sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Obviedade


Acho que nem todo mundo tem a percepção apurada. Muitas vezes os detalhes passam batidos e mesmo que você deixe estampado na sua cara pode ser que a sua mente não expresse totalmente aquilo que você gostaria que outra pessoa soubesse.

Dizer o que pensa e sente faz parte desse processo.

Deixe mais claro que você não quer um relacionamento sério ou que quer namorar de andar de mãos dadas. Talvez você não esteja afim de dormir juntinho num sábado a noite ou não goste daquele prato que ela fez pra você com tamanho carinho que vai ser preciso muita delicadeza de sua parte para pedir um delivery para vocês dois.

A verdade dói e vai ser doloroso ouvir tantas verdade de uma só vez,mas omitir sentimentos e sensações traz problemas futuros que podem não conseguir reversão para uma vivência saudável.

Ao dizer a verdade você mostra a sua verdadeira faceta impedindo assim que uma outra pessoa se iluda por algo ou alguém que não existe e que foi apenas criado por você num mero vacilo de personalidade e omissão da verdade.

Com uma certa experiência de vida você perceberá que as palavras tem cada vez mais um peso gigante e que como diria Caetano: É que um carinho as vezes caí bem.


E você não imagina como dizer o obvio ao pé do ouvido de alguém faz bem. O quão sexy é isso tudo.

Coisa simples,direta, um elogio sincero, pequenas sutilezas que façam a pessoa perceber a sua verdade obvia, crua e dita sem rodeios.

Mesmo que já se saiba, reafirmar e repetir que se ama ou que se importa com alguém nunca é demais.

E olha não vale só pra reafirmar coisas boas não.

Ou você ainda não tomou ciência da eficácia que é explicar direitinho tudo aquilo que te incomoda e por em pratos limpos. Acertar aquelas pontas soltas e resolver pequenas pendências que vão atrasando os grandes avanços.

Muita coisa que se achava óbvia não estava tão obvia assim, estava encoberta pelos olhares desviados que fez com que quando as pessoas dessem por si fosse tarde demais.

Não dê o benefício da dúvida apenas por falta de entendimento. As inevitáveis consequências são a parte dura, mas também legal da vida. Com elas os desentendimentos se tornam pequenos.

Uma boa conversa faz bem pra alma e opera pequenos milagres. Facilite sua vida, diga aquilo que é preciso dizer. Aquilo que você anseia em sentir.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Meu Primeiro Bebe.Doc (37)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Marcela Freitas do Instagram @avidadesofia_

"Tudo começou com um match de ambos no Tinder. Pelo mesmo aplicativo conversamos e trocamos whatsapp. 

Após muitas conversas,marcamos nosso primeiro encontro. Rock in Rio,2015, dia 25/09 e o Slipknot de banda principal.


Foi o encontro perfeito, ficou marcado e dai em diante não paramos mais de nos vermos.


Mesmo com tantas coisas em comum ele só foi me pedir em namoro depois de quatro meses de relacionamento. Aquela altura eu já conhecia a mãe dele e a maior parte dos amigos.


Numa festa a fantasia de uma prima minha perguntar o que éramos, ele não soube responder então eu disse que éramos amigos. Acho que ali ele se sentiu pressionado e me pediu em namoro.


Nossos encontros eram bem frequentes e quando completou quase um ano que nos conhecemos descobrimos que estávamos grávidos. No exato dia 11/09


Nesse dia acordei com mal estar,enjoada,vomitando e com isso fomos ao médico. Fiz o exame de sangue e constatou a gravidez.


O mundo dele desabou, pra piorar vimos o carro sendo rebocado e não podíamos fazer nada. Eu mantive a calma, afinal alguém tinha de estar calmo.


Na época eu morava com duas amigas, mas como o meu relacionamento com elas era péssimo eu rapidamente fui morar com ele na casa da minha sogra.


Eu estava de férias no trabalho e quando voltei percebi que foi bem difícil trabalhar grávida já que eu sou caixa de banco, logo era muito tempo parada na mesma posição, dores constantes nas costas, eu passando mal no meio do expediente, transporte horrível e muito estresse.


Além disso eu acordava enjoada todos os dias, com mal estar que durou os nove meses,mas eu tive muito apoio do meu namorado que por muitas vezes ia me buscar no trabalho.


Eu sempre achei bem brega essas coisas de chá de bebê,revelação e etc, mas por pressão da família acabei fazendo o chá revelação.

Na minha cabeça era menino, fiz a ultra e fizemos o chá de revelação no dia onze de dezembro e descobrimos que seríamos pais de uma menina.


Cientes do sexo agora tínhamos que correr contra o tempo. O primeiro passo era arrumar um lugar para morar. Corre daqui,corre de lá e achamos um apartamento.


E lá vem a mudança. Eu grávida pintando parede, ajudando em tudo, queria muito ter meu espaço e liberdade. Minha sogra nos ajudou muito,mas queríamos muito ter o nosso cantinho.


Demorou muito, tivemos alguns problemas com o apartamento e só em janeiro conseguímos nos mudar efetivamente. 


Contudo antes no dia 31 de dezembro meu namorado virou meu noivo. Fui surpreendida com um pedido de casamento. E claro eu disse sim!


Otto foi um bom pai desde quando Sofia ainda estava na barriga. Me acompanhou em todas as consultas e esteve do meu lado nos bons e maus momentos. Até mesmo quando tarde da noite eu desejava loucamente comer um saco de fofura de churrasco ou um copo gigante de açaí. 


Ele dava jeito e ia atrás só pra me ver satisfeita.


O nome Sofia foi escolha dos dois, principalmente pelo significado: Sabedoria. Logo achamos que era o nome perfeito.


Um dia comum voltando do trabalho passei pela carioca no centro da cidade do Rio e estava tendo uma passeata violenta. Policiais jogando bombas contra os manifestantes e eu lá no meio, grávida de cinco meses correndo desesperada no meio da multidão.


Eis que não vi as pedras na minha frente e caí no chão.


Duas pessoas rapidamente me levantaram e me ajudaram a sair dali. Esse foi o maior susto que tive durante a gravidez.


Eu só queria saber se o bebê estava bem. Graças a Deus estava,foi só um ralado no meu joelho, coisa bem leve.


Eu não queria fazer chá de bebê, mas em abril minha prima tanto insistiu que fizemos um lá na casa da minha mãe. No fim foi legal, conseguimos muitas fraldas e foi um dia divertido.


Logo depois, minha sogra quis fazer um chá de bebê lá na casa dela também e quem não queria nenhum chá acabou tendo dois.Ganhamos tantas fraldas que não couberam no armário da Sofia.


