sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
A importância dos inutéis
O mundo de hoje nos exige um padrão. Uma forma didática e simplória de fazer e realizar de acordo com as convenções pré estabelecidos e aí de quem fugir dessas "regras".
Tudo aquilo que é mantido dentro de um padrão ou de uma aceitação em comum da sociedade acaba por ter o seu valor aumentado,enquanto tudo aquilo que não é padronizado ou aceito como dentro do comum acaba por ser decretado como inútil, irrelevante.
A vida acaba por seguir uma linha dentro do padrão. Retilínea, ela vai conduzindo todo o seu afago até onde possa se estender. Afago esse que não é reservado ao inutilismo de certas coisas e pessoas,estes estão apenas prontos a todo instante para nos rememorar a obrigação de seremos uteis ou de realmente para servir de alguma valia pela vida.
Em outras palavras, vivemos a margem de oito ou oitenta onde ou se é claramente útil para a vida de outras pessoas ou não se é útil de forma alguma. Logo coisas que não tem serventia clara para a vida das pessoas passa não só para um segundo plano,mas para uma renegação não valorizada daquilo que não possa ser útil.
Contudo, devemos entender que não podemos ser formais o tempo todo, não podemos nos deixar padronizar a todo instante e que muitas vezes é preciso escapar pela tangente, fugir um pouco da curva que nos coloca dentro da reta concreta que define o padrão a se seguir.
É preciso um pouco mais de leveza para por exemplo, falar sobre algo despretensioso, algo irrelevante para muitos,mas que pode nos fazer esquecer toda a formalidade exigida pelo mundo.
Ao fugir da reta e pegar a curva mais próxima do nosso não formal, passamos a nos moldar para a exclusividade, para aquilo que nos torna pessoas únicas no mundo e não para uma geração de massa, robôs sem expressão e vontades próprias.
Para ser diferente é preciso inovar,mudar e obviamente se mexer. Ficando a deriva do reto e padronizado deixamos de fazer aquilo que pode revolucionar o mundo ou apenas mudar um momento cinza para um momento colorido.
De que me adianta ter algo caro e valorizado, se todos também terão. Onde está a exclusividade de se ter algo que ninguém tem? Onde está a raridade de se viver um momento em que eu deseje futuramente contar aos meus netos?
A nossa vida deverá ser importante,recheada de bons e maus momentos que serão guardados em nossas memórias rapidamente já que logo ficarão no passado a ser apenas relembrado mais adiante.
Quero ser feliz nas coisas pequenas,ciente de que em breve tentarão me padronizar mais uma vez. O mundo não precisa de mais padrões, eles já estão aos montes permeando tudo aquilo que acreditam que deva ser etiquetado. É preciso mais inutilidade para que possamos aproveitar e explanar tudo aquilo que o mundo nos oferece.
Presos a bolha daquilo que é apenas padronizado e empurrado em nossas gargantas jamais poderemos ver o mundo do lado de fora. Saía para ver o sol e aproveite o seu calor.
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