria aceitar a gestação, como qualquer jovem de hoje em dia eu tinha uma vida muito ativa, ainda não havia apresentado ele pra família e morria de medo da reação deles em especial da minha mãe.


Então a descoberta da gravidez me fez bater o desespero, mas ele aceitou de cara, me deu todo o apoio, beijava minha barriga, já chamava pelo nome de Enzo até mesmo antes de saber o sexo que realmente ele acertou e ficava ali falando que ia ser a cara dele,que ia ser bagunceiro me mimou muito como durante toda a gravidez.


Na primeira consulta deu aquele frio na barriga, de tão ansiosa cheguei até a passar mal,mas graças a Deus não foi nada demais. Quando entrei naquela salinha pra fazer a ultra e descobrimos que era um menino o pai vibrou igual em gol do galo, enquanto eu fiquei ali paralisada pra me certificar que realmente tinha mesmo um ser dentro de mim.


Detalhe que até então eu achava que estava de dois meses,mas estava de quatro meses. 


Aí foi chegar em casa, contei pros meus irmãos que eles iam ser tios e depois pra minha mãe que de primeira ficou sem chão, por que no mês que eu descobri minha gravidez meu pai estava internado com pneumonia e veio a falecer, então meu primeiro filho se tornou o xodó da casa, um presente de Deus pra mim, pros avós, pros tios, fazendo valer ainda mais passar por tudo aquilo.


Isso me ajudou também a ser bem mimada, tive todos os desejos de grávida desde coxinha até aqueles Spoletos de shopping, comi de tudo.


Até que chegou o grande dia, 12/12/2014, saímos pra tomar um caldo, voltamos pra casa e no meio da madrugada minha bolsa rompeu.


O engraçado foi que eu mesma não sabia, quem viu foi ele que me sentou na cama e disse: "Amor sua bolsa estourou" eu sentada estava, sentada eu continuei. E ele só de cueca,desesperado, chamando minha mãe e eu sentada sem saber o que fazer. aí ele voltou, mandou eu me trocar, pegar a mala e ir pro carro.


Cheguei no hospital até então tudo tranquilo, fui pra sala do pré parto,até então eu ainda estava bem.


Até me colocarem no maldito soro. Deus que me perdoe, mas eu queria matar um, que dor, eu vi Deus no céu. Muita dor e desespero, vomitei,chorei, bati nele de desespero até chegar a oito centímetros de dilatação e subi pra sala de parto.


Depois da anestesia foi tudo tranquilo, eu só ouvia ele gritar: "Força amor, força!"

E o médico perguntando: "Quer uma cadeira aí pai?"
Por que ele andava a sala toda e por fim nosso Enzo veio a vida.

Desde então eu estou amando ser mãe, são muitas descobertas, tanto sobre mim quanto sobre eles. 

É muito louco ver uma vida dependendo da sua, mas nasceu uma mãe com uma força inexplicável dentro de mim. Se precisasse passar por tudo aquilo de novo eu passaria, alias passei, pois tenho um bebê de cinco meses e melhor do que ter um só ter dois. 

Resumindo, filhos a melhor herança de Deus."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Convivendo com as diferenças


Essenciais para que possamos aprender a conviver em nossa sociedade, as diferenças não se restringem ao físico ou cor de pele diferente. 

Temos costumes, crenças e diversos fatores que fazem com que a nossa vida seja bem diferente das outras pessoas por mais que pequenas coincidências possam ocorrer.

Todavia conviver com toda essa diversidade mundo afora nunca foi uma tarefa fácil, requer paciência e uma boa dose de otimismo e alegria para resistir a tentação de mandar tudo pelos ares quando algo nos desagrada.

É das diferenças que se nasce o respeito, seja pelo espaço do próximo ou por aquilo que ele acredita.

Quanto maior as diferenças entre as pessoas maior deve ser o respeito por aquilo que não se sabe ou não se vive propriamente pelo exato motivo de: Ser diferente.

Comece a ver com maturidade o fato de que as pessoas tendem a pensar de um modo diferente de você e que isso pode ser legal. Obviamente também pode ser bem chato que pessoas não entendam o seu ponto de vista, mas desde que você tenha motivos para se fazer entender, um diálogo é algo bem cabível para isso tudo.

Dialogar alias parece fácil, mas só parece mesmo, tanto é que mesmo diante do fato de que somos o único ser vivo capaz de ter um troca de palavras e nos fazer entender temos tanta dificuldade para isso.