O médico falou a data do parto e eu optei por ter cesárea com data pro dia 05/05/2017.


Ai pronto a ansiedade tomou conta.


Já deixei as malas prontas para o caso dela resolver nascer antes, mas até que no dia do parto eu estava bem tranquila, fiz faxina na casa toda e estava animada e ansiosa para ver o rostinho do meu bebê.


Em jejum desde ás 14 horas e o parto marcado para ás 21hs.


Cheguei no hospital e o médico se atrasou.Resultado. Sofia só foi nascer dia 06/05/2017 ás 0hs e 14 minutos. Desde então não sabemos mais o que é dormir.


Nos dedicamos vinte e quatro horas a esse serzinho. São muitas fraldas cagadas por dia, banhos,sorrisos,chorinhos e cólicas, mas tendo um pai como o Otto é fácil seguir. Ele me ajuda sempre.


Troca fralda,da banho, põe pra arrotar, só não dá de mamar por que não tem leite, por que se tivesse faria com certeza.


A mamãe aqui está numa fase bem louca. Uma mistura de sentimentos,emagrecendo muito por conta da alimentação, mas muito feliz pela família linda que eu tenho.


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Massa de migalhas


Não é novidade para ninguém que vivemos em um país de um desigualdade social gigante a ponto de termos aqueles que tenham a sorte de acordar, tomar café,almoçar e jantar quando bem entendem e enquanto outros com muita sorte poderão se alimentar de algo ou levar o pão para os filhos.

Basta olhar ao redor e veremos pessoas abandonadas ou que decidiram deixar suas casas pelos mais variados motivos e viraram estatística fria e cruel de um mundo onde de forma torta e porca: Quem é rico cada vez mais rico e quem é pobre cada vez fica mais pobre.

A canção pode até te remeter a banda As meninas que alegremente falavam sobre a situação do país de forma leve e sem a pretensão de alertar para nada enquanto pessoas seguem nas ruas aturando diversas consequências desagradáveis do fato.

É bem verdade que cada caso é um caso e muitos desses que hoje vivem na rua abandonaram seu lar por outro problema social que se passa do vício em drogas e o abandono familiar decorrente do vício.

Caminhando sem rumo vão pedindo migalhas e compartilhando o horror e a compaixão de uma população que enfrenta a vida diariamente pelas ruas de nossas cidades.

Pequenas moedas, um biscoito, com sorte algumas notas de alguém que se exime de preconceito e se compadece da situação do próximo.

É menos do que se fazer de coitado, muitos se aproveitam da boa vontade alheia e talvez por isso já nem olhemos mais para isso tudo como um problema social que aflige tanta gente.

-Ah!Você escolheu viver assim!
-Ah! Você está na rua por que quer!

Lamento dizer,mas acredito que até mesmo o mais errado ou mais imbecil dos moradores do planeta não escolheria passar dificuldades em todos os segundos do seu dia vivendo nas ruas como um bicho sarnento ao invés de ter o mínimo para viver.

Há quem nunca tenha conhecido uma situação agradável.

Crianças que são provenientes de outros moradores de rua, animais que acompanham fielmente seus donos pelas calçadas, são muitos seres e problemas acarretados de uma situação quase sem controle.

Claro, ninguém é perfeito.

Temos nossos erros, falhas e desvios que podem nos fazer torcer o nariz por aquele que adentra nossos meios de transporte com mau cheiro ou aquele que humildemente pede uns trocados para poder fazer a refeição do dia.

Não nascemos com a predisposição de sermos a Madre Tereza de Calcutá, infelizmente pessoas assim aparecem com uma raridade cada vez maior por todo o mundo, mas podemos sim ajudar aquele que necessita.

Podemos não ver,mas assim como eles vivemos de migalhas, exceto pelos fatos de que nossas migalhas são um pouco maiores e que apresentamos elas mais vezes para outras pessoas sem sermos julgados o tempo todo.

A vida não é fácil para ninguém, o que justificaria e muito a certeza de que eu posso facilitar a vida do outro ao invés de atrapalhar.

Não digo para sair por aí sendo o bom samaritano de sua cidade, deveríamos cobrar isso das autoridades para que realizassem políticas reais que ajudassem ao menos favorecido e não apenas para angariar votos e nomes na listagem dos bolsa família e bolsa sabe-se lá mais o que.

Nossos governantes fecham os olhos e de quebra vendam a população para aqueles que realmente precisam. Enquanto isso, milhões vão pelo ralo aqui, ou para malas acolá.

E nós, seguiremos deitados em berço esplêndido como enaltece o nosso hino ou vamos lutar para que todos de comum acordo possamos avançar e crescer.

A maioria é burra a unanimidade em geral sempre erra, mas se somos todos uma grande massa capaz de realizar algo por menor que seja é melhor que seja em nosso favor.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Sobre o amor




Por Priscila Gonçalves

Sim! Sou piegas e amo escrever sobre o amor, mesmo sabendo pouco ou quase nada dele.

Mas o que sei, convicta do que já senti e sinto é lição que me alimenta até hoje
.
Amor é coisa leve.

Não te prende, não dói, não causa ciúmes, não é apego.

Amor te liberta de todos os medos e agonias.

Amor alivia até a mais bruta das dores.

Amor te faz sentir apreço pelas pessoas que ama.

"Mas amar é uma merda!"

Então, você não ama.

E automaticamente, falar de amor te remete a relacionamentos que deram errado, que frustraram, que causaram arrependimento.

Então, não era amor.

E amar, não é só no namoro, no casamento. Mente fechada quem pensa assim.

Esquecem que podemos (e devemos em primeiro) amar a nós mesmos.

Nos apreciar apesar dos defeitos e aprender a conviver com eles.

Amar os amigos que lá estão, presentes seja no amor, ou na dor.

Amar nossa família, seja ela de sangue ou de alma.

Amar bicho de estimação. Quer amor mais verdadeiro e incondicional que este?

E estar prontos pra receber o amor, de onde ele vier. De qualquer lado.

Ah, cara! Amar é o máximo! 

Ser amado, é o máximo!

Somos cercados todos os dias de amor, de vários lados.

Mas somos ingratos, as vezes, e não o reconhecemos.

Não agradecemos por receber amor.

O Poeta Cazuza deixou marcado:
"Todo mundo é parecido quando sente dor
Mas nu e só ao meio dia, só quem está pronto pro amor"

E nunca nos sentimos prontos.

Nunca nos sentimos bons.

Nunca nos sentimos suficientes.

Nunca nos sentimos gratos.

