quarta-feira, 7 de junho de 2017

Maturidade e Experiência


Temos a grossa mania de confundir experiência com a maturidade, talvez por ignorar que devemos passar pela experiência,adquiri-la e trazê-la até nós e que mesmo que elas estejam diretamente relacionadas á maneira como vivemos a nossa vida é preciso diferencia-las.

Uma é mais ligada a nosso emocional, a intensidade daqueles momentos em que vivemos a outra com a sabedoria que vamos adquirindo a medida que existimos, a medida em que vivemos a vida.

Logo,aquele bom conceito de viver dez anos a mil, vivendo a vida com intensidade e pulando de ponta a cada plano que surgir pode gerar uma experiência vasta cheia de nuances interessantes, mas sem qualquer maturidade precoce.

Problemas e dificuldades na vida por outro lado podem trazer a responsabilidade ao peito, fazendo com que tenhamos um crescimento mais rápido daqueles que são obrigados pela vida a crescer.

Generalizar pode ser algo que banalize, meio que virar pra alguém e o apontar como velho por gostar de coisas que nem todo jovem comum gosta.

Se eu prefiro ficar mais recluso e jogar damas ou qualquer outra coisa que envolva meus pensamentos em calma e reflexão não quer dizer que sou velho ou tampouco maduro, apenas que ou sou mais adepto de não me exercitar tal como um jovem entregue aos salgadinhos e o vídeo game ou que apenas tenho preguiça mesmo.

Por outro lado há quem goste de movimento, balada, de ver gente e aglomera-las para sentir as coisas acontecerem, mas que concilia bem essa vida cheia de movimento com responsabilidades que muito pai de família deixou pra lá antes e depois de ter os filhos.

Saber conciliar, esse é o ponto, saber a hora de falar sério, saber a hora de rir e se divertir, relaxar um pouco e esfriar a cabeça e até mesmo a hora de saber falar propriamente.

A data de nascimento na carteira de identidade não forma a cabeça de quem quer ser responsável, as vezes se adquire isso, as vezes se nasce com a responsabilidade pronta. Até por que nossas crianças hoje já saem quase falando, nossos jovens se engajam por muitas coisas sérias e precisam se envolver cada vez mais. 

E nosso velhinhos...

Próprios de uma vontade cada vez maior de viver e com a jovialidade que impressiona qualquer menininho por aí e até mesmo os marmanjos que beirando os seus quarenta não saíram da barra da saia da mamãe.

Há quem regrida, aprendeu muito, apanhou muito, cresceu e amadureceu como deve ser, mas repassa mal aquilo que sabe, muitas vezes fazendo o oposto daquilo que deveria e entregue a própria sorte de criticar o amadurecimento de quem é diferente, de quem adquiriu experiências e maturidade de outra forma.

Crescer e amadurecer essa é a questão que envolve como fazer e como conciliar. 

O que importa é que você mesmo esteja satisfeito hoje e esteja ainda mais satisfeito amanhã com aquilo que você se tornou, o problema pros outros é observar demais, deixar de crescer a si próprio para podar o crescimento alheio.

A grama do vizinho não é mais verde por que ele tem sorte ou por que foi plantada e colhida com mais afinco. Ela é assim por que enquanto a grama crescia do lado de lá, você observava e deixava de regar o seu crescimento e a sua vontade de amadurecer.


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