Vivemos em um mundo onde rótulos são mais importantes que o conteúdo, vivemos em um mundo onde o que se diz ou que se pensa é ampliado, exaltado e posto a prova. Pessoas concluem o que querem,interpretam da maneira que bem desejam aquilo que vêem, ouvem e repetem sem o menor sentido.
A lógica de uma indireta é bem simples, atira-se muitas carapuças ao alto e algumas vezes elas encontram o destino certo, mas em sua maioria a cara e a coragem te fazem vestir carapuças que não são suas.
Admiro pessoas de coragem para chegar e falar na cara, admiro as pessoas que fazem e independente do resultado não voltam atrás, certamente são melhor do que aqueles "santos do pau oco" aqueles que lavam as mãos ao fazer e mais ainda quando se vêem obrigados a admitir que fizeram.
Normalmente a carapuça é vestida,amarrada e presa com um nó, tem quem goste de saltar para agarra-la como um predador feroz, como um tiranossauro rex faminto pulando em sua presa. Tem quem apenas a receba e finja que nem é com ela, finja que não se importa enquanto dentro de si pensa: "Aí e agora como vou fingir que nada é o que realmente é?"
Mas calma amigos, por que tanta vontade em assumir o que fez... Por que tanta indiscrição em contar o que todos já sabem... Por que tanta vontade em se expressar em se explicar.
E já dizia o bom sábio: "Quem muito se explica acaba falando sozinho."
Aquele silêncio onde a pessoa que esbraveja com a sua carapuça na cabeça presa e atochada não percebe o tolo papel que faz de tentar eximir a culpa que lhe cabe. Se não coubesse por que tanta vontade em dizer, por que tanta vontade em explicar e falar,falar e falar.
Palavras são um meio poderoso de se comunicar,para quem sabe fazer isso. Outros preferem agir, normalmente agir de forma intempestiva, errônea e claro acabam de cara com o chão frio.
Ao contrário do que pensa, quem veste uma carapuça não se defende, nem se ataca, apenas constata aquilo que está cansado de saber, mas que antes não aceitava. Claro que muitas vezes a carapuça é presa a cabeça sem que se note, como um gorro de natal, um artefato silencioso que lhe cai sobre a cabeça enquanto as pessoas observam a pessoa se debater.
Verdade seja dita que quem veste a carapuça muitas vezes não necessita de uma indireta, muitas vezes tem o molde da carapuça pronto, estampado na cara e se acusa sozinho, pula sozinho diante de todos para revelar aquilo que na verdade poucos se importam.
A grande verdade é que só veste a carapuça quem pede atenção, quem clama de alguma forma por uma importância que muitas vezes não se tem de fatos que nem mesmo existem.
Se quer uma opinião própria, uma resposta sincera de quem pouco faz uso de fugas ou subjeções para dizer o que quer. Alguém que não se omita diante de palavras ou discursos vazios, aquelas palavras plantadas com um grande ar de falso moralismo.
Aprenda: Não se corre das carapuças, se servir...VISTA, prefira sempre as palavras diretas, estas sim dão honra para se responder.
Mas por favor...Não ache que o mundo gira em torno do seu umbigo, não use a retumbância dos santos para exercer de teatro. Carapuças não são para mentiras e tampouco para falsas verdades.
Carapuças são para quem sabe que as tem e não para quem prefere seguir na "sua verdade".
O passado é pra ficar lá atrás, mas é tosco quando o seu presente é ainda mais nebuloso, ainda mais vazio e você vê que seu futuro vai ser ainda mais sem graça.
Talvez quem não vista carapuças acabe sozinho e sem se entender com ninguém, mas te garanto, nunca se está sozinho quando se fala a verdade, NUNCA.
Mas bem que os supermercados poderiam vender mais "vergonha na cara" ao invés de óleo de peroba, talvez o mundo se tornasse melhor com homens, mulheres, crianças e todos assim quem sabe ao invés de cobrar explicações as pessoas assumam mais as ações que fazem ao invés de fingir ser algo que não são.
PS: Quantas indiretas cabem num texto? ainda mais quando nenhuma é pra você! Mas desesperadamente você quer todas. Acorda aqui não tem espaço pra você!
Nenhum comentário:
Postar um comentário