sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Auto Estima


Uns para mais outros para menos, não se sabe ao certo até quando uma pessoa pode se achar boa o suficiente para sempre acreditar em si mesma ou para se sobressair por si acreditando ser maior que outras pessoas.

Verdade é que para alguns o conceito de que "somos iguais" não existe dando margem maior para as devidas proporções de que se é maior ou superior a alguém o que pessoalmente não existe.

Cargos, poder financeiro ou a chamada hierarquia são alguns fatores que podem sim influenciar, mas de maneira alguma se perde por ser humilde ou se permitir que alguém mantenha seu astral e a sua estima em alta, principalmente se for consigo mesmo.

Uma palavra bem dada que seja, por mais que seja internamente consegue fazer com que todo o dia de uma pessoa possa mudar diante dos olhos, um passe de mágica mesmo, mas muitas vezes uma resposta atravessada ao acordar trará danos irreversíveis ao bem estar e ao dia de uma pessoa de uma forma geral.

É preciso coragem para que possamos seguir em frente todos os dias e muitas vezes a competência vai sim fazer a diferença sobre o sucesso e o fracasso.

Consequentemente uma pessoa que obtêm um número maior de sucessos em sua vida terá uma alto estima elevada, um ganho de confiança extra para lidar com os problemas a seguir que fatalmente vão aparecer.

Por outro lado alguém que vê em sua vida uma sucessão de fracassos tende a desanimar com seus rumos e ou baixa a guarda para a "traiçoeira" vida ou claro busca uma volta por cima com certa desconfiança e até mesmo desânimo.

O incentivo alheio nem sempre vem, por isso é mais do que necessário que o primeiro a acreditar em seus sonhos seja você mesmo, quase que unânime que ao se estar bem com você mesmo, logo terá mais chances de se dar bem com os outros e com a vida por si.

A auto estima funciona como um sistema imunológico do nosso cérebro, algumas vezes ela estará baixa e sem imunidade para aquilo que lhe vem de frente, mas aos poucos ela poderá se reerguer e dar mostras que a alegria pode chegar.

Claro que por algumas vezes ela sobressaí ,cresce a olhos vistos e dá lugar a maledicências. O ego e a arrogância são causadores de confusões certeiras até por que normalmente vêem de baixo para cima e apenas afastam pessoas que preferem viver de bem com a vida ao invés de buscaram observar o seu redor.

A estima em alta e o astral dentro dos bons níveis não são buscados, se faz por onde e logo ele vem de bom grado até você, se faz ao contrário e como dizem: "Toda arrogância será castigada" Logo somos aquilo que buscamos atrair e sendo arrogantes apenas atraímos mais ego inflado e arrogância para juntos de nós.

Confiar em si mesmo e acreditar que somos capazes está dentro de certos limites que por ora podem ser altos demais, confundidos com um crédito extra para se fazer aquilo que se pensa ser o certo pela pura hierarquia de se achar grande o suficiente para nunca errar.

Errar é humano, está dentro de nossa natureza e uma hora ou outra vai acontecer. A forma como lidamos, contornamos e nos recuperamos dos erros, essa sim é a maior virtude de quem quer estar bem na vida.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Virgem.Doc (37)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu sempre fui daquelas garotas que é mais apegada ao pai do que a mãe. Desde cedo eu sempre troquei as bonecas e as panelinhas pelas bolas de futebol e pela paixão pelo meu time assim como meu pai.

As cores não me importavam muito, mas acho que o rosa não me agradava tanto quanto agradava a outras meninas.Enfim, assim começou a saga de gostar de ir ao estádio, acompanhar o time em todos os jogos dentro de casa.(Hoje em dia alguns mais importantes fora também), mas comecei a conhecer esse mundo de torcida organizada, campo de futebol.

Minha mãe sempre desesperada pelo perigo que representava, meu pai apesar de apaixonado pelo futebol e por nosso time não se animava tanto a ir pro campo como eu. Ele na verdade não era muito adepto que eu fosse, mas sempre ia com meus primos mais velhos e meio que eles viam a proteção que podiam me dar.

Na verdade meus primos deixavam eu curtir e tudo, mas eram poucos os caras que chegavam até a mim, até por que normalmente havia o foco maior em ver o jogo e torcer pelo time. Eu mesma me desligo do mundo.

Mas havia um amigo dos meus primos que era algo do tipo agradável, ele curtia as mesmas coisas que eu, falava a mesma linguagem e me protegia tanto quanto meus primos.

De início na rebeldia de ter meus dezesseis para dezessete anos eu ficava bem puta, afinal já tinha normalmente três primos me controlando aí vinha mais um pra segurar minha onda,

Mas por ele tinha uma atração diferente, lembro que nos tornamos quase que unha e carne após um cara meio louco chegar dando em cima de mim no meio da torcida. "Oh fera ela tem namorado" - disse meu primo, tirando o cara e evitando confusão. O cara me perguntou onde meu namorado estava e quem fez o papel do namoradão dando inclusive um beijaço no intervalo, justo ele.

Passamos a ficar desde então, a paixão pelo time era meio que um combustível para nós. De começo meus primos implicavam um pouco, mas logo passaram a aceitar, meus pais só foram saber propriamente muito depois, mas não imaginavam que ficavamos em todos os jogos.

Não namoramos, apenas ficavamos com muita frequência até que teve uma festa onde muitos da torcida iriam participar até pra organizar fundos para uma criança, algo assim e eu fui convidada.

Algumas meninas da torcida não eram tão minhas fãs, por que eu era mais nova e meio que virei o mascote da turma, ficava com um dos caras e meus primos tinham força lá dentro.

Nessa festa acho que eu era uma das poucas que não bebia, ficava na minha tomando um refrigerante, comendo muito e pensando em voltar cedo pra bronca não ser muito grande, afinal eu fui escondida.

Mas percebi que havia uma garota dando em cima do menino que eu ficava. Ela o encarava, fazia a boba pra passar a mão nele e isso me irritou.

Eu sou ariana né, não mando recado, passei por ele, encarei a menina e ele meio que sem entender me encarou, mas logo veio me seguindo até uma parte externa da casa.

Ele veio até carinhoso, perguntando por que eu havia encarado a menina, sendo que pra mim parecia obvio, até que ele falou a frase: "Mas a gente nem namora". Ficávamos a um tempo considerável e ele me vem com essa.

