sexta-feira, 14 de outubro de 2016
A desconfiança da calmaria
É estranho pensar, mas estamos habituados a ter dificuldade.
Prova disso é que reclamamos quando tudo parece calmo demais, reclamamos quando vemos alguém que não tem as mesmas dificuldades que temos e voltamos a ter e criar problemas.
Passamos muito tempo trabalhando e vivendo para solucionar os problemas que vão surgir por que tem de surgir em nossas vidas.
O ser humano tem de compreender que a vida é algo bonito sim, que tem toda uma graça para quem está nela, mas que hora nenhuma será benevolente com qualquer ação que se faça.
O mínimo é mais e o mais nem sempre será menos.
Devemos ter toda uma serenidade para aceitar as coisas que não podemos mudar, mas que tenhamos coragem para mudar as que podemos mudar e muita sabedoria para distinguir todas elas.
Que treinemos nossa mente e corpo para que possamos atravessar não somente as límpidas águas e calmas de um belo oceano, mas as tormentas, enchentes e maiores tempestades que vierem para nos ensinar de verdade como navegar.
Bem lá no fundo não queremos toda a calmaria, o tédio e a paz que propagamos.
Queremos ser felizes, viver a alegria, mas de forma que com toda a alegria possível possamos conciliar com nossas incertezas do dia a dia.
Gostamos assim de resolver aquilo que surgir desde que sejamos recompensados ao fim de tudo ou antes que tudo termine.
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