Criamos um empecilho atrás do outro de modo que as diferenças se sobrepõem as vontades e acabam por minar o contato e até o aprendizado.

Afinal por que não podemos aprender com o diferente.

Conhecer aquilo que nos foge ao comum e que para outros possa parecer algo corriqueiro.

Da mesma forma que alguma atividade por nós realizada pode ser impensada por outras pessoas, outros povos e até por pessoas de nosso foro íntimo.

Pense pelo fato de que muitas vezes não conhecemos nossas reações diante de fatos da vida, por que pensar então que devemos conhecer tudo a respeito de algo que alguém faz e repudiar sem nunca ter feito.

Experimentar pode ser ou não um hábito.
Obviamente que não é necessário se fazer de tudo apenas pelo vão prazer de se abrir a tudo. Temos total obrigação para com nós mesmos de classificar aquilo que é bom ou ruim para nós. 

Fazer o que se têm vontade é realmente muito bom, mas o diferente algumas vezes pode criar um novo panorama que se abre a experimentação.

Experimente, faça como tem que ser feito.
Ou recuse, faça como tem vontade, você não é obrigado a nada.

Contudo, viva sem medo de ser diferente.
Você está nesse mundo justamente para isso.

Fazer a diferença.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Sacrifício?


Por Priscila Gonçalves

No dicionário, abandono voluntário de algo precioso, renúncia, privações a que alguém se sujeita em benefício de outrem, sofrimento, custo, esforço.

E até que ponto o sacrifício para outros nos é benéfico ou traz paz à consciência?

Tem quem enxergue o sacrifício como forma de gratidão, outros, uma dura pena para conseguir algo importante, uma realização esperada ha muito.

Alguns pais exigem o sacrifício por parte de seus filhos em forma de gratidão, fazendo-os pensar que o mesmo sacrifício feito por eles, abdicando da juventude e prazeres da vida, deve ser repetido para que mostrem verdadeiramente agradecidos. Em muitos casos, esta é a unica forma.

Alguns cônjuges se sujeitam a sacrifícios absurdos em prol do parceiro e do relacionamento, muitas vezes, sacrifício pago com a ingratidão.

Até mesmo Paulina Martins se sacrifcou por Paola Bracho e se lascou.

Mas até onde, qual o limite para este sacrifício por outras pessoas?

Vale mesmo abrir mão de sonhos, de se prejudicar em nome de uma falsa gratidão? 

Falsa gratidão, sim! O que alimenta a maioria destes sacrifícios é o medo, movido pelo egoísmo da outra parte.

" Se eu fiz X coisas por você, por que então não se dispõe a se sacrificar por mim? "

Por favor, e por experiência, não se sujeitem a estas chantagens emocionais egocêntricas alimentadas pelo apego e pelo medo de perder!

Existem milhares de formas de se mostrar gratidão pelo sacrifício feito pelos pais, por namorados, amigos.

Um abraço sincero e apertado carregado de afeto, um "AGRADECIDO" dito de coração, um beijo amoroso, trabalhar e se esforçar para ser uma melhor pessoa, para você mesmo e para o mundo, fazer o bem aos outros. 

Abandono desmedido não é gratidão, é medo.

Sacrifício e gratidão, não sinônimos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Falsas Expectativas


Certa vez uma amiga me alertou sobre a célebre frase de Exupery no livro igualmente fantástico do Pequeno Príncipe, "Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas", seria isso então a maior criação de expectativa possível só por que vimos alguém e nos interessamos por ela de forma afetuosa ou pelo meio que ela leva a vida.

Talvez seria mais benevolente ter mais fé ao invés de criar expectativas, mas sem criar expectativas não se vive, mesmo que também não haja frustrações.

De certa forma as expectativas são angustiantes e a realidade não corresponde a nossa fantasia maluca que é criada para imaginarmos que tudo é melhor da forma que imaginamos.

Mas da mesma forma que nós criamos expectativas próprias para se animar e possivelmente se frustrar temos um mundo inteiro de pessoas que estão prontas para gerar outras expectativas e frustrar as nossas.

Nada contra pessoas que desejam apenas relacionamentos de uma noite, mas uma hora há também o desejo de se aconchegar a dois numa cama pela manhã, curtir um bom filme e tomar café juntos falando da vida.

