quinta-feira, 18 de maio de 2017

Meu Primeiro Bebê.Doc (20)


(Pais de primeira viagem relatam as delicias e as amarguras da presença do primeiro bebê de suas vidas. Na série Meu Primeiro Bebê.Doc veremos relatos feito por pessoas que se despuseram a contar esse marco de suas vidas sem qualquer custo ou a precisão de revelar a identidade. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

Por Stephanie Franckevicius

"Conheci o pai da Melissa a seis anos atrás, mas eramos apenas conhecidos sem qualquer tipo de relacionamento, até por que na época eu namorava e ele também.

Depois disso ele sumiu e eu só fui revê-lo em 2014 e em pouco tempo ficamos noivos,mas em apenas três meses terminamos,só reatando novamente em janeiro de 2016 e em abril eu engravidei.

Antes de engravidar eu sempre saí muito e viajava bastante, algo que não parei de fazer, tanto que apesar de muitos considerarem loucura eu cheguei a ir a praia grávida de nove meses.

Quando engravidei eu pesava sessenta e três quilos. Devido ao fato de praticar Muay Thai e malhar, mas foram tanto enjôos, mas tantos enjoos até o sétimo mês que cheguei a pesar cinquenta e quatro quilos que foi quando consegui ganhar um pouco de peso e a barriga apareceu.

Na gravidez como disse tive fortes enjoos até o sexto mês quando cessaram um pouco dando espaço para que eu pudesse satisfazer desejos como angu e arroz com tomate, sendo que os refrigerantes eu só tomava de laranja.

Por outro lado tomei trauma de marmitas de isopor como as que eram servidos os almoços que pedíamos no meu serviço,assim como uma loja de empadas no Minas Shopping,bastava passar perto dela pra me sentir enjoada.

Alias durante a gravidez tive tudo que uma grávida pode ter.

Desde enjoos e dores nas pernas e nas costas até uma bactéria chamada Steptococos B que deveria ter sido tratada com antibióticos pelo médico,mas não foi.

Então com sete meses fui até o Sofia Feldman para acompanhar o parto de uma amiga e me decidi pelo parto natural.

No dia 10/02/2017 fui até o Sofia sentindo dores e me disseram que eu tinha até o dia dezessete para entrar em trabalho de parto ou voltaria para induzir o parto.

Ansiosa que só lá estava eu no dia dezesseis, mas a avaliação da médica viu que meu útero estava alto,grosso e sem dilatação.

Fui mandada então para a casa do Sofia que fica ao lado do hospital onde me deram vários chás de flores de algodão para ajudar a entrar em trabalho de parto, escalda pés e acupuntura com sementes de mostarda.

Aí então no dia seguinte eu voltei ao hospital para a indução. Cheguei lá ás oito da manhã, mas me avaliaram e o útero continuava grosso porém dilatado em dois centímetros.

Fui para a sala de pré parto onde me introduziram o famoso comprimido de citoteque,embora coloquem outro nome no papel, me deixaram de repouso uma hora e depois passei a andar para ajudar na dilatação.

Ás nove da manhã começou a indução e as onze horas me deram novo comprimido.

Fiquei na área de fora do hospital andando de onze da manhã até ás quinze horas até voltar para voltar para dentro, tomar o remédio para a bactéria e ser constatado que eu estava com quatro centímetros.

Começava ali meu sofrimento já que me colocaram no soro com ocitocina e as contrações vinham cada vez mais e mais fortes.

Dos quatro centímetros eu evolui pra seis ás vinte horas, mas dos seis não saí mais.

Tomei banhos com mais de uma hora pra ver e nada de aliviar. 

Todo mundo chegava na sala de pré parto, gritava e saiam com seus bebês, mas eu continuava ali.

Falavam que iam me colocar na sala de parto, mas era pura enrolação e eu frustrada já que meu parto não estava sendo nada como eu queria.

Estouraram minha bolsa com a agulha enorme e passaram a ministrar o remédio de quatro em quatro horas para a bacteria não passar pra minha filha.

Enfim, ás dez da noite trocaram o plantão e chegou um enfermeiro super atencioso que fazia de tudo para me acalmar.

Nesse estágio eu já gritava muito, chorava muito e ele enfim me transferiu para a sala de parto após eu tanto gritar.

Era um quarto enorme com hidromassagem e banheiro somente para mim, um sonho,mas não para aquele momento.

Eu já tinha pretensões de pular a janela do hospital, gritava muito e fazia um show implorando a anestesia que finalmente resolveram me dar.

E lá vai eu!

Três agulhadas, uma maior que a outra nas costas.

Uma anestesiou a pele, outra o músculo e a última o osso.

Eu a tomei a uma da manhã e falaram que durava de duas a três horas e como eu aproveitei isso.

Fiquei nos primeiros trinta minutos deitada com uma enfermeira ouvindo o meu coração e o coração da Mel, dormi outros trinta minutos e a outra uma hora que restou fiquei agachando o tempo toda acompanhada de uma doula.

Até que finalmente chegou uma obstetra que tanto me ouviu gritar e graças a ela a Mel veio ao mundo já que eu já estava tendo uma hemorragia e encheu de médicos para ajuda-la a controlar o sangramento.

O momento do nascimento é mágico. Eu já nem me lembrava da hemorragia.

No plantão das sete arrumaram a Melissa, me deram um banho rápido e enfim subi com ela pro quarto.

Na maternidade ela era a maior bebê com 4,025 e 53 centímetros, mas ás quatro e cinquenta e quatro da madrugada.

O começo tem sido um pouco difícil, já que detectaram um refluxo bem maior,mas que estão tentando controlar com medicamento.

E claro seguimos com nossas viagens.

Já passeamos pra todos os lugares e com um mês já fomos até a uma pousada."

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