E uma coisa é certa: se você morre sem amar ou ser amado, você não viveu, apenas existiu. 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Senhor do Destino


Por David Mazala feat Paulo Vitor

Arrepios,calafrios.
O coração acelera e os olhos ficam perdidos em meio a tanta coisa. 
A boca seca e as palavras parecem não existir. 
Pernas estremecem e o suor toma conta de todo o corpo sendo capaz de sentir cada gotícula saindo e procurando um trajeto no qual estou imóvel e incapaz de indicar.
Parece passar um filme de toda a minha vida em menos de um segundo. 
Um piscar de olhos parece uma eternidade, até mesmo evitando qualquer tipo de movimento, estou ali parado feito um bobo tentando achar a melhor posição.
Os segundos parecem horas, horas essas de nervosismo.
 Que aflição é olhar para o relógio e parecer que as horas não querem ajudar, a vontade está corroendo.
Quem dera fossemos capazes de acelerar aquele vilão chamado tempo.
Horas e dias se passam, estou ali parado no mesmo lugar, esperando uma resposta que talvez eu já tenha tido, mas não tenha entendido ou será acreditado ou até mesmo aceitado que todo aquele momento foi passado, ou apenas a demonstração do que eu iria passar.
Pois bem, ali estou mais uma vez parado no mesmo lugar, com os olhos fixados em lugar nenhum.
As gotas de suor sendo donas do seu próprio destino, enquanto tento achar a melhor posição pela qual vai me preparar para estar ciente de que a resposta já foi dita e está lá somente esperando as atitudes dos meus olhos; se lamentar.
Seria mesmo eu o dono do meu destino estando parado, extasiado, chocado, sem saber onde estou e o que eu faço. 
Parado dias e dias, horas e horas no mesmo lugar, mesmo horário, consumido pelo tempo e consumindo apenas o tempo, tendo de companhia aquelas infinitas horas ou vai saber se não seriam apenas segundos que para mim se transformaram em horas.
Meus olhos que há dias olhavam para lugar nenhum começam a procurar um novo rumo, uma direção para espalhar o seu lamento e mais uma vez procuro o lugar para o meu desmoronamento, pois aquele que me serviu por dias não é mais o suficiente para acomodar o presente que a resposta me trouxe.
Seria mesmo eu o dono do meu destino?
Procuro me encaixar em algum lugar, um canto vago sabe lá onde, mas todos parecem pequenos demais para toda aquela resposta, espaços parecem se pactuar com aquilo que causa dentro de mim algo inenarrável.
Ainda continuo a procurar,mas aonde quer que eu vá parece não satisfazer aquela minha companhia chamada resposta. 
Na procura incessante a busca parece estar chegando ao fim. 
Esgotado, com as infelizes buscas eu retorno ao lugar onde tudo começou e percebo que era ali, parado naquele lugar onde passei dias e dias,horas e horas que estaria o melhor lugar para eu acomodar o que agora sim viria a ser meu sofrimento.
Gotas escorrem, só que agora saindo de um lugar diferente e com elas parecem sair também aquilo que me deixa sem espaço. 
O relógio acelera. Os olhos já tem lugar fixo. O coração estabelece seu ritmo perfeito. 
É chegada a hora de levantar e dar lugar para outro alguém, o qual teria a mesma dúvida:
Se não eu. Quem seria o dono do meu destino?

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (36)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Lara Negrelli do Instagram @sosdemae

"Meu nome é Lara, tenho vinte e quatro anos e sou casada. 

Conheci o meu marido na loja em que trabalhava. A loja pertencia a um amigo dele e ele foi até lá para conhecer a loja e acabou conhecendo a mulher da vida dele.


Antes de me casar e engravidar eu era bem tranquila, preferia ficar em casa ou sair para lugares mais tranquilos, adorava estar com a minha família.


Sempre sonhei em ser mãe e já não via a hora de encontrar a pessoa certa,casar e ter um filho.


Me casei em Julho de 2015 e em dezembro do mesmo ano eu perdi um bebê. Fiquei arrasada, meu mundo parecia ter acabado ali,mas em março do ano seguinte descobri que eu estava grávida após ir em uma consulta de rotina.


A doutora desconfiou na hora, pois eu estava estressada demais, fora do normal, não queria acreditar, mas o Beta no mesmo dia confirmou. Foi uma alegria sem fim.


As primeiras consultas foram deliciosas, ouvir o coração do bebê, fazer a ecografia e ver aquele serzinho era maravilhoso.


Desde quando descobrimos meu marido esteve ao meu lado, nós nos aproximamos muito e ele tinha um cuidado sem igual comigo.


Eu não tinha preferência de sexo, mas meu marido queria um menino, até que aos três meses foi confirmado nosso meninão.


Meu maior desejo na gestação foi sushi. Eu nem comia por que tinha alergia, mais eu sentia tanta vontade que tive que comer e por incrível que pareça não me deu alergia.


Antes mesmo de me casar eu já tinha o nome dos meus filhos e caso fosse menino seria Davi, mas meu marido queria Lucca, resumindo ficou Davi Lucca.


Minha gestação foi maravilhosa, mas aos seis meses o Davi encaixou e fazia força para sair, eu cheguei até mesmo a dilatar, por isso fiquei de repouso absoluto correndo o risco de ter um parto prematuro.


Queria muito o parto normal e estava feliz por ele ter encaixado, mas morrendo de medo dele nascer prematuro e tudo que eu não queria era uma cesárea.


Curti tanto a minha gestação que em momento algum me senti ansiosa, eu queria mesmo era curtir,mas quando completei trinta e seis semanas já não me aguentava de ansiedade, não via a hora de conhecer o amor da minha vida.


No dia vinte e oito de outubro com trinta e sete semanas e seis dias fui na consulta de rotina e tive uma surpresa. Davi estava com o coração acelerado, chegou a duzentos batimentos na hora em que a doutora ouviu.


Fui mandada ao hospital para acompanhar os batimentos dele e ao fazer o exame foi confirmado o sofrimento fetal.


Fui direto para o centro cirúrgico e ás 20:27 do dia vinte oito de outubro de 2016 nasceu o Davi Lucca com quarenta e sete centímetros e três quilos e setenta gramas, forte e saudável.


Ali ele nasceu e eu renasci.


Foi o melhor dia da minha vida, a melhor sensação do mundo, um amor inexplicável que apenas quem é mãe sabe."



quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Não há cura para o que não é doença



Há diversos momentos na vida onde seremos acometidos por pequenos males que afetam nossa saúde e que nos farão ou ficar de repouso ou quem sabe até mesmo nos cuidar melhor para que as nossas vidas sigam o rumo que deve seguir.

