quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Inamorável


Existem pessoas que são cordiais, exibem simpatia a todo custo, se relacionam bem com quase todas as pessoas, exibem alguns sorrisos, atrás de alguns resmungos, pessoas normais e dentro de limitações como qualquer outra.

Pessoas que vivem sua vida cotidiana de maneira absolutamente normal exceto pelo quesito ROMANCE. Sim há pessoas que destoam das outras quando o relacionamento entre duas pessoas começa a ficar sério. Seja para manter a "alegria" sem fim da vida de solteiro, sem responsabilidades ou sem dar satisfações para alguém alguns preferem manter sua vida dentro de um parâmetro próprio sem se amarrar a mais ninguém.

Há também aqueles que evitam a si mesmo, se fecham para balanço e não desejam voltar a se abrir tão cedo em busca de um novo relacionamento amoroso. Enquanto a timidez lhe permitir se oprimir vai se esconder atrás do pretexto que não nasceu para ser feliz ou que não é exatamente namorável.

Certo tipo de gente não é fácil de lidar, existem pessoas e pessoas para que consigamos conviver. O chato para um pode ser arrogante para outro, mas também pode ser maravilhoso, cortês e até gentil.

O ceticismo de alguns com os sentimentos farão com que o leque de possibilidades se feche. Se ver mais feliz sozinho acaba por se tornar algo possível, no máximo a companhia de familiares e amigos mais chegados, para que gastar a energia no flerte, em se arriscar a tomar um não,se decepcionar e quebrar a cara. Arriscar parece ser demais.

Como gerir a índole de alguém que não consegue manter alguém ao seu lado. Alguém que não deseja isso nem mesmo ao seu pior inimigo e veja bem que não falamos do sagrado matrimônio, mas sim de uma companhia fixa, alguém a que depositemos carinho, afeto e compreensão para dividir a vida em momentos difusos.

Num mundo como o de hoje é natural que haja um sobressalto a cada manifestação amorosa inesperada, surpresas nem sempre são bem vindas, buscar a alma gêmea virou piada, buscamos a felicidade instantanea, para suprir a necessidade de maior urgência, aquela que atender da melhor forma aquilo que queremos sem interferir demais na nossa vida está bom é satisfatório.

Hoje nos contemos pelo medo de sofrer, medo esse alias maior que o sofrimento, nos poupamos de angustias, nos poupamos toda e qualquer situação adversa causada por um amor não correspondido, ou pela ilusão de que estamos com a pessoa certa. Alguém que se auto imuniza de tudo sem saber se terá ou não resultados reais, concretos.

De certo a vida tem início, meio e fim, mas durante ela temos um labirinto gigantesco que nos faz andar em diversas direções sem nem mesmo sair do lugar, parece estranho e irreal, mas para alguns estagnar e não avançar em uma nova relação é algo propício, seja para repensar o que passou, seja para evitar que se repita. Dessa forma não se fica perdido no labirinto. Afinal ao se estagnar entramos numa zona de conforto. Um lugar comum onde se sinta confortável, mesmo que se saiba que a felicidade existe e não está ali.

Talvez essas pessoas assumam a forma de um solteiro convicto, talvez as feridas abertas pelo passado sejam mais fortes do que a vontade de estar com alguém. Alguém que sare as feridas e nos proteja de novos ferimentos. Alguém que chegue e lhe prove: "Olha você está aqui! Você pode estar com alguém. E aí aquele receio de ser cativado de se abrir com alguém dá lugar aquilo que os mais leigos chamam de felicidades e os mais sonhadores chamam de AMOR.


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