terça-feira, 23 de outubro de 2018

Finalmente Aprendi



Nos últimos tempos quantas vezes você refletiu e pensou realmente em você,isto é quantas vezes nos últimos tempos você esqueceu um pouco do mundo lá fora,respirou fundo e se lembrou daquilo que alguém lhe falou como em tom de ensino ou de modo que lhe transmitisse algo que fosse relevante a sua vida.

Muitas vezes temos muito a dizer para nós mesmos, tanto para dizer que nos falta o que falar e esquecemos vagamente daquilo que poderia ter sido vivido,aprendido e claro, falado.

Independente de quanto uma pessoa possa nos conhecer certamente,ainda assim será pouco perto do nosso próprio conhecimento ou do quanto podemos nos superar rumo aquilo que desejamos receber e ensinar ao próximo.

Há um desejo solene para que possamos compartilhar o aprendizado. Mas,claro que infelizmente nosso desejo em aprender e repassar o nosso aprendizado não é sempre bem visto e acabamos algumas vezes sendo ignorados por aqueles que não nos desejam ver bem.

Vai ser raro encontrar pela frente pessoas dispostas a ouvir o que você quer falar,a ler aquilo que você se propõe a escrever, talvez por isso nos falte algumas vezes as palavras certas e acabamos optando pelo silêncio.

O quanto um bom silêncio pode nos preservar,ali contidos em nós mesmos,evitamos falar além do que as pessoas querem e precisam ouvir e até por quê num mundo que tanto discorda como o nosso a possibilidade de muito dizermos e poucos sermos escutados existe a todo instante.

Vai parecer que a educação e a gentileza são metas do século passado, talvez ali emoldurado num quadro velho esquecido no canto da nossa cabeça junto aos poucos traços do nosso afamado e esquecido romantismo.

Nós somos aquilo que oferecemos, somos aquilo que temos a passar ao próximo e não o que recebemos em contra partida. 

Há um dizer infantil que ouvi de professores em meio ao meu ensino fundamental que dizia que para cada pessoa existia uma dualidade,onde um é aquele que somos realmente,que se vê da maneira que é por dentro e que se conhece como ninguém,enquanto há o outro que dizem que nós somos,a opinião alheia a nós mesmos, onde haverá tanto frutos bons a nosso repeito,quanto uma desmedida quantidade de frutos podres e embolorados.

Não se mede a felicidade alheia,a dor alheia, não conseguimos nem mesmo medir a nossa,quiça dos outros, não se sofre mais ou menos do que ninguém,cada qual com a sua vida;cada cão que lamba a sua caceta,popularmente dizendo.

Não é todo mundo que vai saber tudo sobre o amor apenas pelo fato de que disse Eu te amo mais de duas vezes no último semestre, nem sempre se conta com quem realmente diz que poderemos contar,horas boas são belas,clássicas, mas as ruins afastam e peneiram amizades acima de qualquer suspeita.

Nem todo mundo é ruim, mas claro que nem todo mundo é bom,vão existir,amigos,colegas,amizades daquelas que teremos sempre presentes,mas estas são contadas nos dedos,bem diferente daqueles amigos de golo,a quem vemos a todo instante que se abre a primeira gelada.

Hoje me dou conta que nada vem fácil, ao olhar para trás vejo ali a minha coleção de dificuldades e já esboço bem quem me estendeu a mão e quem a recolheu a colocando no bolso para seguir adiante.

A barriga não dói apenas uma vez,mas a vidraça após estilhaçada não volta a ficar inteira jamais. Só que passa, tudo passa e o tempo se encarrega disso.

Abriremos os olhos pela manhã e veremos que mais um dia chegou. Acordamos para esse dia e para a vida após muito relutar. Não há vazio que não possa ser preenchido,espaço que não possa ser ocupado,somos nós e nós de novo.

Acima de tudo,abaixo de ninguém,sem egoísmo e talvez apenas um pouco de amor próprio,ele, o único realmente capaz de lhe trazer a mais verdadeira felicidade.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Quando convém



Alguém um dia me falou que a vida é um grande corredor por onde muita gente vai passar. Alguns vão dar uma paradinha por entre os metros que se seguem,aqueles com maior boa vontade podem até se assentar e tomar um café enquanto aguardam a vontade de ir, outros desviam de corredor e dão meia volta.

Me peguei em uma franca conversa com uma amiga esses dias. Estudamos juntos por dois anos incompletos,mas sempre tivemos um excelente diálogo sobre a vida de uma maneira geral e apesar de hoje morarmos a quilômetros de distância a amizade é florescida e abastecida pela globalização que as redes sociais e os aplicativos de comunicação instantânea permite.

Muito provavelmente seria melhor que mantivéssemos uma convivência diária para sanar dúvidas,falar sobre a vida ou quem sabe apenas jogar conversa fora mesmo em busca de achar a tal felicidade oculta da vida ou apenas para que a vida seja mais doce de vez em quando.

