quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Já deu tempo ao tempo?



Vez ou outra vamos precisar parar um pouco. Mas não digo estacionar na vida de não fazer mais nada e interromper qualquer plano que seja efetivamente concreto.

Parar eu diria do tipo colocar o pé no freio, dessa forma podemos ganhar mais tempo para refletir sobre o que sentimos ou lembrar daquilo que poderíamos sentir.

É preciso criar um vigília. Orai e vigiai,diriam alguns, mas a vigília é mental, para cercear nossos próprios pensamentos de modo que a ilusão não ganhe frente a realidade. 

É melhor nos policiar quanto a isso,até para que possamos nos perdoar.

Mas pera aí! Me perdoar de que?

Fato justo que possamos nos perdoar daquilo que fazemos e teoricamente nos arrependemos amargamente,ou apenas uma leve ponta de arrependimento, mais ainda daquilo que não fizemos e que nesse fazer ou não fazer entendamos que é preciso renovar e principalmente recomeçar se preciso.

Mas engana-se aquele que vincula renovação apenas ao novo. Podemos e devemos muitas vezes renovar aqueles planos antigos, aqueles esquecidos entre as gavetas de nossos pensamentos e sem lugar de imediato,mas cientes que um dia voltaram a tona para que possamos concretiza-los e fazer de nossos planos a realidade.

Novos tempos, velhos tempos, pouco importa se é mais do mesmo ou um mero ajuste que traz frescor,importante mesmo que se siga em frente para replanejar o tempo,organizar, fazer render.

Calados,quase mudos,em silêncio quando não poderíamos falar sofremos diante do momento em que abrimos a boca na hora errada e soltamos tudo aquilo que será capaz de nos envergonhar mais a frente.

Precisamos dar tempo ao tempo, logo ele tão escasso,tão curto,agitado,revolto e que se comprime a cada dia mais para que possamos respirar pensando estar indo me frente ao mesmo tempo que vamos na contramão de tudo aquilo que desejamos.

Cada minuto de vida é mais um minuto rumo ao braços da morte. Inevitável é verdade,adiável talvez,há aqueles que vivem demais em pouco tempo,enquanto outros vivem de menos perdurando décadas.

Assopre as velinhas,mais um ano se passou e ainda estamos aqui a avaliar quanto tempo o tempo tem. Quanto tempo mais será necessário para nos reabastecer.

Precisamos esquecer o passado, reescrever o presente e projetar o futuro, mas como fazer isso se sabemos apenas que o tempo passa,mas jamais definimos a velocidade e intensidade com que ele passará.

Oh Tempo,maldito tempo,tão ingrato quanto benevolente,quanto tempo ainda teremos? Quanto de você ainda perderemos tentando apenas consertar aquilo que deixamos para trás em meio ao nosso tempo perdido que tanto achamos ter ganho.

Aproveite o tempo
Ganhe,perca,lute contra e não impeça que ele escape.

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