segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ingratidão


Ter a coragem para fazer o bem muitas vezes expõe também a sabedoria para suportar a ingratidão. Aquele que não reconhece a quem antes lhe oferecera a mão de bom grado, ofertando a ajuda e é apenas mal interpretado, mal interpelado e julgado de forma vil e fria por aquele incapaz de demonstrar gratidão.

A ingratidão está sempre disposta a vitimar as pessoas mais bondosas, aquelas que dispões de um coração puro e capaz de expor a afeição e o carinho para tanto.

Talvez por isso ser grato e bondoso nesse mundo represente não somente ser bom, mas forte. Forte e corajoso para suportar as injustas pancadas que vem de onde menos se espera.

Retórica triste que a ingratidão seja aliada a incompreensão. São parecidas sim, mas possuem certa distinção. Principalmente por que o ingrato de hoje se esquece que toda as suas hábeis palavras para desestabilizar e ferir aquele que lhe faz bem um dia estarão de volta a tona. Lei do retorno.

O mundo da voltas e logo perceberemos a escala daquele ingrato. 

Há aquele que se silencia sem ao menos se manifestar, contra a favor ou em prol daquele que lhe fez algo de bom. 

Há aqueles que cobram favores. Como se não estivesse implícito que tal fato não é de obrigação, mas sim algo ofertado de coração aberto, por boa vontade.

Por fim haverá aqueles que se vingam. Como se a falta de ajuda em determinado momento fosse algo estritamente necessário e obrigatório. Mas não é bem assim.

Basta olhar para si também para notar que muitas vezes o ingrato pode não saber de sua ingratidão e apenas acreditar que o mundo está contra ele por tudo que ele mais deseja ou ache justo não aconteça como ou quando ele quer.

As correntes nem sempre estarão a favor, a nossa grama realmente nem sempre será a mais verde, mas cruzar braços e abanar críticas para o alto contra quem chegou lá não mudará nada.

Meritocracia, luta, entrega, perseverança, talvez até uma pontinha de sorte, sim muita sorte. Mas dormir, acordar e ver a vida passar enquanto se concentra apenas nas criticas alheias não vai mudar nada.

A mudança vem de dentro. Se hoje você foi não foi ou não é capaz, corra atrás de ser. Esqueça as bem feitorias que a vida proporciona a outros. Ele ou ela podem ter feito muito para chegar até lá,coisa que você parado no tempo pode ter deixado para lá.

A decepção vem de onde menos esperamos, talvez por isso não devemos esperar tanto assim das pessoas.

O mundo como um todo é ingrato.

Melhor você mudar e buscar as pequenas doses de gratidão que lhe são dadas do que olhar para cima e implorar aos céus que as graças lhe batam a porta lhe tirem da cama e lhe tragam dinheiro e felicidade.

Utopia banal, lindo de se pensar, mas não vai acontecer.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Por que ser feliz?


A perfeição não existe e talvez rapidamente você descubra que não só outras pessoas tem defeitos, mas também você. Sejam eles a sua ansiedade, sua extensa irritação uma hora ou outra surge alguma pontinha defeituosa vinda de você mesmo.

Tenha em vista que a sua vida é seu maior bem, sua maior empresa e que você basicamente vive para que ela não decrete falência imediata. 

Na sua vida muita gente torcerá pelo seu insucesso, mas haverá também muita torcida para você alcance todo o sucesso e a felicidade que precisa. 

Ser feliz não está ligado a um mundo perfeito, tal como um céu sem nuvens no céu e tomado pelo seu infinito azul. Há percalços, obstáculos de todos os tamanhos e muitas curvas até o fim disso tudo.

Haverão acidentes nesse percurso ,muitas desilusões também, chegará um dado momento em que a fadiga de tanto trabalhar por algo que parece em vão vai mesmo abater até o mais otimista dos seres.

Será a hora então de reencontrar a esperança, perdoar aquilo que deve ser perdoado e esquecer os medos, afinal a vida dá medo mesmo.

Os desencontros que a vida proporciona acabam por assustar e deixamos de valorizar os mais belos sorrisos para ir de encontro apenas com a tristeza e suas trágicas consequências existenciais.

Não se comemora apenas o sucesso, mas também é possível aprender nas derrotas, receber aplausos merecidos a boa fama, mas também saber como agir bem diante de total anonimato.

Boas ações não são percebidas a todo o tempo e na maioria das vezes tudo vai parecer em vão.

Muitas vezes seremos obrigados a nos contentar com o viver apenas, seguir em frente para que os desafios sejam superados e os períodos de crise virem apenas lembranças passadas de um futuro glorioso que buscamos.

Que não sejamos mais vítima de nós mesmos, vítimas da nossa história e de nossas atitudes passíveis a ponto de culpar o adiante como tudo que ocorre devido ao que fizemos.

Devemos agradecer mais, mas fazendo valer esse agradecimento ao invés de apenas pedir e esperar cair do céu, as dificuldades existem, mas se sentar em cima da própria insatisfação a jogando para o mundo não vai fazer nada melhorar muito pelo contrário só vai afastar você daquilo que mais deseja.

Não tenha medo de ouvir um não, principalmente daqueles que lhe querem bem, receba todas as críticas mesmo aquelas mais injustas e descabidas não podemos ter medo do oculto e nem dos nossos próprios sentimentos.

Viva livre como uma criança. Livre, alegre e simples, tendo a maturidade de assumir os erros que cometer e ousar perdoar aqueles que julgam sem pensar e sem retroceder nos seus tolos pré julgamentos.

