quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Por que as pessoas somem do mapa?



Não é novidade para ninguém que vivemos em um mundo globalizado, hoje em dia uma pessoa que fica sem um aparelho celular por um dia é como se adentrasse um buraco negro e de lá não saísse.

Mas e quando a pessoa some por decisão própria.

Por imposição do relacionamento, pelo fim dele, para evitar brigas ou por gosto. Sim ainda há aqueles que não toleram redes sociais.

Sumir na verdade é muito fácil. Bloquea-se telefones indesejados, whattsapp, facebook, desaparece de fotos do instagram e evita-se a rede social ativa, a ida a lugares públicos e repleto de pessoas conhecidas e logo ouvirá de alguém : "Nossa! Você sumiu!"

Sumir é mais fácil que encarar de frente. É mais fácil que se colocar diante do que é real e de fato dar as costas para a verdade.

Mas e quem fica para trás!? Fica com o que? Vive de que? Como vive?

Quem desaparece se isenta de dores, se isenta de conviver com a dor alheia. A pessoa que some não convive com a mágoa do que foi dito, não convive com a resposta certa que só surge após o fim da discussão.

Quem some não é aquele que aperta o start na vigília da janela do whattsapp para ver se milagrosamente surge o status de online ou a última visualização. ignora as ligações perdidas, email não respondidos ou qualquer tentativa de aproximação.

Quem fica se apega a falsas desculpas, se apega ao último recurso para que não se sinta descartável devido ao fato que outra pessoa basicamente escolheu ir.

Realmente evitar discussões, evitar brigas das acusações que se multiplicam podem sim facilitar o convívio, mas e quando se acumula? Como evitar que chegue um determinado momento que ecloda tudo, que entorne o caldo do aceitável e venha tudo pelos ares.

É mais fácil se esquivar das acusações do que ser homem ou mulher o suficiente para bater no peito e resolver as coisas, botar nos eixos e aparar as arestas e enfim conviver bem. Ninguém gosta de assumir o erro, mostrar que passou dos limites, ninguém gosta de assumir que deu um passo em vão, um passo errado e que de fato agiu como um idiota.

Existe por trás todo um ego, todo um orgulho besta que cega e impede ver que a felicidade dança na sua cara enquanto você prefere observar o que foi superado e devidamente sepultado.

A dificuldade em se viver nesse mundo de relacionamentos vazios, "descartáveis", onde um "Eu te amo" vale menos que um chiclete mascado e onde um "Adeus" não tem aviso prévio. Há um ato de covardia com o outro, existe a violação do respeito e a total indiferença com o outro alguém.

Aí você se vê muito esperto, por ter ido embora sem olhar na cara do outro, sem dar a miníma para qualquer palavra dita pelo outro lado. Por trocar um amor como quem troca de roupa, por confundir um anjo negro disfarçado de leveza e positividade  com o profundo e sagrado sentimento. Mas sabe que nada mais vai ser igual. Ainda bem que não será.

Será melhor.

Ao invés de fugir você prova que pode enfrentar tempestades com o guarda chuva, que pode se superar. Ao fugir de tudo e todos você mantém o nó de um passado que não existe mais, alimentando em migalhas a agonia de algo que acredita poder voltar.

 Quem se move vai adiante.

E aprende que  lugar do passado é lá atrás, bem diferente do que é presente aqui e lindo de ser e viver e mais ainda do próspero futuro a ser construído único e exclusivamente por você e para você.



 

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