segunda-feira, 30 de maio de 2016

Elo familiar



Dizem que família é algo que a gente não escolhe, dos males o menor afinal nem sempre temos o bom senso de escolher as melhores pessoas para se amar. 

Família no entanto não é somente de sangue. Família é um grupo. Grupo esse com ligação as vezes fraca, sem contundência, as vezes forte, impenetrável e orgulhosa de ter um ao outro por perto.

Família essa que compartilha interesses, compartilha respeito. Respeito que cresce com o tempo com a convivência e com outro tipo de interesse.

O interesse de querer estar junto. De querer ver bem aqueles a quem se tem como um ente querido, não importando a distância entre os laços.

Seja da família tradicional como alguns gostam tanto de bradar com pai,mãe e filho. Aquelas com dois pães, duas mães, aquela onde surge um padrasto e por que não a madrasta. 

Um tio que cuida, uma avó que zela tanto quanto um avô que acaricia. Família, acima de todos os problemas, desavenças e aquelas tradicionais rusgas que surgirão entre eles.

Famílias que bem verdades podem ser feitas por muitos conhecidos, nostálgicos que passam em nossa vida de forma marcante ou não até que nosso coração como numa benevolência infantil aceite e encontre nossos amigos.

Alguns contam nos dedos, outros nas festas que acreditam dar para amigos de todas as horas, mas amigos que compartilhem sorrisos, lagrimas, colo e todos os conselhos que mesmo não sendo vendidos como tanto desejaria o ditado é para o bem.

Difícil imaginar o tamanho de uma ligação familiar. Pode uma mãe amar fora do corpo assim como um avô desejar todo o mundo aos pés de um neto. Talvez a tia queira fazer da sobrinha a rainha da classe e elegância, talvez um filho deseje cada vez mais que o pai se cuide e que ele também seja eterno.

Família, de onde todos nós viemos, de onde todos nós nascemos até crescermos e precisarmos de vez ou outra um lugar para se abrigar, alguém para contar mesmo que seja somente para saber que está ali.

Há quem tenha para si a família como somente o pai, ou somente a mãe, muitos só tem um avô ou um tio, mas sempre é família,sinônimo de calor humano, sinônimo de que na teoria tudo vai ficar bem.

Construa a sua "Ohana" ,preserve-a, cultive-a e terá frutos bons e doces para que esses resultem em prósperas sensações de felicidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Entrando ON num mundo OFF!




O mundo é quase sempre uma pontual falta de construção visual e constante ideologia daqueles que põem a prova o quanto sabem ou dizem saber sobre ele.

Num mundo como o nosso é meio que retaliado qualquer tentativa de se obter o romantismo ou ter ataques de fofura por alguém que se sente verdadeiramente gostar. Se entregar, se declarar se esforçar, buscar o sentimento por trás de alguém que deseja parece o cumulo do absurdo, utopia ou sonho dourado de alguém que quer sair do chão, mas não tem asas.

As coisas hoje em dia fluem como na velocidade da luz. Num dia se faz a busca do perfil no Facebook, curte uma foto aqui outra acolá, logo com mais coragem se inicia uma conversa por chat, mas por lá não é tão bom não é mesmo, por que não conversar no whattsapp.

Em pensar que antes conseguir o afamado MSN de uma garota era tão difícil, telefone então era quase uma batalha épica que hoje se resume em pouco mais de dez frases interessantes e um mínimo de interesse das partes.

A agilidade proporcionada pelo mundo digital frustra as conquistas, interrompe o romantismo e de cara temos apenas as falsas impressões, ilusões criadas e igualmente destruídas ao primeiro contato.

Ninguém é na web o que é na vida real, pode-se mostrar quase tudo, mas o melhor da vida ainda é feito em OFF.

As chamadas relações descartáveis ganham valorizações superestimadas tendo em vista que muitos consideram experiências de vida suas intermináveis conquistas de um só dia ou de uma única noite.

Um dia permite um único contato, não há relacionamento, não há interação o suficiente para que se conheça uma pessoa de modo que se passe o tempo até que vocês adquiram toda a vontade de ficar juntos.

Há um leve linha tênue sobre conversar com a pessoa durante todo o dia dentro do computador ou pela tela do celular e o santo bater ali ao vivo, frente a frente e olhos nos olhos.

Talvez por isso incorporemos a teórica dificuldade em encontrar alguém legal o suficiente para passarmos a vida. Procuramos defeitos para não nos apegar, para não se entregar por completo nas mãos de quem quer que seja.

Parece incrível, mas deixamos de apreciar o sorriso para buscar likes, deixamos de admirar boas atitudes para correr atrás de comentários positivos em nossas fotos. 

Entre curtir e compartilhar deixamos de realizar, nos agarramos ao digital e esquecemos do físico, do real. Em um mundo onde nos escalpelamos pela fama de ter muitos seguidores e pela vaidade de sermos os tais famosinhos do mundo virtual esquecemos as vezes do simples, do básico...

