quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Virgem.Doc (35)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu nunca fui daquelas que dava imensas esperanças a mim mesma de que um príncipe encantado viria em seu cavalo branco e me levaria para onde bem entendesse tendo nosso final feliz, mas lá no fundo, bem no fundo até que seria legal que isso acontecesse.

Acho que esse pensamento sempre me ocorria por pensar muito em um garoto que morava ao lado da minha casa, sua casa era do tipo gigante, mas ele tinha sempre um ar simples e um sorriso no rosto quando passava por mim quando saímos pela manhã quase sempre no mesmo horário.


Trocávamos um oi aqui e outro ali, quando muito um bom dia e seguíamos nos carros de nossos pais rumo cada qual ao seu colégio.Os anos se passavam assim, apesar de vizinhos não tínhamos contato e nem eu sabia da vida dele e acredito que nem ele da minha.


Naquela época perto de meus dezessete para dezoito anos eu ainda era uma garota tímida, então não me preocupava tanto em fazer amizades fora da minha família que por sinal é bem numerosa.


A violência fez também com que meus pais não incentivassem um contato íntimo entre vizinhos, seja entre eles e o pai do garoto ou entre mim e qualquer outro adolescente na vizinhança.


De namoricos no colégio eu contava nos dedos qual garoto me interessava, grande verdade que a curiosidade sobre meu vizinho era mais recorrente do que alguns dos garotos infantis que ficavam dando em cima de mim ou das meninas da minha sala.


Mas pouco depois que me formei no ensino médio meu vizinho se mudou e por não termos a aproximação de verdadeiros vizinhos eu não sabia para onde ele e sua família se mudaram dando fim a minha esperança de ter ali o fim da minha curiosidade. Ledo engano.


O tempo passou, mas para me formar segui sendo a aluna fiel e dedicada aos estudos enquanto boa parte de minhas amigas focavam em baladas de fim de semana e namorados que as trocavam ao primeiro piscar de olhos.


Minhas redes sociais deveriam me mostrar como uma carola daquelas bem chatas, afinal só se via minhas fotos em família, animais de estimação e algumas poucas informações sobre o curso de fisioterapia que eu estava a um ano de concluir.


Só que o destino é algo meio engraçado. Faltavam poucos meses para a conclusão do meu curso, eu precisava fazer alguns trabalhos relacionados a matéria e admito estava a beira do caos, ficando louca mesmo, não conseguia mais raciocinar até que fui com uma amiga até a casa dela para fazer um trabalho e em um intervalo dos estudos saímos na rua da casa dela para tomar um açaí.


Sentado em uma das mesas conversando animadamente com um amigo, eis que estava o meu antigo vizinho. Seu rosto não havia mudado nada, talvez um pouco mais de cabelo, um pouco mais de barba até por que a idade havia avançado um pouco e as peças foram ainda mais voltadas quando a namorada do amigo dele chegou e era conhecida da minha amiga de sala.


Juntamos mesas, conversamos e sim eu consegui o telefone e o contato do meu antigo vizinho(Ele nem havia se mudado pra tão longe assim), mas agora ele era uma pessoa acessível.


A ironia do destino era tão grande que o garoto que antes me dava bom dia agora cursava medicina ou seja também referente a área de saúde e logo se propôs a me ajudar e nos aproximamos, ficamos e iniciamos um namoro leve.


Estar com ele era uma motivação a mais, sentir que ele me apoiava me dava confiança não só nos estudos, mas também para perder a virgindade.


Ele foi sim o príncipe, acho que namoro até hoje com ele, por que não consigo imaginar outro homem com tanto cavalheirismo para mim como ele foi naquela noite e como é até hoje.


Um quarto de hotel, decoração linda, romântico, velas, flores, tudo que uma garota pode pensar de mais agradável ele fez, tamanho conforto fez com que eu relaxasse, não sentisse dores, sangrasse ou tivesse qualquer lembrança inoportuna da minha primeira vez. De curiosidade até hoje fica a minha cabeça a mil de imaginar como foi a primeira vez dele, meu amor e namorado até hoje.


Romântico, perfeito, mas parece que ele ainda se envergonha de não ter tido uma primeira vez tão maravilhosa quanto a que ele me proporcionou."

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