quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Virgem.Doc (37)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu sempre fui daquelas garotas que é mais apegada ao pai do que a mãe. Desde cedo eu sempre troquei as bonecas e as panelinhas pelas bolas de futebol e pela paixão pelo meu time assim como meu pai.

As cores não me importavam muito, mas acho que o rosa não me agradava tanto quanto agradava a outras meninas.Enfim, assim começou a saga de gostar de ir ao estádio, acompanhar o time em todos os jogos dentro de casa.(Hoje em dia alguns mais importantes fora também), mas comecei a conhecer esse mundo de torcida organizada, campo de futebol.

Minha mãe sempre desesperada pelo perigo que representava, meu pai apesar de apaixonado pelo futebol e por nosso time não se animava tanto a ir pro campo como eu. Ele na verdade não era muito adepto que eu fosse, mas sempre ia com meus primos mais velhos e meio que eles viam a proteção que podiam me dar.

Na verdade meus primos deixavam eu curtir e tudo, mas eram poucos os caras que chegavam até a mim, até por que normalmente havia o foco maior em ver o jogo e torcer pelo time. Eu mesma me desligo do mundo.

Mas havia um amigo dos meus primos que era algo do tipo agradável, ele curtia as mesmas coisas que eu, falava a mesma linguagem e me protegia tanto quanto meus primos.

De início na rebeldia de ter meus dezesseis para dezessete anos eu ficava bem puta, afinal já tinha normalmente três primos me controlando aí vinha mais um pra segurar minha onda,

Mas por ele tinha uma atração diferente, lembro que nos tornamos quase que unha e carne após um cara meio louco chegar dando em cima de mim no meio da torcida. "Oh fera ela tem namorado" - disse meu primo, tirando o cara e evitando confusão. O cara me perguntou onde meu namorado estava e quem fez o papel do namoradão dando inclusive um beijaço no intervalo, justo ele.

Passamos a ficar desde então, a paixão pelo time era meio que um combustível para nós. De começo meus primos implicavam um pouco, mas logo passaram a aceitar, meus pais só foram saber propriamente muito depois, mas não imaginavam que ficavamos em todos os jogos.

Não namoramos, apenas ficavamos com muita frequência até que teve uma festa onde muitos da torcida iriam participar até pra organizar fundos para uma criança, algo assim e eu fui convidada.

Algumas meninas da torcida não eram tão minhas fãs, por que eu era mais nova e meio que virei o mascote da turma, ficava com um dos caras e meus primos tinham força lá dentro.

Nessa festa acho que eu era uma das poucas que não bebia, ficava na minha tomando um refrigerante, comendo muito e pensando em voltar cedo pra bronca não ser muito grande, afinal eu fui escondida.

Mas percebi que havia uma garota dando em cima do menino que eu ficava. Ela o encarava, fazia a boba pra passar a mão nele e isso me irritou.

Eu sou ariana né, não mando recado, passei por ele, encarei a menina e ele meio que sem entender me encarou, mas logo veio me seguindo até uma parte externa da casa.

Ele veio até carinhoso, perguntando por que eu havia encarado a menina, sendo que pra mim parecia obvio, até que ele falou a frase: "Mas a gente nem namora". Ficávamos a um tempo considerável e ele me vem com essa.

Subi até o quarto onde tinha guardado minha bolsa, eu iria embora, estava furiosa, não queria olhar pra cara dele,mas ele percebeu o erro e foi atrás de mim. Conversamos, ficamos bem e estávamos sozinhos no quarto e a festa rolando.

O clima esquentou, passamos a tirar roupas e foi algo bem intenso quando ele me tirou do chão e me colocou na cama como uma boneca.

Acho que a raiva (ciumes, ok!) que senti quando o vi com a garota se canalizou em tesão, tanto que foi muito tranquilo e tudo rolou como tinha que rolar, na cama de pessoas desconhecidas entre os muitos quartos da casa, saímos da festa, eu ainda meio envergonhada, pois achava que a festa inteira sabia que tinha transado, o que não era verdade e não tive a cara de deixar meu primo me levar embora. Meu ficante e quase namorado foi comigo.

Não me arrependo, foi intenso, foi muito bom, mas durou pouco. Nos víamos mais nos jogos ou através do orkut na época. Infelizmente ele perdeu um irmão devido aos confrontos de torcida organizada e tomou raiva de ir a campo. Ele segue torcendo pelo nosso time, mas hoje em dia não há contato entre nós fora das redes sociais.

Ele se mudou pra uma cidade fora da região metropolitana e hoje é apenas alguém que me traz boas lembranças de um tempo que comecei a ir nos estádios e a violência não era tão frequente fora dos gramados."

Nenhum comentário:

Postar um comentário