Esquecemos de viver não só para as redes, mas viver para apreciar aquilo que nossa vida tem melhor e fazer dela algo imprescindível.

Esqueça as mudanças de logo do novo aplicativo do seu celular e aprecie cada vez mais os sorrisos que o cercam em busca de fazer de você mais um a sorrir.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Depois da tempestade...


Acho que já não é novidade pra ninguém que a vida é algo complicado, daqueles que você precisa ter tanto esmero quanto cuidado para não se perder seja pelas ações dos outros como pelas suas ações.

Os obstáculos são na verdade aquilo que fazem a vida se tornar algo atraente,afinal batalhar por aquilo que se quer muitas vezes pode ser o que mais dignifica nossas futuras conquistas.

É meio que a teoria do: "Se vem fácil, vai fácil" Não que algo não possa ser exatamente mérito pessoal, mas em geral o mérito vem através de esforço e demanda tempo.

Persistir parece difícil, parece duro e tortuoso ter de enfrentar as coisas para se conseguir atingir objetivos, mas a ideia é exatamente essa.

A ideia correta é não pare, não desista, até por que as coisas boas não vão cair no seu colo e esperar que você as mantenha apenas as encarando.

Se você tem algo que preza é melhor que você a cultive que faça ter frutos ainda melhores.

Imagine em relacionamentos. Claro que há a possibilidade de você conseguir namorar e casar com o primeiro e único amor da sua vida, mas quantas histórias assim você conhece?

Em geral é comum que se sofra, o sofrimento é necessário para que se aprenda, para que se cresça e principalmente para que se valorize as vitórias.

Mas há explicação para que se viva tantas amarguras, que tanta tempestade nos aflija de modo que pareça por diversas vezes que o mundo age sempre contra.

Outras vezes se têm a ligeira impressão que os problemas preferem nos atingir mais vezes do que as outras pessoas, como se a injustiça fosse sempre com a gente e nada mais fosse tão drástico a ponto de nos superar em tragédias e problemas.

Mas não. Tudo depende da forma como você encara os problemas. 

Todo mundo tem problemas, grandes, pequenos, de importância colossal ,talvez até irreversíveis, mas é oficial, TODOS tem problemas.

A diferença que você pode se acomodar e observar o problema,quem sabe se deixar abater por ele, Conviver ao lado como se fosse algo relativo e corriqueiro ou por fim SUPERA-LO.

Passar por cima, ultrapassar e como gostar os mais competitivos, VENCE-LO.

Se pensarmos por um lado perceberemos que problemas não param de surgir todos os dias. A diferença é que ao tentar resolver a situação ganha-se o traquejo de batalhar por aquilo que se quer ter.

Gloriosas conquistas aquelas que vêm das mais duras batalhas.

E você aí! Vai parar e aguardar a tempestade ou vai correr em busca do fim das chuvas?


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Geração sabe tudo



Que instigadora geração somos nós que tanto críamos para pouco realizarmos, tanto questionamos para muito pouco responder. A impressão que se passa é que quase todo mundo hoje sabe um pouco sobre tudo, mas isso fica apenas na impressão. O que não se sabe se inventa se constrói,uma doce ilusão de algo que nunca foi ou nunca será.

Parece incrível, mas hoje se perguntarmos sobre física quântica a alguém ele lhe dirá algumas fórmulas, lhe dará algumas explicações básicas, mas não lhe dirá nada com nada.

Sim, vivemos num mundo onde formadores de opinião estão em todos os lugares, elogiando,criticando,debatendo mas os argumentos na esmagadora maioria das vezes inexiste ou não fazem qualquer sentido.

Falta a nossa geração se inteirar mais, buscar saber, buscar conhecer aquilo sobre o que ela se interessa e sobre aquilo que ela propõe falar. Até mesmo para não cair na vergonhosa situação de se ver diante de alguém que realmente conhece do que se trata e que vai apenas rir da sua vexatória situação.

Ao que parece temos um bando de pessoas que não parecem nem um pouco dispostas a admitir o simples fato de não saberem de tudo, de desconhecerem determinados assuntos.

Responder "Não sei" ou "Não conheço" se tornou uma maneira abrupta de encerrar o assunto, de evitar aquilo que opõe aos parcos conhecimentos ou simplesmente evitar o diálogo que não existe.

Pior ainda é que os poucos que fazem uso dessa simples resposta não buscam conhecer aquilo que eles mesmo acabam por confessar desconhecer.

Envergonham-se de não conhecer, se retraem e permitem sem pudor algum que alguém ganhe os louros por qualquer coisa, da mais simples a mais complexa das atividades.

Conhecer, adquirir conhecimento melhor dizendo muitas vezes é mais importante que fingir, mentir e ocultar aquilo que se diz saber profundamente.

Se não podemos conhecer nem nós mesmos totalmente como afirmar que devemos saber de todas as coisas? Quem inventou essa regra estúpida de que seremos os grandes e soberanos sabedores de todas as informações do universo.

