quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Realidade Ficcional


  "Nem todo mundo que chega na sua vida, vem com a intenção de ficar. Da mesma forma que nem todos que se foram ,queriam partir"

O sucesso de um longa metragem bem produzido ou de um livro com uma envolvente história muitas vezes não é exatamente pela identificação das pessoas com seus personagens. 

A ficção toma muitas vezes a frente da realidade e emocionantes viagens são feitas em nosso subconsciente para afirmar que podemos sim viajar sem sair do lugar e nos inteirar de cotidianos diferentes do nosso, que podemos ver a felicidade em momentos mais adversos possíveis.

É importante ver que certas influências nos aguçam. Cada vez mais vamos querer conhecer o mundo a qual aquele personagem que tanto nos cativou passa de verdade para ver até onde podemos nos conhecer através deles.

Pergunte a seus pais e seus avós se eles não pensaram em sair voando por aí quando o eterno superman Christopher Reeve cruzou pela primeira vez a tela do cinema. Fatalmente a realidade do ator foi bem distante da do homem de aço tendo em vista que ele passou os últimos anos de sua vida em estado bem distante do que representava anteriormente.

Sonhos se constroem assim, da mesma forma que Daniel Radcliffe com seu Harry Potter, da mesma forma que Marlon Brando com seu Don Vito Corleone buscamos cada vez mais saber e amar a realidade de personagens clássicos.

Mas como amar uma realidade, bela, romântica, mas fadada a acabar. Calma eu explico.
Sabemos sim que morreremos um dia, mas mesmo sabendo como termina buscamos abrir o precedente para filmes que certamente arrancarão lágrimas dos desavisados.

Assim é com a "A culpa é das estrelas" e seu casal Hazel e Augustus, assim é "Como eu era antes de você" de Lou Clark e Will Traynor ou para os mais apaixonados por dramas do "melhor amigo do homem" Marley e eu" e "Para sempre com você"

Todos filmes com sua pitada de romântismo, aprendizado e com trajetórias não tão alegres e contentes como gostaríamos. Certamente que nenhuma garota gostaria de ter a vida de Hazel e seus problemas pulmonares que a acompanharam até o fim de sua vida, mas é unânime que gostariam de viver um amor com o que ela sentiu por Augustus.

Dura realidade, ficção exagerada? Talvez.
O amor feito conto de fadas a qual estávamos acostumados é rompido ali. Eles se amaram eternamente sim como tendencialmente acreditamos nas histórias infantis que tanto víamos, mas é uma outra visão ter a ciência que a morte pode finalizar o fisíco, mas que "Alguns infinitos são maiores que os outros"

Ver um belo cão como Marley definhar, ver Will Traynor decidir morrer e ver Augustus tão altivo e feliz mesmo diante de seus dias numerados nos fazem creer que ou a morte não é algo tão ruim assim ou que a vida realmente é bela até demais.

Reclamar não vai adiantar, podemos ter entre nós milhões de problemas que se pararmos e olharmos para o lado vamos ver que são pequenos, mínimos perto de outros que traduzem a dor de forma contada rumo ao infinito.

A culpa de levarmos a vida sem o romantismo pregado em alguns livros e filmes pode realmente não ser das estrelas, realmente não é, mas talvez seja a hora de apreciar mais aquilo que nos cerca, aquilo que nos faz feliz e que algum dia pode não estar mais lá.

Estão sim condenados ao fim, fadados a morrer em meio a nossa vida, em meio a uma frase, mas para quem deseja o arco íris é necessário suportar a chuva.

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