quinta-feira, 27 de abril de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (17)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Mara Caroline

"Me chamo Mara Caroline, tenho hoje vinte e sete anos e mora na cidade de Rosário na Bahia.

Eu levava uma vida muito boa, trabalhava,estudava e viajava muito, mas por já ter quatro irmãos e todos eles já terem saído de casa passei a querer alguém com quem eu compartilhasse momentos.

Alguém que ficasse ao meu lado.

Me lembro que era dia 02/10/2012 eu vinha numa van de jovens numa cidade próxima a minha pra ir até uma festa de família até que eu o avistei. 

Os amigos ao redor dele eu conhecia, mas ele nunca tinha visto. Diz ele que já me olhava, mas que eu não dava bola.

Mas aí nos aproximamos e surgiu um sentimento, um ano e quatro meses de namoro e o casamento no dia 11/01/2013.

Passado mais ou menos um ano e aquela fase de adaptação sentamos na sala de casa e conversamos sobre ter um filho.

O que eu não sabia é que seria tão rápido. Foi como se eu tivesse acabado de fechar a boca e "pá" estava gravidissima. Fato que fugia do nosso planejamento, por que eu havia pedido conta do emprego a uns dois meses e queríamos estabilidade de um emprego, casa, carro pra que pudêssemos realmente ter um bebê.

O plano que era pra mais ou menos cinco anos se resumiu a um único ano de casados.

Primeiro eu comecei a sentir muito sono, depois a amiguinha de todo mês sumiu e por isso acabei me preocupando e fui até a farmácia pra comprar um teste que deu negativo.

Alívio total, afinal naquele momento em queria mais era uma vaga de emprego.

O tempo passou e esqueci de conversar com meu esposo para tempos depois apenas dizer a ele que estava suspeitando estar grávida e ele ficou assustado e disse: E ai!?

Eu brinquei que se estivesse mesmo queria que nascesse no dia do meu aniversário em outubro.

Partimos para o exame de sangue e de cara recebi a notícia: Você será mamãe!

Fiquei meio sem chão, mas no dia 06/03/2014 começamos as consultas de pré natal.

Eu só caí na real mesmo no meu primeiro ultrassom, ali veio a sensação de alegria de preocupação e de uma responsabilidade imensa a ponto de eu não aceitar de cara colocando obstáculos em tudo.

E agora? Como eu iria trabalhar? Como eu pago carro? Aluguel? Na minha cidade tudo é longe, como que vou andar por aí com essa criança a pé?

A relação com meu esposo também não foi mais a mesma até o momento da descoberta do sexo.

Queríamos um menino. Ele era apaixonado com o nome Anderson e eu apaixonada com o nome Lucas, pra não dar briga veio o nome Anderson Lucas.

A partir daí resolvi deixar o tempo fluir, ver a barriga crescer e me preparar para o tão esperado dia.

O curioso de tudo é que como disse antes eu gostaria de ter o bebê no dia do meu aniversário em Outubro.

Ele acertou o mês, mas nasceu dois dias depois do meu aniversário.

O parto para mim era motivo de muita preocupação. Perdi minha mãezinha dois dias após o meu nascimento, então eu tinha muito medo de não sobreviver também.

Mas felizmente tudo correu bem.

Após o nascimento da criança eu amadureci uns dez anos, não é realmente fácil.

São noites mal dormidas, a preocupação sobre o que passar para ele, os quilinhos a mais,a queda de cabelo, a falta de tempo para tudo,mas eu amo ser mãe.

Penso que é como se eu estivesse passando por tudo que a minha mãe não passou, penso que também já dei todo esse trabalho e que sou recompensada a cada vez que ele sorri. 

É como uma renovação de forças para superar todos os obstáculos, por que ele precisa de mime eu o amo."

quarta-feira, 26 de abril de 2017

A boa e velha sinceridade


No fundo no fundo, nós sabemos como são as pessoas.

Aquilo que fazem, pensam, procuram...

Mesmo que não perguntemos para alguém, por medo ou sei lá o que acabamos descobrindo.

Se ele não tem demonstrações públicas de afeto e carinho logo perceberemos que ele não tem necessariamente que ser o maior dos egocêntricos não é isso, foque em outras coisas.

Foque na forma clara que ele lhe dirá que você está chata naquele dia ou a forma com que ele não mede palavras para lhe dizer o que é ou o que deixa de ser.

Se ele tem realmente algo por você ele vai se irritar, mas vai saber controlar a raiva de lhe aguardar voltar ao eixo, todo mundo tem seus dias de cão.

Não se confunda sinceridade e grosseria, há uma espessa linha entre elas.

A truculência de uma má resposta é bem diferente daquilo que é dito de forma direta, sem rodeios e com clareza absurda que não deixa dúvidas sobre o que se quer.

Clareza essa que se traduz em honestidade, do tipo quando você se vira para um amigo e fala que a namorada dele está lhe dando o perdido ou quando com todas as letras manda sua melhor amiga rasgar o papel de trouxa antes que suas galhadas atinjam as nuvens.

Essa é a dosagem de sinceridade que TODOS precisam, mas que infelizmente por uma convenção social acabamos evitando, deixando para lá.

E esse deixar pra lá gera arrependimentos. Na maioria das vezes tardios, daqueles onde pensamos que poderíamos ter dito outras coisas ou até mesmo não ter dito.

A sinceridade é universal. Afinal aquele que te verdadeiramente lhe diz que você está chato, que você incomoda ou coisas do tipo será o primeiro a quem você recorrerá quando precisar de uma opinião verdadeira e sincera.

Logo a melhor coisa que temos a fazer pelo outro em qualquer tipo de relação que podemos ter é justamente a sinceridade.

Parece meio difícil quando estamos apaixonados, ainda inebriados sobre a paixão que nos toma e acabamos evitando confrontos, palavras, perdendo uma qualidade incrível que logo virá a tona e poderá ser mau compreendida.

O mundo seria mais prático se conseguíssemos sermos nós mesmos, mas parece utópico demais.

terça-feira, 25 de abril de 2017

A sorte de um grande amor


Há uma teoria de que todas as pessoas mesmo que bem internamente ou por uma breve fração de segundos já desejaram ter a sorte de possuir um grande amor.