Subi até o quarto onde tinha guardado minha bolsa, eu iria embora, estava furiosa, não queria olhar pra cara dele,mas ele percebeu o erro e foi atrás de mim. Conversamos, ficamos bem e estávamos sozinhos no quarto e a festa rolando.

O clima esquentou, passamos a tirar roupas e foi algo bem intenso quando ele me tirou do chão e me colocou na cama como uma boneca.

Acho que a raiva (ciumes, ok!) que senti quando o vi com a garota se canalizou em tesão, tanto que foi muito tranquilo e tudo rolou como tinha que rolar, na cama de pessoas desconhecidas entre os muitos quartos da casa, saímos da festa, eu ainda meio envergonhada, pois achava que a festa inteira sabia que tinha transado, o que não era verdade e não tive a cara de deixar meu primo me levar embora. Meu ficante e quase namorado foi comigo.

Não me arrependo, foi intenso, foi muito bom, mas durou pouco. Nos víamos mais nos jogos ou através do orkut na época. Infelizmente ele perdeu um irmão devido aos confrontos de torcida organizada e tomou raiva de ir a campo. Ele segue torcendo pelo nosso time, mas hoje em dia não há contato entre nós fora das redes sociais.

Ele se mudou pra uma cidade fora da região metropolitana e hoje é apenas alguém que me traz boas lembranças de um tempo que comecei a ir nos estádios e a violência não era tão frequente fora dos gramados."

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Como os nossos pais



Desde cedo alguns pais sabem que ao ter filhos o ideal é que os crie para que ele entenda que o mundo apesar de toda a sua hostilidade pode também ser um lugar divertido, daqueles onde vez ou outra teremos satisfação por fazer parte dele.

Também explicarão a nós que devemos nos cuidar, zelar pela nossa segurança e sermos parte do mundo. Criados para o mundo.

Os tempos podem ter mudado, de certo a influência que nossos pais exercem sobre nós ainda existe, mas nunca mais será a mesma e talvez por mais que um dia sozinhos em nossos pensamentos prometemos a nossa consciência agir diferente sabemos que será muito difícil.

É raro olharmos para nossos pais e por mais exemplares filhos que sejamos não teremos feito tudo que eles planejaram para nossas vidas, as satisfações ainda não serão plenas assim como fatalmente nossos filhos terão esperanças de nossa parte que não serão compreendidas ou cumpridas.

Como bradava lindamente Elis Regina: "Minha dor é perceber, que apesar de termos feito, tudo o que fizemos,ainda somos os mesmo e vivemos, como nossos pais." Talvez sem a dor de perceber que possamos ser iguais a eles, com o mesmo zelo, preocupação que tanto julgamos exagerada, mas olhe bem, ali diante de você é como ter realmente o coração fora do corpo, frágil e sem proteção.

Dizem por aí que a lógica para a vida de nossos pais seria deixar um legado no mundo, algo que os imortalizasse e se perpetuasse por gerações, com gestos, atitudes, pensamentos e claro o auxílio e traços da genética que farão o neto se parecer com o avô mesmo que anos os separem.

Os filhos nos entanto são os responsáveis por se sentir com um eterna dívida,seja pela vida que nos deram, seja por não ser responsável pela alegria deles até o fim da vida.

Tal conexão faz com que o filho veja nos pais uma mescla de herói ou vilão, variando de acordo com a idade do rebento e suas perspectivas de vida, além é claro do modo como serão criados.

Limites. Se os pais não os impõe a vida lhe empunhara todos eles diante de fatos e acontecimentos que certamente serão mais duros e que logo resultarão na forma como nossos filhos e netos terão seus limites impostos.

Assim mesmo, como peças de dominó caindo umas sobre as outras, a geração vai passando até outra geração, anos de distância acabam se tornando pó. Mesmo que seu avô lhe ensinasse os benefícios das ervas, hoje você ainda se lembrará mesmo que possua o mais eficaz dos remédios em mãos.

Como filho que procura entender o pai, como o meu pai que procurou compreender o avô e como pretendo que meu filho compreenda. Nem toda a preparação e ensinamento que eu lhe der vai ser eficaz, a vida vai calejar tudo que ele pensar e querer para sua vida.

Vida está que é destinada a ele longe das minhas asas, assim como eu um dia não pude ficar mais ao alcance das asas de meus pais.

Nada impede que ainda assim,mesmo sem a proteção de suas asas você possa me acompanhar e estender asas aos netos que lhe darei, logo até mesmo eu voltarei para estender minhas asas a vocês, será a minha vez de protegê-lo.

Dessa forma assim como novamente bradava Elis: "Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude. Tá em casa, guardado por Deus.." 

Nunca fez tanto sentido. Obrigado!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O medo de partir desse mundo!


É engraçado pensar em quantas pessoas tem o chamado medo de morrer. O temor de deixar o mundo e ver que talvez tudo mude ou não que as coisas vão ficar iguais sempre estiveram.

Talvez tenhamos medo de deixar para trás coisas materiais que farão nossos filhos romper laços em busca de um tolo poder que o dinheiro proporciona. Quem nunca viu a frase: "Pais ricos, filhos pobres e netos mortos de fome"

Pode ser isso mesmo, o medo que temos de imaginar que deixaremos aqui pessoas que amamos diante de um mundo tão hostil como o nosso. Sem nosso cuidado por mínimo que seja, muitas vezes sem que ele seja aceito pela outra pessoa, mas que exista.

Tal como uma mãe que pede ao filho que leve o casaco quando ele saí e a previsão do tempo diz que pode esfriar mesmo que o sol esteja a pino sobre nossas cabeças, tal qual um namorado que docemente ouve de sua amada que ela tem dor de cabeça e que pode começar a gripar e que passa ali mesmo que por pouco a ser mimada e cuidada afim que essa gripe logo passe.

O medo da morte existe, mas o medo de não amar mais é ainda maior, não o amor de uma maneira banal, daquelas que afirmamos até para um amigo de forma insultosa, mas generalizando, afinal as flores que um dia repousarão sobre nossos caixões frios infelizmente não serão vistas ou sentidas.

Homenagens devem ser prestadas em vida, quando podemos ver e sentir tudo aquilo que a pessoa tem a nos dizer.

Quanto tempo perdemos sem dizer para um pai ou para uma mãe que podemos ser gratos a eles não só pela vida que nos deram, não só nas datas festivas, mas por tudo. A consideração e a gratidão são sim sentimentos que nos aumenta a dor da morte, não só a nossa, mas a de quem vemos por aí.