As ilusões criadas e alimentadas por uma expectativa de um relacionamento futuro no entanto acabam por cimentar os sentimentos das pessoas. Criando assim uma geração de pessoas frias, sem compaixão pelo sentimento do próximo, afinal foi devidamente sepultado por alguém que fez algo semelhante. 

As pessoas vão se esquecer daquilo que você diz, daquilo que você fez por elas, mas não vão se esquecer daquilo que você as fez sentir,logo se você as fez se sentir bem, será bem lembrado, se você as fez se sentir mal, então terá aquilo que plantou.

Nada contra quem quer viver solto por aí, da mesma forma que também é legal criar vínculos.

O importante em si é jogar limpo, mostrar diretamente para a outra pessoa o que ela deve esperar de você, sem rodeios, sem teatro, apenas dizer: É isso! É aquilo! Sem mais!

Infelizmente no entanto há quem prefira deixar rolar.
Deixar que o mundo se encarregue o tempo todo de sarar as feridas abertas
E realmente o tempo vai fazer isso, vai fechar cicatrizes.

A diferença é que ou você evita as cicatrizes ou abre outras ainda mais horrendas.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Ela merece elogios!


As vezes não importa quando, onde ou como fazê-lo. Se for um homem de verdade e com perspicácia saberá a importância e o valor de um elogio bem feito a uma mulher, afinal além de terem um grande efeito, são gratuitos e requerem o mínimo esforço.

Evidentemente que não são elogios simples, até por que as mulheres passaram cada vez mais e com razão, a se valorizar evitando que elogios prontos, frases feitas e sem determinados sentimentos e a sinceridade necessária lhe tomem a cabeça.

Bons tempos para os homens aqueles em que meras palavras ditas pelos homens de qualquer maneira ou sem vontade fizesse com que o coração feminino revirasse causando furor e suspiros ou que sua auto estima se elevasse por qualquer "oi" dito com entonação diferente.

Verdade é que o elogio bem feito para os homens não tem tanta intensidade e talvez até seja tratado como algo sem a devida importância, algo que não ocorre com as mulheres.

Pense pelo fato de que uma mulher pode até se vestir bem e se arrumar ao máximo para causar a inveja em outras mulheres, mas certamente ela se arrumará com ainda mais afinco caso seja para agradar aquele para quem ela se veste.

Um simples "Olha você está linda hoje!" pode mudar o dia de qualquer mulher, assim como as horas a fio que elas nos fazem esperar para saírem lindas e belas podem cair por terra assim que são vistas e nenhuma palavra é proferida.

Mulheres gostam de serem vistas, gostam que as admirem pelo seu estilo e por aquilo que são.

Então de nada adianta ela escolher o melhor perfume, a melhor roupa e fazer uma maquiagem digna de uma modelo internacional se não houver reconhecimento para tal.

Mulheres são difíceis de entender e de lidar em alguns casos, podem ser temperamentais tendo gostos e pensamentos diferentes de outras mulheres e obviamente dos homens, mas além de gostarem de ser elogiadas elas merecem. 

É sim uma questão de merecimento que nos leva a tecer um elogio que para nós soa como algo tão simples e que para elas tem tamanha importância e valorização.

Não demore a perceber isso. A notar que dentro de todo carente coração feminino mesmo que encoberto por uma leve casca que muitas insistem em colocar sobre seus nobres sentimentos possuí o desejo de ser elogiado por aquilo que faz e por aquilo que ela é.

E aí! alguém já lhe disse como você está bonita hoje?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (1)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu conheci o pai da minha filha na porta da minha casa.
Naqueles tempos eu vinda de uma cidade do interior de Minas já morava a algum tempo em Belo Horizonte, naqueles tempos eu tinha uma vida muito parada o que não significa que eu não tivesse muito serviço.

Namoramos por seis anos e depois nos casamos, mas o pensamento de ter filhos veio só com três anos de casados. 


A ideia começou por um pouco de cobranças e depois passamos a sonhar com essa realização. Quando fiquei sabendo da gravidez eu fiquei meio aérea, não chorei e não consegui associar aquele que seria futuramente o momento mais perfeito de toda a minha vida.


Tive um pré natal perfeito, o desejo por uva verde, mas daquelas bem verdinhas mesmo e sorvete com guaraná, esse então quase incontrolável. O sexo do bebê não queríamos saber, mas o nome me lembro que foi o pai quem deu,só não me recordo o motivo.


