segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Que horas começamos a viver realmente?


Parece uma pergunta banal.

Parece que vivemos desde o momento em que saímos do útero e vamos rumo a luz de uma nova vida que se inicia.

O rosto de nossos pais no parto, nosso aprendizado, sobre como comer, como andar, como ler, escrever e fazer atividades que logo serão igualmente tidas como corriqueiras e banais para nós.

Quando crianças aprendemos cada vez mais nas escolas, escrever pode não ser mais tão legal quando temos trabalhos infinitos para fazer, contas que antes eram números simples somados ou subtraídos acabam ganhando divisões,frações e olha só até as letras que víamos nos textos estão ali em meios a nossas contas.

Doce adolescência que não permite que nossa cabeça seja tão tola quanto eramos antes a ponto de querer fazer algo que vai acontecer. Nós vamos crescer.

Nos formar na escola, ter em mãos os canudos e receber aplausos de nossa família admirando aquilo que passamos anos correndo atrás, mas e aí? A vida começou de fato agora?

Chaplin diria que a vida é uma peça de teatro sem ensaios onde deveríamos viver intensamente antes que ela termine com a cortina fechada e sem qualquer tipo de aplausos, contudo já há quem diga que a tal peça de teatro da vida é apenas razoavelmente boa. E que diga-se de passagem o terceiro ato é bem mal escrito.

Acontece que em meio a todo esse crescimento e aprendizado há muito por trás de tudo isso. Há fatos que ocorreram em sucessão para que de fato não sejamos todos iguais.

Alegrias e tristezas, frustrações, amores, conquistas, acontecerá de tudo um pouco em ordens variadas, em momentos distintos daqueles que planejamos. Na verdade nem tudo será como planejamos, o que de fato não saberemos se é uma lástima ou uma dádiva.

Quando supostamente chegamos a tal admirada vida adulta passamos a perseguir algo que nem mesmo nós sabemos o que é, como vai ser ou o principal se será bom.

Criar do invisível para chegar ao incalculável futuro prometido.

Somos impulsionados por satisfações pessoais, as vezes até impessoais, pois não vivemos apenas restritos ao nossos sonhos, embora fosse melhor tirar o peso das costas e coloca-los como prioritários acima de tudo.

Infelizmente não se pode garantir que tudo ficará bem, não dá pra virar uma chavinha e dizer: "Olha agora resolvemos todos os problemas possíveis e tudo virou um mar de rosas" Não é bem assim, pois até mesmo as rosas, tão belas, frágeis e delicadas tem espinhos que podem fazer de um pequeno corte um mar de sangue.

Você pode planejar a vida toda chegar no topo, atingir todos os objetivos que tal como explicava a física em nossos ensinamentos escolares uma hora vai descer. Calma! Não estou aqui afirmando que sua vida lá no fim das contas vai decair depois de tanto trabalho, mas sim que ela não é uma escada onde vamos subindo os degraus, mas sim uma linha, com suas curvas tortas e seus buracos a quais saltamos sem medir a força.

Vai parecer meio depressivo, mas a nossa vida por mais que seja fulcral e importante vai acabar, uma hora ou outra ela chega ao fim, mas não acaba ali, a linha da vida segue, o legado é deixado para o bem ou para o mal.

O fim da vida, seja ela nossa ou dos outros serve pra mostrar que não somos imbatíveis e que vamos para o mesmo lugar. Vamos uma hora ou outra entender que a vida começa sim lá na barriga de nossa mãe, lutando dia a dia para respirar segundo após segundo com todas as nossas células.

Todavia há fases, momentos diferentes. São questionamentos difusos que vão se perpetuar dia após dia talvez até sem resposta imediata ou futura, mas que quem sabe um dia poderemos responder sem medo de não ver a vida passar.

Enquanto não responde, faça melhor, VIVA!


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