Grande mesmo,daqueles que vemos nos filmes mais melodramáticas que a Netflix possuí em seu catálogo ou que a Globo se esforça para que vejamos nas tardes dos dias dos namorados.

Pode até parecer sorte,conspiração positiva do destino, mas não é apenas isso. É preciso mais.

Para se caminhar lado a lado com a pessoa que escolhemos e desejamos passar o resto de nossos dias é preciso mais que apenas um punhado de sorte.

Amor tem dessas variáveis, quando é grande mais ainda. 

Por mais que seja o sentimento vamos ter dias onde carecemos de maior atenção, outros em que desejaremos mais espaço, em outros de alguém que nos compreenda de verdade sem perguntar nada e que em outros dias pergunte tudo mesmo sabendo tudo o que queremos apenas fitando o nosso olhar.

Conviver é difícil, por muitas vezes alguém vai ceder e concordar com tudo, mas por muitas os dois não largarão o osso e se apegar as ideias mais malucas e discordar de tudo.

Para resolver isso, basta um dedo de conversa e o mínimo esforço para compreender. Isso não é sorte.

As brigas vão doer, isso é tão inevitável como uma hora outra percebermos que elas vão acontecer,mas se há um grande amor,há também o tempo tentando fazer as vezes de aliado e sarando as feridas, secando as lágrimas e o destino acaba cedendo mais uma chance.

É sorte isso? Não.

É paciência, cuidado e perdão para entender que o tempo está aí e vai sanar as dúvidas.

O dia a dia é muitas vezes chato e um grande amor pode sim sofrer com doloridas doses do meticuloso cotidiano.

E vai me dizer que para criar coisas novas em meio ao amor é preciso sorte!? Nada disso, sejamos criativos, pró ativos e se dedicar para algo de modo que assim ele dê certo.

Muita gente acha que tudo no amor é sorte,destino, futuro descrito pelos astros,signos e afins,assumir que é amor não faz parte disso.

É preciso mais coragem que se imagina, mais afeto que pensamos ter e zelar por tudo aquilo que propagamos. Dar valor diriam os mais escalonados nisso.

Cazuza queria ter a sorte de um amor tranquilo, mal sabia ele que ninguém tem essa sorte.

É preciso vontade, querer e principalmente...

Saber amar, assim mais do que apenas sorte teremos um grande amor de verdade.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Bem Vindo






Acho que se me perguntassem na infância se ser pai estava entre meus sonhos eu diria que não. Certamente eu ia preferir jogar bola, ser algo que me deixasse famoso, rico ou sabe-se lá que outras coisas a minha imaginação permitiria.

A medida que crescia via muitos colegas próximos ou não que ganhavam tal responsabilidade e a exerciam na medida do possível de uma forma que poderia ou não me incentivar.

Logo eu um contador de histórias. Vi tanta coisa sobre ter e não ter filhos, dei tantos conselhos com filhos dos outros e administrei coisas que talvez lá na infância eu desejaria administrar, mas é diferente. É bem diferente.

Confesso um pai se adapta. Ele vai se tornando pai aos poucos até realmente ser. Daí em diante ele se aperfeiçoa, se molda e vai aprendendo cada vez mais, assim como é na vida.
Ele é gerado junto ao filho, não da forma umbilical como é a mãe, mas ele ali vai ganhando formas,contornos, o jeito de pai que explode ali, com o seu filho nas mãos diante dele na sala de parto chorando em seus braços ou olhando para ele.

Pense num garoto, cheio de sonhos,planos e que vê a vida que era sim muito boa apesar de todos os pesares ficar ainda mais colorida.

Primeiro ganha-se o amor da mãe. Uma lástima que nem todos aqueles que tem filhos possam dizer o mesmo, mas agora sim eu tenho plena certeza do por que não deu certo com nenhuma das outras. 

É simples,fácil,claro.É "Bárbaro" de imaginar o que uma grande mulher e um grande amor pode fazer na vida da gente. Agradeço dia após dia por isso.

Pode parecer estranho para mim dizer que esse é sim um texto muito difícil de se escrever, não pelo prazer que tenho a cada letra presente aqui,mas pela importância, pelo crescimento de um texto amadurecido a cada dia de quarenta e uma semanas que sim foram bem longas.

Esse texto cresceu com ele,foi feito aos pouquinhos, a medida que ele ia crescendo a cada notícia, cada novidade, a cada dia em que ele ia ganhando forma, ganhando presença, ganhando cada vez mais a vida dele e a vida da gente.

Ansiedade, medo, críticas, olhares de sobressalto. O garoto cresceu em nove meses aquilo que muitos diziam que jamais cresceria na vida e olhe só não foi preciso dizer para ninguém que cresci. Quem quis ver viu!

O futuro é logo ali, mas como sempre digo, construído pouco a pouco como desde o dia em que recebi a notícia de que havia alguém a caminho eu pude compreender. 

A ficha vai caindo, para alguns aos poucos, para outros de uma vez. O que dizer de mim que vi ela cair de imediato e decidi ao invés de correr e chorar embaixo da cama mata-la no peito e ir pro jogo. Ir pra vida.

Me lembro de cada elogio, desde uma grande amiga que me afirmou saber que eu seria um grande pai ,até os maus dizeres que me afirmam que eu havia cometido uma bobagem, um ato apressado ou até mesmo que estava sendo segurado dentro de um namoro fadado ao fracasso.

Tolice. Nunca me abalaram, diria até que eu ri e pensava " Deus perdoe essas pessoas ruins, amém!"

O que me importa e me alegra e saber que dentro de um ser tão pequeno e que com tanta expectativa foi aguardado cabe tanto amor, cabe tanta alegria e tantos sorrisos e o orgulho de dizer que é por ele e para ele.

O desejo de aprender com ele,me desenvolver com ele e ver todo o orgulho que sinto ao olhar para ele desde a barriga se espalhar pelo mundo. 

Sei que os criamos para o mundo, mas me que o tempo me deixe aproveitar só um pouquinho enquanto ele ainda é tão pequeno, tão frágil e ficará sobre as minhas asas, da mamãe e de todos aqueles que o desejam bem.