Que precioso é ouvir um "Eu te amo" ainda mais sabendo que do outro lado há uma reciprocidade de saber que alguém apenas precisa de você.

A vida lhe semeará oportunidades sempre, você pode errar e recomeçar o plantio quando bem entender, descobrirá nesse caminho que a perfeição está longe de nós, mas que será preciso refinar muito a paciência e que as lágrimas sejam apenas fonte de irrigação para uma colheita de frutos saudáveis e bons para consumo.

Não desista,
Ame a si mesmo,
Ame a quem tiver de amar você,
Consuma toda a felicidade e em hipótese alguma desista de ser feliz, 

Mesmo que tudo gire para o lado contrário aproveite esse espetáculo incrível que é a vida da melhor forma e sendo feliz.


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Virgem.Doc (41)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu já namorava a oito meses, meu primeiro namorado. 
Meus dezesseis anos e ele pouco mais velho e meu primeiro amor.

Acho que os hormônios já estavam falando mais alto, já tínhamos pequenos pegas daqueles que o calor subia entre a gente, mas ainda não havíamos chegado aos finalmentes.

Ocorreu perto da virada do ano, dia trinta de dezembro na verdade, véspera de ano novo, minha casa cheia, mas as pessoas mais ocupadas em beber e festejar o pré reveillon do que se ligar em quem está fazendo o que ou com quem.

Meu irmão havia trocado a lâmpada do meu quarto e ela estava dando mau contato, era época da mania com essas lâmpadas de led que gastam menos e meu quarto parecia ter uma imensa bola azul.

Era só a lâmpada coroando a minha primeira "entrada" na vida.

Lembro de vir por cima dele, cavalguei como uma jockey, sentia um pouco de dor e queria que ela parasse, tanto que só percebi o tesão me invadindo quando já fazíamos a algum tempo.

Soltei um tremendo "Oh" sobre ele que apenas sorriu de leve ao me ver tomada de prazer e louca por mais daquilo.

Acho que assim que saí de cima dele meio que veio a cabeça a ideia de sangramento, mas não tive nada disso, ao fim de tudo foi maravilhoso.

Ficamos ainda por mais dois anos e meio juntos, chegamos a cogitar casamento anos mais tarde, mas não aconteceu.

Fiquei meio inconsolável quando nos separamos na época, acho que isso meio que me bloqueou sobre uma possível subida ao altar,mas admito que mesmo hoje casada, nunca me senti tão plena sexualmente como com ele.

Havia toda uma descoberta, uma tendência de querer fazer e querer mais que nos animavam para toda as nossas transas."

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Nossa vida de retalhos



Nossa vida é construída em pequenos pedaços.
Pedaços estes que podem se costurar uns aos outros de forma que cada pedacinho daquilo que vivemos ganhe cor,cheiro e uma identidade.

Dessa forma desde bem novinhos construímos nossa pequena colcha de retalhos que são cuidadosamente adicionados a nossa alma.

Sim, é verdade, nem sempre podemos escolher os momentos que serão postos ali, mas se tais momentos serão tristes ou felizes é apenas um detalhe, sendo que de uma forma ou de outra tudo o que vivemos fará parte daquilo que somos ou seremos um dia.

A cada segundo de nossas vidas ganhamos mais e mais contato com o mundo.
Em cada pequeno fragmento que é talhado em nossa vida nossa colcha de retalhos fica maior deixando que nossa alma de forma soberba fique saciada por algum tempo.

Não há como não pensar diferente. 
Nossa vida é assim.

Nossos pedaços se misturando a pedaços de outras pessoas e construindo a minha colcha, a sua, a do amigo ali adiante. 

Mesmo assim não há o fim disso.
Não há uma hora onde ficaremos prontos. Completos.

Há sempre um retalho novo pela trilha da vida a ser costurado em nossa alma.

Devemos então nos bastar de agradecer a cada pessoa que faz parte de nossos retalhos, cada um deles que permite que nos também sejamos parte dos retalhos que eles também costuram dia após dia.

Que após o dia de nossa partida possamos deixar por aí nossos pedacinhos de retalho nas colchas alheias para que como diria Cora Coralina possamos ser finalmente após tudo um imenso bordado de nós.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As aparências enganam


Existe uma frase atribuída a Nicolau Maquiavel que diz: "Todos vêem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é" Fato é que muitas vezes mascaramos a nossa própria situação temendo retaliações ou opiniões que venham contrárias as suas.

O mundo é muito baseado por aparências e muitas vezes elas não só enganam como também assustam. Pessoas são cada vez mais questionáveis e situações cômodas são transformadas em martírios da noite para o dia.

Há porém aqueles que se adaptem a viver de aparências, viver para saciar desejos alheios em meio a uma falsa felicidade ou apenas na ilusão de que o mundo possa ser mesmo tão bom e bonito quanto a maioria um dia acreditou.

Opiniões que se dividem, belezas que evaporam a cada palavra mal dita são muitas aquelas ilusões perdidas de quem aparentemente tenta fazer do mundo um lugar colorido onde não há cor.

Existe uma colossal diferença entre a realidade que se tem e aquela que se sonha. Os sonhos podem sim ser alcançados e devemos lutar para isso, mas sem esquecer que não há nada combinado como o afamado destino.

