sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Nosso drama social


Parece estranho...
Parece devastador.
Mas é apenas nosso planeta.

Do conforto de nossos lares, as vezes enxergamos problemas que achamos não ter fim ao invés de prestar a atenção ao nosso redor e a nossa vizinhança.

Da mesma forma que a grama do vizinho por algumas vezes pode ser mais verde, ela também pode ser turva, negra,sem brilho e cor para coisas que essenciais mas que por costume perdemos o dom de achar simples e necessário para o bom convívio de todos.

A pobreza ao lado que tanto julgamos e que muitos sem necessário conhecimento se apropriam para fazer fama sobre o drama alheio virou paisagem. Essa sim se tornou comum e por muitas vezes incapaz de chocar e de nos deixar estarrecidos com o sofrimento do próximo.

O amor próprio existe de forma seletiva. De tal forma que muitas vidas estão ao relento e fora de uma realidade que para eles é utopia, sonho distante que apenas com muita sorte chegará ao alcance de suas mãos.

Parece simples que pequenas crianças cada vez mais jovens estejam conectadas no wifi de suas casas, com tablets e celulares de ultima geração, enquanto outras mal conhecem um chuveiro elétrico, saneamento BÁSICO e paredes de alvenaria.

Triste desigualdade que infelizmente se tornou mais que cotidiana. Deixamos de olhar para o lado e para o bem comum. Tudo certo que tenhamos o esforço de nossos empregos, oportunidades a torto e a direito e claro histórias distintas de vida, mas como diria Renato: Que País é esse?

Temos em nossas mãos o futuro. Talvez não claramente, obviamente pensando não deixar com que o destino mude nossa vida devido as atrocidades que a vida propõe.

Mas nesse mundo cão estamos sim divididos. De um lado abundância, luxo e o desperdício.
De outro fome,miséria e a pobreza.

Que a escolha do lógico e do provável fuja do nosso controle até devemos aceitar, mas onde assinamos para que cada ser vivente  sem condições morais e básicas de uma vida decente tenha se tornado apenas um problema social, daqueles que estão ali ao lado de nossas casas,empregos e espalhados pela nossa cidade, mas que ignoramos e apenas nos compadecemos vez ou outra quando alguém se dirige até lá para nos mostrar pela televisão.

Bem possível que nos falte engajamento. Afinal as autoridades de nosso belo país tropical e até mesmo do mundo como um todo tem preocupações maiores com suas contas bancárias que acabaram por nos macular com uma intensa aversão a qualquer coisa ligada a política.

Deixamos de acreditar.
Não que a vida possa melhorar, pois a cada dia que vemos pessoas em condições precárias aprendemos com elas uma valiosa lição de vida, contudo ignoramos, deixamos para lá.

Deixamos de crer em quem deveria lutar e bradar para que a vida fosse mais justa e o mundo melhor e não estou citando política. Mas sim nós mesmos.

Quantas vezes já passamos míseras moedas a quem pedisse na rua ou até mesmo negamos sobre o pretexto de: "Estou fazendo a minha parte","Ele pode trabalhar e tão forte quanto eu" ou por fim "Não vou alimentar vagabundo" E o depois?

Aquelas moedas são uma ínfima parte de nós acreditando ter feito muito, mas infelizmente é só mais um doce momento onde de consciência "limpa" deixamos de cair sobre os nossos ombros os problemas de nossos semelhantes.

A justiça é cega, mas a injustiça é mais visível do que se pensa.
Acontece que essa justiça tardia acaba por se tornar injustiça.

Pior para eles...
Pior para todos nós.

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