Apesar de toda a curiosidade pelo momento vivi um momento difícil, acho que nunca briguei tanto com o pai da minha filha como naquela época,não sei se por ciumes ou pelo fato de que nessa época ficamos mais sensíveis.


Os planos mudaram, as prioridades também e o que era apenas um sonho ficou ainda mais forte. Eu estava a caminho de conhecer o carinho e o amor pelo qual não conhecia.


Quantos puxões de orelha do médico eu não tomei, afinal não comia, exceto pelo sorvete, nesse eu me esbaldei. 


Me recordo que quinze dias antes do nascimento de minha filha estávamos voltando de Cabo Frio e pegamos um engarrafamento daqueles, três horas parados, eu inchando e todos aos prantos no carro, o pai, a tia e a avó, todos passando mal por mim que me mantinha lá quietinha,tranquila.


Susto mesmo veio um dia antes do nascimento. 

Estava com um marceneiro em casa e mexendo com cola nos armários, comecei a espirrar sem parar e quando dei por mim estava com o pai da minha filha desesperado tentando me acordar.

Eu apaguei, tinha desmaiado com o forte cheiro de cola e com os espirros em sequência. Havia muito sangue, sujei minha roupa toda e o pai da minha filha achou que havíamos a perdido.


Fiquei tranquila apesar de demorar um dia inteiro para ir ao hospital, meu irmão e o pai da criança ficaram doidos, o quarto onde eu estava ficou lotado. Familiares por parte de pai,amigos em comum, tanta gente que o médico teve que tirar todo mundo do quarto enquanto eu sentia dores que nunca imaginei sentir na vida.


Pedi que o médico me desse a anestesia ali mesmo pois achei que ia morrer de dor. No entanto parto foi rápido e perfeito, exceto pelo meu acompanhante dorminhoco que trancou a porta do quarto e me deixou completamente doida por que não acordava, e eu anestesiada e as enfermeiras querendo me medicar.


É um sonho inexplicável, mas uma felicidade sem fim."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Guia de vida para todas as manhãs


Acorde pela manhã e antes de dar bom dia ao mundo e para aqueles que você ama ou que estão ao seu redor, dê preferência a você. Dê a você mesmo o seu mais belo e sonoro bom dia.

Em seguida ao abrir os olhos e deixar o santuário que é nossa cama não permita que a sua esperança num amor sincero e gentil seja posta abaixo por aqueles que aos berros explanam aos quatro ventos a falsa loucura de que o amor é uma ilusão.

De maneira alguma deixe que as mentiras maior mal da humanidade mesmo que recém descobertas apaguem a chama de fé que temos na existência de gente sincera, disposta a lutar para que a verdade apareça sem máscaras e disfarces em meio a interesses mesquinhos e egoístas daqueles que não são gente de verdade.

Que não percamos a capacidade de crer no carinho gratuito mesmo que constantemente sejamos bombardeados com notícias e fatos que nos assaltam o peito e levam nossos bons sentimentos para uma terra desconhecida.

Mesmo que estejamos a cada dia mais rodeados de falsidade, desonestidade que sem culpa nos socam a cara sem qualquer remorso, não se inferiorize-se. Não somos menores que ninguém por escolher enriquecer financeiramente e psicologicamente sem nos corromper para tal.

Se possível engula sapos, aceite injúrias e corra para longe de toda e qualquer confusão sem se sentir acovardado por isso.

Corra pela manhã expelindo de sua pele toda a maledicência que escorre pelos seus poros como um suor expulsando venenos perigosos e os desejos de inveja e vingança a quais todos os dias somos expostos.

Deixe de agir com a plataforma de olho por olho e dente por dente afinal pagar com a mesma moeda algumas atitudes poderá nos fazer cair na armadilha de uma hora ou outra copiar ações nada nobres e que prejudiquem não só a outras pessoas como nós mesmos.

Caso os amigos se afastem e não o procurem ao invés de fazer o mesmo e resfriar uma amizade que pode ser longa e duradoura, faça ao contrário. Vá até ele, reforce os laços e lembre-se da importância de uma amizade em tempos difíceis.

Quando nossos relacionamentos se dispuserem de brutalidade, grosserias e qualquer atitude que nos desabone dispare gentileza, transmita paz e paciência e que todos os seus sorrisos dissipem sem chance de retorno o ódio onde deveria ser amor.

Não tema a morte, mas valorize cada segundo do dia de hoje lembrando sempre que ele pode ser o último não existindo o tão querido amanhã.