Infelizmente ainda há uma doença a qual os sintomas estão expostos com cores carregadas e que após a infecção coloca as pessoas em alienação pura capaz de reproduzir asneiras incalculáveis sem conhecimento prévio ou apenas pelo puro desejo de ser intolerante.

O nome dessa doença atende por preconceito e infelizmente por mera desocupação de nosso "dileto" governo somos obrigados a engolir que a definição de sexualidade de uma pessoa é doença a ser tratada por psicólogos.

Numa sociedade que cada vez mais se sujeita a síndromes do novo milênio infelizmente seguimos deixando para lá a tentativa de resolver as coisas.

Tratamos uma depressão como uma frescura atoa, acreditamos que um suicídio é uma maneira de chamar a atenção enquanto a homossexualidade é tratada como uma doença onde uma boa dose de terapia resolve.

Num mundo onde cada vez mais lutamos pela sonhada liberdade, seja ela de expressão ou de qualquer outra coisa, vamos permitindo que as vidas sejam postas como um joguete onde não gostar de algo é responsabilizado por qualquer atitude preconceituosa que de forma irracional venha a ser feita.

A homofobia sim deveria ter um tratamento adequado para que as pessoas tenham pelo menos o respeito pela vida alheia.Opinar é bem diferente de divergir,julgar e condenar alguém apenas por que ela ou ele gosta de alguém do mesmo sexo.

Não é preciso ser homossexual, gay,bicha ou viadinho como queiram, para que se possa dizer não a atitudes que após anos de avanço da humanidade ela resolva retroceder, dar pra trás e afundar tal qual um âncora afunda no mar.

Trate seu preconceito!

Cuide para que a vida seja mais leve e menos caricata. Menos Rotulada!

Que sejamos mais verdadeiros e deixemos a hipocrisia e a tolice de nossos políticos e conservadores para um esquecimento merecido.

Pensamos sempre no avanço, no crescimento de intelecto de nossa população. Em nossos filhos e netos vivendo num mundo onde a intolerância seja apenas uma vaga lembrança triste.

Rezamos para que um dia as doenças tidas hoje como incuráveis sejam tratáveis e que possamos nos orgulhar de ter a resolução de um problema ao invés de gerar mais e mais conflito.

Num mundo onde o amor é visto como doença ainda vamos tentar compreender a cura para todo o mal de quem age contra o seu semelhante.

Somos todos iguais, apenas amamos diferente.

E acredite não é preciso você entender isso. Apenas respeitar.




segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Etapas do Fim




É bem provável que um dia você chegue em casa, sente-se bem no cantinho da cama e agarrado aos seus joelhos , cubra o rosto com as mãos tentando segurar lagrimas que já caíram ou ainda vão cair no seu rosto. A trilha da Marília Mendonça passa a fazer sentido e você já não procura motivos para sofrer,apenas tenta aceitar que já deu o que tinha que dar.

Dada essa constatação você se vê sozinho entre os devaneios de seus pensamentos, mas sabe que é apenas você ali e mais ninguém.

A fase da fossa vai existir, músicas tristes, quarto escuro, enchendo a cara em potes e mais potes de sorvete enquanto maratona séries do Netflix e vê ali casais felizes como um dia você também chegou a ser.

Embora não pareça essa fase nebulosa uma hora passa e aí vai ser o momento de você se ressocializar com as pessoas enquanto veste a máscara de um rosto feliz quando na verdade a alma ainda está em frangalhos.

Enquanto você acredita ter perdido o amor da sua vida mesmo que seja apenas mais um dos muitos casinhos de meses de falsa alegria, a verdade é: Estamos chatos, muito chatos e pessoalmente não somos boas companhias para ninguém.

Mas se te consola essa fase também passa e logo é acompanhada pela fase da inquietação. Aquela onde por mais que você tente nada está bom o suficiente para lhe trazer a paz que você precisa.

Pensamos tanto no happy end com alguém que viramos referencia, meio que quando lembramos de uma pessoa e dizemos: "Ah a fulana do ciclano" ou ganhamos a dura estigma de ser os eternos "ex" de alguém mesmo que se passe décadas.

Talvez seja essa a etapa onde teremos mais dificuldade, já que em meio as cinzas de um relacionamento passado precisamos nos reencontrar com nós mesmos e de quebra reconstruir tudo aquilo que foi deixado para trás e que ainda possa estar com raízes vingando em diversos pontos de nossa vida.

Acredite, esse é o seu momento, seu grande momento. Talvez o primeiro ou o único grande momento onde pondo tudo na balança você conseguirá se equilibrar na corda bamba da vida e deixar de buscar uma pessoa apenas pelo fato de que ela pode substituir outra.

Ninguém é insubstituível no amor, cada pessoa pode acreditar piamente que tem a sua alma gêmea na terra,mas acredite pessoas são constituídas de fases, longas ou curtas elas acabam passando e até grandes amores, podem se tornar sentimentos pequenos e que se esvaem com o tempo.

O que importa é que você supere essas fases afinal, por mais incrível e insubstituível que alguém pareça há uma necessidade clara que você seja loucamente apaixonado por você mesmo.

Se descobrir imensamente apaixonado por si mesmo pode proporcionar uma fase interessante que é o fechamento de divisas,que ocorre quando passamos a desacreditar que outra pessoa possa nos amar também. Ela não pode nos amar mais do que a nós mesmos, não deve, mas uma hora ou outra alguém vai nos amar nem que seja apenas um pouquinho.

Por fim você vai poder encarar a si mesmo e notar que pouco vale se nos fechamos de vez após um fim inesperado quando na verdade apenas depositamos mais uma vez a nossa total felicidade na conta de uma única pessoa que não seja nós mesmos. 

Vivemos um amontoado de fases difíceis que vão ir e voltar quando menos esperar, vamos nos esmerar no aguardo de uma nova retomada da fossa ou vamos nos acostumar a olhar para trás e perceber que na verdade já nem dói tanto assim.

Viva e deixe viver. O mundo não é todo projetado por você. O arquiteto é outro.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Legalize já!?


Por que a maconha é proibida em nosso país? Se fosse por fazer mal a saúde então é melhor se preparar pois teríamos muitas coisas deliciosas de nossa vida proibidas sem a miníma chance de volta.

A guerra estabelecida contra a erva preferida de Bob Marley e tantos outros artistas se dá mais por conflitos raciais,econômicos, políticos e obviamente morais do que por qualquer argumento científico.

Calma- lá, não sou nenhum porta bandeira da marcha da maconha para defende-la com unhas e dentes, tampouco já experimentei alguma vez a tal erva. Contudo me estabelece a dúvida do por que a droga é tida como tão presente na vida da sociedade em geral, mas igualmente controversa.