Aos que desejam mal, com indiferença e tantos outros olhares diversos e negados a ele agora e durante toda a sua vida que sejam refletidos pelo sorriso, pela alegria que ele proporciona com a sua chegada.

A vida muda sim, sempre haverá de mudar, mas agora muda com um sorriso a mais, com um motivo a mais, por alguém a mais.

Virem as páginas. Eis o novo capítulo!

Seja bem vindo filho!

Seja bem vindo Enzo! 

O mundo é seu.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (16)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Conheci o pai da minha filha através do meu melhor amigo, até por que eles são irmãos e logo eu estava sempre na casa dele. 

Fomos nos aproximando e eu me apaixonei!

Com três meses de namoro eu comecei a passar male resolvi ir ao médico e aí veio a surpresa. Eu estava grávida.

No momento eu não soube o que fazer.

Os dias foram passando e a ficha caiu. Chorei, chorei muito e passei muito mal até que levantei a cabeça e resolvi seguir.

Vieram as primeiras consultas, os primeiros ultrassons e não tinha nada melhor do que ouvir o coraçãozinho batendo e logo eu que só passava mal descobri que teria uma menina.

Eu gostava muito do filme "Alice no país das maravilhas" por isso dei a minha filha o nome de Alice.

Eu queria ter feito cesariana, mas praticamente fui obrigada a ter o parto normal o que me causou trauma, sofri demais e minha bebê chegou a entrar em sofrimento.

O primeiro dia que fui com ela para casa entrei em desespero.

Alice não dormia direito e eu não sabia o que fazer, vi naquele momento que era tudo diferente.

Graças a Deus minha avó ficou do meu lado e me ajudou.

Minha vida mudou completamente, mas hoje posso dizer, mudou para melhor.

Minha filha fez de mim uma mulher de verdade. Me fez sentir o amor que jamais eu senti na vida.

Me fez morrer e renascer no momento do parto.

Hoje ela tem um ano e quatro meses é bem levada e agradeço muito a Deus, mas falo.

Filho não quero nunca mais, só uma já está ótimo"

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Criança Digital



Acho que jamais esperaríamos que a revolução digital trouxesse além da aproximação das pessoas que estão do outro lado do mundo um afastamento invisível daqueles que estão ali tão próximos de você.

O que dizer então de nossas crianças que cada vez mais nascem e crescem com a tecnologia acoplada ao seu dia a dia e desenvolvendo suas habilidades de uma forma assustadora.

Quantas dessas crianças menores de três,quatro ou cinco anos tem conhecimento avassalador do mundo da informática até mesmo sobre um senhor de setenta anos que tem do mundo uma visão muito maior.

Foi Bill Gates, homem mais rico do planeta, fortuna essa devido boa parte a computadores e a vida digital que afirmou categoricamente. "Meus filhos terão computadores sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura nossos filhos serão incapazes de escrever, inclusive a sua própria história."

Fato é que crianças agarradas a tablets, computadores e celulares podem fazer com que percam ensinamentos que vão além de uma tela touch screen como um simples amarrar de sapatos.

Além disso uma criança conectada desde cedo tende a perder o contato social com o mundo.

Claro que uma criança ou qualquer pessoa diante de um computador pode dispor de um aprendizado gigantesco, mas o contato e o desenvolvimento humano a qual a criança é exposta torna-se pouco.

Há um mundo lá fora para se explorar enquanto estamos presos a nossos gadgets digitais e perdendo o nosso precioso tempo com coisas que infelizmente não voltam atrás.

Cabe a nós limitarmos o uso digital de nossas crianças e o prepararmos para o mundo real, não só os protegendo de toda mídia suja que a rede web expõe, mas também o fazendo entender que o mundo não está só ali preso a teclado, mouse ou teclas touch screen.

Infelizmente sobre a perspectiva que temos muitos pais preferem preparar o futuro de nossa planeta relegados a própria sorte enquanto eles exploram uma infinidade de conteúdo que os pais deixam disponíveis a troco de horas de paz e sossego.

Horas de paz e sossego que resultaram numa geração de pessoas que desconhecem um lápis, borracha e a escrita por si. 

Incentivar a leitura e o convívio social atraí para nossas crianças e nossos jovens um aprendizado e ensinamentos que eles jamais teriam apenas na tela de seu computador.

Que os antigos não nos ouçam, mas que saudade de ter a liberdade e segurança de poder brincar pelas ruas até que a voz de nossas mães rompessem o silêncio ou o som de nossas risadas nos chamando para o banho que era mais temido por encerrar nossas brincadeiras diárias do que por qualquer outra coisa.

Nossa geração já tinha avanços interessantes, daqueles que revezava o conhecimento tecnológico trago a galope pela globalização,mas perdida em meio a geração coca cola que nós mesmo formamos e que será passada aos nossos filhos.

Confesso que odiava ler Machado de Assis,saber quem era a índia Iracema de José de Alencar ou me perder nas páginas imortais de Jorge Amado, mas ficarei um tanto quanto desapontado se meu filho apontar um youtuber como um novo mito em lugar de qualquer um desses escritores.

Erramos confesso, que sejamos perdoados pela nova geração que nós mesmos educamos e ensinamos a amar a internet. Que Clarice Lispector não seja apenas um meme da internet e que os nossos filhos e netos saibam que Antoine Exupery vai muito além da frase "Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas"

terça-feira, 18 de abril de 2017

Era amor! Admita


De um lado da cidade lá está ele conversando com os amigos. Toma um gole de sua cerveja, encara a espuma como poucos e logo que passa uma outra garota exclama aos amigos que já não sente mais falta dela, que já não existem mais fotos daquela garota no seu porta retrato que nem mesmo o perfume dela ele se lembra mais. 

Diz ele que quer logo uma nova garota.

Na outra ponta da cidade ela canta,dança e pula com as amigas antes de ouvir a música que era deles e que agora ela diz odiar, repete em alto e bom som não sente mais nada, que nem mesmo se lembra dele

Os dois se lembram!

