quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A intensidade presente nas pessoas


Dizem por aí que há pessoas sentem muito enquanto outras sentem pouco. Para alguns certos fatos podem ser uma bomba relógio por outro lado outros verão como uma faísca.

Há quem pense que demonstra maior sofrimento ou que de certa forma se sinta mais feliz do que os outros. Péssimo costume esse que temos de perceber somente aquilo que é mostrado de forma evidente, talvez por isso tanta superficialidade no mundo de hoje.

Dentro de nós há sempre um traço oculto. Aquele ponto para mais ou para menos que faz o nosso íntimo aflorar e surgir uma personalidade até então desconhecida até para nós mesmos.

A velocidade com que o mundo gira faz com que cada vez mais tenhamos que correr e nos apressar para realizar nossas atividades diárias e firmar compromissos que nos impedem de dialogar mais demoradamente.

Perde-se a análise daquilo que ocorre dentro de nós devido a toda essa velocidade, imagina então o que internamente ocorre com as pessoas ao nosso redor. 

Deixamos de lado toda a nossa essência correndo para nos abastecer de uma boa aparência externa e bens que enchem os nossos olhos e iludem não só as outras pessoas assim como a você mesmo.

O que ocorre é que cada um tem a sua maneira de ver o mundo e principalmente de senti-lo e retransmitir ao mundo. As reações claro vão depender muito daquilo que já possuímos dentro de nós acumulado por outras situações.

Com isso uma fagulha boba pode ser o estopim,a gota d'água onde deixamos correr tudo aquilo que ficou para trás deixando em evidência novamente. Nem tudo o que é guardado fica acomodado para sempre.

Sendo assim temos a tendência ruim de julgar a forma como as pessoas encaram suas emoções e acabamos cobrando mais ou menos sem notar que as pessoas podem e encaram as situações com intensidades diferentes.

Lagrimas não indicam sofrimento contínuo da mesma forma que gargalhadas estridentes não significam uma vida completamente feliz. Há quem omita suas emoções ou que dê a elas cores mais intensas para só voltar a si após um bom tempo de sentimentos ocultos.

Ao longo da vida devemos aprender e compreender que ora vamos perder,assim como ora vamos ganhar, funciona assim mesmo,tal como uma gangorra de emoções onde o imprevisto é algo que vem ou pra lhe tirar o prumo ou lhe permitir aquietar sem outras saídas mais evidentes.

 Não há julgamentos ou análises a se fazer,apenas o entendimento de que o respeito pelo próximo deve haver e que as emoções e razões vão variar de pessoas a pessoa.

A dor é algo que vai de cada um, empatia não. Essa é uma necessidade para todos, mas infelizmente nem todos a tem.

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