O tempo,o destino e até mesmo a vida não permitiu que estivéssemos fisicamente próximos,mas admito que hoje me vejo mais próximo a ela do que de muitos fisicamente presentes na mesma cidade,no mesmo bairro.

Infelizmente a vida tem dessas coisas e não poderemos sempre escolher quem teremos ao nosso lado para contar com a presença,mas claro que o esforço conta muito.

Já parou pra pensar quantos teóricos melhores amigos você já teve? Quanta gente você achou que manteria aquela boa amizade para sempre e de repente por coisas da vida,por escolhas próprias e até um punhado de destino mesmo acabaram indo para um lado oposto se tornando um mero estranho com o qual você tem contato via redes sociais e que dá felicitações em datas importantes.

O diálogo é algo que aproxima as pessoas acima de tudo, ninguém se resolve única e exclusivamente com o olhar, facilita é claro,mas os seres humanos precisam se comunicar, uns mais do que os outros.

Eu não preciso falar todo santo dia com todos os meus amigos, não faço isso nem mesmo com os meus pais,mas e nas horas ruins,como fazer?

Os bons momentos são chamariz para a aproximação de pessoas, todo mundo quer sorrir, todo mundo quer estar lá quando você está bem de situação,mas e quando o seu mundo caí? Como fazer?

As pessoas deveriam compreender que a vida da gente é realmente passageira e que gerir a presença de todo mundo é praticamente impossível, uma hora se está aqui, em outros momentos outras pessoas estarão ao seu lado, mas aos poucos se identifica aqueles que sempre estarão.

Viva a vida como deve ser,deixe que as pessoas se aproximem e se afastem nessa grande ciranda que é a vida. Será mais forte que você qualquer ida e vinda que se apresentar,mas será mais fraco que você qualquer laço que se romper por uma consequência boba, por um deslize atoa,são esses aqueles a quem logo perceberemos que já cruzaram o corredor ao invés de se sentar e bater uma boa prosa.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Meu querido Ex.Doc (37)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Tinhamos ali algum tempo de namoro,não sei precisar quanto tempo era,mas era tempo o bastante para nos conhecermos,nos gostarmos e por outro lado desgastarmos a relação aos poucos.

Eu já não tinha tanta paciência quanto deveria e ela já desconfiava muito de mim devido ao meu trabalho na época e a toda conversa fiada que já existia naquele momento.


Eu saía da casa dela sempre muito tarde e de lá ia direto para a minha casa,mas mesmo assim era sempre vítima de um olhar maldoso de vizinhas que falavam a mais,ou de algum fato novo na vida da minha namorada que fazia com que ela se revoltasse contra mim.


Me lembro que certo dia uma colega me pediu para ajuda-la com um notebook que supostamente estaria estragado. Fui até lá dar uma olhada,coisa rápida,talvez não tivesse conserto,como realmente não teve,mas isso me serviu para conhecer uma vizinha da moça.


A casa da minha namorada era próxima a dessa outra mulher,portanto apesar de conversarmos normalmente até então não existia nada, primeiro por quê eu era comprometido,segundo por quê ela era ex de um colega meu,vizinho também, daí ficava um clima estranho mesmo que ele não se importasse com ela mais.


Alguém certa vez me falou que era ruim se envolver com mulheres que moravam no mesmo bairro ou muito perto da sua casa,pois gerava uma situação de desconforto para quando você pudesse se envolver com outras pessoas.


Eu não me lembro direito,mas quando dei por mim estava envolvido com a vizinha da mulher do notebook.


Ela não sabia ao certo que eu namorava,acreditava que eu tinha uma ex que morava ali perto,até por que eram pessoas conhecidas,mas lá estava eu envolvido nesse rolo.


Acredito que toda relação é respeitável como deve ser,mas admito que a minha relação com a então namorada era meio que insustentável naquele momento,era briga atrás de briga enquanto da outra mulher eu recebia todo um carinho e leveza que não tinha.


Contudo,eu me sentia mal por estar traindo alguém, parece meio idiota falar isso,afinal traição não tem justificativa,mas era uma trama novelesca,onde um casal se aproxima,se envolve,não diria que se apaixona,por que seria demais,contudo,um deles era comprometido.


Não sei quanto tempo durou,mas me lembro que era a mesma época do crime do dono da Yoki. Para aqueles que não se lembram,Marco Kitano Matsunaga era casado com Elisa Matsunaga,após diversas humilhações e supostas traições do empresário dono da Yoki ela o matou dentro de casa e o picotou inteiro o colocando dentro de uma mala e o levando para fora do apartamento em que moravam.


Caso de enorme repercussão em meados de 2012, daqueles que vira assunto nas rodas de conversa,meme na internet e que cria diversos peritos criminais e sociais discutindo a reação da mulher e as atitudes do falecido.