Por que as vezes insistimos em afastar de nossas cabeças que um amor que passou por nossas vidas foi bom e satisfatório para ambos, pode ter deixado saudades, pode ser até que se botarmos na balança realmente teremos muitas coisas ruins para se lembrar a mais do que as boas, mas por um tempo funcionou.

Por um tempo dividimos com aquela pessoa nossa vida. Dividindo hábitos, costumes, decifrando manias e criando laços que vão se perpetuar.

Vai me dizer que você vai deixar de ir a um restaurante legal por que foi uma única vez com seu ex e lá tem um filé que ele adorou?

Vai me dizer que aquela música que marcou uma geração, mas que ele com muita dificuldade aprendeu os versos para colocar de legenda em fotos de vocês deve ser esquecida para todo o sempre.

Amores acabam, vem e vão com o tempo e deixam de existir. Mas nem por isso deixarão de ter o nome e sobrenome de amor.

Um amor que não sobreviveu não pode e nem deve fazer sombra ao novo amor que floresce na sua porta. Cada caso é um caso, cada amor é um amor.

Temos que admitir que foi bom enquanto durou, valeu, obrigado, mas acabou e daí!? Bola pra frente.

Se houve lembranças boas,por que deixar para trás a ideia de que uma vez o amor passou por ali, existiu e um dia resolveu ir embora.

Todo mundo tem aquele amor que lá no fundinho gosta de se denominar paixão apenas para dizer o que não ser feito nos outros.

Lástima boba essa! 
Seria mais fácil apenas viver o presente e absorver do passado amoroso aquilo que foi bom deixando para trás as más lembranças de momentos mais amargos e insolúveis ao nosso pensamento.

Amor é amor por que foi construído, por que mesmo que você tente explicar não conseguirá, mas terá sim lembranças. Paixão não!

Paixão é fogo de palha, são aquelas vontades avassaladoras que batem de repente e fazem com que loucuras sejam cometidas. É bom também,mas não há como comparar com o amor.

Pra que fingir que não existe?
Pra que fingir que não era amor?

Como diria Gusttavo Lima:

Foi bonito, foi
Foi intenso,foi verdadeiro, mas sincero.

Foi tudo isso, mas acabou.
Sem felizes para sempre, mas com um leve vestígio de saber que a felicidade existiu ali um dia.

O passado não pode ser vívido novamente, pessoas podem até ressurgir dele e tentar fazer parte de seu futuro, mas se lá atrás não deu certo, talvez o futuro seja ainda mais provável que tudo se encaminhe para o errado.

Não se furte de olhar sua vida para trás, há muito a se ver e aprender com os momentos bons e até com os ruins também.

Sorria a todos que um dia fizeram parte de sua vida e que construíram o que você é hoje.

Só não se esqueça jamais de ir em frente.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (15)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Sabrina Passos

"Eu conheci o pai da minha filha através do meu primo,pois eles já eram amigos. 

Hoje vai fazer dez anos que estamos juntos.

Somos casados hoje em dia e já estávamos tentando a um mês.

Eu trabalhava em horário integral e a noite fazia curso de inglês até que comecei a passar mal e resolvemos fazer o exame e nele descobri que estava grávida.

Eu e o pai ficamos muito animados com a gravidez, logo que eu descobri por volta dos dois meses já comecei o pré natal.

Eu sempre sonhei com uma menina e com cinco meses veio a confirmação e logo decidi homenagear a minha avó com o nome Helena.

Eu não tive desejos, até acho que isso é mais uma desculpa, mas eu não dormia apesar de ter um cansaço enorme por que estava ansiosa, mas daquelas difíceis de controlar.

O começo é tudo muito novo

Meio como se começasse uma vida do zero e fosse adaptando aos poucos.

Mas com essa adaptação aparece um amor enorme e incondicional."

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Momento Certo



Algumas vezes nos impressionamos com a oscilação de sentimentos que temos ao nos deparar com relacionamentos.

De primeira estamos lá, amando loucamente, curtindo o momento, aproveitando toda a sintonia existente no universo pairando sobre o casal, mas de repente o globo gira e tudo escorre por entre os dedos e parece fadado a dar errado.

E nesse momento que a tal esperança no amor se perde,abre-se um buraco sobre os nossos pés e vemos remotas chances de findar o sofrimento causado.

É ruim mesmo.
Se apegar a alguém e depois ver todo o apego ser descartado acaba por nos abalar e nos deixar meio sem rumo por aí.

Os dias que antes possuíam cores vibrantes e alegres ganham tons cinzas com contornos cada vez mais escuros e o nó na garganta torna-se inevitável toda as vezes que o aroma do perfume exala em nossos narizes trazendo a lembrança do rosto e dos momentos com aquele alguém.

Falta o abraço, falta o aconchego de alguém que antes estava ali.

Mas respira, calma, olhe pro céu e veja que o mundo pode girar outra vez.

O fim pode estar além disso, além da distância que se faz presente.

É preciso respeitar o espaço e os caminhos que a vida apresenta pra todo mundo, pode ser que lá na frente os caminhos voltem a se encontrar.

Amor no entanto não se implora, permita apenas que ele possa acontecer após um tempo.

Todo mundo precisa de um tempo para organizar as coisas, colocar os pensamentos no lugar e que se não for pra ser... Que não seja.

E se voltar a ser,que seja pra ser melhor que antes.

Dizem por aí que quando duas pessoas são destinadas a ficar juntas não há nada que impeça, nem mesmo o tempo.

Por isso mesmo que seja desgastante para o casal ficar brincando de ioiô ou para amigos que conhecem as muitas idas e vindas , alguns términos não passam de um "até logo" ou um "até breve".

Enquanto isso a vida segue e é vívida com cautelas, sem gerar expectativas maiores, pois quando as almas se reencontrarem e se realmente for pra ser...

terça-feira, 11 de abril de 2017

Meu nome é felicidade!


"Olá,

Meu nome é felicidade.

Sou casada com o tempo.

Ele é responsável pela resolução de todos os problemas, ele constrói corações,ele cura machucados,ele vence tristeza...

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: A amizade, a Sabedoria e o amor.

Amizade é a filha mais velha.
Uma menina linda, sincera e alegre.

A amizade brilha como o sol.