Pensamos em como ficará a família, se serão agora pessoas mais fortes ou tristes eternamente pelo ente que deixou esse mundo louco que vivemos.

"Está num melhor lugar" muitos dizem, mas a saudade é algo nem tão legal assim, aperta o peito, traz lágrimas doloridas daquelas que parecem se negar a secar enquanto vemos, um, dois, três partirem rumo a eternidade que pode ser daqui a muito tempo ou daqui uma fração de segundos.

Namoradas, esposas talvez encontrem em outros corpos o amor que deixamos para traz na vida, aquele conforto e cuidado que deixamos para trás. Mas e os filhos? E os pais que desafiando a lógica da vida acabam vendo seus filhos descerem a sete palmos e a vida ficar ali.

Dor imensurável, incalculável o sentimento de ver alguém partir. Não dá pra prever, imaginar, sorrir de pensar em um alguém presente e querido deixar o mundo.

É como uma estrela que se apaga, lembraremos do brilho, de tudo aquilo que ela iluminou, fez e lamentaremos por aquilo que apenas se planejou fazer.

Sim, todos temos nem que por um mísero segundo o medo de morrer, não pela causa, não pela situação, mas pelo simples fato de morrer. 

A conformação pode demorar, pode nem mesmo chegar as vezes, mas o sol um dia vai brilhar tanto quanto a estrela, outros brilhos estarão aí para serem apreciados e o mundo mesmo que de outra forma pode ganhar pequenos novos contornos, cabe a nós ainda aproveitar antes que sejamos nós a ver toda a eternidade.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Zona de conforto!


O amor é algo que por algumas vezes acaba por confundir a gente. 
Se não combinamos com alguém e mesmo assim ficamos juntos logo surge a cômoda frase de que os opostos se atraem, assim como se as pessoas combinam demais podem suscitar pequenas loucuras que vão te fazer duvidar do sentimento o cabendo como comodidade.

Estar com alguém é de certa forma complicado, realmente é de se estranhar quando alguém diz que um namoro ou relacionamento seja pelo tempo que ele tenha pareça algo fácil, afinal são muitas coisas a se colocarem na balança.

Se antes você possuía apenas seus problemas pessoas dentro de uma estressante rotina, pois bem, agora você terá a doce missão de mesclar as rotinas, algo até muito comum dentro de um relacionamento, mas nem por isso tão fácil.

O tempo na verdade não ajuda muito nisso. A vida demanda muito movimento, estamos sempre nos movendo rumo alguma coisa ou sendo conduzidos por algo. Por isso o tempo vira de certa forma um pequeno e traiçoeiro inimigo quando o casal parece um só. 

Parecem coisas pequenas, na verdade situações que não chegam a incomodar, mas imagine que logo você saiba o que seu parceiro diz em determinadas situações, você conhece hábitos, costumes, manias e se bobear até convites para eventos deixam de vir separados e acabam vindo com seus nomes descritos em um único convite.

Hábitos podem sim tornar a felicidade algo não tão importante, mas lembre-se bem que um namoro não se mantém de pé apenas pela dificuldade existente em termina-lo, longe disso.

Seria um tiro na testa manter um relacionamento fadado ao fim apenas por parentes que se gostam, filhos, afilhados, pequenas dívidas de gratidão, financeiras ou qualquer outro motivo. Acima de tudo a felicidade e o bem estar devem existir para você e para quem você tem o relacionamento. 

Algo a se lembrar, você não se relaciona sozinho com ninguém, são necessárias pelo menos duas pessoas para isso.

Mas deve-se então para e botar na balança um relacionamento a todo tempo? Analisar para ver em que ponto se está e voltar a estaca zero quando a rotina chegar? Não é pra tanto, divergências sobre o futuro sempre vão existir, na verdade há um leve temor sobre o futuro, afinal ele é desconhecido e você apenas imagina como ele será, com ou sem a pessoa.

Se a rotina ainda consegue arrancar sorrisos, tudo bem, mas se em determinado ponto vocês fazem as mesmas perguntas e obtêm as mesmas respostas, olha é melhor parar e repensar a quantas andam.

A honestidade para com o parceiro, mesmo que ele já não seja mais aquele caminho a seguir é necessário, pois mesmo que o caso entre vocês dois não tenha dado certo assim como você planeja ser feliz,aquela pessoa também planeja a sonhada felicidade.

Não adianta dar murro em ponta de faca, acreditar piamente em água mole em pedra dura, certos ditados não cabem a todo momento. Não adianta ter aquela lógica de vestir a camisa 10 ser o craque do time, mas jogar sozinho.

Não existe fórmula mágica, cartilha secreta, nada entre a lua e os astros que possa ser seguido fielmente e que se diga que vai dar certo. Relacionamentos mudam a cada dia, um é diferente do outro e assim vai ser.

Sabemos que decisões seguir, mesmo que bem lá no fundo de todo o nosso pensamento. É preciso conversar, ver, ouvir, sentir e ter muito jogo de cintura e especialmente paciência para que renovações aconteçam.

Não caindo do céu ou da noite para o dia, mas para que valha a pena lutar pelo bonito sentimento que é o amor.

Entretanto, se não há mais fuga, alívio ou prazer, bote um sorriso no rosto, busque algo que te satisfaça e que te inspire a voltar a admirar aquilo que o amor tem de mais bonito. 

Apesar de todas falsas regras, dizeres filosóficos e aprendizados de esquina o amor tranquilo é na verdade feito por nós para nós e entregue apenas aos outros quando finalmente resolvemos abandonar a nossa zona de conforto para entrar na zona de conforto alheia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Virgem.Doc (36)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eram outros tempos, acho que me senti até de certa forma uma mulher muito madura tendo em vista que na época a mulher não tinha lá tantos direitos frente a sociedade, não era nem mesmo vista com tanta boa vontade. 

Minha mãe era a típica representante dessa classe, eu fui a segunda filha, pros padrões da época felizmente para ela veio primeiro o "varão" o filho homem, meu irmão nunca ostentou para si esse título, sempre foi um irmão carinhoso, assim como meu irmão mais novo que veio apenas um ano depois de mim.

Mas obviamente me protegiam, eu era a garota a ser escoltada, meu pai me tinha como o bibêlo da família, meus irmãos desconfiavam de qualquer olhar malicioso que eu no auge da minha inocência pudesse sonhar.

