quinta-feira, 6 de abril de 2017

Saiba quando desistir



Nadar,nadar,nadar e morrer na praia.

Pontos altos, pontos baixos, uma verdadeira montanha russa de emoções, mas enfim chegamos ao ponto de desistir daquilo que julgávamos ser eternos.

Claro que como após todo o fim de um ciclo vem o sofrimento e o pensamento de por que motivos você suportou até agora.

Nós pensávamos que era eterno, acreditávamos piamente que tudo poderia ser alegre, feliz e que bailaríamos por nossa felicidade até o fim dos dias, mas não era bem assim.

Melhor então cortar logo o mal pela raiz, arrancar de dentro de nossa alma toda uma vida de sofrimento e partir para novos ares.

Tomar a decisão de desistir, seja lá do que for é algo difícil, meio que como o abandono de um grande plano para o futuro ou de um sonho que era possível, mas acabou por não se concretizar.

Fizemos finalmente o pacto com a razão que nos norteia para que enfim possamos seguir em frente para seguir em frente.

Nossa emoção ainda vai nos trair certamente atrelada a uma imensa vontade de deixar tudo como já está,sem perceber que já não nos cabe mais tudo aquilo.

É uma escolha crucial,vital para que possamos romper laços com aquilo que tanto mantivemos ali perto ou dentro de um pensamento fixo e retilíneo de que podia dar certo.

Passamos a renegar aquilo que deixamos para trás,mesmo que saibamos que era algo tão importante e que esse distanciamento é de fato a peça chave para que ultrapassemos essa etapa.

Em se tratando de amor é tudo ainda mais difícil, afinal renegamos o "sim" para nossos planos de perfeição que ilustravam aquilo que vivenciamos,mas que de verdade não existiu.

Escutamos muitas vezes que desistir de um sonho ou de um plano a longo prazo é ruim, que não deve ser feito, mas e se os fins realmente já não justificarem os meios? E se já não valer mais a pena ficar nessa cruzada de emoções por algo que nem quer mais ser buscado ou perdeu a importância.

Há desejos e há sonhos, mais de um, diversos deles. E nada impede que façamos uma troca pessoal de almejar outro sonho primeiro ou deixar para lá um sonho que perdeu a sua justificativa.

Não desistimos sempre daquilo que queremos, na verdade a sensação de frustração e fracasso é maior do que tudo.

Desistimos então daquilo que dói.Daquilo que fere nosso corpo e psicológico maltratando nosso inconsciente com sua indiferente dor que não se vai a custo nenhum.

Desista enquanto é tempo.

Entenda que muitas vezes isso fará parte das experiências ruins que cabe a nós para crescer e aprender a evoluir.

Nossa felicidade depende cada vez mais de nós e daquilo que permitimos que fique para trás sem longas despedidas.

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