(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)
Por Adelina Reis
"Conheci meu namorado e futuro marido e pai de meus filhos numa troca de carros com o meu irmão.
Ele ia muito a minha casa na época e era muito amigo dos meus irmãos, além de ser muito bonito.
Acabei me encantando com ele e seus olhos pretos e cílios muito grandes.
Até então por meus pais serem muito severos eu e minhas amigas ficávamos apenas de olho nele. Até que resolvi fazer uma brincadeira com elas que era assim:
O dia que ele aparecesse uma das minhas amigas falaria que era dia do meu aniversário. Quando ele viesse me cumprimentar eu daria um roubaria um beijo dele e assim aconteceu.
Do beijo pro namoro foi um pulo então em setembro de 1987 noivamos.
No decorrer do tempo, suspeitei que estava grávida do meu primeiro bebê. Fizemos o exame as escondidas, só ele e eu.
Lembro que saímos a noite pra fazer o exame,ele me acompanhando e dois dias depois ele foi buscar o exame. Ainda lembro que era uma e vinte da tarde e eu lá a postos esperando ele me ligar pra falar o resultado.
PIREI!
Deu positivo.
Eu não conseguia assimilar meus pensamentos, morrendo de medo da família.
Pra ninguém perceber,marcamos casamento rápido e até lá tudo perfeito.
Após o casório viajamos para a cidade de Ouro Preto pra passar uns dias, mas quando voltamos de viagem a barriga cresceu feito uma bola de pilates.
A família pirou!
Vieram vários questionamentos, mas com amor e muito orgulho superei todos eles.
Após a descoberta fui uma grávida muito querida, desde os incontroláveis desejos por mortadela frita com limão até o pai colocando a mão na minha barriga e o bebê fazendo várias e várias ondas.
Eu via aqueles movimentos e pensava: Como Deus podia ser tão perfeito e divino de colocar um ser humaninho, dentro de outro ser humano.
Era dia 30/08/1988 quando comecei a passar mal.
As dores se iniciaram e eu comecei a entrar em trabalho de parto.
Assim como colhi informações de outras grávidas já mais experientes eu fiquei até aguentar, mas deu ás quatorze horas e a dor apertava cada vez mais.
O hospital era perto de casa, mas corri pra casa da minha mãe, nessas horas é pra lá que a gente vai.
Ela sábia e dedicada como era correu comigo pra maternidade.
Chegando lá o médico examinou e eu já estava com quinze centímetros de dilatação.
Minha mãe telefonou para o meu marido, mas quando ele chegou lá eu já tinha ganhado uma linda menininha e eu estava lá anestesiada saindo da sala de parto.Ele ainda ajudou as enfermeiras a me colocar na cama, mas não pode ver o bebê,pois já era tarde da noite.
Confesso que foi o dia mais feliz do mundo.
Uma menina linda, que só me deu alegria e que hoje aos vinte e oito anos faz mestrado de Biologia na UFMG."
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