Casava-se cedo, eu tinha se muito dezenove anos, mas apesar de se unir corpos assim, a preocupação maior era não perder a honra da família, constituir uma herança que pudesse fazer jus ao nome, coisas que hoje não perderam valor, mas sim importância.

Acho que fui feliz e sortuda ao mesmo tempo. Meu pai trabalhava numa industria grande, não eramos ricos, mas de boas condições, logo havia o interesse de uma família de posses iguais de se juntar, parecia mesmo com as novelas de época que víamos por aí.

Eu mocinha, namorava na sala, com a presença do meu pai e o meu pretenso namorado que pra época já tinha status de noivo vinha e me cortejava a noite toda. Beijos no máximo um selinho e olhe lá, hoje vejo as coisas mais liberais e até não repudio que seja assim, as pessoas amadurecem mais rápido.

Perder a virgindade pra mim teve um sabor especial. Eu já havia me casado, um belo evento, com pompa, convidados e passaria ali a morar com o rapaz, meu noivo e agora marido.

A parte de sorte que falei e que ele sempre fora um bom rapaz, afinal estamos aí comemorando bodas até hoje, somos casados e temos uma linda família, hoje mais libertária do que a da época.

Lembro do quarto de hotel. A lua de mel que passamos no interior, o friozinho e o abraço de um homem que até hoje demonstra para mim, nossos filhos e netos todo o carinho que um patriarca deve ter com a sua família.

Não teve a agitação, sangue, suor, foi romântico, um vinho (acho até que fora a primeira vez que bebi algo alcoólico), uma cama linda e decorada com rosas e todo o amor que preservamos após trinta anos de casados.

Hoje certamente não faria todo o respaldo que meus pais fizeram comigo, na verdade não fiz com minhas filhas e não as vejo fazendo com minhas netas, apenas avalio que os tempos mudaram, eu tive mais cuidados, mais romantismo, mesmo que tudo fosse exagerado demais para o lado protetor e arcaíco de que a honra e a familia salvariam tudo.

Eu podia não gostar do escolhido para ser meu marido, poderia não ter dado certo e termos nos divorciados e eu ter ficado mal falada, algo que para hoje parece até ridículo, minha neta mais velha certamente riria de mim, mas foi assim, no amor, na sorte e no destino que uniu a mim e a toda a minha família."


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Intenso!


Por que não para?
Por que não retorna?
Por que não faz com calma e sem a loucura desenfreada?

Há diversos motivos para que muitas pessoas prefiram viver a mil por um curto período de tempo ao invés de prolongar sua estadia vivendo de forma lenta e cautelosa.

Mergulhar de cabeça pode ser arriscado, mas o afinal não é arriscado nessa vida. Devemos correr riscos, jogar com os limites e quebrar regras (Até certo ponto é claro!)

O mundo vai te desafiar, as pessoas vão te desafiar, mas o tempo do desafio pode ser bem variável.

Pequenos momentos podem valer por muitos anos aquilo que anos não valerão nem mesmo um mísero segundo. Paradoxos caem, teorias são levantadas,mas é assim a vida de quem vive de forma ágil, plena como se a vida fosse algo saboroso a ser totalmente devorada sem que houvesse uma nova chance. E afinal não há?

Você tem diversas oportunidades de fazer o que bem entender durante a vida, claro que há oportunidades que virão premiadas, mas viver não está entre elas.

Fugindo das regras ocultas do espírito que possa se reencarnar acredite, você pode ter outras vidas ou seja lá em que você acredita, mas não há qualquer citação grande ou pequena que afirme que a sua vida será igual apenas por que é a mesma alma.

Você pode ter desejos idênticos, vontades parecidas, situações já vistas por você ou pelos outros, mas não será igual, nada é como antes.

Talvez os mais cultos liguem ao "Efeito Borboleta" onde um bater de asas do pequeno animal muda todo um futuro que parece ser involuntário, mas está tudo ligado, tudo funciona como uma máquina. Nada acontece quando não deve acontecer.

Cabe a todos decidirem, disparar contra o sol e viver uma linda,louca vida breve ou guiar os passos lentos rumo a eternidade que fatalmente será a mesma.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Choque de Realidade



Quem diria que nosso futuro estaria tão ligado a realidade virtual que criamos do que a intensidade da realidade que podemos ter em nossas mãos ou viver diretamente. Quantas tragédias podemos contar sem que deixemos de lado nossa mente fora do vazio?

Certa vez li que o mundo de verdade não era um lugar ruim, talvez só mal frequentado,daqueles que as pessoas constroem algo que parece banal para muitos e que futuramente será visto como imprescindível.

O culto a santos de barro e a elevação de casos por fama, luxo ou prazer de saber da dura vida das pessoas que conhecemos. O mundo é hostil, cruel, mas também é maravilhoso conforme cantado por Louis Armstrong.

A vida nos permite sonhar assim como nos permite viver a realidade acima de tudo e todos. Devaneio comum seria que fícassemos apenas sonhando por toda uma vida enquanto a realidade passa diante de nossos olhos e nos toca a face convidando para viver e andar junto.

Não se deve sair do chão sem o plano de voar alto, mas é bom saber para onde aterrissar sem que possamos passar grandes sustos.

O mundo guarda mistérios que certamente nunca entenderemos por completo, dos mais complexos aos mais simples. 

Seja por um pé de meia desaparecido e nunca mais encontrado até a mudança brusca de temperamento feminino durante a temida TPM até finalmente a morte.

Ter medo, lutar, aguardar por ela, nunca saberemos o peso que ela trará em nossas vidas até que ela chegue, seja por alguém que não conhecemos e que vive na precariedade, seja por histórias que ouvimos, o galã da novela das oito, um amigo, um parente, não importa a realidade do fim uma hora bate a porta.

Como suportar toda essa realidade sem pequenas dosagens de loucura, sem perder a cabeça em meio a imensidão de fatos que correm ao nosso redor sem o mínimo de controle.

Apenas pensamos estar no controle de nossas vidas, geralmente quando temos esse controle é justamente quando toda a vida vira de cabeça para baixo. 

O horizonte lindo e dourado está diante de nossos olhos, logo ali, mas a realidade não nos permite a felicidade de percebe-lo diretamente, o caminho que deveria ser reto e objetivo é curvo, cheio de obstáculos, mas pode ser atingido.

Que possamos ver toda a ilusão que é a nossa realidade para que ela de forma persistente acabe por nos atingir em cheio e que possamos desfrutar dela com todos os seus defeitos e qualidades sem que voltemos atrás.