Pois bem, me lembro que certo dia estava trabalhando e do nada recebo ligações quase simultâneas na parte da tarde. Uma da minha namorada,em crise,xingando Deus e o mundo e outra da minha "amante" me questionando sobre eu ainda estar namorando ou não.


Na hora confesso,travei,não tinha muito o que fazer ou como agir e acabei apenas seguindo o dia sem fazer nada diretamente.


A chegada a casa da minha namorada foi algo surreal,ela visivelmente atacada evitou dizer algo diretamente,parecia acuada e ao mesmo tempo com vontade de atacar e eu já meio que sabia o por quê,mas preferi não falar nada.


Não demorou muito para que a campainha tocasse e ela com uma leve ironia fosse atender: Você tem visita!


Ela desceu e eu percebi o perigo. 


Homem pensa rápido quando a situação aperta para o lado dele. 

Eu estava sozinho,ela indo atender a porta e eu já imaginava quem seria.

O caso Yoki me veio a cabeça e mexer com duas mulheres raivosas e enganadas a portas fechadas não era de longe a minha intenção,resolvi descer também e ter espaço para possíveis fugas.


Ao chegar ao portão me deparei com as duas.


A raiva estampada no rosto da namorada e a frustração no rosto da outra. Tomei uma colossal e merecida bronca e entrei para casa da minha então namorada junto dela para ouvir ainda mais.


A outra seguiu para casa pisando duro.


Eu estava livre de virar o novo Marco Kitano,mas ainda ouviria muito e fui duro lembrando que realmente o relacionamento já não ia bem.


Naquela noite eu tive o arrependimento maior de ter traído a pessoa com quem eu estava,mas saí da casa da minha namorada e fui até o encontro da minha suposta amante que já havia me ligado.

Os olhos marejados dela me comoveram e admito que quase nos beijamos quando ela me pediu que decidisse com quem eu gostaria de ficar.

Eu preferi a minha então namorada que aceitou a traição e topou recomeçar. Hoje por um lado tenho o ligeiro arrependimento por ter feito o que fiz e até por não ter ficado com a pessoa que naquele momento me fazia bem ao invés de prosseguir com um relacionamento que já não dava mais certo e que após aquilo degringolou de vez.

Em outras oportunidades e já solteiro cheguei até a voltar a ficar com a garota que por um tempo foi minha amante,mas nunca cogitamos voltar a ter um relacionamento fixo.

Entendo que na cabeça dos dois meio que vinha o fato de que algo que já começa errado tem tudo para dar errado,além é claro do fato de que a confiança para um relacionamento,namoro ou seja lá o que não existia.

Hoje sei que ela tem um filho com seu atual namorado,sendo que já tinha uma filha da época em que nos envolvemos e minha ex namorada hoje está com outro cara bem mais velho do que eu e do que ela também com quem ela mora junto."

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O mundo chato de hoje em dia



O mundo anda meio chato ultimamente.
Claro que por estarmos nele também temos lá nossa parcela de culpa em promover tanta coisa que possa parecer legal de imediato,mas que na verdade é tão incômoda para a maioria.

As pessoas parecem cada vez mais perder a noção do limite entre o que é ou não suportável, do que é ou não tolerável.

Mudaram-se os dogmas,contornaram-se as regras aceitáveis e sobraram a raiva e o rancor de quem deseja discutir e tumultuar um pouco de tudo.

Acordamos e dormirmos em conflito com as outras pessoas viventes e quando muito passamos a nos enfrentar por conflitos pessoais que foram criados por pessoas que pouco importam em nossas vidas ou que poderiam facilmente evitar tais problemas.

Passamos a nos cansar mais, mas não é o cansaço físico. É pior, esgotamento mental mesmo,onde pessoas falam e falam o tempo todo,mas não dizem nada de relevante,nada de importante,nada de verdadeiro.

Formamos opinião de muita gente de forma involuntária,sem querer mesmo,a ponto de que quando nos damos por si, vemos que as pessoas já se informam sobre nome,telefone,endereço e tudo aquilo que desejam saber sobre nós,mas de verdade mesmo,nada sabem.

Soltamos uma gama tão grande de informação para o mundo que por vezes até nós mesmos ficamos sem saber ao certo o que é verdade ou mentira em nossas vidas. E olha que vivemos in loco, prontos para saber e não saber aquilo que nos interessa.

Como diria Veríssimo,que belo mundo mal frequentado esse em que vivemos,tão cheio de gente politicamente correta por fora,mas que por dentro se perde em meio as próprias ações contraditórias para aquilo que defende.