Desta forma percalços vão surgir de todos os lados 
Ilusões serão formadas em todos os lugares

Mas basta abrir os olhos, ter um pouco de realidade para si mesmo e um punhado de vida própria que logo saberemos que nem tudo é o que parece ser.

Bom ou ruim o mundo acaba definido, acaba deixando tudo acontecer, mas a forma como acontece, essa sim depende de nós.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Equilibrio


Há uma citação de Albert Einstein que diz que na vida para mantermos o equilíbrio é tal qual andar de bicicleta. Precisamos sempre nos manter em movimento.

Não há um mantra, um roteiro, um vetor certo e comprovado que nos leve em segurança vida afora. Nossos conflitos internos surgem como plantas que brotam do chão, algumas vezes vindas de problemas passados e resolvidos ou de pequenos problemas que se tornam montanhas de indecifráveis obstáculos que a vida proporciona.

Quando ousamos enfrentar a vida, de certa forma perdemos ali o equilíbrio e saímos momentaneamente do nosso controle ou de tudo aquilo que nos transmite segurança.

Não se atravessa um chão coberto de ovos sem tentar chegar ao outro lado por um excelente motivo. A vida é assim. O tempo todo arriscamos, mas nem sempre prestamos atenção nisso.

Fazemos pequenas apostas contra nós mesmo diariamente. Seja correndo para atravessar uma rua, seja ao abrir os olhos pela manhã ou enfrentando nossos medos mais variados.

Por incrível que pareça nosso coração e mente pertencem ao mesmo lugar por mais que nem sempre gostem de andar juntos e seguindo os mesmos planos.

Entre as razões e emoções de nossas vidas o segredo é fazer valer a pena. Fazer com que hoje, agora ou nosso futuro, faça valer todo o passado por trás dessas resoluções.

O equilíbrio de nossas vidas é visível, estampado na cara e será bem difícil fingir algo que não se tem ou que nunca vai ter.

Em toda a sua vida vai notar que pontos de equilíbrio vão surgir aos poucos, sem que se perceba a dimensão ou de onde eles vem, mas ainda bem que eles aparecem.

O certo e o errado não dá motivos, apenas acontece de uma maneira imparável, com uma força que supera vontades e desejos e apenas para diante de nós enquanto lutamos para estar de pé sobre a vida torta que podemos ter.

Uma hora de tanto cair aprendemos a nos equilibrar e ficar de pé, para que mais e mais pancadas tentem nos derrubar. 

Uma hora fatalmente voltaremos ao chão, mas certamente voltaremos a ficar de pé, a vida nos faz assim.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Virgem.Doc (40)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu tinha dezessete anos quando tudo aconteceu.
Morava com meus pais e era a típica adolescente carente, principalmente por não ver no meu pai a figura masculina que eu precisava pra época.

Ele um direto de teatro, quarenta e quatro anos, habituado a trabalhar com jovens,em geral meninas com as quais ele usava seu charme para se envolver e montar peças de teatro gratuito em uma escola importante da cidade.


Hoje olhando para trás eu percebo que eu era o perfil exato, frágil, carente, aberta a ideias novas e curiosa, bastou três meses para que ele usasse do seu charme comigo e me escolhesse.


Passou a me visitar na saída, escapava em meio a tarde para me ver, se dizia apaixonado. Logo eu passei a aceitar caronas e os beijos que ele me dava dentro do seu carro.


Numa dessas caronas surgiu a sugestão de irmos a um motel. Prontamente recusei afirmando ser virgem e que não transaria de maneira alguma e ele se mostrando solícito concordava e prometia com doçura: "Só vai acontecer se você quiser"


Eu acreditei em tudo aquilo e topei.


Na recepção nem mesmo identidade me pediram.

No quarto ele ainda voltou a se declarar dizendo que era um privilégio me mostrar a vida de uma mulher e não de uma menina.

Me assustei e respondi que não me tornaria mulher naquele dia de jeito nenhum, ele voltou a mentir: "Claro que não. Só vai acontecer o que você quiser"


Sentados na cama começamos a nos beijar e em dado momento ele levou a mão em minha calcinha tentando baixa-la. Eu disse "Não", mas depois disso foi tudo muito rápido, tudo muito brusco.


Ele arrancou minha calcinha com força e avançou sobre mim. Tentei sair dele, mas logo ele estava sobre mim, segurando minhas mãos com as dele e com o peso do seu corpo sobre o meu de forma que eu não podia me mexer e então me penetrou.


Chocada, paralisada, eu não conseguia chorar ou gritar apenas entendi tudo.


Ele não se importava, para ele nada daquilo que dizia era verdade. Ele apenas queria mais um troféu para sua coleção.E ali ele o ganhava as custas da minha dor e da sensação de rompimento do meu hímen.


Muita coisa passou pela minha cabeça enquanto eu inerte apenas não reagia para que aquilo tudo acabasse logo. Pensava que ninguém acreditaria em mim, queria acreditar que aquilo tudo não estava mais acontecendo.


Hoje me sinto burra por isso.


Depois que ele gozou foi tudo ainda mais rápido. Acho que não passou de um minuto aquela coisa toda.


Ele se levantou com um ar superior, acendeu um cigarro e lembro vagamente dele dizendo. "Agora você é uma mulher"


Eu só consegui falar alguma coisa uma hora depois de descer do carro. Não quis e não consegui ir para a casa, apenas apontei que ele me deixasse descer numa escola onde eu dançava balé.