Há sempre o que se aprender. 
Cada dia mais se ganha o conhecimento de algo que antes era desconhecido, nulo ou visto superficialmente.

É impossível saber de tudo.
Tome cuidado apenas para que o mundo não seja o único a lhe afirmar isso, mas também a visão que você tem do espelho.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Virgem.Doc (19)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Acho que qualquer pessoa que me visse naquela época me diria que eu era a pessoa mais sexual já vista, mas não era bem assim. 

Meus pais em especial minha mãe me fizeram uma pessoa de mente muito aberta, eu conhecia bastante da teoria sobre o sexo. Camisinha, pílulas, doenças sexualmente transmissíveis, tudo que era preciso saber.


Na escola eu era aquela garota padrão mediano. Não era a gordinha da sala, nem a magrela, não era tida como feia, mas também nunca fui a primeira opção dos carinhas bonitos nas festas. Mas eu era engraçada, tinha muitos amigos, alguns mais próximos que os outros, mas sexo não entrava nas nossas rodas de conversas.


Pense então numa garota com dezessete anos de idade, que tinha liberdade pra curtir com os amigos, dormir na casa das meninas, que até perdeu o BV cedo se não me engano com doze pra treze anos, mas sexo mesmo eu não conhecia.


Era até engraçado eu aconselhar garotas mais velhas amigas minhas que não acreditavam que eu era de verdade virgem.


Eu não havia tido namorados, não tinha essa neura de namoro, ficava no máximo um mês com um ou outro garoto e acredito que nem a comum paixão platônica por algum garoto do colégio eu tive.


Mas isso ia acabar. Lembro que comecei um curso de inglês com uma amiga do colégio e ela sempre falava que tinha um melhor domínio da língua por que seu irmão morava no Canadá.


Eu nunca acreditei, mas esse irmão viria para passar uma temporada aqui. Minha amiga me incumbiu de ir com ela buscar ele no aeroporto, junto com a família toda. Mãe,pai,primas e eu lá não sabendo exatamente o por que de estar ali.


Ele chegou! Meu Deus que homem era aquele. Minha colega era uma garota bonita do tipo que chamava a atenção, mas o irmão dela era acima da média. Aí sim eu entendi por que as primas dele estavam tão alvoroçadas pela sua chegada.

Ele me abraçou como se eu fosse da família, mas minha colega me apresentou e num piscar de olhos disse para mim: Eu falei de você para ele.


Não sabia se eu me alegrava ou se enfiava a cabeça numa turbina de avião com vergonha, mas tudo bem, segurei a onda.


Os dias passaram e eu apesar de colar na minha colega pra fazer meu inglês render não saía do bom e velho verbo "to be" mas percebi que minha colega cantou bem a pedra. Meu irmão pode te ajudar.


Eu queria aprender inglês, mas acho que o irmão dela me ensinou muito mais do que isso.


De cara eu pensei, nossa, um cara de vinte dois anos, morando a um bom tempo fora, com a cara de um galã daqueles,não dava pra pensar em muita coisa além dele me ignorando.


Mas que surpresa, ele era simpático, atencioso e lindo.

Não demorou muito para que a ajuda de inglês virasse extra classe. Logo me vi ficando com ele e envolvida, encantada com o jeito sereno que ele me ensinava sobre tudo, cultura fora do país, sobre costumes e o que a vida podia ensinar. Eu queria me entregar e assim foi.

Não ficamos escondidos da irmã dele, mas nós eramos reservados. Saímos e fomos jantar em um restaurante belíssimo. Eu lá tensa e ele com um sorriso que parecia ter a paz dentro dele.


Cheguei em casa e ele subiu comigo,queria conhecer meus pais, me pedir em namoro, mas eu não sabia. A casa estava vazia e ali apenas me entreguei para ele. A dor se perdeu em meio a vontade. Ele deve ter achado que eu não era virgem, fluiu tudo muito bem, ocorreu tudo com muita vontade.


Meu corpo era dele, ele faria o que quisesse comigo. Só fui reparar que realmente não era virgem no dia seguinte. Pela manhã um leve sangramento, algumas dores, mas a minha felicidade era imensa.


Mas veio a bomba. Ele queria ter realmente me pedido em namoro aquele dia. Ele voltaria ao Canadá, sem prazos para voltar. Por isso acabei não aceitando.


Contra a minha vontade, contra os meus planos, mas eu não saberia lidar com um namoro a distância. Ele se foi e com ele a minha vontade de ver outros caras, de sair. Eu me apaixonei e não soube cultivar.


Fazem dois anos. Depressão veio e voltou nesse tempo, alegrias são raras e escassas, mas bons ventos dizem que um dia ele volta e quem sabe nesse fio de esperança minha vida volte a entrar nos eixos e eu volte a ter nos olhos o brilho da jovem menina de dezessete anos que ele deixou no Brasil a espera do mais educado professor de inglês que uma garota poderia ter.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Deixe o silêncio explicar tudo!