A primeira e mais importante façanha para que possamos modificar a nossa realidade é conhecê-la, assim saberemos onde e quando podemos modificar pequenas partes e permitir sem conceder que o destino haja e faça todo o resto.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Mundo de drama


Dizem por aí que um dos grandes segredos da felicidade é escolher a comédia e largar o drama, realmente é bem complicado por que há tanta gente que se renega a aceitar que o mundo não está ao redor do seu umbigo ou que a os seus problemas não são menores do que o de qualquer outra pessoa.

A tortuosa mania de fazer de tudo uma tempestade em copo d'água agindo como se uma vírgula fora dos seus entendimentos fosse algo ameaçador, digno de acordes de choro, lamentação e reclamações infinitas e que certamente não nos levarão a lugar algum.

Se você realmente quer algo que o faça ser admirado é melhor que faça algo benéfico, construtivo e não se encher de drama,reclamações ou avisos por terceiros que só o levarão a se tornar uma pessoa daquelas que todas as outras evitam por perto. O chamado chato.

É uma pena, um "carma" mesmo, mas vivemos em um mundo chato e onde nossos filhos e netos certamente terão cada vez mais certeza que nós somos responsáveis por tornar tudo tão dramático e cheio de "mi mi mi", não me toques entre outras frescuras.

Pena maior é que eles terão razão, viramos responsáveis por deixar que qualquer mísero problema se tornasse algo de uma relevância gigantesca. 

Se antes pregávamos que o romantismo havia se tornado piegas e ultrapassado agora teremos a geração que não conhece a gentileza e o prazer de ajudar o outro sem que se faça uma auto promoção exagerada visando benefícios.

Quase ninguém faz nada de graça é verdade, não deveria e a vida custa caro realmente, viver é algo cada vez mais complexo. Desde seus arranjos, percalços e dificuldades comuns até as pessoas que ao nosso lado estão, iguais a nós também são, mas que na verdade pensam apenas em se proclamar os verdadeiros sofredores eternos de um mundo de amarguras.

Verdade que certos dramas não valem a cena, não valem a explícita necessidade de ser sempre a vítima ou aquela pessoa a quem deve-se ter dó e piedade por que ele é sempre quem sofre.

O drama é sim parte de nossa vida, uma pequena parte dele, uma pitadinha apenas para dar graça e se valer a pena. Não todo um caldeirão dele, daqueles que tudo que se faz pela vida é para dramatizar e se fazer de sofrido perante as pessoas que estão ao seu redor.

O mundo é dramático, mas não se importa com o drama alheio, pelo menos não em sua maioria. Fosse assim, não teríamos tanta discussão sobre como resolver o problema de fome e pobreza da população africana e suas crianças ou levaríamos boa parte dos animais de rua para casa sem pensar se eles são de raça ou se por que são mais ou menos bonitinhos.

O drama é sim uma arte, daquelas nobres capazes de render interpretações magistrais e certamente mais lembradas que as comédias que nos farão ter dor de barriga de tanto rir, mas na vida real não se deve levar o drama a sério sempre, fazer com que ele se perpetue nada mais vai fazer do que ampliar sua dor e fazer com que se crie mais e outras além daquela que realmente existe. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Virgem.Doc (35)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu nunca fui daquelas que dava imensas esperanças a mim mesma de que um príncipe encantado viria em seu cavalo branco e me levaria para onde bem entendesse tendo nosso final feliz, mas lá no fundo, bem no fundo até que seria legal que isso acontecesse.

Acho que esse pensamento sempre me ocorria por pensar muito em um garoto que morava ao lado da minha casa, sua casa era do tipo gigante, mas ele tinha sempre um ar simples e um sorriso no rosto quando passava por mim quando saímos pela manhã quase sempre no mesmo horário.


Trocávamos um oi aqui e outro ali, quando muito um bom dia e seguíamos nos carros de nossos pais rumo cada qual ao seu colégio.Os anos se passavam assim, apesar de vizinhos não tínhamos contato e nem eu sabia da vida dele e acredito que nem ele da minha.


Naquela época perto de meus dezessete para dezoito anos eu ainda era uma garota tímida, então não me preocupava tanto em fazer amizades fora da minha família que por sinal é bem numerosa.


A violência fez também com que meus pais não incentivassem um contato íntimo entre vizinhos, seja entre eles e o pai do garoto ou entre mim e qualquer outro adolescente na vizinhança.


De namoricos no colégio eu contava nos dedos qual garoto me interessava, grande verdade que a curiosidade sobre meu vizinho era mais recorrente do que alguns dos garotos infantis que ficavam dando em cima de mim ou das meninas da minha sala.


Mas pouco depois que me formei no ensino médio meu vizinho se mudou e por não termos a aproximação de verdadeiros vizinhos eu não sabia para onde ele e sua família se mudaram dando fim a minha esperança de ter ali o fim da minha curiosidade. Ledo engano.


O tempo passou, mas para me formar segui sendo a aluna fiel e dedicada aos estudos enquanto boa parte de minhas amigas focavam em baladas de fim de semana e namorados que as trocavam ao primeiro piscar de olhos.


Minhas redes sociais deveriam me mostrar como uma carola daquelas bem chatas, afinal só se via minhas fotos em família, animais de estimação e algumas poucas informações sobre o curso de fisioterapia que eu estava a um ano de concluir.


Só que o destino é algo meio engraçado. Faltavam poucos meses para a conclusão do meu curso, eu precisava fazer alguns trabalhos relacionados a matéria e admito estava a beira do caos, ficando louca mesmo, não conseguia mais raciocinar até que fui com uma amiga até a casa dela para fazer um trabalho e em um intervalo dos estudos saímos na rua da casa dela para tomar um açaí.


Sentado em uma das mesas conversando animadamente com um amigo, eis que estava o meu antigo vizinho. Seu rosto não havia mudado nada, talvez um pouco mais de cabelo, um pouco mais de barba até por que a idade havia avançado um pouco e as peças foram ainda mais voltadas quando a namorada do amigo dele chegou e era conhecida da minha amiga de sala.


Juntamos mesas, conversamos e sim eu consegui o telefone e o contato do meu antigo vizinho(Ele nem havia se mudado pra tão longe assim), mas agora ele era uma pessoa acessível.


