quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Concessões e Concepções!


"Errar é humano, persistir no erro é burrice" frase clichê que já ouvimos muito por aí para designar diversas coisas. É fato que todo mundo é passível de erro, todos nós uma hora ou outra acabando errando um deixando de acertar.

Talvez o maior problema em si não seja exatamente o erro, mas sim o fato de que não temos a capacidade de assumir que erramos. Assumir que não cumprimos aquilo que nos comprometemos, do mais simples erro até o erro grande, sem escalas, com imensas consequências e pormenores.

Pedir desculpas muitas vezes bagunça nosso ego, faz parecer mais frágil aquele que pensa ser sempre implacável ou quem pensa não demonstrar fraqueza para não se inferiorizar diante de ninguém. Ao  assumir o erro expomos isso, nos abrimos ao mundo como alguém imperfeito, mesmo que saibamos que todos erram.

Dentro de um relacionamento a postura de não se curvar diante dos próprios erros é mais que prejudicial. Existem dois lados, duas vertentes que mesmo que possam se permitir ultrapassar sem mais delongas o que passou ainda assim abrirá espaço para magoas tardias com poder de fogo mais que suficiente para destruir qualquer maturidade e sentimento bom que se possa ter notícia.

O respeito em assumir os erros ressalta a humildade em aceitar o oposto, expõe divinamente há o respeito pelo que lhe é contradito. Nem sempre é possível estar certo, da mesma maneira que ao descobrir isso você saberá ter uma excelente parceria ao seu lado capaz de lhe conduzir ao acerto novamente.

Muitas vezes é uma questão de achar que o controle trocará de mãos, como se ao fraquejar e conceder a certeza de que se errou o outro passasse a ter posse sempre da verdade o que não é verdade. Há um consenso, há uma relação onde há mais de uma opinião entre as duas pessoas e onde em conjunto eles deverão se adquirir uma só opção.

Existe sim o certo e o errado, da mesma forma que existe a sensatez, a ponderação do que realmente é certo ou errado. Quando o ego de estar certo se infla a ponto de não haver a possibilidade de voltar atrás ou se importar com a opinião do parceiro temos aí um relacionamento fadado ao fracasso. 

Ninguém é totalmente único e absoluto a ponto de estar certo acima de tudo e de todos,cabe aí o equilíbrio e a cooperação de entender o outro, conceder espaço para que assim como você deseja acertar o outro também possa crescer. Afinal o objetivo é o crescimento não só individual, mas em conjunto.

Que se retirem as viseiras, que se quebrem os orgulhos, que não nos deixemos cair e só perceber o erro quando já não houver mais nada a si fazer, logo após tudo se desgastar e um dos lados cansado de dar murro em ponto de faca se for em busca de erros em conjunto ao invés de apenas erros que o ego tenta omitir.

Que o livre arbítrio de cada um seja presente e que o mais rápido possível se possa admitir e conceder o erro um pouco de humanidade, afinal a vida da mesma forma que ensina também pune, mas de uma forma dura, amarga feito fel e não há nariz empinado, não há arrogância ou arrependimento tardio que esconda ou camufle as lições obtidas por ela.

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