Somos ora moralistas, ora defensores da verdade absoluta e lá no finzinho,mas bem no restinho mesmo,seres humanos que erram mais que acertam,mas que admitem muito pouco para tudo de errado que produzem.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Em constante mudança


Há uma verdade no mundo que poucas pessoas lhe contam. Verdade essa que seremos obrigados a concordar mesmo que ela não tenha a mesma intensidade para todos. "Tudo muda o tempo todo"

Como qualquer pessoa presente na face da terra,devemos compreender que mudar faz parte do nosso crescimento pessoal,afinal diretamente seremos obrigados a ganhar certos aprendizados que vão gerar desconforto em nossas mentes ou proporcionam mudanças significativas em nosso cotidiano e na vida de uma maneira geral.

Ao gerarmos a mudança passamos a ter que se adaptar a essa mudança, logo perceberemos que nossa adaptação as mudanças não é sempre rápida e prática.

Temos uma grande tendência a temer aquilo que é novo e desconhecido para nós,afinal estamos acostumados a determinados pontos quando de repente passamos a ver esses pontos se modificarem e os rumos de nossa vida serem alterados sem aviso prévio.

O primeiro passo para mudar é compreender que estaremos sempre em uma constante mudança,dessa forma poderemos estar mais preparados para eventuais mudanças que ocorrerão ao invés de ser pego de surpresa.

Claro que nem todas as lembranças serão boas,algumas realmente serão muito ruins,mas necessárias para seguirmos em frente e principalmente para que possamos aprender cada vez mais.

A cada mudança de nossas vidas é como se um novo início fosse aberto,um novo ciclo por assim dizer,sendo que enquanto você muda,logo as coisas e pessoas a sua volta também estarão em constante mudança e por isso surgirão desencontros de opiniões e divergências de idéias.

É esse o momento que se divide entre aqueles que se adaptam rapidamente para aqueles que apenas observam as mudanças.

Aqueles com mais coragem já sabem que durante as mudanças vão haver quedas,tropeços,mas que uma hora ou outra você vai se levantar e seguir em frente,contudo outros vão conter a evolução por si mesmos,ficando estagnados enquanto poderiam apenas caminhar mais devagar ao invés de ir a passos largos e braços abertos rumo ao novo.

Não há necessidade de pressa,tampouco é preciso ter tão pouca cautela,mudar é preciso e vai acontecer,mas cada pessoa tem o seu tempo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Tempos de guerra




De acordo com a nossa querida bandeira nacional o Brasil deveria seguir inicialmente seu maior "lema" que viria a ser "Ordem e Progresso". 

Bendita contradição essa que cada vez mais nos coloca diante de uma guerra incondicional pelo poder máximo de um país cada vez mais combalido em seus problemas sociais.

Não há salvador da pátria,mas cada vez mais há aqueles que se dizem o tal,que se dizem capazes de resolver os problemas de uma população que anseia por dias melhores.

Pátria amada salve,salve,que mais uma vez está diante de um caótico período de guerra civil sem que haja um único disparo em vão,tanto quanto haverão impropérios e inimizades criadas através de uma simples inserção de números em uma quase não suspeita urna eletrônica.

Quem perde
Quem ganha
Quem se vangloria e comemora um resultado que poderá se estender até o temido segundo turno.

Polarizamos uma briga onde deveria haver uma nação como vencedora,quando na verdade haverá apenas a divisão invisível de um país que ou apoia a direita ou apoia a esquerda.

Padecemos de compaixão de nossos comandantes,afinal são eles que com nossas posses em mãos decidirão nossas vidas pelos próximos quatro anos,mas que poderão influenciar diretamente toda a nossa vida e daqueles que prezamos por muito mais tempo.

É uma infundada batalha de egos e orgulhos feridos. Diversas acusações e conceitos prontos para serem disparados a favor ou contra quem quer que seja.

Perde-se o vizinho
Perde-se o amigo
Ganha-se aliados políticos por um mês ou mais.

Ao invés de nos unirmos por um país melhor para todos,passamos a polarizar aquilo que convém a nós. A descrença chegou a um ponto onde não conseguimos mais avaliar quem é vilão e quem é mocinho e passamos a votar no menos pior,ou naquele que rejeitamos menos.

Que caldeirão vivemos,que turbilhão de emoções dia após dia numa exaustiva sequência de notícias que desmoralizam A e B sem pensar que logo esses que são queimados em praça pública serão os responsáveis por gerir a nossa nação.

A propaganda do governo federal ainda jura que o Brasil é o país de todos, mas afinal: Todos quem?

Abaixem suas armas,soltem as suas pombas da paz,a guerra está declarada e o voto aparentemente vai decidir por um tempo. 

Tempo esse muito curto,menor até do que os quatro anos,já que um diz que seu partido irá tomar o poder e outro que não aceitará a derrota.

Não tem MITO,não tem salvador do povo,pai dos pobres, tem apenas um mutirão,uma cambada de pessoas que se julgam especialistas em política de quatro em quatro anos,mas que na média votam mal,quando não de forma péssima.

Guardem os nomes,guardem as promessas e principalmente cobrem. 
Cobrem para que não caía no esquecimento e tudo vire uma pizza mofada como costuma ser.

