quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (35)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Conheci a garota em meados de Agosto, aniversário de um colega meu e que por coincidência dava quase na mesma semana do aniversário dela e gerava todo o aproveitamento de entradas grátis para as boates na época.

Logo iniciamos um namoro que durou por volta de seis meses, assim,sem muitas complicações,mas que iniciou um término meio iô-iô, com a gente se vendo algumas vezes,estando bem em outras,mas com muitas mentiras ruindo tudo.

Até que chegou num ponto em que eu resolvi sair fora, se não me engano mais ou menos na época do meu aniversário em Abril e ela então passou meio que a correr atrás, mas só quem sem muito efeito.

Com o tempo passando obviamente conheci outras mulheres e com isso toquei a vida.

O que eu não sabia é que nessa tentativa louca de volta ela mantinha conversas com meus amigos pra sondar aonde eu ia e saber o que eu estava fazendo ou com quem eu estava.

Lembro que era comum também que ao ir para uma boate se colocasse o nome nas listas divulgadas via Facebook, até por que na época o whattsapp ainda não era tão usual quanto hoje.

Eu e meu colega de tanto ir numa determinada boate já nem precisávamos mais colocar nome na lista, era chegar dentro do horário e entrar após o promoter principal da casa nos ver.

Só que era tipo meio de semana, logo eu estava em casa com a garota que eu ficava na época e nem cogitando ir em boate nenhuma, por que tanto eu quanto a garota estávamos um tanto quanto ocupados e trabalharíamos cedo no outro dia.

As coisas esquentando entre nós e começa o meu colega a ligar feito um louco no telefone e sendo prontamente recusado nas ligações.

Ele ainda insistiu bastante pelo telefone até que começou a me chamar gritando na frente da minha casa.

Após algum tempo e eu e garota já estávamos desocupados e então atendemos o meu colega da janela da minha casa.

Ele desesperado pra ir na boate, talvez um pouco embriagado e eu sem a miníma noção e vontade de ir, mas depois de tanta insistência a própria garota disse para que eu fosse com ele já que ela estava cansada e iria para casa.

Como não tínhamos nenhum relacionamento sério não foi difícil que ela aceitasse a ideia de eu indo a uma boate sem ela, mas no auge do meu cavalheirismo eu convidei e insisti para que ela fosse também, afinal tínhamos meio que um lema de que quem tinha limite era município.

Ela aceitou, mas só aí de forma bem direta percebi que meu colega fazia de tudo um pouco para que ela fosse para casa dela. Dizendo inicialmente ser por causa do horário já que ela ainda passaria em casa para se arrumar e outras vezes sendo cordial dizendo que ela trabalharia no dia seguinte.

Assim que ela entrou na casa dela, ele apenas seguiu no telefone enquanto eu conversava com o garoto que nos dava carona sem se importar com a demora da garota para se arrumar.

Chegamos na boate e como de costume logo entramos no mesmo esquema de sempre e decidimos então ficar mais próximos do bar já que tanto para mim quanto para a garota o Open Bar importava até mais do que a música em si.

Meu colega no entanto foi logo para a área de fumante e para o banheiro sumindo de nossas vistas pouco após entrar na boate.

Lembro que peguei um copo pra mim e um pra garota e nos viramos para ficar na lateral do palco. Pouco após esse momento passa por mim um cara que eu não reconheci e me cumprimenta me chamando pelo nome e rindo.

Eu sou péssimo de fisionomia, mas tinha quase certeza que conhecia aquele cara, mas logo atrás dele vinha meu colega e uma garota muito amiga da minha ex.

O click veio na minha cabeça na hora, ela estava na boate.

Lembro que apenas me virei para a garota que já conhecia a história e disse: Fulana está aqui.

Ela apesar de conhecer a história não conhecia a garota, logo seria eu o responsável por identificar as parte.

Não demorou muito para que a garota surgisse e estacionasse bem do meu lado. Claro, tudo isso em colaboração ao meu colega que vislumbrando ficar com a amiga dela armou tudo sem me contar pois tinha plena ciência que se eu soubesse da presença dela não sairia de casa.

Logo ficaram da parede para o meio do salão, eu, a garota que estava comigo, a amiga da ex atrelada ao meu colega, o primo dessa amiga que me cumprimentou e aquela altura eu já reconhecia e a ex na outra ponta.

Enquanto ela esteve sã, ela tinha certeza que eu não me aproximaria, muito pelo contrário, ela sabia que eu não olharia na cara dela e aproveitaria a noite com a minha companhia sem maiores problemas.

Mas sendo a festa Open Bar era óbvio que ela caçaria problemas.

