quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Cega por opção!



Ao longo de nossa vida não raras as vezes em que temos a incrível chance de opinar e definir nossos destinos. Tomar a frente e seguir rumo aquilo que acreditamos ou permitir que outras pessoas decidam por nós aquilo que gostamos, o que faremos ou como proceder em nossa própria vida.

Devemos ser os principais interessados em ter voz própria para partir rumo a nossa felicidade, mas claro que muitas vez a vontade de se preocupar com outras pessoas a quem temos como amigos ou irmãos supera nossa própria auto estima.

Deixamos nossa vida de lado, perdemos vontade própria e viramos um fantoche de quem deseja se auto realizar ao invés nos permitir crescer.

Ao permitirmos que outra pessoa tome as rédeas de nossa vida nos tornamos um arbusto vivo em terreno hostil tapando os olhos para qualquer raio de sol que nos alerte que ali não é nosso lugar.

Acomodamos a ficar em cima de um muro imaginário que ao invés de pender para um dos lados decide vir abaixo como tudo que não importa em nossas vidas, mas que insistimos em valorizar como se fosse algo de sumo importância.

Fecha-se os olhos para as amarguras de uma vida que se passou e para aquilo que está estampado em sua face enquanto se esconde atrás de uma máscara de sorriso disfarçando na verdade sua real cabeça e sua opinião que é apenas algo que para você pouco se importa.

Você tem a permissão intransferível de viver a sua vida da forma que lhe convir, mas parece preferir ser o que chama de "maria vai com as outras" ou como gostam de afirmar "pau mandado"

É certo que não se deve opinar sobre tudo, principalmente sobre aquilo que foge a sua alçada, mas por que pagar de planta para tudo e como uma esfinge do antigo Egito fingir que nada está acontecendo a sua volta.

Cazuza mandou avisar que o tempo não para e apesar da canção não ser nova ela não perdeu a sua atualidade. O tempo segue não parando, segue passando diante de seus olhos tapados e abaixo de seus pés suspensos num muro que você construiu e que a cada dia baixa até chegar ao chão e a a vida lhe ensinar que é você que também precisa falar.

Não deixe que sejam você, que falem por você. Você pode exercer autonomia e tirar do rosto essa venda que atrapalha até mesmo seu visual permitindo que todos façam de você um joguete, um boneco velho para ilustrar e acompanhar.

Verdade, nem todos nascem para brilhar, mas todos tem seu brilho próprio, ele varia a intensidade de acordo com o quanto a pessoa deseja se apagar diante da vida. E ao tapar os olhos, adivinhe? Você apaga seu brilho como uma lâmpada queimada.

Não sei se sabe, mas o que se faz com uma lâmpada queimada é troca-la afinal sem brilho ela não tem qualquer serventia, ela apenas dá lugar a outra com vontade de brilhar,assim sem ressentimentos,sem vitimização por parte da lâmpada que se foi.

Apenas para fins de correção, há sim uma escolha feita por aqueles que preferem se cegar diante da vida enquanto outros abrem bem os olhos e colhem frutos da sua inocente escolha.

A escolha de se ausentar de si mesmo.

Lástima, afinal a vida só se vive uma vez 
Melhor definir logo se caí com o muro ou se prefere sair dele e andar com as próprias pernas.
Quem vive uma vida de rascunhos muitas vezes não terá tempo de passar a limpo.

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