O país é gerido por eles,aqueles a quem escolhemos ou aqueles que convenceram mais a maioria,mas na verdade,bem lá no fundo o país é nosso,dotado de pessoas que vão viver as escolhas que esses indivíduos tomam pela gente.

Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada,sofrida,amargurada e tão maltratada... Brasil!

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (36)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Acredito que a adolescência seja talvez a mais difícil das fases que todos passam em suas vidas, claro que enquanto a vivemos não aceitaremos isso,afinal acreditamos de todas as formas que temos todas as certezas do mundo quando na verdade estamos apenas amadurecendo tudo aquilo que um dia seremos ao nos tornar de fato adultos.

Talvez por isso eu tivesse tantas dúvidas,não era daqueles adolescentes que os pais eram grudados a ponto de vigiar os passos,mas também não era solto o suficiente para enveredar por um caminho ruim até a fase adulta.


Contudo era meio que unanimidade que para um garoto na fase de dezessete anos eu era um tanto quanto esperto por demais,talvez daqueles que tivesse meio que a cabeça de velho,mas bem,apesar de todos esses predicados eu ainda assim era um adolescente.


Nessa época eu tive de mudar de colégio, problemas internos,brigas com professores,eram vários os motivos que me afastavam do meu antigo colégio e me colocavam num ninho novo,afinal,é como um estranho no ninho que um adolescente vê tudo de diferente tendo em vista que a vida toda estudei no mesmo colégio e sempre no período diurno.


Estudar com gente de todo o tipo e no período da noite era pra mim algo totalmente novo,mas tudo bem,seria bom respirar novos ares e ter experiências novas e admito apesar de todas as dificuldades acredito que tenha sido a melhor fase da minha vida.


Lembro que entrei em uma sala onde provavelmente eu era um dos mais novos se não fosse literalmente o mais novo da classe. As pessoas trabalhavam e a noite iam para a aula,eu fazia cursinho e a noite ia para aula.


Não demorou muito para que as pessoas da sala se aproximassem,mesmo que ainda não houvesse aquela amizade completa passamos a conviver muito e trocar ideia por telefone já que na época o whattsapp ainda não existia.O orkut era o lugar para rirmos daqueles que tanto aprontavam em sala e claro para aproximar das garotas.


Eu não tinha planos de namorar alguém,não estava nem de longe entre as minhas prioridades,mas entre um casinho e outro acabei por me aproximar de uma garota da minha sala.


Admito,eramos opostos,ela alta,estabanada,daquelas que se faz de durona,mas chorava muito,em compensação não a queira ver em uma briga a chance dela lhe acertar um soco direto no palmo do nariz era imensa. Eu pequeno,magrelo,incapaz de brigar com um mosquito era meio que o contraponto dela e assim fomos indo naquele namoro meio que sem compromisso,mas que atraía muita conversa em sala e claro da escola.


Passamos a andar em um grupo reduzido,fazendo com que outros casais se formassem e claro,os planos ou rolês do grupo se tornassem diferentes.


Estudávamos perto da Savassi então os barzinhos da zona sul e do centro da cidade eram desbravados por nós e logo passamos a ir em cinemas e outros lugares mais próprios para casais.


Lembro que ela foi bem envergonhada na nossa primeira transa. Eu já era maior de idade,mas ela ainda era menor,ou seja como ir para um motel ou algo assim sem que fossemos detidos ou impedidos. O jeito seria ir nos motéis do centro,a chance de que eles pedissem carteira de identidade era menor,mas claro que havia o plano B de pedir para entrar e ver o quarto e deixar a menina lá comigo voltando para apenas alugar o quarto sem ser perturbado.


Bom o plano B executado de primeira falhou miseravelmente e ficamos com a opção de procurar um lugar que não pedisse identidade,deu certo e então conseguimos matar os desejos sem maiores problemas.


Acontece que se para mim o namoro era mais curtição e boas chances de uma transa esporádica na parte da tarde com uma garota que não me criava problemas e ainda tinha companhia até o horário de pegar o ônibus na praça da Liberdade,Deus sabe quantas noite eu fiquei por ali ao longo do nosso enlace.


Mas acho que a transa com ela fez com que a garota começasse a ver o "namoro" com outros olhos, pra começar ela absorveu a música "Tem que ser você" do Victor e Léo pro nosso namoro e a música não podia tocar no rádio que a garota tava lá me chamando no MSN e postando a letra nos depoimentos do Orkut.


E música quando está no auge você sabe como é né, toca toda hora,ou seja,se eu vacilasse no MSN ela passava a criar caso. Logo não demorou para que ela passasse a aflorar os ciúmes que iam de qualquer garota que se aproximava mesmo que para fazer um trabalho de escola até a prima dela que estudava no mesmo colégio e era muito mais colada nela do que em mim.


