quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (30)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Poliana Nunes

"Eu conheci o pai do meu filho por que ele era amigo da minha irmã. Ele passou na minha rua e perguntou se a minha irmã estava em casa, mas por ela estar trabalhando ela não estava.

Nisso ele perguntou: Nossa sua irmã nunca falou de mim não, por que eu tinha pedido ela pra jogar uma idéias em você, acabamos conversando e ficando uma, duas, três vezes até que começamos a namorar e eu acabei engravidando.

Só que ele não assumiu o filho. Eu fui mãe solteira e crio o meu filho sozinha, sustento ele sozinha,mas com muita ajuda dos meus pais. Ele nunca me ajudou com nada.

Na época eu tinha dezesseis anos, então tinha uma vida normal, eu estudava, mas fiquei muito tranquila.

Tanto que durante toda a minha gravidez eu continuei estudando, não parei,após ganhar o bebê eu continuei estudando e consegui me formar.

A descoberta foi por que eu notei que estava um pouco atrasada, resolvi fazer o teste de farmácia, deu positivo e depois fiz o de sangue que também deu positivo.

As primeiras consultas foram um pouco estranhas, por que era um coisa nova. 

Eu já havia cuidado de bebês, tinha cuidado dos meus sobrinhos, mas eu nunca tinha pensado em ser mãe e vinha muita gente que chegava pra mim e falava: Nossa você é nova e já é mãe!

Eu falava que eram coisas da vida, mas foi algo normal. Meus amigos de escola "babujaram" muito, fui muito bajulada, foi mais difícil mesmo me manter afastada um pouco da escola, sentir falta da escola,mas quando eu voltei eu consegui passar.

Quando deu por volta dos quatro meses é que eu fiquei doida. Pois ele começou a mexer e de começo eu achei uma coisa muito esquisita, como se tivesse um minhoca dentro de mim.

A escolha do nome foi pela minha irmã, por que eu não tinha ideia, fosse menina eu ia chamar de Raissa Emanuelle e fosse menino Rafael Igor.

Eu descobri o sexo três dias antes de internar, pois tive pré eclampsia, aí tive de internar pra tentar o parto normal, mas eu não dilatei então não teve como. Então estouraram minha bolsa e fizeram a cesariana.

Eu passei um repouso tranquilo, tanto que vejo muita gente hoje em dia com medo da cesariana, mas a cesariana depende da reação do organismo de cada pessoa.
Cada um reage de uma forma diferente. Eu reagi de uma forma super normal, super tranquila.

Eu tinha feito três ultrassons durante toda a gravidez, mas não conseguia ver o sexo do bebê por que ele fechava as pernas, mas tive um grande susto quando fui pegar um dos exames e o médico disse que não estava ouvindo o coração dele.

E eu sempre quis menina, coloquei na cabeça mesmo. Todo falava nossa você tá com cara de ganhar menina, você tá com barriga de menina, mas aí no dia que eu passei mal e fui pra ultra, era menino.

Eu passei até mal! 

Foi um dia quinze de julho de 2013, tive muita dor de cabeça, minha pressão abaixou, minha ansiedade que já era algo de natureza estava a mil fui pro médico.

Me deram uma dipirona direto na veia e me internaram numa segunda feira a noite sendo que só ganhei na quarta feira a tarde.

O começo é bem diferente, por que quando está na barriga tá tudo bem, tudo ótimo, até por que durante a gestação eu não senti dor nenhuma, só nos três primeiros meses que eu comia muita coisa pesada durante a noite então a médica pediu que eu diminuísse. 

Tive desejos como feijoada, lasanha e pavê que é a torta de biscoito, mas não tive desejos difíceis.

No hospital eu tinha um receio de pegar nele, por que era uma coisa pequena, molinha e acabou que o primeiro banho dele quem deu foi a minha irmã, já o da minha sobrinha que veio depois e hoje tem um ano fui eu quem dei. Então eu muito novinha, muito bobinha na época tinha o medo de pegar ele.

No dia do parto eu fiquei cerca de três horas gemendo de dor e quando fui pra sala de pré parto eu tive de furar a veia de novo por que minha veia sumiu,fizeram a entrada da veia errada e eu senti mais dor por que a médica não achava a veia e tive dificuldade para receber a anestesia nas costas.

Anestesia nas costas aliás que faz com que as costas nunca mais seja a mesma, fora isso ainda fiquei internada mais uns três dias, mas estava tudo bem, apenas o meu bebê que nasceu com um pouco de icterícia que o deixa um pouco mais amarelo no rostinho,mas alguns banhos de hospital na janela do hospital resolveram.

O resguardo também foi muito tranquilo pois meu corpo reagiu muito bem a cesárea, claro que eu estava ansiosa e com medo antes até por que tentaram fazer o parto normal que seria uma dor só e pronto, mas eu reagi muito bem.

O acompanhamento da minha mãe foi fundamental, pois ela me dava força,me acompanhava e falava que eu não precisava gritar que logo tudo passaria.

Após o nascimento eu tive que entrar na justiça para que eu recebesse ajuda do pai da criança, por que quando soubemos da notícia da gravidez, meus pais e minha irmã foram até lá conversar com os pais dele, mas eles duvidaram e exigiram o DNA mesmo o menino sendo a cara dele.

E eu considero que ir na justiça é um direito da criança, já que apesar de ter a ajuda dos meus pais eu hoje estou desemprega, vivendo de pequenos bicos que acabam dificultando pro bebê.

Mas estou em meio a um acordo litigioso aguardando o juiz decidir, por que ele já disse até que não tem amor com o filho, não paga pensão e nem nada, dão apenas roupas usadas que eu até não ligo por que menino perde roupa mesmo, mas enquanto isso ele dá uma de coitado e usa a irmã pra chegar até a mim e ameaçar de tirar o meu filho de mim.

Somente no dia em que eu entrei na justiça e cheguei pra ele e falei que ele disse que queria passar uns quinze dias com o menino e eu apenas perguntei o por que de não pedir isso antes de eu entrar na justiça. Agora é esperar a resolução do juiz."

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