Misterioso o tal silêncio que ao mesmo tempo que expressa a doçura contida no olhar pode muito bem explorar o amargor de quem questiona algo mas não obtêm respostas chegando a trágica conclusão de que quem cala se consente.

Silêncio irritante,desolador, sepulcral, daqueles que preservará sua imagem seja ela imaculada ou não daqueles que insistem em dizer contra você ou contra aquilo que você faça.

Bem verdade que o silêncio pode ser o seu calcanhar de aquiles, afinal o silêncio muitas vezes renega a opinião que certamente existe. 

São muitas as vertentes, muitos os caminhos, diversas opiniões.

O que dizem, pensam ou fazem para você ou por você não pode ser controlado, seria na verdade uma grande insanidade parar para imaginar o que os outros acham sobre uma coisa tão significativa a sua própria vida.

Sempre haverá quem elogie, da mesma forma que sempre haverá aqueles que criticam. Silencie-se.

Você está sujeito a sua escolhas assim como está sujeito a conceitos da sociedade sobre como age, sobre o que come, o que pensa ou o que veste. E convenhamos... Que sociedade chata essa em que vivemos.

Tudo bem! Não há um consenso de perfeição e isso é bom, críticas são bem vindas até certo ponto, assim aprendemos a não cometer os mesmos erros,mas há o criticar por puramente criticar, pela vontade inegável de interromper, atrapalhar ou estragar aquilo que por vezes é excelente ou está de bom tamanho.

A cabeça das pessoas é sim uma caixinha de surpresas. Você não consegue confiar em tudo e todos após certo tempo de vida. Parece piscar um sinaleiro que diz: Grite, fale e se expresse.

Mas custa se calar. Custa ouvir tudo aquilo que não só as pessoas tem a lhe dizer e que o mundo insiste em proclamar.

Nesse mar de indecisão devemos nos segurar para não disparar contra todos os lados, de forma defensiva mesmo, como se tudo resolvesse nos atacar, agir contra nós.

As pessoas vão falar. Se você era gordo demais e emagrece, vão dizer que lhe falta saúde, que está magro demais. Se engordar dirão que se descuidou e que deve ter uma alimentação mais saudável. Se cortar o cabelo da mesma forma dirão que você é avesso as mudanças, mas se muda-los quinzenalmente dirão que você é radical ou que não se conforma com a sua aparência.

Relacionamentos...

Esses então são temas de roda de conversa, debates acalorados,quando um minuto de silêncio bastaria.

Vai me dizer que alguém já não lhe disse que seu ex lhe fazia bem e que você deveria voltar com ele. Há outro que vai lhe dizer para seguir em frente sem se apegar a ninguém.

Ninguém sabe da sua vida a não ser você mesmo. A ignorância é algo que fala muito e fala alto enquanto a inteligência prefere não dar palpites.

Ela se cala, ouve e segue a sua vida com aquilo que realmente importa.


terça-feira, 17 de maio de 2016

Assimétricos


Digamos assim que eles podiam ser um casal, mas ao mesmo tempo não queriam ser.

As vezes os dois eram os mais apaixonados dos seres, belos,perfeitos, unidos como unha e carne e aí batia a incógnita.

Ao mesmo tempo se portavam como amigos fiéis para todas as horas, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e opa! Voltamos ao casal?

Eles eram tudo e também eram nada.
Pareciam ser muito, mas na verdade eram nada.

As vezes pareciam ter crescidos juntos, ali aconchegados na mesma cama, outras pareciam nunca ter se visto, não se olhavam não se cruzavam e tampouco se cumprimentavam.

Tão perto e tão longe.
Tão parecidos e tão diferentes.
Tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes.

Era um mistério para ela saber o por que gostava tanto dele. 
Para ele era ainda pior não fazer ideia de por que gostava dela.

Mesmo as vezes sendo como feijão com arroz eles não ligavam de muitas vezes parecerem água e óleo.

Seguiam regras que não existiam, burlavam leis que se houvessem seriam fatalmente quebradas.

Entre os dois não haviam segredos, mas entre eles e o resto do mundo ninguém nunca vai saber de tudo.

Não haviam promessas, não haviam juras, ela ora acreditava nele, ele ora acreditava nela, mas por muitas vezes deixaram de acreditar nos dois.

Ele era dela e ela era dele, simples assim, sem rótulos, sem marcas, sem traumas, apenas um era do outro e fim.

Já eram mais felizes que diversos casais que diariamente se batiam frente a frente enquanto eles deixavam pra rolar, deixavam pra se ver e se esbarrar nas esquinas por aí, quase que ao acaso, coisa do destino.

Dois errados em busca do certo, dois certos a caminho do errado. Nunca se sabe.

Assim como ficou no ar se eles um dia se amaram. Se não preferiram dar vazão ao erro.
Ao presente, ao passado e que mudança. 
É logo ali o futuro!