Fomos então para as férias de meio de ano,por morar na outra ponta da cidade a chance de vê-la durante o período de quinze dias era bem menor do que o esperado, mas nos falávamos pelo telefone e outros meios e até nos encontramos até o dia em que vi que ela retirou o status de relacionamento no Orkut e simplesmente passou a me responder de forma bem seca.


A questionei e ela simplesmente terminou sem dar maiores explicações,apenas saiu da internet e de bate pronto passou a postar indiretas no status musical do MSN,onde antes estava a tão "adorada" canção do Victor e Léo. Deixei passar os dias,mas resolvi entrar no jogo e apenas postei uma canção que estava no auge na época,mas que tinha uma pequena referência a situação a qual eu passava.


Usei "Algum Dia" do Capital para dizer: "Se você quer que eu feche os olhos pra alguém que foi viver algum dia lá fora. E nesse dia,se o mundo acabar,não vou ligar,pra aquilo que eu não fiz"


Não houve resposta de imediato,mas sei que ela entenderia a mensagem.


Volta as aulas e a garota completamente calada e o que ocasionou um racha na sala já que para as garotas ela havia dito que eu a havia traído com um menina que me chamará para o cinema,quando eu nem sabia desse convite,enquanto isso os meninos da sala,ganhavam a volta de um colega aos bares e claro o aumento das notas,já que eu era fonte de "busca" na sala.


O racha durou até as provas trimestrais,afinal as garotas preferiram boas notas a crer numa história mal contada de uma garota que não era lá tão querida na sala de aula, então no dia ela literalmente ficou abandonada no canto da sala enquanto as pessoas trocavam ideias comigo,antes,durante e depois da prova.


Vi ela chorar muito naquele dia.

Acho que para qualquer pessoa admitir um erro para si mesmo, já não é algo fácil,imagina então frente a toda uma sala de aula que ainda por cima apoia a pessoa com quem você errou.

Foi questão de dias para que ela me procurasse pedindo para conversar. Eu não tinha raiva dela,pelo contrário,levava numa boa a ideia de que ela tinha tido uma ideia errada(louca,mas errada) de mim.


Fomos então para nosso ponto de namoro habitual,a praça da Liberdade. Meu Deus que vergonha! Ela custava a se explicar,chorava horrores e chegou ao ápice de se ajoelhar para pedir perdão,sim,ela era exagerada,eu não estava nem de longe ofendido com a desconfiança e pra piorar acho que nunca vi tanta gente passar na praça por volta das onze da noite como naquele dia.


Ou seja,tinha ali uma garota chorando pra vida ajoelhada aos meus pés e muita gente passando, provavelmente acreditando que eu tinha traído ela,batido,ou alguma coisa bem ruim,mas enfim,eu não poderia voltar com ela por causa de todo aquele show,então apenas a acalmei e prometi pensar.


Se adolescente por si já era algo terrível,um homem que fica com uma mulher sem vontade junto a isso então torna-se algo explosivo,então passados alguns dias e alguma insistência voltei com ela,mas naquela de empurrar com a barriga seguimos no ritmo que era melhor pra mim.


Hoje até vejo isso como um erro,mas admito que na época eu não via assim.


Lembro de ter marcado com ela no centro uma vez pra terminar,certo do que queria e chegar lá a garota me esperando com presente de natal adiantado,toda feliz e de quebra ainda pagando motel,cara,não sou interesseiro,mas como que termina com a garota numa situação dessas,fora que eu ainda me lembrava do quanto ela podia chorar ajoelhada.


Fomos até onde deu,viramos o ano,ela foi reprovada no colégio,eu segui para o terceiro ano,com isso veio a mudança de sala,novos colegas e o término natural pra uma coisa que já não dava certo a tempos.


Passei a não saber da vida dela,ela mais faltava as aulas do que ia,enquanto eu passei a andar com algumas meninas novas até me envolver com uma garota da minha sala. Tinhamos a relação tida como excelente para duas pessoas que não queriam namorar. Nos víamos,bebíamos e nos divertíamos e depois cada qual para sua casa,sem dar satisfações ou algo assim.


Logo eu tinha uma ex que pouco vinha a aula,a garota com quem eu ficava e de quebra uma outra garota que sempre insistiu em manter conversas comigo,me trazia empadas,enfim,mostrava um puta interesse,mas sem abrir a boca pra falar que queria algo a mais comigo e eu levando.

Digamos então que eu adolescente ainda não sabia como mulheres poderiam agir para conseguir o que quer. Eis que surge um boato que a minha ex havia falado mal da garota com quem eu ficava e que teria sido intermediado pela garota das empadas que também era da minha sala.

Confuso,imagina pra mim quando me vi resolvendo essa treta no pátio do colégio com as garotas querendo se pegar na porrada,querendo pegar uma outra menina que tinha conversado a mais e que convenhamos até merecia tomar uns safanões por ter criado toda a história e de quebra a garota das empadas correndo chorando feito uma louca com medo de apanhar.