Não é fácil falar de um assunto assim. Maconha assim como qualquer outra droga carrega para a erva e para seus usuários uma estigma colossal, carregada de um pré - conceito formado por muitos e passível de opiniões inflamadas de quem é contra ou favor do uso.

Fato é que muito se sabe de forma rasa, mas a verdade é que não sabemos nada e apenas julgamos e classificamos de acordo com o que nos contaram ou aquilo que ouvimos de um amigo do amigo.

Para os contrários ao uso fica a ideia de que a "Marijuana" é a porta de entrada de outras drogas, como se a maconha ao ser fumada abrisse um portal que diga: - Olha por ali, se vira na cocaína, segue em frente e se afunda na cerveja e se correr você ainda pega uma "balinha" e com sorte até uma pedrinha de crack.

Tolice. Pessoas de todas as classes sociais e de instruções diferentes podem ter diversas opiniões a respeito do uso de maconha sem necessariamente ser obrigado a consumir qualquer outra droga.

Vai falar lá na Jamaica que maconha é ruim,que é uma droga e outras coisas mais. Aqui é conceito, lá religião. Então cabe a nós respeitar.

Sendo tão ruim a droga por que em 10 mil anos não se obtêm nenhuma morte como diz os versos do Planet Hemp, por que então é liberada em países de primeiro mundo como a Holanda.

Cada vez mais vemos o uso medicinal da maconha ser aprovado ganhando força de que a erva natural a ser usada no horário de 4:20 possa ser consumida sem maiores problemas.

Ao liberar o uso será que teríamos então uma diminuição de prisões bobas pelo porte e uso de maconha enquanto nossas autoridades poderiam estar atrás de gente que rouba,mata e corrompe a sociedade ou apenas faríamos com que maconheiros reprimidos exalassem o aroma da erva ao ar livre sem o crivo de criminosos de pequeno alcance.

É obvio que nenhum vício é bom, como dizem os antigos, tudo que é demais estraga, exagera e foge do controle, isso é válido desde a cervejinha em excesso até comer frituras demais. 

Debater a legalização da maconha sem a ideia de que a droga é a droga apenas por ser. Precisamos dialogar, precisamos saber e nos inteirar sobre aquilo que corre o mundo para aí então decidir.

E ai!? Uma erva natural pode te prejudicar?

E ai!? Legalize já!? Por que não legalizar!?

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (35)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Thiago Maia

"Minha vida antes era muita cachaça e diversão sem pensar no amanhã, tanto é que conheci a Raíssa nos botecos da vida.

A descoberta da gravidez então foi um susto tremendo assim como as primeiras consuktas onde o bebê era apenas uma bolinha de um milímetro no ultrassom

O dia da descoberta do sexo foi um dia muito feliz.


A mãe falou que já sabia e eu a princípio queria um menino, mas me acostumei rápido com a ideia de ter uma menina. Tanto que cinco dias após descobrir o sexo eu já estava achando muito mais legal ter uma menina do que um menino.


O nome veio em homenagem a minha avó que ainda está viva, mas me criou junto com a minha mãe, então queria fazer essa homenagem a ela. Como a Raíssa também achava o nome lindo unimos o útil ao agradável.


A ficha só caí mesmo quando nasce e pegamos no colo e olha que antes a Raíssa já tinha me feito correr atrás dos benditos Fruit Loops sendo que quando morávamos no Santa Efigênia era muito difícil de encontrar, rodei o bairro todo e não achei, agora morando no Coréu felizmente no Epa é cheio.


A vida hoje com a Bia mudou muito. Hoje somos mais responsáveis, bem mais.


Passamos a nunca agir por impulso ou sem pensar e colocamos ela na frente de tudo.


Parece brincadeira, mas é uma vida muito gostosa de se viver A farra diminuiu,a responsabilidade aumentou, mas é só pegar a filhota no colo que tudo some e no final das contas o que mais importa é que ela esteja bem e feliz."

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

E se nada mais der certo!


Ainda não há uma explicação lógica sobre o por quê acordamos todos os dias pela manhã. Menos ainda sobre o que realmente nos motiva a deixar as horas correrem e chegar ao fim de mais um dia.

Há quem diga que acordamos dia após dia buscando apenas viver a vida da melhor forma, buscando aquilo que há de melhor nela. Mas e aí? O que afinal a vida tem tanto a nos oferecer?

Felicidade?Carinho de quem amamos?Amor de uma maneira geral?

Como conseguir isso tudo sem prazo definido, sem saber onde começa,onde termina, sem saber direito o caminho das pedras e em quem confiar para a árdua missão de após tudo sair ileso.

Parecemos estar numa árvore de espinhos onde frutos são balões e que caso não apanhemos os frutos direito eles explodem, indo ao chão e que perdemos todo o progresso.

Se pra você a vida não é assim, quem sabe assim seriam as oportunidades passando diante dos seus olhos e que se você não as pega no momento certo terá poucas chances de a tê-la em mãos novamente da mesma forma e com os mesmos benefícios.

Assim vamos vivendo, meio que pisando em ovos e tomando cuidado a todo momento para que a vida não piore, meio sem saber o por que fazemos isso ou aquilo,mas dedilhando as emoções para que tudo dê certo no fim.

Resta a dúvida!
E se não der certo? 
E se a casa cair de vez e chegarmos ao fim da linha.

Enquanto houver vida, então há o que tentar, há o que desejar e ambicionar com novas oportunidades e claro criar novos planos e sonhos que sejam condizentes com a fase de vida que a pessoa se encontra.

As oportunidades que foram perdidas apesar de não voltarem trazem para nós que a perdemos um ponto de reflexão para saber o que estamos fazendo de certo e de errado em nossas vidas em diversos âmbitos.

Se estamos solteiros é bom avaliar se fizemos algo de errado que nossos últimos namoros não deram certo, ou quem sabe realmente as pessoas com quem nos relacionamos anteriormente não trariam aquilo que tanto queremos para a nossa vida. Mesma coisa para quem já namora,afinal muitos estão por aí se enganando em uma relação sem futuro por diversos motivos temendo que nada mais dê certo enquanto atravancam suas vidas.

Miremos exemplos, mas que possamos admitir para nós mesmos que nem sempre o que foi feito por um vai valer para o outro. Na teoria tudo parece bem incrível e fácil de resolver, na prática nem tanto, somos forçados a resolver tudo na risca limite,até por que muitas vezes deixamos os problemas se acumularem e só resolvemos quando a bomba está prestes a explodir ou já explodiu.