Quem afirmaria com clareza que eles deveriam ficar?
Quem afirmaria com firmeza que eles durariam para toda a eternidade?
Por que duvidar? Por que não acreditar?

Eles se amavam, eles não amavam, mas por fim não se bastaram!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Todos os defeitos de uma mulher perfeita!




Sobre ela há mais do que se ver do que se desvendar.

Ela escolhe como viver e quem viverá com ela.
Vez ou outras as lagrimas lhe correm pelos olhos fazendo com que as emoções lhe aflorem do peito e da alma.

Mas não será incomum que ela permita que os arranhões que a vida lhe traz se percam por aí sem dano, dor ou lembrança.

Na vida as vezes ela parece uma criança, sem responsabilidades, sem preocupações, sem problemas, sorri para quase todos, mas gosta de se impor, gosta também de quem se impõe, de quem sabe bem aquilo que quer.

Ela já teve mil amigos, que aos poucos foram virando colegas, hoje ela prefere contar nos dedos aqueles de verdade e que correm com ela ao invés de criar novos falsos para lhe atiçar com inverdades e problemas que não lhe dizem respeito.

Ela é correria mesmo, faz mil coisas ao mesmo tempo. Assim muitas vezes ela ocupa a cabeça ao invés do coração.

Ela não marca hora, mas fica triste com quem fura com ela. 

Para ela tudo tem o seu tempo, mas o combinado é combinado e se está marcado é pra ser cumprido.

A vida ensinou a ela que ela devia ser ela mesma, a fez crescer,ser e rejuvenescer.

Sem mais delongas a vida a calejou e a preparou para que muitos a tenham como perfeita.

Mas a verdade é que para ela sempre haverá um novo plano, uma nova chance de fazer a perfeição chegar mais perto, ali explorando limites.

Diferente, mas sendo igual
Igual,mas totalmente diferente.

Perfeita e ao mesmo tempo imperfeita.
Ela e somente ela.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Virgem.Doc (18)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu era o chamado atrasadinho para relacionamentos, meu primeiro beijo só foi acontecer aos quatorze anos, cheguei a maioridade sem nem passar perto de fazer sexo com alguém.

Após meu primeiro ano de faculdade fui convidado pra fazer intercâmbio no Estados Unidos. Era uma cidade pequena, se muito com mil e oitocentos habitantes onde eu trabalharia numa estação de esqui.


Ao contrário do que as pessoas pensam minha estadia era muito caseira, baladas não existiam e o único bar da região não deixava que menores de vinte entrassem. Com isso eu estava banido dessa ideia.


Se no Brasil na faculdade eu já não havia conseguido muita coisa imagina o que pensar morando fora e numa casa com seis homens e apenas uma mulher. Contudo por trabalhar numa estação de esqui acabei fazendo amizade com um grupo de americanos da nossa idade.


Logo eles passaram a frequentar nossa casa e participar de nossas festas.


Dentre eles havia uma garota que apesar de comprometida dava grandes sinais que queria ficar comigo, mesmo eu sendo meio lerdinho pra reparar esse tipo de coisa.


Numa dessas festas já estávamos um tanto quanto bêbados já e resolvemos levantar não lembro exatamente por que motivo para ir até a casa de outros brasileiros que trabalhavam em um mercado local.


O lugar estava deserto, mas eu só me dei conta que íamos transar nas escadas rumo a um dos quartos.

Ali bateu o desespero de um principiante, mas ela ainda mais nova do que eu soube me acalmar e fazer tudo incluindo colocar a camisinha de uma maneira especial.


Ainda me lembro de calcinha e sutiã e pedindo gentilmente para que eu tirasse a roupa.

"Naturally" "Naturally" repetia ela sem me permitir falar nada sempre levando os dedos aos meus lábios.

Não houve preliminares, foi algo rápido, até pelo meu nervosismo eu não aproveitei tanto. Ela já pareceu gostar mais, principalmente na parte onde ela ditava as regras, sempre que eu assumia o comando eu sentia que não agradava muito.


Acredito que ela tenha gozado, mas não sei realmente, eu passei longe disso e só fui desfrutar de sexo de verdade um bom tempo depois.


Voltei ao Brasil e não tivemos mais contato algum. Ela sumiu das redes e não sei por onde ela anda hoje em dia.


Valeu como aprendizado, lembrando que cada um tem seu tempo e vale mais respeitar a intimidade do parceiro e só realizar quando sentir que é o momento certo."


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Se Joga!



Parece ousado, parece difícil, parece que não vai dar!
Existe algo no mundo de hoje que não se pode negar que cabe apenas a nós.
Parafraseando o saudoso Chorão do Charlie Brown "Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos" E é bem verdade!

Mais verdade ainda que ao receber um conselho de "Se Joga!" podemos subliminar muita coisa.
O mais óbvio é: Vá em frente! O mundo é seu, faça o que tem que ser feito e as consequências vão estar diante de você quando você menos esperar.

