sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Aquilo que somos



Se pararmos pra refletir provavelmente chegaremos a poucas conclusões sobre quem somos ou o quanto valemos exatamente pelo fato de que não temos ideia disso dentro de nossas vidas.

Há um grande vazio sobre a chance que temos diária que temos de valorizar aquilo que fazemos com nosso bem mais precioso. Nós mesmos.

Pode-se perder de um tudo. Bens, dinheiro,carro,emprego que certamente não seriamos uma pessoa de essência diferente sem valor ou com menor importância.

Perder uma parte do seu corpo lhe trará dificuldades antes da adaptação que lhe é necessária, mas tampouco diminuíra a importância que se tem.

Vivemos numa sociedade que crê mais no superficial do que na realidade e onde status podem valer mais do que toda uma veracidade aplicada ao grosso mundo em que vivemos.

Nossos bens materiais são parte de nossa vida, mas não são fundamentais para que se defina através deles quem somos ou o tamanho de nossa importância perante a nossos semelhantes.

O corpo perfeito pode ser o que a atual ditadura social exige, mas estar feliz com o próprio corpo vai muito além disso. Basta ver que pessoas como Stephen Hawking e Christoper Reeve não tiveram corpos perfeitos e são totalmente importantes para a história da humanidade dentro das suas limitações.

O corpo nos move.
É ele quem permite que toquemos a vida afinal ele é o abrigo de nossa alma e é ele quem responde por tudo aquilo que fazemos ou pensamos.

Mas nosso valor vai além disso.

Vai das experiências de vida
Vai do conhecimento que buscamos
Vai da dignidade que imprimimos aos nossos atos durante a vida.

Aos olhos alheios haverá um preço a ser cobrado.
Haverão valores estampados naquilo que acredita-se valer mais

O conhecimento não pode deixar de ser procurado a exaustão.
Aprender mais sim pode lhe dar mais valor.

Não só pela hipócrita sociedade ditadora, mas sim para si mesmo.

Não cabe a nós se reduzir ao preço de um objeto inanimado, colhemos aquilo que plantamos e a vida é semelhante ao mar devolvendo aquilo que lançamos para ela.

Temos valor, não somos descartáveis.

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