A amizade une as pessoas, pretendendo nunca ferir,sempre consolar.

A do meio é a sabedoria.
Culta,integra,sempre foi mais apegada ao pai, o Tempo.

A Sabedoria e o tempo sempre andam juntos!

O caçula é o amor.

Ah! Como esse me dá trabalho!

É teimoso,ás vezes só quer morar em um lugar...

Eu vivo dizendo:

Amor, você foi feito para morar nos corações e não em apenas um só.

O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo.

Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e ai o Tempo vem fechando todas as feridas que o amor abriu!

E tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é por que não chegou no final.

Por isso,acredite sempre na família.
Acredite no Tempo,na Amizade, na Sabedoria e no Amor.

Aí quem sabe,eu, Felicidade, não bato a sua porta."

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Morte Velada



Já parou para pensar que mesmo sabendo que desde o nosso primeiro minuto de vida temos também um minuto a menos então por que cultivar algo tão grandioso como a vida.

Fica um pouco complicado imaginar que alguém possa decidir que a vida não vale a pena e que ponha fim a sua própria vida como se nada mais importasse.

Por mais que nossa vida seja um ato solo onde nascemos e morremos sozinhos em momento algum o fim da nossa vida ou a de quem quer que seja deixará de mudar a vida das pessoas que são "deixadas" para trás.

Morremos aos poucos e muitas vezes não conseguimos perceber que uma palavra mal dita, uma ação mal feita ou a simples irrelevância com que tratamos o próximo pode influenciar de forma crucial o que ela levará a seguir.

A lição inicial é que toda ação tem consequências e muitas vezes as consequências são fatos que podem não ser contornáveis ou pior, podem ser eternos laços de uma angustiante tortura contra si mesmo.

Bem verdade que é difícil ser forte o tempo todo, mas seria um suicida alguém com falta de coragem o suficiente para abandonar a vida e tudo que ela envolve.

Como adentrar o íntimo de alguém a ponto que seus segredos venham a tona e revelem os sinais tão claros e óbvios vistos na teoria,mas que na prática se escondem como uma agulha no palheiro.

Complicado ver que outra alma pede ajuda, mais complicado ainda imaginar que essa alma pode estar ali, perto de você,embaixo do seu nariz, mas que estamos ocupados demais vivendo o egocentrismo de nossas vidas que acabamos deixamos para lá.

O mundo é uma comunidade, pessoas precisam de ajuda o tempo todo, umas mais outras menos, mas todos estão sujeitos a explodir, resta saber como será essa explosão e seu grau de devastação.

Talvez seja preciso apenas um teco de atenção para que notemos os sinais dados por algumas pessoas afim de evitar um erro que poderá ter consequências irreversíveis.

O que acontece antes de alguém decidir que não é mais importante ou necessário na vida das pessoas que supostamente deveriam ama-la, mas que por circunstâncias impensadas deixaram de fazê-la.

O que ocorre para que alguém dê cabo daquilo que tem de maior e mais precioso. 

A complexidade desse fenômeno que faz com que as pessoas sobreponham as particularidades ruins de suas vidas acima do desejo de prosseguir é potente, atinge em cheio as expectativas daqueles que já não veem na vida algo relevante ou de importância desejável.

O transtorno triste ganha contornos cada vez mais cruéis que impedem que pessoas lidem de uma forma natural com o sofrimento visando superar, sair do fundo do poço. Abre-se a preferência para o fim de tudo.

Muitas vezes esboçado em fraqueza e falta de coragem por fim a própria vida exime a quem sofre de seguir sofrendo, até mesmo por acreditar que assim pode ajudar pessoas que já não precisam mais de ter um fardo a se preocupar ou atrapalhar a vida.

Quantas vezes digerimos mal os sapos que a vida nos faz engolir, mas pensamos em nos ver mais adiante capazes de engolir sapos maiores, numa única bocada e que logo nem levaremos mais em conta.

Esteja atento!

Por maiores que sejam as depressões as pessoas pedem ajuda, suplicam em seu último momento por dar uma chance para a vida antes de entrar em aceitação total de que deve encerrar a vida .

Perceba mudanças, constate acertos repentinos e principalmente ampare angústias certamente estará fazendo um bem enorme para si mesmo e para aquele que planeja cometer o velado ato de se matar.

Por fim diga aquilo que você tenha a dizer o quanto é tempo, muitas vezes deixar para depois ou simplesmente para amanhã pode ser tarde demais.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Saiba quando desistir



Nadar,nadar,nadar e morrer na praia.

Pontos altos, pontos baixos, uma verdadeira montanha russa de emoções, mas enfim chegamos ao ponto de desistir daquilo que julgávamos ser eternos.

Claro que como após todo o fim de um ciclo vem o sofrimento e o pensamento de por que motivos você suportou até agora.

Nós pensávamos que era eterno, acreditávamos piamente que tudo poderia ser alegre, feliz e que bailaríamos por nossa felicidade até o fim dos dias, mas não era bem assim.

Melhor então cortar logo o mal pela raiz, arrancar de dentro de nossa alma toda uma vida de sofrimento e partir para novos ares.

Tomar a decisão de desistir, seja lá do que for é algo difícil, meio que como o abandono de um grande plano para o futuro ou de um sonho que era possível, mas acabou por não se concretizar.

Fizemos finalmente o pacto com a razão que nos norteia para que enfim possamos seguir em frente para seguir em frente.

Nossa emoção ainda vai nos trair certamente atrelada a uma imensa vontade de deixar tudo como já está,sem perceber que já não nos cabe mais tudo aquilo.

É uma escolha crucial,vital para que possamos romper laços com aquilo que tanto mantivemos ali perto ou dentro de um pensamento fixo e retilíneo de que podia dar certo.

Passamos a renegar aquilo que deixamos para trás,mesmo que saibamos que era algo tão importante e que esse distanciamento é de fato a peça chave para que ultrapassemos essa etapa.

Em se tratando de amor é tudo ainda mais difícil, afinal renegamos o "sim" para nossos planos de perfeição que ilustravam aquilo que vivenciamos,mas que de verdade não existiu.

