quarta-feira, 30 de agosto de 2017
A máscara da realidade e da ficção
O fascínio de uma mágica consiste justamente no segredo que a envolve. Enquanto o truque não é descoberto o mágico tem nas mãos o poder de iludir e assegurar que as pessoas possam se impressionar com aquilo que ele vai fazer.
Com o segredo revelado o truque deixa de existir e o mágico se torna apenas um completo idiota tentando omitir aquilo que todo mundo já sabe.
Perde-se o poder, perde-se o fascínio do publico e principalmente a graça de achar que o truque era algo fantasioso e além de nossa imaginação.
No cenário social todos nós usamos uma máscara que nem sempre representa uma má intenção, mas apenas o desejo de se manter uma pessoa reservada e sem nuances de desvios ou pontos fora da curva.
Erro crasso no entanto que algumas pessoas ajam de forma contrária a isso,dando margem a difamações próprias e rumores nem tão bem vistos que acabam por tirar do obscuro a verdadeira face de quem é alvo de falácias ou impropérios tolos.
Ao assumir o papel de vítima de rumores a pessoa tem primeiro a obrigação moral e lógica de perceber se não abriu a boca para falar demais ou se a sua vida é exemplar o suficiente para cobrar quem quer que seja.
Muitas vezes ao tirarmos a máscara ficamos ali no aguardo de um novo truque, algo incrível que possa suprir o truque revelado e nos surpreender mais uma vez.
Infelizmente na maioria das vezes o truque não vem e a frustração pela espera do que não acontece é ainda maior do que a surpresa pelo truque antigo, a mágica fantástica que deixou de ser relevante para nossos olhos e consciência.
As máscaras no entanto se tornam um problema quando a pessoa constrói um personagem para si, dizendo se discreto,reservado e intocado com seu caráter e nome harmonioso sendo que tais feitos já ficaram para trás a tempos devido as suas próprias atitudes ou palavras fora de ordem.
Para repor ao invés de aí sim se preservar e se fazer o direito de se manter calado perante a sociedade,abre-se a latrina e defeca-se pela boca com coisas sem sentido.Um amontoado de dizeres que pouco representam sentido ou ameaça ao bem comum e apenas deturpam ainda mais o antigo mascarado.
Surge ali o oposto de toda ação. Juras de sinceridade inexistentes e presentes dentro de um excesso tolo em prol apenas de si mesmo e que queima a reputação de quem já torrou a mesma a tempos.
Confude-se a verdade e a mentira, perde ali o tato para saber o que é e o que não é relevante ou estritamente verdadeiro. Fingi-se até obter resultados, uma pena que esses resultados sejam falsos e assim tenhamos a postura contraditória de encarar a pessoa e perguntar: É você mesmo ou apenas mais uma lenda sua?
Há redenção para tudo na vida.
Mas a imagem arranhada e o vidro quebrado jamais se tornam o mesmo até por que a vida é algo bem mutável. Uma pena aquela máscara agradável que você usava antes combinava melhor.
Trazia para si um frescor maior que serviria de modelo para outras pessoas, mas você tirou e deixou o seu rosto exposto, ainda acreditando estar travestido numa máscara resistente deixou que ponto a ponto seu rosto fosse tragado pela própria ambição de ser algo que você não era.
O personagem que você construiu foi mal escrito, seu roteiro tem diálogos vagos e daqueles bem previsíveis, perdemos uma boa história por que você quis aumentar mais um ponto.
Agora ao invés de acompanhar o seu enredo de ficção teremos mais histórias reais e elas não são baseadas, são escritas ao vivo e com uma tinta carregada de fortes emoções.
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