quinta-feira, 9 de junho de 2016

Virgem.Doc (21)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu era uma garota um tanto quanto cristã, ás vezes fugia dos conceitos religiosos, mas vez ou outra voltava lá, principalmente no quesito sexo, onde eu quase sempre me via como uma garota boba ao invés de uma mulher de vinte e dois anos.

Acho que até hoje eu me arrependo de não ter segurado a onda e ter dado para alguém que valesse a pena ao invés de jogar algo tão bonito fora,mas eu me via ficando para trás, me via atrasada com relação as minhas primas, amigas e me incomodava mentir de forma sistemática todas as vezes que esse assunto era o tema da roda de conversa.

Na família era um assunto tabu, na verdade até hoje dois anos depois segue sendo, talvez eu virasse chacota e por isso eu acabei indo pedir conselhos em outros lugares.

Tempos depois fui apresentada a um rapaz conhecido da minha família, ele era meu tipo, atraente, bonito mesmo. Trocamos whattsapp e passamos a conversar.

Não demorou muito tempo e eu fui morar sozinha, ainda conversando com o rapaz e por um acaso acabei puxando o papo de amizade colorida, até por que o assunto virgindade ainda me incomodava.

Me deixei seduzir por um rostinho bonito, não tenho certeza, mas acho que na primeira ou segunda vez que nos encontramos na minha casa acabou rolando. 

Ele não me forçou a nada, mas foi horrível, péssimo mesmo. Ele podia ter conversado mais comigo, me feito rever as ações. A dor então, minha nossa, como doeu, assim como doeu na segunda, terceira e quarta vez com ele e doí até hoje.

No quarto quem visse tinha a impressão que havia tido um crime, um homicídio com requintes de crueldade, ali eu chorei.

Chorei pela dor, chorei por ver que parte da gente realmente se vai 

Ele não parecia ser do tipo que se importa, ele meio que me fez não "dar" para ninguém até hoje, na verdade penso que ele só queria transar comigo, como afinal disse a ele.

Cheguei nele e disse que não dava mais que ele parecia só pensar nele e que logo após a situação mesmo comigo me esforçando para tentar agradar ele preferia, tomar um banho, se deitar, ver uns vídeos no face, conversar ao celular com outras pessoas e pouco importava se eu estava ali ou não.

Passou coisa de dois meses e ele ainda me procurou, a velha desculpa de "Vamos sair só como amigos",mas eu sabia bem o que ele pretendia. Na época ele dividia uma quitinete pequena com um amigo e por isso não rolou, mas passados dois dias, lá estava eu, boba e ligando pra ele, por que bem no fundinho eu gostava dele.

Mas ele queria só sexo, tentei conversar e ele finalmente se abriu disse que já havia passado por situação semelhante e que agora pouco importava se a pessoa que estivesse com ele estava feliz ou não. No caso eu.

Acho que essa atitude é diretamente responsável por eu ter me fechado para relacionamentos hoje em dia, até hoje não transei com mais ninguém e nem mesmo me senti a vontade para um relacionamento com outra pessoa.

Sinto vontades, mas por nunca ter realmente conhecido o prazer acabei por me inibir e querer me guardar para um namorado que valha a pena."

Nenhum comentário:

Postar um comentário