quinta-feira, 28 de abril de 2016

Virgem.Doc (16)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu lembro bem que com meus dezessete anos mudar de casa já não era algo tão divertido como pode parecer na nossa infância, mas melhorou quando logo que desci do carro dei de frente com meu novo vizinho.

Eu não me apaixonei de cara. Achei ele bonito e só. Fiz a linha blasé, por que ainda tinha pra mim aquela coisa de que mulher não pode mostrar interesse de cara, mas não demorou muito pra que eu me mostrasse interessada


Algumas semanas depois começamos a ficar. Mal eu sabia que namoraria aquele vizinho maravilhoso por um ano. Menos ainda que em cerca de seis meses eu estaria começando a me envolver realmente com ele e passamos a nos provocar.


Antes disso eu tinha tido apenas um namorado sério com quem troquei carícias mais fortes, não era nada de oral ou coisa assim. Era uma mão boba ali, um dedinho que escapulia para lá e beijo na boca, meu Deus como nos beijávamos.


No começo eu tive muito medo sobre o que ele pensaria de mim. Eu ainda era menor e ele dois anos mais velho, então batia vez ou outra uma neura de imaginar: Nossa ele vai me achar uma puta!


Tenho pra mim que essa é a primeira e talvez maior prova de que eu realmente gostava dele.


Eu adorava a forma como ele me olhava, meio que admirado, o carinho dele me fazia sentir como se eu fosse a mulher mais bonita do mundo. Havia muito respeito entre nós. Pois se pensarmos bem nós não namorávamos, mas também eu não ficava com ninguém na frente dele e nem ele na minha frente, quando ocorria era fora do bairro longe das vistas um do outro.


De festa em festa que íamos juntos chegou o reveillon. Eu com uma saia dourada, linda e uma blusa quase que regata branca, ele com uma polo branca maravilhosa que ele tinha e fomos parar atrás da minha casa.


Eu meio bêbada e começamos a nos beijar loucamente e eu de forma irreconhecível até para mim mesma passei a provocá-lo.


Eu naquela loucura toda o arrastei até uma árvore cada vez mais distante da parte de trás da minha casa onde era ainda mais difícil que alguém nos visse.


Ele me ergueu e eu o queria muito naquele dia. Ele ali me pressionando contra a árvore e eu o querendo ali em mim, dentro de mim.


Ele gentilmente chegou em meu ouvido em meio a toda aquele fogo e disse: Vira!


Eu sorri e disse que não, mas ele foi me virando enquanto beijava meu pescoço e eu que já não queria resistir muito me virei e ele percorreu a mão pela minha perna erguendo minha saia.


Minha nossa como foi bom aquilo. Não sei se devido ao fato de já estar bêbada, pelo tesão que eu sentia por ele ou a vontade minha mesmo de que ele me tivesse.


Não sei se ele sacou que eu era virgem, pois o tesão era tanto que nem mesmo tive qualquer sangramento, apenas deixava que ele literalmente me possuísse ali presa aquela árvore.


Difícil foi explicar pra minha mãe onde eu havia sujado a frente da blusa com um misto de verde e casca de árvore enquanto esboçava um sorriso no rosto.


Foram mais alguns meses de alegria, felicidade mesmo. Mas acabou. 


Chegamos a um ponto onde admito. Ele se cansou de vir atrás de mim. Eu por tolice, orgulho ou nem sei o que deixei que ele se fosse, mesmo que a saudade me doesse como uma faca no peito eu permiti que ele me deixasse.


Fazem pouco mais de três meses que não o vejo mesmo morando na casa ao lado. Já fazem alguns meses que terminamos. Beijar outras bocas ainda não teve o mesmo sabor. Sexo muito menos.


Não sou romântica, muito orgulhosa, talvez por isso não corra para os braços dele como eu desejo. Mesmo sabendo que ele sente minha falta como ele mesmo me disse em uma das nossa muitas conversas. Não consegui nem mesmo tentar ser sua amiga como ele também me propôs.


A saudade me bate a porta todos os dias, mas quase sempre penso que as boas lembranças de nosso um ano juntos vão ficar, mas que já que se foram é melhor mesmo que não voltem mais."

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