Entrei em uma sala vazia e me encarei no espelho como se algo em mim tivesse se quebrado. Eu estava paralisada, apática, totalmente fora do ar como continuei por dias. 


Em silêncio não conseguia me concentrar em nada, apenas via a todo o tempo a imagem dele em cima de mim, minha sensação de culpa e impotência por achar que eu mesmo armei uma arapuca onde só eu caí.


Na época contei pra uma amiga, mas não recebi apoio ou tampouco lembro do que ela disse sobre o caso. 


Analisando hoje vejo ele como um doente metódico que após me "tornar mulher" me estuprando logo procurou outra aluna para flertar e depois outra e outra enquanto eu era apenas outra a ser ignorada.


Quase vinte anos se passaram e todos os meus relacionamentos longos foram afetados por ele. Eu passava a sentir aversão dos namorados e o temor de querer criar laços e ver a situação se repetir.


Perdi dois casamentos assim até que decidi ficar sozinha e me tratar.


Me casei mais uma vez e cada vez mais me sinto disposta a vivê-lo cada vez mais independente das situações adversas como um aborto espontâneo, ou possíveis lembranças ruins."



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Intimidade


A intimidade é algo meio difuso, daquelas que podemos ter e adquirir sem perceber ou até achar que temos e notar apenas que fomos iludidos por nós mesmos acreditando ser próximos o suficiente de algo ou alguém a ponto de tocar,ver e falar como se fossem por nós.

O problema é que intimidade não é definida pelo tempo, mas sim pela energia das pessoas. Não venha me dizer que não.

Há quem se conheça a anos e que não se planeja limpar o rosto sem que a pessoa lhe disponha hostilidade de achar estranho,enquanto há quem se permita uma troca de olhares e logo estarem usando até o banheiro de portas abertas sem qualquer discrição.

Não há por que confundir simpatia com intimidade, afinal a intimidade não é dada ou conquistada, ela apenas vem e acontece de forma simples e sem muita explicação. A simpatia não, ela pode ser forçada, dada a quem precise ser dada e negada ou recebida de volta de maneiras bem diferentes do que se imagina.

Palavras então podem ser atrativas, mas muitas vezes o silêncio demonstrará uma intimidade adquirida a anos. 

Se uma imagem vale mais que mil palavras o que dizer de um olhar, um aperto de mão com os olhos cerrados a buscar os olhos dos outros aquilo que procura em si.

Disponha mais ao próximo, mas aguarde bem antes que ele se retraía ao invés de lhe dar notórios afagos.

Sincronismo necessário para aqueles que temem nunca ser verdadeiramente íntimos de alguém e que se assustam quando se descobrem apenas conhecidos ou parte da vida de alguém com ou sem importância definida.

Pessoas não tem preço em nossas vidas, valores que sejam adotados para que possamos vender suas lembranças conosco ou sem mais dizer possamos esquecer qualquer contato.

Por mais próximo que seja o parentesco adotado a pai,mãe, tio, avô e papagaio, algumas vezes o que vem de fora conhecerá mais seus segredos do que se imagina. Há quem apenas no seu respirar note que você está diferente ou que não acordou bem.

Proximidade, faz muito sentido, ver de perto para ver melhor e se assegurar que se conheça e permitir que a vida os aproxime e traga a tal intimidade que tanto procuram.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Que horas começamos a viver realmente?


Parece uma pergunta banal.

Parece que vivemos desde o momento em que saímos do útero e vamos rumo a luz de uma nova vida que se inicia.

O rosto de nossos pais no parto, nosso aprendizado, sobre como comer, como andar, como ler, escrever e fazer atividades que logo serão igualmente tidas como corriqueiras e banais para nós.

Quando crianças aprendemos cada vez mais nas escolas, escrever pode não ser mais tão legal quando temos trabalhos infinitos para fazer, contas que antes eram números simples somados ou subtraídos acabam ganhando divisões,frações e olha só até as letras que víamos nos textos estão ali em meios a nossas contas.

Doce adolescência que não permite que nossa cabeça seja tão tola quanto eramos antes a ponto de querer fazer algo que vai acontecer. Nós vamos crescer.

Nos formar na escola, ter em mãos os canudos e receber aplausos de nossa família admirando aquilo que passamos anos correndo atrás, mas e aí? A vida começou de fato agora?

Chaplin diria que a vida é uma peça de teatro sem ensaios onde deveríamos viver intensamente antes que ela termine com a cortina fechada e sem qualquer tipo de aplausos, contudo já há quem diga que a tal peça de teatro da vida é apenas razoavelmente boa. E que diga-se de passagem o terceiro ato é bem mal escrito.

Acontece que em meio a todo esse crescimento e aprendizado há muito por trás de tudo isso. Há fatos que ocorreram em sucessão para que de fato não sejamos todos iguais.

Alegrias e tristezas, frustrações, amores, conquistas, acontecerá de tudo um pouco em ordens variadas, em momentos distintos daqueles que planejamos. Na verdade nem tudo será como planejamos, o que de fato não saberemos se é uma lástima ou uma dádiva.

Quando supostamente chegamos a tal admirada vida adulta passamos a perseguir algo que nem mesmo nós sabemos o que é, como vai ser ou o principal se será bom.

Criar do invisível para chegar ao incalculável futuro prometido.

Somos impulsionados por satisfações pessoais, as vezes até impessoais, pois não vivemos apenas restritos ao nossos sonhos, embora fosse melhor tirar o peso das costas e coloca-los como prioritários acima de tudo.