A vida permite facilitismos, mas o comodismo é sim um mal parasitário e acredite nem sempre é a pessoa se esmerar na outra,mas sim aquilo que ela mesmo realiza que as afasta de outras pessoas, porém nem sempre ela é a culpada, falta um tanto de amizade que possa lhe dar o toque.

Convém lembrar que apesar de nascermos e termos de decidir boa parte senão toda a nossa vida sozinhos precisamos muitas vezes de um leve apoio que possa direcionar a pontaria para que possamos dar o tiro certo.

A vida gira em torno de pessoas e para o bem ou para o mal veremos que certas pessoas acabam se tornando vitais não por toda a nossa vida,mas em boa parte dela,em determinadas fases que podem ou não serem ultrapassadas até que cheguemos ao fim de nossa cruzada por esse planeta.

Faça suas apostas!
Ouçam mais, dialoguem mais e pensem em se resolver para também resolver aqueles que se aproximam de bom grado e coração.

A vida nos dá poucas e belas chances, mas quando as retira ela não volta atrás e você uma hora ou outra saberá apenas o motivo disso.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 de Setembro


Acho que escrever sobre fatos tristes ou aqueles que chocam as pessoas tem sempre um ar de pesar sobre o que pode e o que não pode ser dito, podemos falar sobre males da vida,sobre como a nossa situação financeira está ruim e até sobre como a corrupção assola o nosso país com propriedade, com a firmeza de quem sabe do que está falando e vivencia tudo aquilo diariamente.

Em um mundo globalizado como o nosso temos as notícias num piscar de olhos e nos aproximamos de pessoas que não conhecemos e que provavelmente nunca teremos contato até por que estão do outro lado do mundo e por lá ficarão. Talvez seja esse o motivo de que quando uma tragédia de grande porte ocorre nos buscamos saber mais, buscamos falar sobre isso.

Nós passamos a nos alimentar e viver aquilo que vemos nas telas de nossos celulares, computadores e claro na "antiquada" televisão.

O 11 de setembro de 2001 talvez seja o mais significativo dia entre tanto dias marcantes para tragédias de grande proporções. Acho que é praticamente impossível que não saibamos o que estávamos fazendo naquela manhã e o que se iniciou ali.

Eu como um garoto de dez anos de idade na época,estava mais que focado em acordar rápido, ir para o quarto de televisão e assistir o meu desenho favorito. Ah Dragon Ball Z, na minha inocência infantil jamais imaginei que a interrupção da transformação do personagem Goku em um super sayajin nível três era por algo tão grande, por algo tão triste.

O plantão da Globo entrou, aquela música de quem já aguarda tragédia ecoou pela sala e lá estava a torre atingida. -Cadê o Goku? Cadê o Majin Boo?

Chamei minha mãe que naquele horário lavava roupas no quintal e contei a ela que uma torre (na minha concepção de criança a maior do mundo) havia sido atingida por um avião.

Eu ainda não sabia que era terrorismo, ainda não sabia o que era aquilo e tanto não dei importância que minha mãe seguiu no quintal enquanto eu corria de volta para a sala na esperança de que não perdesse o desenho que ainda era de longe o meu foco principal.

Quando retornei e olhei a televisão, parecia replay,mas não era.

Um novo avião, nova explosão a surpresa do repórter que cobria ao vivo e o caos mundial estava instalado.

A partir dali a tragédia estava na sala de cada um.

Talvez hoje a notícia correria ainda mais rápido, não tínhamos essa proximidade de redes sociais onde com um clique se sabe tudo ou quase tudo sobre o que acontece no momento exato em que aconteceu, basta ver que hoje diante do furacão Irma e seus efeitos devastadores sobre Miami sabemos muito sobre tudo aquilo que ele afeta ou ainda afetará.

Naquela manhã em Nova York não sabíamos de nada.

Não era acidente, não era roteiro de um filme de Hollywood, era o começo do terror.

As torres gêmeas, um dos mais importantes centros financeiros de todo o mundo era tragado na fumaça levando com ele vidas de cidadãos de todo o mundo e com ele também se esvaia a supremacia e a confiança americana de que era uma nação inatingível.

Osama Bin Laden se tornaria um nome comum no noticiário e uma figura dotada de reações diversas. Ainda hoje é difícil entender tudo aquilo.

Todo o horror de ver pessoas se jogando para a morte, acenos em desespero, gritos de socorro e as consequências de um novo mundo aberto após aqueles ataques não serão esquecidos. O memorial em lembrança das milhares de vitimas do World Trade Center ainda é pouco perto do tamanho de uma tragédia que após dezesseis anos parece viva na cabeça de todos.

Aquele foi o dia onde o planeta parou e seguiu estagnada e não digo isso devido as bolsas de valores congeladas após o ataque ou pelo começo de uma caça ao terror promovida pelo governo americano.

Ali vimos que somos pequenos diante do tempo, espaço e da cobiça humana. Independente de teorias da conspiração que possa haver, da recuperação a longo prazo que os americanos e o mundo possam tentar promover para esquecer certamente não teremos novas manhãs como aquelas.

Ainda bem que não teremos algo daquela forma. Tão épico e tão desolador.

Para minha felicidade eu ainda voltaria a ver o Goku se transformar num nível maior de super sayajin não apenas uma ou duas vezes, mas diversas vezes e até meu filho provavelmente um dia verá, mas o que o mundo assistiu naquela fatídica terça de setembro de 2001 certamente transformou a todos de uma maneira que foge da realidade plausível para qualquer ser humano.

Assim são grandes tragédias, se sobrepõem e são lembradas em carne viva, Bin Laden supostamente foi morto anos mais tarde, mas e ai? Seu legado de horror promovido ironicamente pelo próprio governo americano de quem Osama recebeu treinamento militar e fomentou seu ódio contínuo são eternos.

Ele negativamente se tornou um ícone na história americana e da humanidade propagando aquilo que não pensávamos ser possível. 

Talvez um dia lá na frente com tantas tragédias até "naturais" que a humanidade passou a enfrentar ao longo do tempo vejamos o 11 de setembro como apenas uma ponta do iceberg,uma lembrança ruim que se perde em meio a outras lembranças ruins de nossas vidas, mas para muitos será para sempre o dia que nunca acabou.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Nosso amor de roda gigante



É bem provável que exista alguém com a doce ilusão de que um relacionamento tenha de ser vívido apenas no ápice onde dê tudo certo e as lagrimas só apareçam quando as risadas não puderem mais ser contidas.

É preciso crescer junto,ter ganhos e perdas em conjunto para que se possa enquanto o status de relacionamento prevalecer, que se obtenha o respeito necessário para uma relação entre duas pessoas perdurar e não ganhar o falso contorno de conto de fadas perfeito.