A ironia do destino era tão grande que o garoto que antes me dava bom dia agora cursava medicina ou seja também referente a área de saúde e logo se propôs a me ajudar e nos aproximamos, ficamos e iniciamos um namoro leve.


Estar com ele era uma motivação a mais, sentir que ele me apoiava me dava confiança não só nos estudos, mas também para perder a virgindade.


Ele foi sim o príncipe, acho que namoro até hoje com ele, por que não consigo imaginar outro homem com tanto cavalheirismo para mim como ele foi naquela noite e como é até hoje.


Um quarto de hotel, decoração linda, romântico, velas, flores, tudo que uma garota pode pensar de mais agradável ele fez, tamanho conforto fez com que eu relaxasse, não sentisse dores, sangrasse ou tivesse qualquer lembrança inoportuna da minha primeira vez. De curiosidade até hoje fica a minha cabeça a mil de imaginar como foi a primeira vez dele, meu amor e namorado até hoje.


Romântico, perfeito, mas parece que ele ainda se envergonha de não ter tido uma primeira vez tão maravilhosa quanto a que ele me proporcionou."

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Preserve-se no silêncio


Quantas e quantas vezes percebemos que as palavras podem ferir quem quer que seja de maneira brutal, um simples "sim" ou "não" dito de forma aleatória pode qualificar o início, meio ou fim de uma relação que tem tudo para ser benéfica para ambos.

A cumplicidade de um olhar as vezes pode ser muito útil, assim como falar o que quer e deseja pode ser aquilo que mais beneficia, mas nem sempre.

O silêncio muitas vezes nos poupa daquilo que possamos receber de volta. Os antigos até mesmo afirmavam com clareza que há horas onde é realmente melhor ouvir do que se expressar.

Preserva-se a voz,a imagem e tudo aquilo que não possua argumentos suficientes para te fazer dizer algo que seja suficiente para mudar o panorama de algo fora de sua alçada.

Se todos nós entendessemos o silêncio certamente o resto seria apenas conversa. Fatos jogados ao acaso se que vez ou outra nos deixássemos perder entre as palavras.

Silêncio puro, categorizado pela ausência de palavras que nem precisam ser ditas para serem compreendidas, apenas deixam de existir para serem subentendidas por aqueles que não se exaltam a toda situação que pode,mas ainda não chegou ao fim

O silêncio na verdade responde tudo aquilo que não lhe foi perguntado ou por diversas vezes não passou o entendimento daquilo que dizem: Quem cala consente.

Nem sempre é assim, quem se cala, apenas evita fazer declarações daquilo que possa sentir, saber ou se exaltar sem motivo, preservando todo um contexto a ser imaginado por quem ardentemente aguarda uma palavra fora do lugar para criar situações além da resposta dada.

Dentro do silêncio há o diálogo mais profundo e os agudos daqueles que extouram os tímpanos sem que seja dita uma única palavra.

Quando ouvir palavras tristes,quando o mal te procurar disfarçado de toda a bondade que possa omitir,quando a ofensa mais pensar em lhe atingir,a crítica lhe fizer opressão,a ignorância te acusar,o orgulho lhe humilhar e a vaidade provocar intensas reações...

O silêncio vem ao tempo te imprimir o perdão.

Defenda-se com sorrisos e ataque com o silêncio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Recíproco!



A recíproca é verdadeira, você atraí aquilo que você emana,aquilo que suas energias canalizam e despeja pelo mundo mostrando quem é você. 

Tal qual como um cartão de boas vindas, você pode sorrir estando triste ou chorar estando feliz, mas certamente será tudo fruto de alguma ação ou consequência ocorrida antes, dotada de um instante capaz de mudar tudo que virá a seguir.

Quando se é reciproco as coisas boas acabamos por nos tornar imunes as coisas ruins, ou pelo menos mais para relevar certas coisas inúteis e que na verdade pouco importam em nossa vida.

Devemos sim ter dentro de nós essa vontade de dizer ao mundo como nos sentimos, devemos demonstrar enquanto há tempo tudo aquilo que vem de dentro de nós.

Não será raro dizer que os mortos recebem mais flores que os vivos, mesmo aqueles que detestavam essa maravilha da natureza acabam por serem presenteados justamente por serem "queridos" demais.

Mas será mesmo que não era melhor mostrar todo esse sentimento por alguém que não está ao nosso lado enquanto podemos?

Quantas vezes nos viramos para nossos entes queridos e proferimos palavras que certamente lhe cortariam o peito mais que um punhal bem amolado. É triste, mas demoramos a notar que o tempo corre, urge diante de nossa frágil vida.

Somos na verdade um grão de areia em meio a tudo que ocorre pela superfície do planeta.

Temos problemas sim, temos casos difíceis de serem engolidos e quantos sapos não teremos de engolir por nós mesmos, parentes,amigos e até mesmo por gente que não sabemos sequer o nome.

Mas acredite, não é necessário procurar muito para encontrar alguém que tenha um problema semelhante ou pasme...Bem pior que você.

Dentro de tudo que é recíproco há também a gratidão. Há uma vontade incontrolável de abraçar alguém importante para você ,mas que prefere bancar o durão e não lhe dá um terço de abertura.

Como seria bom um mundo mais amoroso, mais afetuoso entre os povos. Guerras deixariam de ser resolução de problemas para se tornar apenas brigas bobas capazes de serem resolvidas sem que se perdessem vidas e sentimentos deixados nos campos de batalha.

Cultive,cuide,queira bem, fazendo isso o resto vem!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Virgem.Doc (34)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Sabe aqueles contos de fadas, das mocinhas que encontram o seu príncipe encantado e que uma vez apaixonadas, namoram, noivam, casam e logo são felizes para sempre, pois bem eu até acho que seria legal que eu fosse algo assim ,mas o perigo e os caras com uma aura no perigo sempre me atraíram muito mais.

Desde nova eu meio que sempre torci pelo lado dos vilões, achava os mocinhos meio bobos, sem graça, achava que eles não lutavam com afinco por aquilo que queriam, claro que não concordava com tudo que os vilões faziam do tipo roubar, matar e destruir, mas pelo menos no quesito obstinação eu me sentia mais a vontade do lado deles.

Mas talvez até por não ser aquela garota do tipo mais popular ou das mais lindas que se tem por aí normalmente eu me envolvia de beijos apenas com garotos mais do estilo bonzinho, daqueles que realmente eu mandava e desmandava, acho que até por isso me livrava mais facilmente deles.

