terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Sacrifício?


Por Priscila Gonçalves

No dicionário, abandono voluntário de algo precioso, renúncia, privações a que alguém se sujeita em benefício de outrem, sofrimento, custo, esforço.

E até que ponto o sacrifício para outros nos é benéfico ou traz paz à consciência?

Tem quem enxergue o sacrifício como forma de gratidão, outros, uma dura pena para conseguir algo importante, uma realização esperada ha muito.

Alguns pais exigem o sacrifício por parte de seus filhos em forma de gratidão, fazendo-os pensar que o mesmo sacrifício feito por eles, abdicando da juventude e prazeres da vida, deve ser repetido para que mostrem verdadeiramente agradecidos. Em muitos casos, esta é a unica forma.

Alguns cônjuges se sujeitam a sacrifícios absurdos em prol do parceiro e do relacionamento, muitas vezes, sacrifício pago com a ingratidão.

Até mesmo Paulina Martins se sacrifcou por Paola Bracho e se lascou.

Mas até onde, qual o limite para este sacrifício por outras pessoas?

Vale mesmo abrir mão de sonhos, de se prejudicar em nome de uma falsa gratidão? 

Falsa gratidão, sim! O que alimenta a maioria destes sacrifícios é o medo, movido pelo egoísmo da outra parte.

" Se eu fiz X coisas por você, por que então não se dispõe a se sacrificar por mim? "

Por favor, e por experiência, não se sujeitem a estas chantagens emocionais egocêntricas alimentadas pelo apego e pelo medo de perder!

Existem milhares de formas de se mostrar gratidão pelo sacrifício feito pelos pais, por namorados, amigos.

Um abraço sincero e apertado carregado de afeto, um "AGRADECIDO" dito de coração, um beijo amoroso, trabalhar e se esforçar para ser uma melhor pessoa, para você mesmo e para o mundo, fazer o bem aos outros. 

Abandono desmedido não é gratidão, é medo.

Sacrifício e gratidão, não sinônimos.

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