Escutamos muitas vezes que desistir de um sonho ou de um plano a longo prazo é ruim, que não deve ser feito, mas e se os fins realmente já não justificarem os meios? E se já não valer mais a pena ficar nessa cruzada de emoções por algo que nem quer mais ser buscado ou perdeu a importância.

Há desejos e há sonhos, mais de um, diversos deles. E nada impede que façamos uma troca pessoal de almejar outro sonho primeiro ou deixar para lá um sonho que perdeu a sua justificativa.

Não desistimos sempre daquilo que queremos, na verdade a sensação de frustração e fracasso é maior do que tudo.

Desistimos então daquilo que dói.Daquilo que fere nosso corpo e psicológico maltratando nosso inconsciente com sua indiferente dor que não se vai a custo nenhum.

Desista enquanto é tempo.

Entenda que muitas vezes isso fará parte das experiências ruins que cabe a nós para crescer e aprender a evoluir.

Nossa felicidade depende cada vez mais de nós e daquilo que permitimos que fique para trás sem longas despedidas.

Meu Primeiro Bebê (14)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu conheci o pai da minha filha na minha casa, mas não por que ele foi diretamente até a mim. Na verdade ele namorava a amiga da minha vizinha, quer dizer era só uma paquerinha, já que naquela época não tinha essas coisas de ficante.

Nisso a garota ficou com vergonha de sair sozinha com ele pela primeira vez e chamou minha vizinha pra ir com eles pra um barzinho, mas ela não podia ir e pediu para que eu fosse de vela no lugar dela. Estou iluminando a vida dele até hoje.


Nisso ele lá beijando a menina dentro do carro e eu lá de vela, de repente falei: Para! Esse barulho de beijo aqui não vai dar não! "cês" vão beijar lá fora.


Depois disso ele queria arrumar um namorado pra mim, isso a cerca de trinta e dois anos atrás, aí você imagina se eu fico com o amigo dele, como é que ia ser isso hoje, por que a menina que ele paquerava eu não conhecia, mas o amigo...


Nessa levada de ir pro bar e ser vela eu pedi que fossemos a um bar onde eu tinha um paquera e que seria mais fácil enturmar, mas chegando lá eu virei e falei que não estava acostumada a procurar homem em bar não, mas a menina doida pra se ver livre de mim, desceu pra procurar.


No que ela foi procurar o meu "ficante" ele virou pra mim e disse: Gostei demais de você,me dá seu telefone.


Eu ri dela e passei, mas achei que ele não decoraria de cabeça, mas na segunda feira ás sete e meia da manhã, adivinha quem estava me ligando!?


Antes da gravidez eu vivia uma vida sem grandes novidades, trabalhava e havia algumas tentativas durante dez anos para que eu engravidasse, não engravidava, mas também não tentava evitar.


Até que um dia cheguei pra minha irmã no portão e falei que estava estranha, sentindo alguns calafrios,um arrepio e senti no meu coração que eu estava grávida. 


Ao falar isso com a minha irmã,dizendo ser um mal estar junto aos calafrios e arrepios ela ainda me disse que quando ela havia engravidado esse tinha sido o seu primeiro sintoma.


Nisso quando ela falou pra que eu marcasse o médico eu já afirmei que tinha marcado.


Mas,nada disso eu contei pro pai, ele só ficou sabendo quando eu tive certeza que eu estava grávida de umas três semanas a um mês.


Resolvi contar pra ele, mas na noite anterior ao dia que eu fui contar pra ele a mãe da minha amiga,também amiga dele morreu e era uma senhora querida por nós.


Pela manhã, cheguei pra ele e falei: Tenho dua notícias pra te dar! Uma boa e uma ruim! Qual que você quer primeiro? E ele escolheu a ruim!


-Dona Derly morreu e nós temos que ir no enterro!


E ele: E a boa?


- Você vai ser papai!


Nisso ele ficou olhando pro teto, incrédulo e sem acreditar virou pra mim e disse: 


-Tá vou ser papai. Baseado em que vou ser papai?


Contei a ele que tinha ido ao médico, tirei o envelope e mostrei a ele. Minha intenção era colocar um sapatinho de bebê, fazer uma coisa assim, mas não deu tempo.


Na hora ele ainda não acreditou muito, ficou meio aéreo, isso numa sexta feira.


Só no domingo em nosso sítio em Confins que ele tomou umas a mais,deitou no chão e falou: Nooossa!Se você tiver grávida,vou reformar essa casa toda,vou fazer isso,aquilo.


A casa ainda estava só no tijolo.


E ele durante todo o tempo de nossas tentativas de gravidez sempre falou que quando eu engravidasse ele seria pai de uma menina. Enquanto eu não tinha um sexo preferido.


Mesmo grávida ainda mantivemos em sigilo,até pelo tempo que levamos até conseguir de fato que eu engravidasse, mas as poucas pessoas que sabiam não souberam esconder.


Primeiro uma amiga viu uma bonequinha rosa na feira hippie e trouxe pra mim.

Outra amiga, sonhou comigo que eu estrava de barrigão e viu uma roupinha rosa no sonho, chego numa outra amiga e a mesma coisa, todas tiveram uma intuição certeira.

Por volta dos três pra quatro meses chegamos no ultrassom e o médico perguntou pra ele: E ai pai?


E ele só pra fazer gracinha virou pra mim e falou: É acho que é um saco roxo!


Aí o médico escreveu no ultrassom: PEREREQUINHA! Tenho guardado até hoje!


Como era inquieta, ficava só virando, mas e a mãozinha gordinha, os dedinhos.

O pai a partir do momento em que já sabia que era realmente uma menina e que estava perfeitinha, já não se importava com traços, apenas aguardar nascer.


O nome me passaram três, alguns inclusive o dela mesma por influência da madrinha dela.


Eu de início não queria o nome Bárbara,queria um outro nome,mas tinha uma pessoa próxima que tinha o nome que eu queria e eu não ia com a cara da pessoa. Por que acredito que escolhemos o nome a pessoas que a gente gosta.


Eu era louca pra ter desejos, adoraria ter ficado aquelas mulheres murrinhentas, cheia de vontades, mas não tive um desejo sequer.


