segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ciclos


"Encerrando ciclos,fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos. O que importa é deixarmos no passado os momentos da vida que já se acabaram." A frase é de Paulo Coelho, mas deixa para quem quer que a leia a intenção clara de nossa vida que corresponde a encerrar ciclos como uma forma de progredir.

Aos poucos vamos amadurecendo e ganhando todo um conhecimento que antes apenas acreditávamos ter quando na verdade ele não existia.

A junção de fatos que aconteceram em nossas vidas acabam por acionar uma pessoa nova a cada dia, meio que como se a cada amanhecer tivéssemos novas oportunidades de crescer mais e mais.

Com o nosso crescimento diário passamos a perceber que não é sempre que a felicidade bate a porta e que muitas vezes a vitória que parecia certa escapa entre os dedos como se fosse algo cada vez mais rotineiro.

São as quedas, os tropeços e obstáculos que ultrapassamos em nossas histórias passadas que fazem como que tenhamos novos obstáculos a vencer e uma vida para seguir.

Você não irá se lembrar, mas quando você era apenas um bebezinho de colo, se sentar,engatinhar e depois andar pode parecer um desafio tremendo daqueles onde sem alguma ajuda você não estaria aí.

Mas veja só. Hoje você tem a possibilidade de fazer tudo isso, parece até mesmo fácil, você vai acabar sentindo uma dorzinha aqui ou outra ali quando for mais velho,mas isso é natural. Vai acontecer.

Vamos nos adaptando aos pormenores da vida, da mesma forma com a qual nos adaptamos as coisas boas também. As convicções que eram firmes como rocha acabam amolecendo e aos poucos vamos percebendo que certas coisas merecem ser deixadas para lá enquanto outras até poderiam ser mais valorizadas.

A vida no entanto acaba nos conduzindo por aí. De uma maneira ou de outra vamos sendo guiados por coisas menores que podem se tornar grandes ou não.Basta lembrar do efeito borboleta, um segundo diferente, uma coisa ínfima fora do lugar e vida é outra.

Fecha-se as cortinas,deixemos para trás aquilo que nos foi dado ou empurrado guela abaixo para que possamos compreender que a vida é assim mesmo.

Parece tudo combinado, personagens armados estrategicamente para entreter uma história que acontece em tempo real e com texto afiado digno de tragédias gregas ou comédias românticas.

Da mesma forma em que fechamos os ciclos e as cortinas dessa nossa grandiosa peça de teatro da vida, alguém ou nós mesmos poderemos abrir palmo a palmo de tecido revelando uma platéia aquecida e pronta para nos aplaudir.

Melhor agradecer e desejar que tudo aquilo não seja um ponto final. 

Ao contrário das vírgulas os pontos finais tem vertentes.
As vírgulas da vida são pequenas pausas entre os fatos tão corridos para que possamos respirar um pouco, mesmo que rápido e seguir até os pontos finais colocados por nós até que possamos recomeçar.

O que fica para trás desse ponto final com todas as suas pontuações é aprendizado. É um ciclo fechado ali para que possamos entender que funcionou ou não, fez sorrir ou fez chorar.

Certamente será melhor do que encarar o último ponto final. Aquele a qual finaliza todo e qualquer ciclo que muitas vezes não queremos ver chegar ao fim.

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