Infelizmente não se pode garantir que tudo ficará bem, não dá pra virar uma chavinha e dizer: "Olha agora resolvemos todos os problemas possíveis e tudo virou um mar de rosas" Não é bem assim, pois até mesmo as rosas, tão belas, frágeis e delicadas tem espinhos que podem fazer de um pequeno corte um mar de sangue.

Você pode planejar a vida toda chegar no topo, atingir todos os objetivos que tal como explicava a física em nossos ensinamentos escolares uma hora vai descer. Calma! Não estou aqui afirmando que sua vida lá no fim das contas vai decair depois de tanto trabalho, mas sim que ela não é uma escada onde vamos subindo os degraus, mas sim uma linha, com suas curvas tortas e seus buracos a quais saltamos sem medir a força.

Vai parecer meio depressivo, mas a nossa vida por mais que seja fulcral e importante vai acabar, uma hora ou outra ela chega ao fim, mas não acaba ali, a linha da vida segue, o legado é deixado para o bem ou para o mal.

O fim da vida, seja ela nossa ou dos outros serve pra mostrar que não somos imbatíveis e que vamos para o mesmo lugar. Vamos uma hora ou outra entender que a vida começa sim lá na barriga de nossa mãe, lutando dia a dia para respirar segundo após segundo com todas as nossas células.

Todavia há fases, momentos diferentes. São questionamentos difusos que vão se perpetuar dia após dia talvez até sem resposta imediata ou futura, mas que quem sabe um dia poderemos responder sem medo de não ver a vida passar.

Enquanto não responde, faça melhor, VIVA!


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A desconfiança da calmaria



É estranho pensar, mas estamos habituados a ter dificuldade.
Prova disso é que reclamamos quando tudo parece calmo demais, reclamamos quando vemos alguém que não tem as mesmas dificuldades que temos e voltamos a ter e criar problemas.

Passamos muito tempo trabalhando e vivendo para solucionar os problemas que vão surgir por que tem de surgir em nossas vidas.

O ser humano tem de compreender que a vida é algo bonito sim, que tem toda uma graça para quem está nela, mas que hora nenhuma será benevolente com qualquer ação que se faça.

O mínimo é mais e o mais nem sempre será menos.

Devemos ter toda uma serenidade para aceitar as coisas que não podemos mudar, mas que tenhamos coragem para mudar as que podemos mudar e muita sabedoria para distinguir todas elas. 

Que treinemos nossa mente e corpo para que possamos atravessar não somente as límpidas águas e calmas de um belo oceano, mas as tormentas, enchentes e maiores tempestades que vierem para nos ensinar de verdade como navegar.

Bem lá no fundo não queremos toda a calmaria, o tédio e a paz que propagamos. 

Queremos ser felizes, viver a alegria, mas de forma que com toda a alegria possível possamos conciliar com nossas incertezas do dia a dia.

Gostamos assim de resolver aquilo que surgir desde que sejamos recompensados ao fim de tudo ou antes que tudo termine.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Virgem.Doc (39)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Acho que tive uma primeira vez absolutamente normal,meio que marquei data e horário pra perder a virgindade, fui até lá e rolou.

Eu namorava a tempos com um garoto do meu colégio,já havia todo um contato entre nós e acho que até meus pais pensavam que seria com ele.

Acredito que na época eramos mesmo apaixonados, gostávamos de ficar juntos, apesar de não planejar casar, ter filhos e viver felizes para sempre. 

Era um namoro de colégio que dava certo. Nos víamos no colégio e algumas poucas vezes nos fins de semana.

Uma vez perto das férias marcamos de nos encontrar no centro da cidade caminhar até um motel que eu achasse bacana e ter ali nossa primeira vez como tantos outros colegas de sala nossos tinham tido.

Na verdade, minha primeira vez, por que ele já havia transado com uma outra menina, mas não tinha experiência, era um garoto bobinho como eu, era uma menina inocente pra isso até então.

Acho que a moça do motel percebeu nosso constrangimento quando pediu as identidades. Ela nos olhou e eu fiquei um pouco tensa por isso, mas nada demais.

Lembro de entrar no quarto e ficar admirando os quadros da parede, ele ficou encantado com o banheiro mais largo, bonito, mas não perderíamos tempo.

Ele foi tirando minha roupa, eu tirando a dele e logo estávamos aproveitando uma cama redonda e nos vendo nus com o espelho no teto.

Senti um pouco de dor, mas logo me acostumei, também não tive aquela coisa de me esvair em sangue, fui tudo nos conformes.

Hoje talvez eu tivesse imprimido mais romantismo, mas são fases da vida.

Oriento minha filha e meu filho hoje para que eles tenham essa naturalidade quando acontecer e que me contem pra que não tenham dúvidas e nem fiquem sempre achando que todo namorico de colégio é para sempre."

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Senso de proteção


Um segundo...
Um riso, um choro, uma palavra dita no lugar certo e na hora certa e lá estamos entregues por toda a nossa vida.

Na infância aprendemos que o fator proteção é bem mais importante que muitas coisas a quais até então não sabemos ou não conhecemos.

Saímos por aí explorando todo um mundo novo que antes apenas estava restrito a barriga de nossas mães e a nossa ligação eterna com elas.

Nosso coração parece expelir todo o mal quando desejamos que algo seja nosso, mas não nosso para que o deixemos presos como pássaros em gaiolas.

