segunda-feira, 18 de julho de 2016

íntimos


Após quanto tempo podemos dizer que toda e qualquer proximidade com outra pessoa deixa de ser um mero conhecimento para se tornar intimidade.

Quando é que poderemos permitir que pessoas interfiram em nossas vidas com o nosso consentimento e até mesmo sem ele para que possam falar onde,quando e por que erramos ou acertamos nos passos de nossas vidas.

Quando será a hora de permitir o excesso de informação de se deparar com seu "love" fazendo necessidades de portas abertas, arrancar cravos pelo rosto ou soltar gases daqueles que espantariam qualquer reunião de pessoas.

Pense na intimidade como poder encarar alguém e cantar fora do tom, desafinado mesmo e que ainda que exista reclamações você seja perdoado por sua desafinação. 

Que você possa encarar a pessoa amada e dizer eu te amo com medo, com receio, mas de forma que seja impossível negar tal sentimento.

De que adianta ter alguém ao seu lado se não se permitir mostrar suas facetas, desde a infância com o cabelo penteado pela mamãe e expostos em álbuns cuidadosamente guardados para que mais tardes possamos ficar roxos de vergonha por aqueles momentos.

Ter a intimidade de dizer que não sabe cozinhar, de pedir um beijo, um abraço ou um carinho a qualquer momento.

É não esconder a temida TPM mostrando ao seu companheiro que toda sua irá tem motivo e prazo de validade para acabar.

A intimidade de assumir que já dançou Chiquititas e que até ralou na boquinha da garrafa antes de segurar o tcham com mais esmero que a Carla Perez em seus bons tempos.

Dizer que você quis ser a mocinha da novela ou camisa dez do seu clube de coração. Aquela intimidade de dizer o motivo dos seus sorrisos e dos seus choros sem distinção, sem ressalvas.

Se formos analisar a fundo intimidade não se baseia no físico, mas sim no entendimento das partes, seja pra compartilhar pensamentos, seja não dizer nada enquanto o silêncio diz tudo, caminhar na mesma frequência do outro, sem que exista qualquer descompasso.

Intimidade é a sintonia de saber que você não precisa do outro para viver, mas que mesmo assim prefere viver com ele.

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