Contudo uma vez fui desafiada, um garoto não abaixou a cabeça para aquilo que eu desejava. Primeiro fui sumariamente ignorada por ele, daquelas ignoradas solenes, que te deixam meio sem rumo, mas não desisti.

Tínhamos amigos em comum e isso me motivou a seguir tentando pelo menos saber o por que daquele garoto não querer nem mesmo conversa comigo. 

Os amigos não ajudaram muito, afinal alguns se negavam a me informar qualquer coisa ou simplesmente não sabiam. Como boa cara dura que sou resolvi perguntar diretamente ao carinha.

"Você pode me dizer o que tem contra mim?" Ele me olhou assustado, mas não disse nada mais que um "Nem te conheço menina, tá louca"

Começava ali o jogo de gato e rato mais que comum, um jogo de provocação que ia do amor ao ódio, eu beijava bocas para ele ver, ele pegava amigas minhas pra que eu soubesse, mas o comentário geral é que logo ficaríamos juntos.

Algo que só aconteceu por que uma amiga minha interviu e disse que era pra gente parar de bobagem e se pegar logo, mesmo que acabassemos nos matando depois.

Pois bem, rolou, muito beijo, muita pegação, mas ainda sem sexo, já não era incomum alguns meninos me zoando lá pelos meus quinze anos falando que sobre o que me faltava pra acabar com a minha raiva.

Mesmo depois de ficar com o garoto que tanto me ignorava inicialmente começava ali o namoro ioio, a gente não chegava a se assumir, também não negávamos o ciume um do outro até que certa vez após uma acalorada discussão nos pegamos de beijos loucos e quentes em meio a sala da casa dele.

Foi uma pegada quente, roupas voando, arranhões nas costas, sentia uma vibração no meu corpo que só cessou após umas duas vezes dele e que eu caísse sobre ele após ter um legítimo orgasmo.

Eu naquele momento descobri na minha primeira vez o que era tesão e prazer, tanto que o pouco sangue que saiu de mim pouco importava, assim como a primeira nossas transas eram sempre um tom acima de pegadas e gemidos mais fortes.

Durou muito, durou bastante o meu tesão por ele, acabou quando ele foi preso, uma, duas, três vezes, furto, drogas, os motivos variavam, mas além disso traições se revelavam cada vez mais comuns.

Eu deixei de achar que era provocação, virou rotina, assim como meus romances seguintes seguiam na base da loucura, pegadas quentes e com seres normalmente envolvidos em alguma contravenção.

Ele hoje segue preso, eu sei notícias dele por um ou outro amigo, rede social ele pouco utiliza e whattsapp de bandido normalmente é mais vigiado que a casa da moeda.

Não me arrependo, até por que eu gostava dele e tive ali uma das melhores transas ou como eu gosto de brincar com as minhas amigas: A primeira de muitas das melhores FODAS da minha vida"


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Grandes mulheres



O atual mundo em que vivemos é daqueles compostos por padrões muitas vezes impostos de forma autoritária em nossa sociedade.

O achismo de alguns classifica situações, padrões, atitudes e tudo que podemos fazer sem que o diferente possa surgir sem ser taxado de polêmico ou alvo de críticas nada construtivas.

Além disso vivemos em um mundo competitivo, daqueles onde mulheres podem se estapear mentalmente pela melhor roupa a se vestir ou pelo namorado de melhor currículo mesmo que isso não mude nada no que elas pretendem.

Os homens por si, acreditam que as mulheres belas se impressionam com o exagero, com o grande e o espetáculo, o que muitas vezes não é bem a realidade dos fatos.

Mulheres são mais suscetíveis a os modismos ditados pela sociedade. O olhar crítico de outras mulheres tende a afetar mais o seu cotidiano do que de um homem que recebe uma crítica sobre como joga futebol ou como se veste.

A mulher no entanto não deveria viver apenas desses padrões impostos para ser aquilo que ela bem deseja ou para surgir na multidão em destaque por algo que chama muito mais a atenção, a tal da personalidade.

A mulher pode ser sexy, linda, gostosa, tudo aquilo que com um pouco de gana e dinheiro um cirurgião não possa resolver em algumas horas, mas aquilo que ela pensa e faz importa muito mais do que o peso que ela possa deixar numa mesa de cirurgia ou o botóx que possa deixar seu rosto mais firme.

A cabeça pensante, o sexo nada frágil desmistificado a tanto e que mesmo assim segue sendo ora julgado, ora posto em dúvida até mesmo pelas próprias mulheres que preferem se enfrentar e se rivalizar ao invés de criarem a chamada "girl power" contra um sexo tão dependente de opinião quanto elas.

A mulher tem força o suficiente para ser aquilo que ela quiser independente do que as pessoas lhe digam, isso diferencia as meninas de grandes mulheres, mesmo que a idade pareça não ressaltar, a força vem de berço.

Dinheiro, trabalho, um belo rosto com um sorriso construído, nada disso importará se por dentro ela for apenas mais uma garota frágil e mimada que se ofende com o mundo em que vive e prefere atirar para todos os lados contra mulheres que mostram mais força pra viver do que ela.

A autenticidade feminina, aquilo que salta aos olhos de outras mulheres e de homens que possam estar diante delas e se curvar ressaltando o termo "mulherão" com um sonoro "ão" ao final de todo o seu passar diante do mundo.

A personalidade fará com que qualquer mulher que se preze e com o mínimo de decência sobre a sua existência no mundo não se curve aos dizeres que deve ser feito assim ou de outra forma. Ela procurará uma maneira de realizar da forma que achar possível ser bom para ela e para todos.

Não há ditaduras, não há modismos, ela faz a mulher que ela pretende e quer ser, sem que mulheres alheias ou qualquer opinião masculina seja sobreposta a sua.

Que as mulheres possam perceber que para serem grandes elas podem se livrar de pequenas neuroses do dia a dia, de emagrecer quilos e mais quilos em poucas semanas, parcelar roupas e sapatos em milhares de vezes apenas para competir com a amiga que apesar de não ter condições acredita que uma roupa lhe fará o caráter.




sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Rama de conselhos



Acho que boa parte dos sonhos de criança se resume em crescer e ter na vida adulta toda a liberdade que ela vê limitada pelos seus pais.

O tempo vai passando e essa criança vai aos poucos perdendo essa ilusão de que o mundo é somente um parque de diversões onde os pais cobram a entrada, na verdade não. A vida mesmo se encarrega de cobrar que nosso crescimento ocorra.

