terça-feira, 17 de janeiro de 2017

(Des) Amor





Por Priscila Gonçalves

Dos maiores momentos de alegria e alívio para uma pessoa, consiste em contar com um ombro amigo para choramingar as pitangas, um colo para ganhar uns cafunés nas horas de carência emocional, um abraço dos mais fortes que aliviam a dor da alma, mesmo que nada disso venha acompanhado de palavras.

O ato em si, diminui muito o sofrimento nosso de cada problema, pequeno ou grande.

Presentear um amigo, irmão, pai, mãe, namorado com estas atitudes nos faz enxergar a importância de carinho e afeto verdadeiros, e doá-los nos faz ter mais. 

Quanto mais se doa, mais se tem.

Porem, nos deparamos com a insensibilidade e egoísmo, próprios ou alheios, que trava toda e qualquer emoção positiva.

Por vezes, esperamos ganhar para dar, e outrem esperam ganhar de nós para nos presentear.

Mutuamente não se trabalha, e a carência emocional se exaspera e desespera, levando a prantos, seguidos de soluços, dores no coração, cansaço, exaustão. 

O ser fica exaurido no meio do desespero, sem saber com quem contar e o que fazer.

A carência emocional, o desamor pode fazer estragos irreparáveis na alma. Acreditem-me. 

Mas ao me deparar com esta situação de desamor, tive ombros amigáveis, palavras doces, abraços fortes. 

O estrago foi reparado em tempo, sem brecha para a depressão se instalar. 

Deem todo o amor que vocês tem a seus amados, aqueles próximos mesmo que não seja com atos, mas em pensamento. 

Lancem luz à humanidade, que anda nessa carência desesperada, que vive nas sombras da amargura e do rancor, sem saber para onde vai e o que faz. 

Não se deixem abater pelo desamor, por mais forte e cruel que ele se mostre.

Não espere receber para doar.

A gratidão maior vem de dentro.

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