quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A lógica da chave mestra



Anos passam e muitas vezes a sociedade se recusa a evoluir por um completo. 
Certos conceitos permanecem arcaicos, presos a um passado que nem mesmo deveria existir mais.

Sendo menos feminista e mais realista as mulheres conquistaram um espaço que sempre devia ser concedido ou melhor sempre foi delas, mas por um puro achismo precioso de homens dentro de uma sociedade opressora acabamos por termos um mundo muitas vezes machista.

Se antes víamos as mulheres se curvarem aos homens hoje sabemos e nos orgulhamos daquelas que se destacam em diversas artes. 

Do direito ao voto, a salários condizentes até mesmo a forma de se vestir e portarem como bem desejam sem que sejam tachadas como mundanas apenas por usarem de uma coisa tão bela como o cérebro ao invés de seios e bundas.

Se antes destinavam-se as mulheres os afazeres domésticos podemos dizer que elas ganharam merecido campo dentro de um mundo que nunca pertenceu aos homens.

Infelizmente ainda a casos onde vemos um duro retrato do passado com seres pensando lá atrás e se esquecendo que os homens até se desenvolveram sim, mas tendo nas mulheres companheiras, amigas e exemplos de evolução e desenvolvimento em qualquer campo. Em qualquer atividade.

Há sim mulheres que realmente não representam o valor de uma MULHER (Com não só o "m" maiúsculo,mas toda a palavra), afinal ainda se resignam a se encostar e depender de homens como se não pudessem ser alguém igual ou até mesmo muito superior a eles.

Falta de amor próprio, resignação, não importa, se entre as mulheres há sementes ruins entre os homens também não é novidade.

Dois pesos e duas medidas aquele que diz que um homem que conquista várias mulheres é como uma "chave mestra" ao invés de um convicto "galinha" sendo que uma mulher que troca de homens é tomada de todos os adjetivos negativos possíveis sendo o mais "delicado" deles o de "fechadura ruim"

Infelizmente temos a tristeza de informar que há sim mulheres que preferem ser apenas "fechadura", uma pena se pensarmos em tantos exemplos de mulheres fortes e vibrantes que lutaram ou que tiveram uma importância imprescindível para que mulheres fossem reconhecidas como mulheres.

Somos sim um povo que se importa com peitos volumosos e bundas que rebolam ao som do batidão, mas também somos o país onde nasceu Tarsila do Amaral, Maria da Penha,Maria Esther Bueno, Marta e tantas outras que fizeram e fazem a diferença.

Mulheres que marcaram não sendo apenas abertas pela chave mestra.

Nossos dignos aplauso, não só no mísero dia oito de março, mas nosso aplauso diário tendo em vista que a luta nunca termina e de forma triste e melancólica ainda teremos boçais a dizer que lugar de mulher é na cozinha.

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