quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Murro em ponta de faca



Dizem por aí que a serenidade vem quando trocamos expectativas por aceitação. É meio que impensado que mesmo nos ferindo e nos machucando seguidamente vamos seguir ali, socando uma,duas,três vezes a ponta de uma faca para realizar algo que não conseguimos mentalizar que possa dar certo.

Por que fazemos então essa sequência de erros onde o resultado final é claro e tem todos os indícios de algo nocivo para nós,mesmo que nos esforcemos para que tudo se ajeite mesmo com a casa caindo aos pedaços ou em farelos pelo chão.

São muitos tetos de vidro para se estilhaçar,mas as camadas vão se afinando até que como num sopro do lobo mau das historinhas tudo venha ao chão e se perca definitivamente.

Temos uma mania de acreditar que sempre será a última vez,arriscamos,atiramos,apostamos e vamos em frente. Loucos frenéticos,sedentos de respostas ou resultados nunca obtidos através das formulas que sabemos onde podem chegar.

Se misturarmos sal e água só podemos esperar como resultado água salgada, não há como o sal virar açúcar e bebermos um néctar adocicado daqueles que vai amaciar a garganta. 

É fato também que para cada tentativa de nossas vidas haverá pequenos lascados, pequenos ferimentos ocasionados por pequenos aprendizados em meio a tudo que se passa.

E se não houver nada mais para aprender? Nada mais para falar? Vai me dizer que há situações que chegaram num ponto que deveria ser o final,mas que no fim das contas não foi.

Sempre há o que aprender, contudo, nem sempre o aprendizado se dá em conjunto, nem sempre o momento é aquele ou estamos a ponto de obter o conjunto da obra de imediato.

O tempo não é o senhor da razão a toa, muitas vezes o choque de realidade faz com que toda a energia que gastamos tentando fazer funcionar tenha sido em vão quando na verdade não era pra ser. Não iria acontecer de qualquer jeito.

Tem certos quebra cabeças que não deveriam ter sido montados, daqueles onde uma única peça não encaixa,mas toda a montagem se perde pois não deveria estar ali, não se encaixa.

Desistir não deve ser o forte de ninguém,mas se a insistência é inútil, melhor se preservar e recolher as armas. Podemos obter melhores resultados em novas chances,novas oportunidades e o tempo de reflexão para nós mesmos podermos avaliar tudo o que passou e como será o amanhã.

Nós projetamos as coisas ao invés de cravar acontecimentos.

Deixemos mesmo a vida ser guiada por algum plano divino, destino ou qualquer outra coisa que explique nossa persistência em ir adiante e tentar mais uma vez.

Nossas próprias vontades muitas vezes não bastam, mas por falta de tentativas não poderemos ser acusados, omissão muito menos.

Cansaço de tentar e não ver crescimento. 

É por isso, sim talvez valha a pena desistir, mas antes! Que tal a próxima jogada?

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