Por outro lado há de se pensar que para se jogar deve-se confiar.
É preciso algo chamado coragem até demais para se lançar ao mundo com a imensa chance de quebrar a cara.

Viver é algo perigoso. Corremos risco ao abrir os olhos e dar um passo para fora da cama, se é que temos cama para nos aconchegar.

O difícil mundo onde antes poderíamos dizer com clareza: Há o caminho do bem e do mal.
Ledo engano torto que hoje nos permite milhares e milhares de desdobramentos que vão lhe propor "n" caminhos dos fáceis, aos difíceis,até aqueles que nos trarão obstáculos.

A vida é realmente engraçada por nos aproximar de quem não queríamos, vez ou outra ela insiste e nos obriga a estar ali diante sempre de alguém que você não se motiva a ver, ouvir ou se deixar respirar o mesmo ambiente.

Por outro lado a vida afasta pessoas incríveis, afasta a quem você quer bem, mas que as condições não lhe cabem.

Falta tato, falta capricho para saber administrar pessoas, relacionamentos sociais e interpessoais com o mundo lá fora.

Então foi pra isso o conselho?
Para que saíssemos porta afora de casa e sem destino seguíssemos pelo mundo na cara e na coragem de quem não tem nada a perder. De quem talvez não tenha pra onde voltar e recorrer.

É preciso arriscar e falta sim coragem as vezes, falta aquele momento de reflexão onde as pessoas se desdobram para parecer melhores a cada dia.

Ou se tem a postura decente de se assumir seus atos ou se tem a doçura de deixar a cena. De se permitir seguir por aí.

O mundo é dos que vivem, mas também é daqueles que deixam viver.

Pessoas vão ir e voltar a todo instante e você vai chorar, rir e relembrar momentos em que tudo parecia estar bem.

Acontece comigo, acontece com você ,vai acontecer com seu vizinho ou quem sabe com aquela sua amiga de outra cidade.

Ou se arrisca ou se deixa como está correndo o risco de alguém arriscar por você ou por si mesmo e o deixar para trás. 

Oportunidades são assim, pessoas são assim. Escolhem!deixando as dúvidas e certezas pra depois.

Talvez bem ao lado da saudade!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Eu não sei parar de te olhar!



Avassaladora!

Essa é a palavra. Não há como definir melhor!
Não sabemos bem quando ou como vamos nos apaixonar por algo ou alguém.
Aos afortunados a sorte de se apaixonar de verdade por várias vezes.
Aos bem aventurados a destreza de viver o sentimento uma única vez.

Borboletas rodopiando o estômago, ansiedade de contar segundos para ver, brilho no olhar e fôlego, muito fôlego. 

Se apaixonar é como correr uma maratona, mas sem sair do lugar. Ou melhor, saindo sim do lugar, mas para alçar vôo, flutuar em busca do céu onde a alegria pairá sem explicações, sem desavenças, com explosões conclusivas de felicidade.

Não há barreiras, distâncias, apenas a vontade de estar perto ao lado, junto da pessoa que tanto lhe faz bem e que vejam só corresponde a tudo isso com simpatia e o mesmo brilho no olhar.

Sim o amor é bom, mas o amor correspondido é maravilhoso. Afinal é assim que ganhamos confiança para agir, força para prosseguir em caminhos conflituosos que a vida nos apresenta com uma mão e nos tira com todas as outras alternativas.

Escolhas. Sim para se chegar ao pleno momento de olhar para outra pessoa e não querer ver outras diante de si.

Mais ou menos como um sensor. Onde antes pessoas brilhavam mais e menos do que as outras, temos agora um mundo preto e branco que se colore diante de uma única pessoa.

Se o coração e o cérebro vão estar no mesmo compasso ninguém sabe. O amor é um mistério realmente e vez ou outra poderemos apontar errado e dar com os burros na água.

Mas sendo positivo é melhor se jogar sempre, viver cada segundo como se fosse o último aproveitar cada gota de verdade que o sentimento possa lhe proporcionar e que saiba principalmente retribuir para a outra pessoa.

Dedicação e retribuição. Princípios básicos, aparentemente simples de um acaso chamado destino. Em meio a tanta gente vocês se encontraram, se dediquem, se renovem a cada dia, se conquistem cada vez mais.

Troquem olhares sim, os olhos são a janela da alma ao fazerem isso não tenho dúvidas que Damien Rice lhe dará sentido ou melhor "I can't take my eyes off  of you" ou traduzindo: "Eu não posso tirar meus olhos de você"

Viva o seu amor, viva os segundos vívidos um após o outro. 
Afinal se a vida por si já vale a pena.

Com amor ela valerá ainda mais.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Mãe




Um nome, três letras e tantos significados.

Ser mãe é algo sublime. O poder de se amar fora do corpo alguém que desde o início tem o amor que lhe é reservado para a vida inteira.