Pelo menos alguma vez evite relógios, agendas e celulares e experimente quebrar a rotina, abrindo espaço para os seus instintos e fazendo aquilo que lhe der vontade.

Coma fora do horário de almoço, durma, acorde e feche os olhos apenas quando tiver vontade, literalmente se dê ao luxo de realizar apenas aquilo que aprecia fazer mesmo que não obtenha qualquer tipo de retorno.

Quando o despertador tocar pela manhã a cada dia leia e se quiser até mesmo releia esse texto, talvez descubra que a vida é demais para ser vívida com pressa sem tempo para aproveitar aquilo que de melhor ela tem a nos propor.

Não temas falar sozinho seja para lhe dar bom dia pela manhã ou pela noite para agradecer o que importa se você fez, não fez ou preferiu nem pensar em fazer o melhor de tudo isso é chegar ao final de mais um dia e pensar mesmo que por um breve instante que logo você poderá fazer tudo novamente amanhã.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O ano que chega



"Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender" 

Parece simples, diria até comum que as pessoas abram o ano atrás de promessas feitas na hora da virada e afoitas por um novo mês ou até mesmo ano que como uma criança inocente abra a porta da vida e lhes dê uma nova vida.

A atmosfera de renovação que nos rodeia para todo o início de ano realmente fascina. A impressão que se dá é que toda a esperança que acumulamos durante o ano, toda a tristeza que passamos a cada ano difícil é dissipada sem chances de volta.

Nossos corações se preenchem com uma aura de pureza e a volta do brilho no olhar gera a expectativa de que o primeiro dia do ano é um marco para uma nova vida. Mas será mesmo?

Ao nos enchermos de esperança corremos o risco de também criarmos ilusórias saídas para o nosso modo de vida que pode não estar funcionando.

O ideal é que tenhamos uma vida onde não precisemos fugir da nossa realidade com uma frequência maior do que a vivemos seja ela na virada do ano ou por qualquer segundo de nossas vidas.

Fato e que o ano nos traz a comodidade rotineira, aquelas manias de seguir o ritmo ditado dia após dia, boletos e mais boletos, pequenas conquistas e grandes frustrações, resultando num fim de ano arrastado, com suplicas desesperadas para que o dezembro chegue logo ao fim como se o janeiro melhorasse tudo pelo simples fato de mudar o dígito no calendário.

Passamos então a compreender que não podemos viver de expectativas, mas sim de realidade, afinal a frustração nada mais é que uma sombra daquilo que ansiosamente projetamos ter sem saber se realmente seremos o que se projeta.

Nossos melhores anos ficam aquém das promessas. Paremos com essa de que se o ano foi de alguns fatos ruins foi de todo ruim assim como se ele foi incrível é aquele supera as expectativas. Não é, se parar para olhar verá que você foi em busca daquilo que queria e com isso alcançou objetivos que queria e até acima daqueles que tanto desejava.

É fácil gritar pro mundo que ele deve mudar tudo quando começa o ano, da mesma forma como nos enchemos de ilusões e esperança em dezembro mais do que de comida na ceia do natal, mas nada vem de graça.

A felicidade e o sucesso são amigos que ocasionalmente se encontram baseados em destino, meritocracia e luta. Não é o mundo que saí do lugar quando o planeta completa o ciclo de rotação, mas você que vai adiante, rumo ao futuro.

É preciso ousadia para que as mudanças ocorram, ficar parado realmente não vai ajudar em nada se a inércia nos dominar. Aniversários, luas que trocam de fases, marés que se quebram no mar, estações do ano mais propícias, búzios, tarôs e mantras de paz, tudo isso apenas ajuda, mas nada fará com que essencialmente aconteça.

Todos os dias são dias certos para ser feliz. Chega de esperar pra começar a dieta que te fará perder quilos extras, chega de esperar o começo do fim de semana para decretar liberdade e enfiar o pé na jaca, de um jeito ou de outro devemos arranjar um jeito para mudar as feições tristes para o vasto sorriso.

Vamos viver, 
Saía do marasmo e das promessas e firme a realidade, o tempo não lhe dará mais chances passadas para ser feliz, as oportunidades de hoje não serão as mesmas de amanhã. Ou você as produz e aproveita ou você as recusa e recomeça.

Que sejamos nesse e em todos os anos os responsáveis por nossas boas escolhas e que até mesmo os tropeços nos lancem para pontos mais altos e prontos para voar.