terça-feira, 17 de maio de 2016

Assimétricos


Digamos assim que eles podiam ser um casal, mas ao mesmo tempo não queriam ser.

As vezes os dois eram os mais apaixonados dos seres, belos,perfeitos, unidos como unha e carne e aí batia a incógnita.

Ao mesmo tempo se portavam como amigos fiéis para todas as horas, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e opa! Voltamos ao casal?

Eles eram tudo e também eram nada.
Pareciam ser muito, mas na verdade eram nada.

As vezes pareciam ter crescidos juntos, ali aconchegados na mesma cama, outras pareciam nunca ter se visto, não se olhavam não se cruzavam e tampouco se cumprimentavam.

Tão perto e tão longe.
Tão parecidos e tão diferentes.
Tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes.

Era um mistério para ela saber o por que gostava tanto dele. 
Para ele era ainda pior não fazer ideia de por que gostava dela.

Mesmo as vezes sendo como feijão com arroz eles não ligavam de muitas vezes parecerem água e óleo.

Seguiam regras que não existiam, burlavam leis que se houvessem seriam fatalmente quebradas.

Entre os dois não haviam segredos, mas entre eles e o resto do mundo ninguém nunca vai saber de tudo.

Não haviam promessas, não haviam juras, ela ora acreditava nele, ele ora acreditava nela, mas por muitas vezes deixaram de acreditar nos dois.

Ele era dela e ela era dele, simples assim, sem rótulos, sem marcas, sem traumas, apenas um era do outro e fim.

Já eram mais felizes que diversos casais que diariamente se batiam frente a frente enquanto eles deixavam pra rolar, deixavam pra se ver e se esbarrar nas esquinas por aí, quase que ao acaso, coisa do destino.

Dois errados em busca do certo, dois certos a caminho do errado. Nunca se sabe.

Assim como ficou no ar se eles um dia se amaram. Se não preferiram dar vazão ao erro.
Ao presente, ao passado e que mudança. 
É logo ali o futuro!

Quem afirmaria com clareza que eles deveriam ficar?
Quem afirmaria com firmeza que eles durariam para toda a eternidade?
Por que duvidar? Por que não acreditar?

Eles se amavam, eles não amavam, mas por fim não se bastaram!

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