O amor sem limites, daquele que é capaz de enfrentar tudo e todos com suas forças inesgotáveis para um bem maior de sua prole. 

Um, dois, três, quatro, quantos filhos forem serão igualmente amados e acalentados pelo poder amoroso sem fim, sem explicação, aquele que lhe renderá broncas sim, aquele que lhe trará revolta, mas que também será capaz de acalentar nas horas impróprias.

Quisera todos nós que por um descuido a figura materna fosse eterna como deveria ser. Quisera todos nós que não houvesse apenas um único dia para se revelar ao mundo o amor que se tem por quem nos deu a vida.

Todo santo dia é dia das mães e sempre e sempre devemos recorrer a quem tanto amor nos destina apenas pelo puro prazer de nos amar.

Ah! Mas toda mãe é igual. "Mamãe, mamãe eu lhe vejo o chinelo na mão, o avental todo sujo de ovo.."

Nem todas são iguais. Ainda bem que não são.

Vão desde aquelas zelosas que tem em seus filhos como bebês até aquelas que preferem serem mais moderninhas e deixarem mais libertos seus rebentos..

Super protetoras ou não dizem por aí que se Deus não podia estar em todos os lugares eis as mães para que protegessem e cuidassem de seus filhos com dedicação infinita.

Todo e qualquer obrigado é pouco é mísero dentre todos os agradecimentos necessários para mulheres que ao nos gerar proporcionaram tudo.

Proporcionam uma amiga a quem abraçar. A compreensão de coração aberto de quem julga sim, mas sabe passar a mão sobre a cabeça para com sabedoria espalhar a divindade sobre o planeta.

Ser mãe é saber ter a sensibilidade no olhar, mesmo que tal sensibilidade seja também reprovadora. Que toda a ternura materna seja aprovada com louvor. Mesmo diante de filhos arredios,daqueles que se negam a todos os dias diferir as suas mães o carinho que lhes é de direito.

O tempo corrido tempo...
Rotina temida e acelerada rotina...
Muitas vezes cruel e vil que nos impede de espalhar aquilo que as mães mais nos ensinaram. Amor

As quem as tem, Ame as
As que as viram seguir para a saudade. Ame as

E lembre-se sempre que delas houve ali um amor desmedido, um afeto incontido.

Mãe é realmente um ser infinito.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Virgem.Doc (17)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"A gente namorava a pouco tempo, não lembro o tempo certinho, mas se tinha dois meses foi muito. 

Era meu primeiro namorado,mas mesmo assim eramos loucos um pelo outro, aquela coisa bem paixão adolescente mesmo. 


Os dois com cerca de dezesseis pra dezessete anos, ele um pouco mais velho do que eu por questão de meses, mas ambos inexperientes,sem conhecimento de causa de tudo.


Um dia a gente estava voltando do colégio juntos e caiu um temporal gigantesco que deixou a gente encharcado e tivemos que correr pra casa dele por que era a mais próxima.


Chegamos lá e no automático por estarmos muito molhados começamos a tirar a roupa por que estávamos realmente muito molhados. Não planejamos, não nos pegamos, apenas estávamos molhados e fomos tirando a roupa.


Só que quando dei por mim eu estava pelada na frente dele. Levando em conta que era a primeira que me despia na frente de alguém fiquei assim: Oh meu Deus e agora.


Mas logo estávamos na cama se pegando, a temperatura subindo loucamente até que levantei meio que sem jeito e fui até o criado mudo o que espantou ele que de imediato me olhou e disse: O que está procurando?


Eu procurava camisinhas, mas aí bateu nele o desespero que enquanto subia as calças freneticamente explicava que tinha jogado fora as outras por que elas haviam vencido. Ele chegou a escorregar e cair no chão do quarto querendo sair em meio aquela chuva toda pra comprar.


Pedi que ele se acalmasse, eu estava pronta, poderíamos fazer outro dia com calma, paciência e claro camisinha.


Não sei se era a primeira vez dele, admito que não tive a coragem de perguntar.


No dia seguinte fomos para a minha casa e ele dessa vez parecia aqueles garotos machões que se preparam para fazer sua garota feliz por um dia, lembro dele abrindo aquela infinidade de camisinhas presas uma a uma como se fossem um cinto.


Tivemos ali a evolução do que já tinhamos, a consagração de nossa intimidade, confiança e até do nosso amor mesmo, foi algo bem natural apesar de uma dor aceitável e de na hora de colocar a camisinha ficarmos naquela coisa de: "Ai meu Deus o que eu faço!"


Lembro também que o rádio ligado quando começamos não ajudou tocava Love Yourself do Eminem o que com certeza não ajuda ninguém a relaxar, mas bastou tocar Dois Rios do Skank que consegui relaxar e concretizar aquilo que queríamos.


O namoro ainda durou, fizemos outras vezes até que a vida nos afastou aos poucos até que chegasse ao fim.