Conto de fadas não existe e uma relação é mais vivida em fases.

Resta a nós fazer com que as fases de prazer e alegria durem mais do que as fases de melancolia. O céu limpo e claro com nuvens brancas e sol radiante pode durar por muitos meses, mas uma hora ou outra a tempestade furiosa vai chegar e abalar tudo, escurecer o céu e fazer com que pareça que o mundo está desabando.

Essa é a hora em que devemos abrir o guarda chuva,deixar cair a água e seguir adiante.

Se pararmos todas as vezes em que as relações perfeitas são desconstruídas vamos acabar sem aproveitar nossas boas fases pelo simples fato de acreditar que sempre tudo é eterno.

Os humanos tem para si o fato de que nem tudo é constante acordando com o pé esquerdo algumas vezes e descontando nossos problemas ou a falta de resolução deles em pessoas ao nosso redor e que geralmente não tem nada haver com estes problemas.

Para que exista um relacionamento é preciso duas pessoas e logo você vai precisar entender que muitas vezes essas duas pessoas não estarão em sintonia por um breve ou até por um longo tempo,mas que aos poucos assim como a vida da gente de um modo geral tudo fica sob controle.

Digo em geral, pois há também aqueles relacionamentos abusivos, onde o senso passa longe e que fogem de qualquer normalidade de algo bonito a dois,três ou quantos sejam.

Normalidade essa que condiz com brigas,discussões,desajustes,mas principalmente recomeços. Ao se relacionar com outras pessoas tendemos a amadurecer de forma forçada ou não onde aprendemos a conviver com outro alguém a quem não estamos acostumados e onde seremos postos a prova todos os dias de um convívio razoável onde nem tudo são flores,mas só floresce aquilo que cultivamos.

Claro que esse convívio cansa, toda rotina se desgasta, cotidiano é mesmo um saco, vão haver dias onde jogar tudo para o alto parece ser a melhor das opções, mas pense que migrar de amor por aí também cansa e tem uma hora em que se busca um lugar pra pousar o seu coração.

O equilíbrio leva tempo,apenas a paixão não segura toda a estrutura que mantém um relacionamento de pé. É preciso conhecer o outro,ir até bem mais que uma simples troca de olhares do primeiro encontro, basicamente compartilhar emoções boas ou ruins de modo que tenhamos que nos expor ao medo.

Medo! Criador de barreiras de entendimentos a ponto de aumentar os laços de empatia e cumplicidade. Estar em um momento de baixa acaba por ser aprendizado. 

As fossas,a frustração a perda acaba por nos engrandecer. É de fato maravilhoso amar e ser amado sem temer que a qualquer momento haja uma fuga e voltemos novamente para a estaca zero, precisamos mesmo que a vida suba e desça alucinadamente para que ela valha a pena e para que possamos trilhar um caminho que realmente possamos orgulhar de se lembrar.

Mas não se esqueça. Uma hora ou outra até mesmo as maiores rodas gigantes param, as melhores e mais divertidas montanhas russas chegam ao fim de seu trajeto e é nesse momento que se estabiliza tudo, até mesmo as nossas vidas.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Oi Sumido!



Ainda estou aqui...

Igualzinho estava da última vez. 

O número de telefone ainda é o mesmo, sigo na mesma casa, então é melhor que você invente uma desculpa menos esfarrapada para explicar o seu sumiço ou pelo menos tentar explicar.

Acho que aquela conversinha fiada de: "Oi sumido!" já não cola mais né. Então quem sabe a melhor coisa não seja começar a responder dizendo a verdade.

Quando deveria você não deu valor e deixou pra lá e agora que se arrependeu de farras e curtições com os amigos resolveu correr atrás do prejuízo.

Clichê antigo de quem não tem o que dizer, mas quer apenas quebrar o gelo de tudo o que foi deixado para trás desde o último encontro.

Vamos revirar os olhos, sorrir de forma amarela e para os reis da sinceridade a busca de saber porquês e motivos não cessa.

Já não é mais paquera, deixou de ser lá atrás quando resolveu largar tudo e sair por aí sem nem mesmo abanar o rabo.

Uma nova chance deve começar ambicionada no desejo de confiar novamente e de preferência tomando ciência do motivo de tanta ausência anterior.

Errar é humano e embora persistir no erro seja burrice há sempre uma possibilidade de esclarecer suas fases e nuances.

Ninguém é obrigado a ser totalmente bem resolvido ou não ter problemas a solucionar por aí, mas perfeição, isso não, certamente não teremos essa perfeição e humildade para admitir isso e honestidade para admitir serão bens muito necessários.

Num mundo descartável como esse em que vivemos é bem melhor que possamos conviver com pessoas corretas e sem frases prontas para todas as situações. 

Queremos alguém que assuma seus atos, mesmo que os errados até por que ser deixado para lá também deve constar um motivo até para crescermos e seguirmos em frente. Arestas passadas não vão colaborar para um futuro proveitoso, principalmente se você se sente preso ao passado.

Coloque as cartas na mesa e diga não só para si mesmo,mas para o outro: Eu não sumi, estava aqui o tempo só você não viu e principalmente, você não me procurou.

Houvesse interesse de aproximação talvez acontecesse, talvez tudo se resolvesse, mas parece que não rolou. Parece que nem vai rolar.

Da próxima vez em que eu ver meu nome na sua lista de contatos, pense numa mais criativa. Algo que não soe tão forçado e piegas. Quem sabe assim eu também te responda honestamente ou prefira apenas te responder mentalmente e seja eu a deixar pra lá.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Relações Superficiais



Atualmente ao entrarmos numa relação temos como um conceito ideal de um relacionamento o fato de ora esperar muita coisa,ora não esperar nada, oferecendo aquilo que podemos e recebendo aquilo o que merecemos.

Tal ideologia foge do mundo real onde vemos cada vez mais egos inflados e pessoas pensando primeiro no próprio umbigo e em segundo plano repetindo o primeiro.

Esperamos muito de alguém para não dizer tudo e recebemos aquilo que a sociedade diz ser o suficiente e que acaba sendo imposto as pessoas e se tornando algo padronizado, alçando alguém um pouco fora desse conceito como alguém ou muito romântico ou uma meta a ser atingida por todas as outras pessoas afim de estabelecer um novo padrão.

Ganha-se então um namoro rotulado, sendo que não há nem mesmo a necessidade de se rotular aquilo que se sente ou faz.

