quinta-feira, 21 de julho de 2016

Virgem.Doc (27)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Imagine bem uma garota de quinze anos, tida como uma das mais bonitas do colégio, a famosinha do lugar e com o belo corpo de uma mulher de vinte e cinco. 

Sim, assim era a minha vida e apesar da timidez eu adorava toda aquela exposição,adorava toda a sensação de ser o centro das atenções de muitos garotos e causa de rancor das "inimigas da beleza".

Contudo apesar de toda a exposição e fama eu me restringia aos beijos. Sexo? Nem pensar, me apaixonar então era algo mais imprensável ainda. Tolo engano.

Era a fase das intensas festas de quinze anos, daquelas épocas que todos tem na vida e que depois são substituídas pelos chás de bebê. Numa destas eu o conheci.

Ele era como eu. Lindo, popular, querido por muitos e ainda por cima dançarino de axé..

O primeiro olhar e paixão explosiva, primeiro beijo e o amor eterno estampado na cara. Sim eu senti que seria amor.

O destino deu um empurrãozinho e descobrimos ainda que morávamos no mesmo bairro o que para uma menina de quinze anos e um cara de dezessete na época era algo muito importante.

Como a maioria dos garotos de dezessete anos ele já não era mais virgem enquanto eu seguia na mesma.

O tempo de relacionamento foi passando. Dois, três meses de namoro e claro que vez ou outra as pegadas eram mais intensas. Mão aqui, mão ali, mas não passava disso.

Havia uma pequena pressão por parte dele, mais por ansiedade do que tudo, mas ainda assim eu resistia talvez por temer a dor que teria e que tanto falavam.

Certo dia estava eu assistindo televisão em minha casa até que o telefone tocou e era ele do outro lado da linha.

"Amor, meus pais vão viajar hoje, vou ficar sozinho em casa, você poderia vir dormir aqui?"

Antes que eu dissesse algo ele emendou: "Mas não se preocupe. É só pra dormir, não irei fazer nada que você não queria."

Belo clichê, até parece que eu acreditaria, mas mesmo não tendo inocência na situação me precavi e respondi: "Claro amor, Vou apenar ligar para a minha amiga e combinar de dizer que dormi na casa dela."

Assim foi. Cheguei na casa dele certa que daquela noite não passaria.

Ligamos o rádio, jantamos, conversamos e a grande verdade que até hoje dez anos depois eu não sei como e por que, mas quando dei por mim já estávamos na cama dele.

Lembro do som do Sorriso maroto rolando, dele sendo paciente, educado comigo, fazendo tudo ao meu tempo, com todo o carinho do mundo até que aconteceu.

Não houve dores, nenhuma mesmo, na verdade foi um dos momentos mais lindos de toda a minha vida. Ainda descansamos e depois da primeira teve a segunda, terceira, quarta e assim foi até de manhã.

Perdi a virgindade de certa forma por meios comuns e de uma forma simples, sem muitos planejamentos e com o namorado. 

Um amor a primeira vista que durou exatos sete anos e nove meses e que além de uma filha linda nos gerou carinho e respeito mesmo que hoje já não estejamos mais juntos."

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