segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nem todo o tempo do mundo!



O tempo, fator inestimável que não volta atrás e nem mesmo se antecipa. Ele apenas age e nos transforma. Nos transforma naquilo que nós permitimos nos transformar, sem deduzir o futuro o tempo nos molda.

Com o tempo você percebe que pra ser feliz com outra pessoa você precisa primeiro não precisar dela. Parece destroçar o romantismo fugir da estigma da canção do Luan Santana e nada de ficar esperando dez,vinte,trinta anos.

Os cabelos brancos vão chegar sim, mas o tempo traz o cansaço da espera e a frustração de não se obter aquilo que se deseja dá lugar a novos ares, novas realidades e quando se vê o mundo girou mais uma vez.

O tempo é o senhor do destino sim. Destino esse construído por nós. Aquele que avalia se para o mundo em função da espera pela alma que julga ser essencial para a continuação da vida.

Ledo engano.

A vida segue, o tempo passa e o sorriso importante de hoje vira insignificância amanhã.

Bem verdade também que a intensidade das coisas não está no quanto durou ou no quanto deixou de durar. Um olhar sincero pode marcar mais que mil toques sem sentido. Um único beijo pode valer mais que mil transas sem tesão.

O tempo nos apresenta sentidos diferentes, caminhos difusos, que nos levam para direções jamais imaginadas. A vida acaba se tornando uma gangorra.

Uma hora você quer e pensa estar no seu auge, a vida corre as mil maravilhas, você tem o carinho de quem você ama e deseja e logo em seguida o mundo desmorona e você se afasta disso tudo.

Amigos se vão, amores se perdem em questão de dias, situações poem a vida de ponta cabeça.

Infelizmente Renato Russo não tinha razão. Não temos todo o tempo do mundo. Mas ele estava certo logo em seguida ao afirmar: Não temos tempo a perder.

Estacionar na vida, perder tempo, horas preciosas ao lado de quem você não quer ou de quem não quer você por capricho, pelo simples temor de se ver perdido no tempo.

Platonice amorosa, amor platônico aquele que espera, aguarda, interrompe planos pra saber se um dia vai ser ou amanhã será mais um momento de aguardo.

Mas passaram primaveras, outonos e invernos e nada...
Nada se resolveu, nada foi dito em meio a resolução e quem gosta fala, se expressa, seja pelos olhos, seja pelas mãos, boca ou simplesmente pelo coração.

Mas ser correspondido é fundamental pra que não se perca justamente TEMPO.

Não se preocupe em resgatar o tempo passado ou aguardar o tempo presente sentado numa cadeira de balanço até que os cabelos brancos lhe alcancem e você se pergunte o que fez ou deixou de fazer.

Siga em frente: Como diria Cazuza:

O tempo não para!

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