Ao rotularmos algo entre duas pessoas passamos a gerar expectativas, expectativas essas que nem sempre serão totalmente supridas até por que muitas vezes as pessoas a se relacionar não entraram em um consenso sobre o que elas tem.

Quando temos um namoro ganha-se meio que a obrigação de elogiar o parceiro a todo custo,estarem juntos aos fins de semana,conhecer família,amigos e meio que forçadamente sorrir e ser agradável com todos eles.

Lamento, não somos robôs, obviamente que ser cordial e educado faz parte de algo que se tem de fazer pelo próprio bem e para que as pessoas não sejam repelidas de você, mas não apenas por ser imposta a nós por que é um namoro e temos de ser capachos de alguém.

Ser você mesmo e ter alguém que saiba e goste você assim deve ser a base de um namoro que funcione e não apenas num mundo utópico,mas sim de um mundo real, mesmo que demore e pareça impossível.

Ao seguirmos esse padrão de namoro pede-se que as explicações venham em uma quantidade maior do que as ações e acredite, se explicar o tempo todo tira de você a sua originalidade e ganha um ar tedioso e chato que nenhum namoro suporta.

Há sim uma curiosidade sobre, passado, presente e como será o futuro do casal, não somente pelo parceiro que está com você,mas pelas pessoas, mas acredite. Vale mais vocês dois saberem do que o resto do mundo. Namoro é feito de duas pessoas, o resto é adjacente, não essência.

Se o namoro já apresenta tamanha repercussão e excessivas explicações o que dizer de um casamento onde notar uma nova coloração de unha ou um corte de cabelo de um dedo e meio pode significar tempo fechado e almas indispostas por um bom período de tempo.

Atenção nunca é demais é bem verdade,mas sejamos sinceros, nesse ponto as explicações vão mudar e ao invés de dar explicações evitáveis a parentes e amigos passamos a ser questionados quase que diariamente sobre como vamos agir e o que foi feito.

Passamos da fase de buscar exemplos para sermos os exemplos onde  as pessoas se espelham. Desde quando e onde ter filhos até se o amor existe ou não nessa relação e na dos outros.

Pouco sabemos sobre o amor por que não temos tempo para amar, explicamos demais sobre muita coisa e respondemos sobre coisa nenhuma que acabamos sem espaço para amar um ao outro, para ter o estado de paixão que parecia tão fácil no início e que aos poucos vão se tornando distantes.

Nem todo casal sofre desse mal é claro, mas a montanha russa de um relacionamento pode ter diversas montagens e alguns trilhos e trajetos podem ter erosões maiores enquanto outros vão ter apenas poucos buraquinhos não menos perigosos.

De bom nisso tudo é que com toda a superficialidade que nos cerca conseguimos amar sem rotular o que temos. Namoro,casamento,pura pegação, pouco importa, conseguimos olhar para outra pessoa e amar sabendo que o fato de amarmos já é bom o suficiente nos tempos de hoje.

Os rótulos tão afamados pela nossa sociedade é na verdade uma falsa garantia de que está tudo bem e assim vai ficar quando na verdade sabemos bem que há casais de anos que não tem um décimo de amor de um casal formado a poucos dias.

Um simples rótulo não vai garantir que a pessoa lhe pertença e seja única e exclusivamente sua. Se você ainda não compreendeu essa pseudosegurança que tanto precisamos está dentro da modernidade boba de que a monogamia depende do status.

Bobagem,a monogamia e a vontade de ser de uma só pessoa é carregada pela honestidade de estar com aquelas pessoa dentro de uma rede de princípios que podemos até desconhecer, mas que certamente envolve AMOR.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Aprendi me decepcionando


Tem época na vida da gente onde é melhor dar uma pausa entre uma decepção e outra para ganharmos aprendizado sobre tudo aquilo que passou.

Quando mergulhamos em nossos encontros amorosos vida afora quase sempre pensamos que é para sempre, mas existe sim aqueles casos onde nem nós mesmos botamos fé e acreditamos que é apenas uma provocação moral de nossas vidas quanto a real possibilidade de nos sentirmos satisfeitos e principalmente: Felizes.

Aos poucos os bons sentimentos perdem toda a sua credibilidade e vamos contabilizando uma sequência nada gloriosa de fracassos amorosos.

Talvez aí sim seja a hora de parar. Justamente naquele momento onde perdemos a motivação para seguir na busca de encontrar alguém e aprender não só a analisar nossos verdadeiros desejos, mas o que temos feito para que esses desejos se tornem realidade.

Justo seria se fizéssemos tal análise desapegados da condição de réu ou de julgador de algo, afinal não somos inteiramente vítimas ou culpados por algo,mas a vida apesar de ardilosa não está o tempo todo confabulando com o destino para nos ferrar ou tampouco estamos fazendo tudo errado a ponto de que nada mais dará certo.

E preciso tempo, sim, tempo para admitir que somos limitados por nós mesmos, pensamos de forma negativa e nos falta muito em sabedoria para ver a vida como ela realmente é. 

Por muitas vezes somos ansiosos demais e não queremos esperar, não paramos para refletir e vamos repetindo massivamente para nós mesmos que precisamos de alguém ao nosso lado, que precisamos namorar, casar ou simplesmente beijar alguém repetidas vezes.

Não há um contrato assinado ao nascer que imponha a presença de outra pessoa em nossa vida para que sejamos felizes, talvez essa seja a grande função de nossas decepções amorosas. Trazer um break entre uma decepção e outra para que possamos observar com maior clareza as pessoas e ver aquilo que elas tem a dizer.

É durante essa pausa entre as frustrações que adquirimos uma conduta melhor que faça valer a pena tentar de novo sem a tão desastrosa ansiedade e sem a pressa metódica de fazer acontecer quando e na hora em que bem desejamos.

Talvez seja compreensivo também que não há uma resposta para as nossas dúvidas,sendo assim o silêncio torna-se uma resposta maior onde existe apenas a dor e o amor em meio a toda a nossa vida.

Chega um ponto da vida onde teremos que encarar o fato de que não temos o controle de tudo e que as coisas muitas vezes fogem do nosso controle sendo assim, acabamos por ganhar mais problemas brigando e insistindo em não aceitar as normas da vida do que ficar de boa e aproveitar o dia, aproveitar a própria vida de uma maneira geral.

Faça a sua parte bem feita e assim terá a consciência limpa de que aquilo que devia ser feito está feito e aquilo que não puder ser feito está encaminhado. 

Apesar de sempre ser dito para que façamos a hora e que não esperemos de braços cruzados que aconteça ou caía do céu estamos em momentos onde é melhor que se aguarde um pouco para que ao fim de tudo estejamos no lugar certo e na hora certa.