Nas proximidades do parto o médico me perguntou se eu queria fazer uma data de coincidência, por que Bárbara nasceu no dia sete de julho e no dia treze de julho é o nosso aniversário de casamento,mas eu disse,cada um na sua data.

Até por que eu havia tido um pequeno sinalzinho de sangue, o médico me deu um remedinho pra tomar, mas eu já não era tão novinha mais então perguntei se eu poderia ter o parto normal, ele disse que sim com certa ironia e marcou a cesária.

No dia marcado para o parto, meu marido me deixou no hospital pela manhã e disse que ia na empresa resolver algumas coisas e que ele voltava pra ver o parto.

Aí entrei pra sala pra fazer o pré parto e me entra um cara com uma roupa verde toda meia amarrotada, meia mulambenta e fala: E aí vamos lá tomar a anestesia?

Eu achei que era o faxineiro e falei: Eu estou esperando o meu médico.

Ele era o anestesista.

Meu médico tinha fama de atrasar, chegar duas ou três horas depois do horário, mas comigo ele chegou duas horas antes do horário, nisso antes que meu marido deixasse o hospital para ir a empresa como ele pretendia o médico perguntou para ele:

-Você quer ver seu parto, então você tem cinco minutos para trocar de roupa.

Ele não teve tempo nem pensar. A menina que ia filmar não tinha nem chegado, foi tudo muito corrido.

Para mim e para o meu marido, foi o momento mais bonito da nossa vida. Eu ganhei minha filha no hospital Belo Horizonte e aquela menina gritava tanto que acho que até o pessoal na rua ouvia.

Lembro muito da emoção do meu marido quando colocaram a nossa filha no colo dele e ele falando: "Papai tá aqui filhinha,papai tá aqui!"

Os primeiros dias foram incríveis, a sensação como se um anjo tivesse invadido toda a minha casa.

A rotina mudou muito, mas mudou pra melhor, foi uma grande luz, já não conseguíamos imaginar a vida sem ela.

Pra falar a verdade, depois que o bebê saí de dentro de você que você vê a carinha é como se você tivesse um antes e um depois.

Você não consegue mais lembrar de quem era você antes,não tem mais antes. É AGORA, daqui para a frente.

Em sua vida parece que você já nasceu com ela, sua vida. É uma loucura tão grande de amor que você já não consegue se imaginar um minuto da sua vida sem aquela ser tão pequenininho."



quarta-feira, 5 de abril de 2017

O mundo fora do seu namoro



Amizades são laços fraternos que escolhemos ter com pessoas que nos identificamos e criamos afinidades. 

Muitas vezes essas pessoas tem um relacionamento para conosco até melhor do que com nossos parentes mais próximos como irmãos, primos até mesmo nossos pais.

Eles detém segredos e histórias que certamente não compartilharíamos nas mesas de família, por isso não seria de se espantar que a mesma alegria que esperamos para nós seja recíproca para nossos colegas,amigos e obviamente melhores amigos.

Por isso muitas vezes quando nossos amigos dão start em uma nova relação de uma forma inevitável surge a vontade de dizer: Amigo vai lá, namore, seja feliz, mas não se esqueça que o mundo aqui fora também existe e que um dia você pode voltar para cá.

Parece ser uma velha agorenta, mas assim como para nós namoros nem sempre dão certo,mas alguns amigos insistem em virar a chave e simplesmente desaparecer e se isolar em um mundo único onde existe apenas o namorado ou a namorada.

Se por um lado há amigos que afirmem no lado camisolão de seus colegas, há claro uma explicação plausível que vem do lado de que durante o começo do namoro há toda uma euforia e uma vontade de se aproveitar a companhia do seu novo companheiro por mais tempo.

Mas precisa do isolamento do mundo?
Obvio que não!
Pessoas precisam de um espaço próprio. De uma oxigenação na relação para que o desgaste não venha com mais força ou com mais frequência.

Ou seja! Pelo bem do próprio namoro, tenha para com seus amigos pelo menos um mísero tempo antes que você perca quem namora quem, ou quem foi morar fora ou informações banais de um dia a dia que te faz ter diálogo e socialização com as pessoas.

Claro que a aproximação do cônjuge com os amigos se faz necessária, mesmo por que todas essas pessoas fazem parte, com determinados graus de importância da sua vida antes do namoro e claro poderão ser bem necessárias em caso de um indigesto pé na bunda.

Devemos entender que ao formarmos um casal não nos tornamos pessoas individuais, mas sim, pessoas que adquirem a companhia de outras para que se compartilhe a vida, feitos, momentos bons, ruins e claro, amigos.

O isolamento do casal acaba gerando o esquecimento e o desinteresse não só do casal pelos amigos que passam a desconhecer e esquecer mesmo aqueles que se afastam assim como não gera novidades de uma vida que acaba fadada ao cotidiano de um olhando para a cara do outro sem qualquer tipo de novidade.

Escolhas são escolhas e consequências são resultados dessas escolhas. Claro que nem toda amizade é para sempre e muitas vezes você pode ter sim dado a sorte de ter se encontrado com o amor da sua vida, mas e depois disso.

Será capaz o amor de resistir a monotonia de se ver em um mundo onde cabe apenas vocês dois?
Vocês não são duas metades destinadas a se completar, são duas vidas com uma história que vem de antes do namoro, durante ele e com sorte, benevolência e um certo tato para viver em harmonia terá futuro.

Um abraço apertado


Muitas vezes tudo que precisamos das pessoas é um bom abraço apertado daquele que dissolve as más energias e nos arruma por dentro.

Pois bem,pense nos diversos momentos complicados que temos durante todo o dia que é findado pelo carinhoso conforto estabelecido pelos braços alheios.

Como diria Rogério Flausino "O melhor lugar do mundo é dento de um abraço"

Ser livre é bom, muito bom, sozinhos nos soltamos de qualquer amarra possível, mas já pensou em ser livre ao lado de alguém?

Tem abraços que de tão fortes e intensos são capazes de nos passar a paz mesmo que o mundo esteja desabando do lado de fora.

Desde a dor que dilacera o peito e que rompe as lágrimas, o abraço é capaz de silenciar o pranto e nos dá a força que talvez nem mesmo mil palavras possam traduzir.