Forças do destino? Livre Arbítrio? 

Aprendizado na verdade, pela base daquilo que nossos pais nos ensinam e que pensamos nunca utilizar tal qual a teoria de bhaskára que até hoje não pensamos em realizar ou em que ela teria verdadeira praticidade em nossas vidas.

A vida é assim mesmo, tal qual uma roda gigante  um dia estaremos lá no alto, felizes e contentes com a impressão de sermos inatingíveis e acima de qualquer problema que possa vir pela frente.

Em outros estaremos abaixo da crítica, suscetíveis a quaisquer desvio de conduta que a humanidade possa ter com a nossa presença.

Conselhos são bons sim, mesmo que como reza a lenda não sejam vendidos, vez ou outra eles podem vir de alguém que nos quer ver bem e que torce pelo nosso crescimento, mas em sua maioria são "abençoados" por pessoas que querem saber de seu problema e não propriamente resolvê-lo.

A curiosidade humana por algumas vezes é algo fétido, obscuro e capaz de atrocidades além do normal para que saiba o que se passa além da vida que lhe cabe.

Basta ver quantas vezes vemos acidentes em ruas e estradas onde pessoas que antes andavam a toda em seus carros vivendo suas vidas, param e desaceleram até quase parar para observar de camarote o sofrimento alheio de alguém que provavelmente não tem nada a ver com a sua vida.

A duras penas vamos compreendendo que podemos sim ir crescendo e amadurecendo rumo a um destino que trilhamos e batalhamos por ele.

Obstáculos da vida são impostos de todas as maneiras e isso incluí pessoas. Almas repugnantes que preferem ver o seu insucesso ao invés de olharem para o próprio umbigo e se abastecerem de felicidade para seguir a vida.

Como parasitas eles preferem ver no pranto alheio seu conforto, afinal: Se estou triste e não sou feliz, por que outro haveria de ser?

Não devemos fugir de pessoas assim, se afastar talvez, mas o ideal é que tenhamos capacidade para observar e encarar de frente aquelas pessoas que através de conselhos ou artimanhas tentem nos fazer mal.

O mundo não é igual nos filmes, nem todo mundo é mocinho o tempo todo ou vilão o tempo todo é verdade, mas cabe a nós ver que nos faz bem e quem nos faz mal e acredite apesar de nos filmes,desenhos e novelas os vilões parecerem divertidos ou até mesmo atrapalhados...

Na vida real eles podem ser bem mais nocivos e perigosos do que possamos acreditar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Virgem.Doc (33)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu sempre fui uma garota muito urbana daquelas que não consegue passar mais de dois dias perto de uma infinidade de prédios, aparelhos de televisão ou da grande movimentação de carros. Talvez por isso sempre me atraí mais por esse tipo de garoto.

Meus ficantes e primeiros namorados sempre foram garotos conectados com o mundo, daqueles que pouco se interessaram pela natureza ou a vida no campo.

Meu pai no entanto foi criado no interior e mesmo tendo vívido boa parte de sua vida na cidade grande sempre preferiu a calma de observar a natureza. Por isso comprou uma propriedade onde minha avó reside até hoje nas proximidades da Serra do Cipó

Apesar de ser uma propriedade em área quase rural a chácara é um achado, possuí um bom conforto digno de uma casa na cidade o que de certa forma não me fazia sentir falta de nada.

A vizinhança tinha muitos jovens e vez ou outra meu pai fazia as vezes de bom anfitrião e os convidava para virem até a chácara já que ao fundo da propriedade passava um dos muitos rios que dá acesso a cachoeiras da região.

Pessoalmente acredito que eles entrem lá até sem permissão para nadar por ali, mas meu pai nunca se importou com isso.

Havia um garoto no entanto que morava a cerca de quatro chácaras da minha. Ele era totalmente oposto aos garotos com quem eu já havia ficado ou até tido pequenos namoricos dentro dos meus dezessete anos.

Mas algo me atraía nele, mesmo que ele de certa forma não se importasse muito com a minha presença, preferindo se importar com a natureza e com as águas onde passava a tarde nadando.

Apesar de virgem eu tinha lá minha sedução, sabia querer alguém que me atraía, mas ele estava irredutível, pouco se importava.

Via nele um meio de me afastar dos garotos da cidade, inclusive um da minha sala de quem admito corri atrás, mas que me ignorava solenemente após termos ficado. Após uma das muitas humilhações correndo atrás dele fui para um feriado na Serra.

Estava decidida, precisava esquecer mo garoto que tanto me humilhava e sabia que perder a virgindade seria um marco.

Naquele dia eu fiquei até quase o fim de tarde no rio dos fundos da propriedade, o garoto ficou por lá e ainda havia mais um outro menino menor que felizmente fora chamado pela mãe e se foi me deixando a sós para conversar com o meu pretendido.

Conversamos animadamente, mas ele não dava brecha, nunca deu, não seria naquela hora.

Até que eu parti para cima, fingi um mergulho e saí na frente dele com o biquíni meio solto para ver se ele desconfiava, ele não falou nada, mas os olhos corresponderam, o beijei e ele não refutou.

Deixamos o rio e ali na grama meio que rolávamos envolvidos e sedentos. Eu meio perdida fui guiada por ele que me conduzia em movimentos que me fizeram esquecer as poucas dores que senti enquanto cavalgava sobre ele.

Foi bom, muito bom, talvez uma das melhores de minha vida e ele sabia muito bem como conduzir meu corpo, todo aquele ambiente, acho que havia sido a primeira vez n minha vida que eu tinha algum apreço de verdade pela natureza.

Voltei para a cidade, mas vi que não me importava tanto assim mais o cara que tinha me humilhado, mas também não me apaixonei perdidamente pelo rapaz com quem minha virgindade foi perdida.

Ainda o vejo vez ou outra, ele nem mesmo sabe que eu perdi minha virgindade ali, pois felizmente só fui sangrar de verdade na segunda vez que tive uma relação sexual e foi bem longe de rio, árvores ou qualquer coisa ligada a natureza.

Hoje indo aquela propriedade anos depois eu ainda me perco vendo o rio e o lugar onde tudo aconteceu, cheguei a ficar com o garoto novamente, mas só beijos num quermesse anos depois do ocorrido.

Ele hoje me cumprimenta, mas vejo que foi algo normal para ele também, sexo, por ser sexo, mas não me arrependo, tampouco digo que não faria novamente."