Digo nosso como motivo de crescimento, de aprendizagem para que lá na frente tudo aquilo que nos dedicamos possa ser solto por nós e de fato deixado sem uma parte de nossa proteção.

Nem tudo que protegemos é de verdade frágil assim como não queremos que nossos protegidos prosperem sem o devido merecimento.

Longos abraços, beijos fraternos, asas abertas diante de um mundo fora do eixo que promove ações cada vez mais assustadoras até para nós que já estamos nele a mais tempo que nossas doces crianças.

Hierarquia morta está que impede que o jovem possa zelar pelo mais velho, tal qual o mais velho foi responsável por boa parte do que se formou do mais novo.

Nossa vontade de proteger e assegurar que o bem seja feito não pode impedir que exista o crescimento, que exista o aprendizado livre.

As pessoas devem fazer valer aquilo que sabem para passar adiante. Fazer o bem e transmitir o bem afim de que o futuro seja resguardado por aqueles que são responsáveis pelo futuro.

Os pequenos que serão logo grandes e que administraram a vida de novos pequenos e de seus velhos entes queridos e cansados após a jornada de ser adulto.

As gerações passam adiante num piscar de olhos. O protegido pelo avô, caí por terra e protege o filho que logo protegerá sua prole tal qual lhe foi ensinado.

Os ensinamentos ficam, guiados por todo o carinho e amor que as informações puderem conduzir, no rastro de maldades ficam as lacunas, as maculas de algo que não volta atrás. 

É preciso personalidade, caráter e isso tem influência no que vemos, mas acredite vem de berço o interno de cada um.


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O medo do futuro



Será que um dia por descuido, ou por um mero segundo de plena consciência descobriremos que o futuro não nos pertence. Descobriremos que apenas podemos aguarda-lo torcendo fervorosamente que ele nos traga alegrias com o que construímos em nosso presente e passado.

Dá medo pensar assim, levanta os temores e é realmente de assustar aquilo que  desconhecemos. É da natureza humana temer ou repelir aquilo que lhe é desconhecido. 

Como se nos jogassemos rumo ao escuro apontando todas as nossas fichas em diversas direções sem saber no que pretendemos acertar. Pode dar certo, pode dar errado, vai dar certo, vai dar errado, apostas, certezas, dúvidas, realidade, só saberemos quando chegarmos no instante que deve ocorrer.

O destino vai lhe pregar peças até lá que acreditaremos ter sido jogadas ao léu, mas não, era pra ser ou não.

O medo rouba nossos sonhos e nossos sonhos estão posicionados justamente no futuro. Estão lá de braços abertos prontos para nos receber, mas não conhecemos o caminho e nem saberemos  como ou quando chegar até eles, fazemos apostas.

Confiar e acreditar, galgar passos ou empilhar pedras que façam nosso caminho ser mais protegido do que obscuro quando há forças que podem nos jogar adiante na velocidade da luz.

A vida nos é dada para que possamos vive-la, para que possamos ver, ouvir,sentir e desfrutar de todos os sabores que ela tenha a nos oferecer sejam eles doces com mel ou amargos feito fel.

Daqui até lá há erros a se cometer, precipitações, ansiedade até que uma hora se acerta. E aí que se surpreende ao olhar vagarosamente para trás e perceber o quanto se pode acertar o quanto o medo lhe afasta da felicidade.

Não há por que também não ter medo. O certo não é ignora-lo, mas sim enfrenta-lo de frente, dar a cara pra bater e bater nele de volta. 

Nem mesmo os mais bem sucedidos e felizes na atualidade sabem o que lhe esperam. 

O rico de hoje pode ser o pobre de amanhã. O contente de daqui a pouco pode ser o mais frustrado de logo mais.

Os sonhos antecedem conquistas, trazem para junto de nós o futuro que queremos e que podemos conquistar. Não se duvida de ninguém, mas se coloque dentro da realidade que pode lhe trazer conquistas reais ao invés de sonhos utópicos.

Por fim se nada der certo mais adiante. SORRIA, isso mesmo, sorria,gargalhe e afaste o mal, pois se ainda está vivo e de pé é por que muita coisa está por vir.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Virgem.Doc (38)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Imagine uma garota bonita, filha única e que o pai e a mãe meio que quer ver numa bolha, pois bem eu fui assim até meus dezesseis anos. Meus pais me cobravam resultados no colégio, eu correspondia e eles me deixavam a solta para estudar e realizar trabalhos na casa de amigos e colegas de sala.

Eu não fazia o tipo que gostava de estudar, eu realmente gostava, era sim a minha prioridade. Mas claro que rolava a sedução de alguns alunos, a adolescência ajudando a fervilhar hormônios e assim fomos.


Havia alguns meninos que me interessavam. 

Uns por serem tão interessados como eu nas aulas e trabalhos e outros por seu apego a vida e forma de pensar.

Um desses garotos eu conversava mais até por que com frequência tínhamos de fazer trabalhos de escola juntos e por muitas vezes escolhemos fazer em dupla.


A gente um dia meio que no susto após fazer um trabalho em minha casa foi comer uns biscoitos e um suco que minha mãe havia deixado pra gente e que meio que ignoramos na ânsia de fazer o trabalho logo e bem feito.


Papo vai, papo vem e acabamos nos beijando, foi meio assim, instintivo, mas admito que gostei da forma que foi apesar de notar que os dois morreram de vergonha após o fato e que ele apressadamente acabou indo embora.