Eu ainda o vejo pelas redes sociais e nos falamos em datas de aniversário, mas sem qualquer envolvimento ou sentimento de querer voltar nem nada, mas ele deixou sim a boa lembrança de um cara carinhoso e fofo como ele foi durante todo o nosso romance."

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Se pudesse escolher a quem amar. Quem você escolheria?


Não há como negar que pelo menos uma vez na vida você se pegou pensando: 

"Nossa, mas seria tão legal se eu amasse essa pessoa que tanto me quer ao invés de alguém que me dispensa pelo primeiro motivo bobo que apareça."

Infelizmente o coração não é algo que comandamos em comum acordo com o cérebro, escolher o melhor para nossa vida até existe, mas será mesmo que escolheríamos esse ou aquele? Cometeríamos um erro crasso,sabendo que aquela pessoa não quer nada com nada, ou que está fora do momento.

Falta uma chavinha. Talvez ao sermos criados tenha faltado aquela chavinha que vemos em pequenos bonecos de ação que basta virar a chavinha e ele muda o que faz como um passe de mágica.

Pense em quantas frustrações seriam evitadas. Quantos murros em ponta de faca deixariam de ser dados. Talvez houvesse uma duplicidade de pessoas escolhendo a mesma, aquela que talvez ganhasse um status maior por atrair maior interesse, como um ser popular ou ídolo teen.

Talvez também ao perceber que um coração já tem dono fosse legal partir para outro. Assumir as vestes de cupido pessoal e escolher um coração vazio para amar.

Se seríamos mais felizes assim segue como incógnita, segue a dúvida se realmente não ambicionaríamos outro alguém, se os conflitos amorosos não surgiriam devido a esse livre arbítrio que as pessoas teriam.

E o destino deixaria de ser fundamental como muitos julgam para ser apenas um mero coadjuvante na vida das pessoas que passariam a dizer que era o destino escolher aquela pessoa que ela resolveu escolher.

Por outro lado hoje também escolhemos, há diversos fatores que vez ou outra escancaram que devidas pessoas são alguém a não servirem para nossas vidas. 

Há quem transforme, mas também há quem não mude. O tal do pau que nasce torto, morre torto.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nem todo o tempo do mundo!



O tempo, fator inestimável que não volta atrás e nem mesmo se antecipa. Ele apenas age e nos transforma. Nos transforma naquilo que nós permitimos nos transformar, sem deduzir o futuro o tempo nos molda.

Com o tempo você percebe que pra ser feliz com outra pessoa você precisa primeiro não precisar dela. Parece destroçar o romantismo fugir da estigma da canção do Luan Santana e nada de ficar esperando dez,vinte,trinta anos.

Os cabelos brancos vão chegar sim, mas o tempo traz o cansaço da espera e a frustração de não se obter aquilo que se deseja dá lugar a novos ares, novas realidades e quando se vê o mundo girou mais uma vez.

O tempo é o senhor do destino sim. Destino esse construído por nós. Aquele que avalia se para o mundo em função da espera pela alma que julga ser essencial para a continuação da vida.

Ledo engano.

A vida segue, o tempo passa e o sorriso importante de hoje vira insignificância amanhã.

Bem verdade também que a intensidade das coisas não está no quanto durou ou no quanto deixou de durar. Um olhar sincero pode marcar mais que mil toques sem sentido. Um único beijo pode valer mais que mil transas sem tesão.

O tempo nos apresenta sentidos diferentes, caminhos difusos, que nos levam para direções jamais imaginadas. A vida acaba se tornando uma gangorra.

Uma hora você quer e pensa estar no seu auge, a vida corre as mil maravilhas, você tem o carinho de quem você ama e deseja e logo em seguida o mundo desmorona e você se afasta disso tudo.

Amigos se vão, amores se perdem em questão de dias, situações poem a vida de ponta cabeça.

Infelizmente Renato Russo não tinha razão. Não temos todo o tempo do mundo. Mas ele estava certo logo em seguida ao afirmar: Não temos tempo a perder.

Estacionar na vida, perder tempo, horas preciosas ao lado de quem você não quer ou de quem não quer você por capricho, pelo simples temor de se ver perdido no tempo.

Platonice amorosa, amor platônico aquele que espera, aguarda, interrompe planos pra saber se um dia vai ser ou amanhã será mais um momento de aguardo.

Mas passaram primaveras, outonos e invernos e nada...
Nada se resolveu, nada foi dito em meio a resolução e quem gosta fala, se expressa, seja pelos olhos, seja pelas mãos, boca ou simplesmente pelo coração.

Mas ser correspondido é fundamental pra que não se perca justamente TEMPO.

Não se preocupe em resgatar o tempo passado ou aguardar o tempo presente sentado numa cadeira de balanço até que os cabelos brancos lhe alcancem e você se pergunte o que fez ou deixou de fazer.

Siga em frente: Como diria Cazuza:

O tempo não para!