quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Meu "Querido" Ex.Doc (40)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Tive dois casamentos,uma filha para cada casamento,acredito que o amor não seja daquelas coisas que você chegue e encontre em cada esquina. Você pode encontrar um cara pra ficar ali no barzinho,dar uns beijos gostosos,pra te comer então é mais fácil ainda,mas amor não,esse é diferente.

Fui apaixonada pelos meus dois maridos,mas a relação se desgastou e acabou. Minhas filhas tem uma diferença considerável de idade,então cheguei numa idade da vida em que eu não achei que iria me apaixonar novamente.


Lembro que estava em um dos barzinhos que eu gosto de frequentar quando ele surgiu com mais dois amigos. Não demorou muito pra ele sair da mesa dos amigos e vir pra minha puxar papo e tentar me arrancar um sorriso.


Muito brincalhão,muito falador,ele é daqueles que quer sempre te convencer de tudo,te fazer se sentir a melhor mulher pra dar o bote.


Eu não resisti muito admito,gostei do papo dele,achei que seria só mais um cara de uma noite e logo vi já estava na rede dele,de quatro pela conversa daquele cara e andando para cima e para baixo de mãos dadas como uma menina boba.


A fama dele corria longe,mas pouco me importava,afinal a minha fama também não era das melhores e se de mim não se podia acreditar em tudo o que falavam,melhor não acreditar em tudo o que falavam dele também.


Conheci família,levei minhas filhas lá e logo notei que não poderia ficar sem aquele a quem eu passei chamar de "vida".


Na época eu não estava bebendo,reflexo de um problema que eu havia tido no carnaval onde fui pega numa blitz e acabei perdendo não só a carteira como também passei o maior carão por causa da bebida.


Mas aos poucos,na companhia dos amigos dele eu tomava uma latinha de cerveja sem álcool aqui,outra acolá,coisa pouca mesmo,apenas para acompanhar ele e os amigos sem a necessidade de apenas fazer sala para todos.


Tinhamos toda a receita de um casal explosivo,passamos a beber juntos,a sair cada vez mais juntos,a brigar muito,fosse por ciume das duas partes ou por qualquer outra coisa,assim como tínhamos um tesão de fazer diversas loucuras para saciar a vontade que tínhamos um do outro.


Só que passamos a nos desentender demais,a cada vez mais perder o controle,brigar e ficar dias sem nos falar até que batesse um fraco mais da minha parte do que da dele e voltássemos as boas.


Foram tempos de um namoro de altos e baixos,de uma intensidade incrível onde eu sempre cedia ou era convencida a ceder por que estava loucamente apaixonada. Montamos uma vida juntos,minhas filhas tinham acesso a casa dele,eram tratadas de uma forma maravilhosa,chegávamos até a trocar os carros para que ele usasse o meu que é mais econômico para rodar.


Chegou então o carnaval,vinhamos de um bom tempo sem brigas até que passamos o dia em um bar e depois seguimos para um carnaval no bairro Santa Tereza,meu carro havia ficado na porta da casa dele e aí no meio do carnaval ele simplesmente disse que ia embora e voltar pro bairro.


Só que ele decidiu isso quando eu tinha saído para ir ao banheiro,logo ele me deixou para trás e eu cega fiquei preocupada dele ir com os amigos enquanto eu tinha ficado para trás,resultado,voltei de Uber para o bairro e para o barzinho para onde ele teria vindo.


Quando cheguei no barzinho perguntei para alguns amigos se ele tinha aparecido por lá,ou se já tinha chegado,mas nada dele,não atendia minhas ligações e nem nada,de tão desesperada que fiquei acabei até brigando com uma amiga minha no lugar e de quebra perdi a amizade.


Desci e ele abriu apenas pra me entregar a chave e me dizer que não me queria mais lá e que eu só tinha que pegar as minhas tralhas que estavam na casa dele,mas que ele mesmo juntava.


Nem minhas cadelinhas shit zu ele me deixou pegar,mas claro que eu não ia deixar as coisas assim.


Fui até lá e passei a ligar pra ele pra pegar as cachorras,mas nada dele atender,daí comecei a fazer escândalo,pois sabia que ele estava em casa por quê o carro dele estava na porta,além disso as luzes estavam acesas e os cachorros latiam por que ouviram a minha voz.


Demorou muito,mas ele abriu e mais uma vez se recusou a devolver os cachorros,gritei,esperneei,xinguei muito e até ameacei ir a polícia contando que ele era usuário de cocaína e que constantemente fazia festinha regadas a drogas na casa dele.

Verdade era que esse uso de drogas ele nunca se deixou pegar usando e era apenas uma desconfiança minha,já que direto durante o namoro eu o via com os olhos muito vermelhos e mais agitado e nervoso do que o normal,para logo em seguida cair em pranto como um bebê.

Ele se fez de vítima,mas vendo que o escândalo não pararia e que eu seguiria em frente com a denuncia a polícia deixou que eu levasse os cachorros.

Não nego,sofri,mas sofri muito,assim que virei a casa da rua dele eu custei a chegar em casa chorando por todo o amor que eu tinha por aquele homem que jamais imaginei gostar tanto assim,pelo tanto que me senti usada,enganada e feita de boba mesmo após tanto jurar que não seria.

Ele covarde como sempre passou a falar mal de mim na roda de amigos,pelo bairro,logo arrumou uma,duas,três mulheres diferentes,casinhos,pegadas para comer em dia frio ou outras para tentar tomar um dinheiro que ele não tem e nem nunca teve,mas que fingi ter após torrar boa parte da herança do pai que ainda é vivo e permite que ele more na casa da família.

Com uma dessas tolas que ele enganou assim como eu,logo ele passou a chamar também de vida,logo ele também deu um jeito de arrumar cães da raça shit zu. Tudo para se fazer passar por um cara alegre,brincalhão,um cara família frente a todos. Balela.

O príncipe voltou a ser o sapo,sapo esse que nunca deixou de ser e apenas se maquiou o suficiente para que pudesse me enganar por alguns meses."

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