Acontece que formávamos uma boa dupla. Não digo de namoro e tudo, mas de tirar notas altas e víamos que nossos amigos incentivavam um pseudo namoro, mesmo sem saber do beijo que já havia rolado.


Na verdade acho que o clima tava escrito na testa de cada um.


No trabalho seguinte que fizemos juntos era preciso fazer um trabalho de campo entrevistando alguns profissionais de direito e ele morava mais próximo ao escritório de nosso primeiro entrevistado.


Não havíamos parado pra conversar sobre o beijo, mas apesar de tentarmos nos segurar o clima durante o trabalho era de certo envolvimento, cada toque na mão era diferente, a troca de olhares era muito intensa, mas nos seguramos.


Até que saímos para fazer a entrevista e assumimos a postura séria que sempre tivemos.

Quando botamos o pé fora do escritório o mundo caiu, mas em forma de chuva, muita chuva mesmo e estávamos a cerca de dois ou três quarteirões da casa dele.

Ele falou que eu podia esperar a chuva passar e de lá ir embora. Pessoalmente até hoje não sei se houve inocência minha ou dos dois, mas realmente fui tranquila, apesar de existir o clima havíamos nos beijado apenas coisa que eu já tinha feito antes e ele também, embora fosse com outras pessoas.


Cheguei na casa dele toda sem jeito, além de molhada. Ele disse que ia trocar de blusa e trazer uma toalha pra me ajudar a se secar. Na volta pra sala ele voltou com uma toalha na mão e a camisa na outra.


Me senti um tanto quanto incomodada, enquanto ele de forma até normal vestia a blusa e foi até a televisão para liga-la.


Eu comecei a me secar, mas minha blusa ainda estava um tanto quanto molhada demais para que apenas a toalha me deixasse seca. Ele riu alegando que se eu quisesse poderia pegar uma blusa dele emprestada.


Eu estava rindo de nervoso, mas por dentro estava tendo um pequeno piripaque.

Fui até a mochila ainda molhada e comecei a tirar alguns cadernos temendo que eles tivessem se molhado e que tivessemos perdido algum dado da entrevista.

Ele riu mais uma vez quando eu ainda estava de cabeça baixa e disse: Olha eu vou até o quarto pegar uma blusa pra você, por que seus seios estão marcando.


Me senti envergonhada e cobri os seios temendo que ele visse alguma coisa. Segui com ele até o quarto pra pegar uma blusa seca e deixar a toalha nas mãos.


Ele passou a me indagar sobre o por que de tanta timidez, eu quase abria um buraco no chão quando ele ria e ele se lembrou do beijo.


Eu não respondi, apenas me calei e abaixei a cabeça já com a camisa dele na mãos.

Quando a ergui novamente ele estava diante de mim e tocou meu queixo me conduzindo a um beijo que logo ganhou mais contornos.

Eu tirei a blusa molhada, mas não vesti a seca.

Eu fui conduzida até a cama, onde cada peça molhada foi tirada do meu corpo até que eu estivesse completamente nua. Era a hora, não havia mais para onde ir e nem a vontade de sair dali.

Lembro que ele me tocava e meu corpo vibrava, eu estava envolvida naquele momento, perdendo aos poucos a timidez que se esvaiu totalmente quando ele abriu minhas pernas, sorriu e passou a me chupar lentamente me fazendo contorcer de prazer.


Naquele momento em diante só me lembro que ele ia tirando as roupas e de uma gaveta surgiu uma camisinha que ele enquanto me chupava colocou em seu membro.


Ele foi doce, fomos amigos antes, durantes e depois de tudo. Foi prazeroso, foi romântico e foi único.


Fizemos ainda mais algumas vezes,quase sempre em segredo até que resolvemos iniciar meio que um namorico de colégio. Não durou muito, eramos mais amigos que namorados, nos divertíamos, mas era pouco. Por isso não ficamos juntos.


Somos amigos até hoje, já até ficamos novamente em alguns momentos de bebedeira na faculdade anos depois, mas não passou disso. 


Hoje não falamos sobre o fato dele ter sido a minha primeira vez, mas temos uma grande amizade, sendo que até fui eu quem o ajudei com a atual namorada e ele muitas vezes me ajuda com algum ficante da vez ou com alguns homens que se aproximam de mim."

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Realidade Ficcional


  "Nem todo mundo que chega na sua vida, vem com a intenção de ficar. Da mesma forma que nem todos que se foram ,queriam partir"

O sucesso de um longa metragem bem produzido ou de um livro com uma envolvente história muitas vezes não é exatamente pela identificação das pessoas com seus personagens. 

A ficção toma muitas vezes a frente da realidade e emocionantes viagens são feitas em nosso subconsciente para afirmar que podemos sim viajar sem sair do lugar e nos inteirar de cotidianos diferentes do nosso, que podemos ver a felicidade em momentos mais adversos possíveis.

É importante ver que certas influências nos aguçam. Cada vez mais vamos querer conhecer o mundo a qual aquele personagem que tanto nos cativou passa de verdade para ver até onde podemos nos conhecer através deles.

Pergunte a seus pais e seus avós se eles não pensaram em sair voando por aí quando o eterno superman Christopher Reeve cruzou pela primeira vez a tela do cinema. Fatalmente a realidade do ator foi bem distante da do homem de aço tendo em vista que ele passou os últimos anos de sua vida em estado bem distante do que representava anteriormente.