Em dado momento meu colega me chamou para ir ao banheiro. Era a oportunidade que eu tinha para dar aquele esporro nele pela armação toda sem parecer irritado na frente da ex. Até por que se ela me visse puto com a aparição "surpresa" dela seria motivo para falação de mais de uma semana.

Fomos ao banheiro,xinguei meu colega e logo na saída do banheiro eis que estão na espera na fila a minha ex com a amiga.

Meu colega ainda quis ir para a área de fumante com a colega se atrelando a ela enquanto eu apenas segui em frente para voltar até onde eu estava.

Minha ex já embriagada se pôs na minha frente tentando impedir minha passagem.

Naquele momento eu que sempre fui fã de futebol arte, mas nunca fui do tipo driblador aproveitei do fato de que a garota estava lá com umas na cabeça e balancei pra um lado e saí pro outro passando debaixo do braço dela que ainda resmungou alguma coisa pra amiga enquanto eu chamava o meu colega.

Veio o ponto de azar.

Ser muito conhecido em boate tem disso, enquanto as duas garotas atravessavam um punhado de gente em linha reta pela frente do palco chegando rápido aonde estávamos eu e meu colega resolvemos dar a volta e acabamos sendo vistos e cumprimentados por muita gente fazendo com que demorássemos um tempo bem maior para voltar até onde estávamos.

Logo que voltei vi que o sorriso da garota que estava comigo havia sumido,cara fechada, bastante emburrada e eu sem a miníma ideia do que havia ocorrido só dei por mim ao olhar para o lado e ver que minha ex e a amiga riam nos encarando.

Ela havia feito o ponto no ar, jogado como se a nossa demora fosse por que rolou algo a mais na ida pelo banheiro, ela jamais falaria do drible de corpo que levou enquanto abraçava o ar não conseguindo impedir a minha passagem.

Acho que meu sangue ferveu um pouco ao ver a cara emburrada da menina que eu a chamei e ela então contou tudo que as outras aprontaram e que detestava ser feita de trouxa.

Falei alto então, eu queria ser ouvido.

"Ahh não, você tá de brincadeira! Escolhe uma, qualquer uma, escolhe qualquer uma das mulheres aqui, feia,bonita,tia da faxina,a dançarina no palco,quem você quiser e aí tenha ciúmes delas,por que dessa mulher aqui, não precisa nem cogitar"

Fez efeito, a garota sorriu e entendeu de primeira que havia caído num golpe, minha ex no entanto ficou furiosa o suficiente agarrar o primeiro que passasse na frente e tentasse num ato tolo e por muito ridículo dançar como uma louca se esfregando no cara enquanto o beijava como se não houvesse amanhã.

A garota que estava comigo foi a responsável por me mostrar toda aquela cena que admito nos arrancou muitos risos.

Veio então a amiga da minha ex com o meu colega querendo enturmar, tentaram tirar fotos, tentou trocar algumas palavras, mas logo que ela voltou minha ex embriagada e aquela altura abandonada pelo cara que ela beijou e que se assustou com tamanha volúpia disse algo que a fez mudar da água pro vinho.

A garota voltou ameaçando,dizendo que estávamos olhando demais e foi contida pelo primo e pelo meu colega, enquanto foi apenas encarada pela garota que estava comigo que disse baixinho: "Imagina eu chegar nesse nível"

Minha ex passou e deve ter ouvido o que ela queria ouvir, ela foi até o balcão e pegou dois copos de cerveja. Era costume fazermos isso em um open bar, mas eu conhecia a minha ex e conhecia também a garota que estava comigo.

Minha ex quando queria fazer raiva em uma mulher sempre atacava o cabelo e a garota que estava comigo podia xingar até a mãe dela, mas não toque no cabelo que o buraco era mais embaixo.

Copo de cerveja na mão e cabelo do lado, era pedra cantada né, troquei de lado com a garota e enquanto ela tentava entender eu via o copo cair justamente na direção onde estava o cabelo dela. Numa fração de segundos impedi uma briga generalizada, ou até a terceira guerra mundial, vai saber.

Novas ameaças da amiga, mas já era o bastante pra uma noite, era melhor tirar a garota daquele lugar antes que alguma confusão não fosse evitada.

Minha ex ainda tentou ligar pra mim algumas vezes aquela noite, meu colega foi quem manteve o contato enquanto eu decretava ainda mais que aquela já não era mais alguém para estar no meu convívio.

Nunca mais a vi, sei que teve um segundo filho,está casada, engordou diante do peso da idade e responsabilidades, mas felizmente nunca mais conversei com ela. 

A garota com quem estava naquela noite é uma colega, mas como eu previa ela também sabia que seria atacada e realmente me disse que apesar de nunca chegar aquele nível ela perderia a linha se algo tivesse acontecido com o cabelo dela."


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