Não deu briga física felizmente,eu ainda ganhei uma leve moral de uma garota da minha sala que passou por mim e disse: "O que você tem de tão especial que a mulherada tá aí brigando por você?"

Eu não tinha feito nada,as duas iriam brigar atoa,não brigaram,restaram o choro da ex,a fuga eterna da garota que inventou toda a história (Ela nunca mais voltou ao colégio!) E de quebra a garota da empada finalmente contando que realmente queria ficar comigo.

Deixei as coisas caminharem,ganhei a garota com quem eu ficava de amiga,minha ex também deixou de vez o colégio,até por que ela já não vinha indo muito a aula mesmo e passei a ficar com a garota das empadas.

Isso até o belo dia em que baixou na garota o vilão do Scooby Doo e ela revelou que era ela que tinha feito toda a história pra ficar comigo e que como haviam duas garotas no páreo as empadas não estavam adiantando e sim,essas foram as palavras dela.

No fim das contas fiquei sem nenhuma das três,de certa forma felizmente,sendo que fiquei amigo apenas de uma delas a qual ainda tenho contato até hoje."

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Viva Intensamente



É inevitável que um certo dia o desânimo lhe bata.
Respire fundo,você é tudo aquilo que mais precisa para que a vida siga seu curso.

As incertezas lhe batem a porta?
As dúvidas lhe consomem por dentro como se não houvesse como sanar quaisquer problemas.

Siga em frente,logo as respostas serão maiores do que as perguntas e todos aqueles supostos erros cometidos se converterão em aprendizado lógico e preciso para aquilo que você tem em mente e até para aquilo que jamais imaginou.

Sofremos por aquilo que não conseguimos resolver,sem imaginar que de um jeito ou de outro a vida uma hora dará jeito e em seu tempo preciso e agudo resolverá tudo o que tiver de ser resolvido.

A vida se vive em etapas,realização de passo após passo onde processos são substituídos por processos novos que aos poucos se sobrepõem  aqueles que vão sendo solucionados.

Lógico que um dia vamos planejar mudar tudo, trocar de vida,mas pense...

Se a sua vida,orquestrada e planejada o tempo todo por você não está "dando certo" o que leva a crer que você adentrar outra vida fará tudo funcionar da melhor maneira.

Viva bem a  vida que você tem,mesmo que ela não seja sempre justa. Um dia perceberá que é até bom que ela não seja parcial todas as vezes,afinal,passamos a nos intoxicar com toda nossa prepotência de que apenas nós estaremos corretos quando na verdade sempre existirá um lado a ser corrigido.

Ao nos intoxicar,passamos a admirar não as boas ações,mas sim inveja-las,cobiça-las como se quem as fez não tivesse trabalhado para obter.

Nem tudo que reluz é ouro, a grama do vizinho nem sempre será a mais verde,olhando de perto aquele tapete esverdeado pode sim dar lugar a um pântano tenebroso dotado de um lamaçal espesso,capaz de prender corpos em meio a ele como se já não pudessem se soltar mais.

Viva a liberdade de não se sentir preso a nenhum dogma ou situação que possa ser responsável por nos prender a nós mesmos ou em quem quer que seja.

Viva sua vida da melhor forma,como melhor você sabe, pois cada passo,calculado,bem dado ou até avesso aquilo que dizem ser o certo vai apenas te levar ao seu propósito e ao seu caminho.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Super Heróis





Por Roger Stankewski

Preciso de novas amizades, novos amigos e velhos momentos de alegria.
É tristemente incrível como a gente se torna menos humano quando crescemos.
Dos melhores amigos que tive até hoje, das amizades mais divertidas, dos momentos mais marcantes e das doces lembranças,
praticamente todas estão por de trás de meus ombros, é preciso olhar para o passado para resgatar tais momentos.
A risada era mais solta, as brincadeiras mais intuitivas e animadas, o valor da presença dos amigos era mais reconhecida, a gente se sentia mais leve e despreocupado ao lado dos 'amiguinhos', até as brigas eram divertidas de certo ponto, brigávamos por pouco e por menos ainda já estávamos de bem novamente. A noite chegava tão de pressa, os 'findis' eram tão curtos e marcantes, os amigos sabiam da nossa vida, conheciam nossa família, conversavam mais com a gente e nós com eles, dividíamos nossas vidas, tudo era motivo de risos e deboches até. 

Me pergunto, por que deixamos de ser assim, de ser mais verdadeiros, parece que o tempo vai passando e nos moldando para sermos infelizes, chatos, orgulhosos, mesquinhos e idiotas, sim, idiotas. Deve ser porque com o passar dos anos, aprendemos o que é traição, o que a mentira, a inveja e o orgulho causam. Deve ser porque queremos ser adultos o quanto antes, aprendemos que o melhor é ser o melhor, melhor que o outro em tudo. Temos que ser adultos, responsáveis e pior que tudo, achamos que somos independentes de pais, da família, dos amigos e de Deus. 

