quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (1)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu conheci o pai da minha filha na porta da minha casa.
Naqueles tempos eu vinda de uma cidade do interior de Minas já morava a algum tempo em Belo Horizonte, naqueles tempos eu tinha uma vida muito parada o que não significa que eu não tivesse muito serviço.

Namoramos por seis anos e depois nos casamos, mas o pensamento de ter filhos veio só com três anos de casados. 


A ideia começou por um pouco de cobranças e depois passamos a sonhar com essa realização. Quando fiquei sabendo da gravidez eu fiquei meio aérea, não chorei e não consegui associar aquele que seria futuramente o momento mais perfeito de toda a minha vida.


Tive um pré natal perfeito, o desejo por uva verde, mas daquelas bem verdinhas mesmo e sorvete com guaraná, esse então quase incontrolável. O sexo do bebê não queríamos saber, mas o nome me lembro que foi o pai quem deu,só não me recordo o motivo.


Apesar de toda a curiosidade pelo momento vivi um momento difícil, acho que nunca briguei tanto com o pai da minha filha como naquela época,não sei se por ciumes ou pelo fato de que nessa época ficamos mais sensíveis.


Os planos mudaram, as prioridades também e o que era apenas um sonho ficou ainda mais forte. Eu estava a caminho de conhecer o carinho e o amor pelo qual não conhecia.


Quantos puxões de orelha do médico eu não tomei, afinal não comia, exceto pelo sorvete, nesse eu me esbaldei. 


Me recordo que quinze dias antes do nascimento de minha filha estávamos voltando de Cabo Frio e pegamos um engarrafamento daqueles, três horas parados, eu inchando e todos aos prantos no carro, o pai, a tia e a avó, todos passando mal por mim que me mantinha lá quietinha,tranquila.


Susto mesmo veio um dia antes do nascimento. 

Estava com um marceneiro em casa e mexendo com cola nos armários, comecei a espirrar sem parar e quando dei por mim estava com o pai da minha filha desesperado tentando me acordar.

Eu apaguei, tinha desmaiado com o forte cheiro de cola e com os espirros em sequência. Havia muito sangue, sujei minha roupa toda e o pai da minha filha achou que havíamos a perdido.


Fiquei tranquila apesar de demorar um dia inteiro para ir ao hospital, meu irmão e o pai da criança ficaram doidos, o quarto onde eu estava ficou lotado. Familiares por parte de pai,amigos em comum, tanta gente que o médico teve que tirar todo mundo do quarto enquanto eu sentia dores que nunca imaginei sentir na vida.


Pedi que o médico me desse a anestesia ali mesmo pois achei que ia morrer de dor. No entanto parto foi rápido e perfeito, exceto pelo meu acompanhante dorminhoco que trancou a porta do quarto e me deixou completamente doida por que não acordava, e eu anestesiada e as enfermeiras querendo me medicar.


É um sonho inexplicável, mas uma felicidade sem fim."

Nenhum comentário:

Postar um comentário