quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (3)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Junio Soares

"Me chamo Junio e tenho quarenta e um anos.
No ano de 2001 conheci minha até então namorada e que a partir de 2005 viria a ser minha esposa, hoje com quarenta e quatro anos.

A vida foi seguindo normal como todo casal até que em meados de 2009/2010 começamos a pensar em ter um filho ou filha e assim começou uma verdadeira saga pra ter um bebê.


Tentamos por algum tempo e nada, cheguei a pensar que não seria capaz de ter filhos por problemas de quando eu nasci,fora que o pai da minha esposa abandonou a família quando ela ainda era muito pequena, então a vontade dela em constituir uma família era ainda maior, então minha esposa decidiu procurar um especialista.


Foi esse especialista que passou a pesquisar o período fértil dela ou seja quando ela ovularia.


Era toda semana uma ida no médico e quando o período chegava o pau caía a folha aqui em casa até que certo dia minha esposa chega pra mim e pergunta: 


-Você acha que eu estou grávida?

Eu então respondi com outra pergunta: Será?
Ela mesma me disse que achava que estava fazendo o coração ir lá na goela tamanha a vontade de que fosse verdade.

Corri na farmácia comprei um daqueles testes rápidos de farmácia e deu positivo.

Mas geminiano como sou fiquei com o pé atrás e não botei muita fé, resolvi então disse: Bora fazer um exame de sangue!

Mas com Deus no controle tudo dá certo.

Gente do céu estávamos grávidos, foi uma alegria tão grande que eu não consegui nem mesmo chorar, só começou aquele liga pra um, liga pra outro

Me lembro que contamos para uma tia da minha esposa e no dia seguinte tanto essa tia quanto uma prima dela estavam aqui na porta do trabalho com um monte de presentes, nunca vi tanto carinho assim.


Aí começaram a vir os ultrassons,quanta emoção. A cada batida do coraçãozinho, ver o formato das mãozinhas, das perninhas e já no segundo ultrassom o médico deu cerca de noventa por cento de chances de ser uma menina.


E todo mundo me enchia de perguntas sobre querer ser pai de uma menina ou de um menino, por que homem normalmente prefere um menino na maioria das vezes, mas eu sempre dizia que o que viesse tava bom, até que um dia alguém me perguntou e veio a resposta,assim na lata:


EU QUERO É SER PAI, NÃO IMPORTA SE DE MENINO OU MENINA.


Eu só pensava em ser pai.


O dia do parto estava marcado pro dia trinta e um de novembro ás 16 horas, ia ser uma cesariana tudo certo. Nisso eu resolvi acertar algumas coisas no shopping Del Rey pela manhã até que minha amada me liga dizendo: Vem pra casa que a bolsa estourou.


Saí vazado pra casa e rasgamos lá pro Vila da Serra que é longe que só vendo e comecei a esperar né lógico por que eu tinha que acompanhar o parto, minha mulher entrou fez todo o procedimento das anestesias e aí só depois disso me chamaram pra entrar.


Quando pensa que não, minha mulher vira pra médica e pergunta: É normal sentir alguma coisa?

A médica devolveu: Como assim?

Aí minha mulher falou que estava sentindo o corte do bisturi, pensa num olho arregalado, pensa em alguém com o toba na mão do lado de fora depois que me tiraram da sala,mas foi só um susto, logo eu estava de volta pra gravar o parto.


Gravar o corte era desnecessário, mas gravei minha esposa pegando minha filha pela primeira vez,aí chegou minha vez de pega-lá, entreguei a câmera para a enfermeira já gravando, mas aí vem toda a raiva.


A filha da puta da enfermeira enfiou o dedão no REC, só que como já estava gravando ela acabou pausando o vídeo impedindo qualquer filmagem minha pegando minha filha pela primeira vez.


Mesmo assim veio uma menina linda que é o orgulho do pai e da mãe e a quem dei o nome de Maria Eduarda sem nenhum motivo claro, mesmo tendo muitas Marias na minha família e na família da minha esposa e nem mesmo por motivos religiosos.


Hoje ao som de um Guilherme Arantes e de Oswaldo Montenegro, graças ao bom Deus ela é uma criança linda, saudável,cheia de vida com seus cinco anos, eu estou casado a onze anos e espero que fique pro resto da vida, por que esse é o propósito de constituir uma família, com erros, acertos vamos levando a vida sob os cuidados de Deus." 



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