Quando crianças, brincamos de super-heróis, sem medo, sem vergonha, inventamos falas, situações onde o super-herói entra em cena e salva a todos. Onde existe apenas otimismo e a certeza de que o nosso super-herói irá vencer de qualquer forma. Quando crescemos queremos ser o super-herói, achamos que somos invencíveis, que vamos dominar o mundo, que chorar é para os fracos, que se alguém falar atravessado temos que dar umas 'porradas'. Por sermos super-heróis, todos devem implorar atenção e nos dar toda a sua atenção, que sempre somos mais fortes, mais lindos, mais 'pegadores', mais bem sucedidos, o mais, mais, mais... em tudo o tempo todo.

Temos mesmo que matar a criança dentro de nós? Temos mesmo que deixar que tudo seja superficial? Pare agora, relembre e responda. Quantos amigos você tinha quando era criança? Com quantas outras crianças você brincava, se divertida? Quantas lembranças você tem desta época, e de pessoas que talvez você nunca mais tenha visto? E hoje? Quem esta ao seu lado quando você precisa? E quando é para ir em uma festa? Quantos estão lá? Quantos lhe traíram a confiança? Quantos lhe juraram amizade eterna e, hoje passam por você e não olham em seu rosto?

Não dividimos mais nossas histórias, nem com amigos, nem com a família e nem com Deus. Não damos mais valor as pessoas, e sim ao que elas tem. Não falamos mais que gostamos, não nos deixamos ser conquistados. Nos achamos super-heróis, nos achamos melhores, e o que isto importa quando o mundo desaba aos seus pés? Quanto custa um abraço? Onde compra-se um sorriso? Onde moram os amigos? Para que serve o amor? 

Onde está aquela criança sonhadora que não tinha vergonha de abraçar o amigo, que não estava nem ai para o que pensavam dela, de suas brincadeiras? Onde esta aquela criança que se reunia com as outras para inventar o que fazer, dando a minha para o tamanho da casa ou a roupa que seus amigos vestiam? Afinal, onde esta aquela criança que você era? Quem é você agora? Seus dias precisam daquela criança, para serem mais azuis.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O quão valente pode ser o coração?



Você já parou para pensar o quão forte é o seu coração? Pois bem,imagine por quanta coisa esse seus nobre órgão posicionado mais a esquerda do do seu peito passou.

Pra começar ele não costuma estar de acordo com o outro comandante da parada: O cérebro, pior ainda pensar que dentro desse desacordo ele pode sofrer enormes sanções onde certamente ele se rebelará e lutará como nunca por aquilo que o cérebro vai se recusar a fazer.

No campo do amor,muitas vezes o coração entra de início no processo de negação,aquele estágio onde por mais que o coração mostre suas armas,aponte e atire provavelmente irá errar o alvo.

Mais duro ainda é pensar que mesmo que o coração acerte o alvo,há a concessão do todo poderoso cérebro e infelizmente o cérebro tanto erra quanto acerta.

Aí vem os amores platônicos,aqueles amores impossíveis,frustrações,mágoas e o armado coração se torna frágil,se torna calejado de sofrer,mas segue lá,batendo,pulsando,sangrando pelas adversidades que lhe são impostas.

Como sofre nosso frágil coração e olha que não adianta virar pra ele e tentar explicar que as coisas vão melhorar,talvez tentar explicar que são nesses percalços que ele vai aprendendo,ele não está lá para pensar,isso é coisa pro cérebro.

Mas o quanto o coração aguenta?
Qual o seu limite?
Até que ponto ele pode suportar sem explodir em revolta,se fechar em pedra e esquecer o mundo lá fora.

Há quem diga que isso ocorre cedo,outros preferem dizer que aos pouquinhos. Tem até aqueles que deixam pequenos buraquinhos para serem preenchidos aos poucos enquanto para alguns o racha é imediato.

Quebrado,partido,dividido,não dá para se imaginar sem esse coração a lutar por ele e por nós.

Já se imaginou sem ele a bater e pulsar involuntariamente por lados tão obscuros. Talvez sem ele não teríamos tantas histórias,tantos aprendizados,também sofreríamos menos ou estaríamos mais adeptos ao lado ruim das coisas já que nosso coração de natureza prefere se ater as coisas boas.

Ele prefere,mas não é assim. Ele sofre tadinho,pobre coração tão predisposto a amar e ser amado e tão maltratado e pisado durante todo o período de nossas vidas. 

Não se reprima coração,bata,espalhe sangue por nós e por você,um dia o jogo vira,o cérebro abre o leque e te permite não ser mais partido e ser sim o inteiro conjunto de dois corações.