Sonhos se constroem assim, da mesma forma que Daniel Radcliffe com seu Harry Potter, da mesma forma que Marlon Brando com seu Don Vito Corleone buscamos cada vez mais saber e amar a realidade de personagens clássicos.

Mas como amar uma realidade, bela, romântica, mas fadada a acabar. Calma eu explico.
Sabemos sim que morreremos um dia, mas mesmo sabendo como termina buscamos abrir o precedente para filmes que certamente arrancarão lágrimas dos desavisados.

Assim é com a "A culpa é das estrelas" e seu casal Hazel e Augustus, assim é "Como eu era antes de você" de Lou Clark e Will Traynor ou para os mais apaixonados por dramas do "melhor amigo do homem" Marley e eu" e "Para sempre com você"

Todos filmes com sua pitada de romântismo, aprendizado e com trajetórias não tão alegres e contentes como gostaríamos. Certamente que nenhuma garota gostaria de ter a vida de Hazel e seus problemas pulmonares que a acompanharam até o fim de sua vida, mas é unânime que gostariam de viver um amor com o que ela sentiu por Augustus.

Dura realidade, ficção exagerada? Talvez.
O amor feito conto de fadas a qual estávamos acostumados é rompido ali. Eles se amaram eternamente sim como tendencialmente acreditamos nas histórias infantis que tanto víamos, mas é uma outra visão ter a ciência que a morte pode finalizar o fisíco, mas que "Alguns infinitos são maiores que os outros"

Ver um belo cão como Marley definhar, ver Will Traynor decidir morrer e ver Augustus tão altivo e feliz mesmo diante de seus dias numerados nos fazem creer que ou a morte não é algo tão ruim assim ou que a vida realmente é bela até demais.

Reclamar não vai adiantar, podemos ter entre nós milhões de problemas que se pararmos e olharmos para o lado vamos ver que são pequenos, mínimos perto de outros que traduzem a dor de forma contada rumo ao infinito.

A culpa de levarmos a vida sem o romantismo pregado em alguns livros e filmes pode realmente não ser das estrelas, realmente não é, mas talvez seja a hora de apreciar mais aquilo que nos cerca, aquilo que nos faz feliz e que algum dia pode não estar mais lá.

Estão sim condenados ao fim, fadados a morrer em meio a nossa vida, em meio a uma frase, mas para quem deseja o arco íris é necessário suportar a chuva.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Fábrica de boatos!


Parece padrão, parece uma via comum onde os boatos nascem, crescem e se procriam, algumas vezes morrem pela mesma via de onde vieram, outras vezes ganham consequências intermináveis para avançarem como um tsunami devastando o caminho por onde passam.

Um hipócrita cria uma fofoca, um fofoqueiro corriqueiro a espalha, a dissemina de forma que o primeiro ingênuo ou outro fofoqueiro igualmente mal intencionado sem qualquer resistência a receba e acredite sem fronteiras de opinião contrária.

A boataria uma hora terá fim, assim como tudo na vida o tempo se encarrega de fazer passar, claro que vez ou outra alguém por descuido lembrará daquilo que foi dito ou feito e ocasionou a construção de uma história sem muitos fundamentos, mas com capacidade de desbancar a verdade.

Pessoas inteligentes no entanto são imunes, possuem o coração adaptado para não responder ou não dar sentido para histórias avulsas que surgem no dia a dia, na verdade elas tem uma preocupação maior que até pode vir a ser outro alguém, mas de preferência que seja a si mesmo.

Para muitos a fofoca ou a criação infinita de boatos é prazerosa, capaz de unir pessoas com a mesma capacidade que possuí de destruir algo grandioso em pouco tempo.

A língua não tem ossos, as palavras tem muita força e podem chicotear alguém mais do que qualquer castigo cruel e absurdo que já foi dito. Um vírus maléfico daqueles que envenena em segundos e derruba os sentidos até que chegue ao fim sem uma cura aparente.

A fabricação de boatos muitas vezes é tida para chamar a atenção, para trazer para si uma importância ou a criação de um personagem(uma casca) que o proteja ou traga um poder aparente que na verdade nada mais é do que uma fina pele a ser arrancada.

O poder de um boato pode sim devastar, destruir e desolar quem se deixa infectar, por outro lado, na sua fonte ou diante de pessoas com o senso aguçado é tal como um castelo de cartas diante de um ventilador, caí, desmorona e não volta ao topo.

Uma pessoa fofoqueira não sabe ser feliz, concentra-se mais em aliviar suas amarguras e angustias destilando veneno por aí como se fosse um amigo aliado, mas pelas costas traz em suas mãos um punhal fino daqueles que seriam capazes de atravessar o corpo pelas costas varando o peito antes de qualquer defesa.

Contágio infame, daqueles que destoa e se prolifera de maneira rápida, ágil como leopardo. 
Como afirmam: Más notícias chegam rápido, voam e o que ninguém sabe ninguém estraga.

Vivemos numa sociedade montada por verdades monitoradas. A falsa informação ou boato é a gasolina em meio a fogueira que é nossas vidas já aquecidas.

Emoções a flor da pele, daquelas que queimam sem ver qualquer oportunidade mais tola que se dá para a criação de casos colossais de coisas que muitas vezes tem o tamanho de uma simples bactéria.

As más línguas não deixarão de nos acompanhar, falem bem ou falem mal, mas falem de mim, contudo apenas saibam que as fofocas são para pessoas inferiores enquanto as preciosas informações são apenas para ouvidos sábios.