Cada abraço nos dado em meio a dor parece que deixa conosco um alento, uma parte do corpo de outra pessoa ali em meio aos nossos braços, nos confortando e nos aprumando novamente.

A falsidade por exemplo consegue obter diversos esconderijos como os sorrisos,apertos de mãos,olhares e até beijos, mas não ludibriam o abraço.

O abraço verdadeiro é aquele que o mal não alcança, tamanha a força que os braços seguram o corpo que ali é protegido.

Abraço é contato. 
É a prova de que a troca de laços pode ser feita com nossa alma sendo entregue a quem nos dá ou recebe o afago.

Podemos ser felizes sozinhos sim e fazer de tudo que temos vontade por nós mesmos, mas é o abraço que rega nosso sentimento.

É ele que em doses homeopáticas permite que diariamente as almas se reconheçam e brotem o sentimento.

Não espere pelos abraços não pedidos, lamente pelos abraços não dados a tempo.

Entenda e compreenda a força de um abraço. 

Troque essa energia, reconheça almas!

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Qual o seu grande por que?



De forma pertinente e muitas vezes por mera obrigação saímos do conforto de nossas camas dia após dias para mais uma vez prosseguir com nossas vidas até que voltemos ao aconchego do no nosso colchão e adormecemos até o próximo dia e assim sucessivamente.

A grande questão é: Por que fazemos isso? 

Somos movidos por motivos. Motivos esses que não possuem necessariamente uma existência física ou semelhança, por isso é melhor acreditar que nos nutrimos ao longo da vida de sentimentos que vão nos mover.

O grande problema é para onde os sentimentos vão nos levar. Será mesmo que toda a bondade de um sentimento como o amor nos impulsiona a todo o tempo rumo os objetivos que pensamos ter.

Da mesma forma que necessitamos de tempo, mesmo para os desaventurados que tanto acreditam não ter tempo para nada na vida e que para eles o dia deveria ter mais do que "apenas" vinte e quatro horas.

Sem o amor e sem o tempo o que nos resta então? 
A tão temida morte, por que não? A única certeza dentre o mar de incertezas que permeiam nossas vidas.

Podemos não perceber, seja por distração ou por deixar o "tempo" correr demais, mas tanto o amor,quanto o tempo e claro a morte estão interligados de forma profunda.

Torna-se meio clichê pensar que levantamos todos os dias para buscar apenas a felicidade, ou que trabalhamos para que a nossa vida seja repleta de dinheiro a torto e a direito.

Felicidade e dinheiro são bons sim, mas não são tudo, possuem prazos estabelecidos por algo que parece superficial dizer, mas sim. É o tempo.

Mas antes do tempo vem o amor. Por que apesar de não parecer o amor nos move pelo simples fato de estar em tudo. Mesmo quando não queremos que ele esteja mais lá.

Não digo apenas romanticamente, ou por laços amorosos que possamos ter dentro de um relacionamento, com o tempo você acabará aprendendo que a vida não é apenas isso.

Há sim claro o amor físico, que lhe atraí até um parceiro e faz com que seus pensamentos e corações sejam tomados por algo denominado como a paixão, desejo e que culmina no sexo, pois sem sexo também não há gerações futuras por mais que existam modernos meios de inseminações e obtenções de matéria prima para bebês.

Há aquele amor fraternal, por mais que neguemos a necessidade de ter amigos, quem não gosta de ser notado? Quem não gosta de conviver com alguém nem que seja por breves momentos, até mesmo para gerar evolução pessoal. É preciso socializar para evoluir, para ganhar conhecimento, aprendizado.

Há também o amor conjugal, não apenas de marido e mulher,antes que pergunte, mas o amor da família. Aquele que briga pra você ficar bem, mas que faz isso justamente por que ama você.

Por fim o amor religioso, daqueles que acreditam em um Deus maior,independente da forma com que ele se manifesta para si.

O amor tem variáveis,sequências, início e talvez nem tenha fim, mas descrever algo presente em tudo realmente é complicado.

Mas mesmo tão presente em tudo e todas as coisas o amor não pode ser alçado como fato único, afinal também precisamos do tempo. 

Há foi rápido demais! Já passou! Olha como cresceu!

Fatos que parecem comuns, mas são meios de se analisar que mesmo tendo tempo não o aproveitamos de uma forma melhor. Ou da forma adequada.

Mude de atitude, comece a fazer algo que já devia ter feito antes. VIVER!

O tempo é uma dádiva que não podemos desperdiçar ou tampouco desafiar, tendo em vista que até a morte valoriza o tempo.

Ao contrário do amor as pessoas não caminham por aí em busca da morte, por mais inevitável que seja esse momento seja para nós mesmos ou para as pessoas que amamos.

Não há um roteiro, uma forma correta de ser ou agir em cerimônias fúnebres. É de certa forma apenas um aprendizado que temos. 

Aprendizado que é obtido a duras penas, com quedas e dor. Deixando uma dúvida que permeia tempo e morte.

O que fazer enquanto a morte não bate a porta? Viver! por que não? Raul Seixas já dizia que não seria ele a sentar num trono de apartamento com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar então por que você teria de fazer isso?

Que legado deixaria se alguém lhe afirmasse que você apenas curtiu a brisa enquanto o tempo passou pra você.Enquanto você apenas existiu!

Enquanto os físicos medem o tempo com parâmetros inventados por eles o tempo passa, mas passa de forma diferente para cada um de nós. 

Todos temos dias,semanas, meses, ponteiros que atingem desde a meia noite até o meio dia, mas a forma como fazemos o tempo passar é o que importa.

Mas quando estamos tão perdidos como encontrar o caminho de volta? Abraçar o amor ou se sentar a espera do fim do tempo decretado através da temida morte?

O amor cria, a morte finda destruindo aquilo que está presente em meio a tudo isso que é o tempo.

Nos levantamos dia após dia para que aproveitemos o nosso tempo até que a morte inevitavelmente chegue. 

Melhor não deixarmos de perceber a beleza oculta em todo o tempo que vivemos,em todo o amor que transmitimos a quem quer seja ou a o que seja até que tudo acaba. Tudo morre.