segunda-feira, 23 de julho de 2018

O que querem saber sobre nós!




São muitas as pessoas com que conversamos diariamente, são poucas no entanto as pessoas com quem conversamos e que realmente se importam com as entrelinhas do que dissemos,com as respostas que poderemos oferecer.

É apenas curiosidade,desejo em saber sobre você não existe,mas sobre o andamento da sua vida,essa sim,causa rebuliço,opiniões formadas e buscas incessantes sobre o que você posta ou fala.

Quanto mais vivemos,mais percebemos que pouco as pessoas se importam com o que dizemos realmente. Ao longo da vida as pessoas apressam o passo cada vez mais,acelerando todo o curso de suas vidas correndo demais,trabalhando demais e se preocupando excessivamente apenas com os próprios umbigos afim que aos poucos quem sabe um dia lhe caiba sair de suas redomas e eles possam ver o mundo lá fora.

Nesse meio dia passamos por bom dias cada vez mais secos, boa tardes e boas noites atravessados, ditos quase como numa obrigatoriedade que nos coloca diante de um discurso de amor a todo custo quando na prática isso não existe.

Passamos muito tempo exercendo o discurso de que devemos ter amor entre as pessoas,colocando mensagens e textos virtuais que exalem o bom sentimento e as boas sensações que o amor propicia, mas a realidade discorda do discurso, seguimos no nosso ritmo e envolvidos em nós mesmos.

O pouco tempo que nos resta ou que não conseguímos reservar apenas para nós é sobreposto para compromisso egoístas onde dizemos que somos obrigados a ir,mas que no fundo,no fundo somos totalmente responsáveis por brindar tal evento com a nossa "dispensável" presença.

Dispensamos o sofrimento diário, tememos todo e qualquer tipos de sofrimento, por isso tantos encontros com amigos,tantos passeios sem sentido,tantos copos de cerveja tentando achar a formula da felicidade,o amor perdido a cada esquina,quando sabemos que isso tudo é balela,mas mesmo assim,o que custa tentar? O que custa seguir tentando?

Nos voltamos para os nossos problemas, temos os mais diversos deles, os criamos a cada dia e pessoalmente até evitamos que eles tenham solução apenas pelo desejo de falar que eles existem. Procuramos muito pêlo em ovo quando poderíamos resolver situações fazendo o fácil,o óbvio,mas o caminho mais difícil sempre atraí, o perigoso é mais gostoso.

Ao esparramar nossos problemas é que damos progressão ao maior dos problemas do ser humano, o tamanho da língua, mas se acalme,não somos nenhum tamanduá de língua gigante,mas temos a incrível capacidade de traduzir aquilo que sentimos em palavras.

Quanta bobagem dizemos,quanta bobagem somos capazes de emitir sem pensar e colocar em prática um terço daquilo que dizemos. Propagamos o certo,mas efetuamos o errado,pomos em prática justamente aquilo que mais julgamos e condenamos como se fossemos acima do bem ou do mal.

A partir daí é muito mais que o chamado disse me disse, mais que fofoca, somos nós exercitando o chicote do corpo,a língua.

Claro que existem os verdadeiros, os confiáveis,aqueles com quem poderemos contar e que se interessam de verdade pelo que contamos e falamos da boca pra fora, aqueles que estão ali torcendo verdadeiramente para tudo dar certo. 

São para esses que devemos nos abrir,sair e testar quem é de verdade ou quem é de mentira,somente assim paramos de guardar o peso do mundo sobre as costas e partimos sem amarras em busca da felicidade que queremos e não daquela que os outros querem para gente. 

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