segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Trocando ideia com o amor


Já imaginou que bom seria se pudêssemos conversar com os nossos sentimentos de modo que eles se tornassem compreensíveis com maior facilidade e assim obtivéssemos a oportunidade de expressa-los sem atropelos ou sem vacilos de grandes consequências.

Acredito que o amor seria o grande escolhido pela esmagadora maioria das pessoas. 

O tomaríamos pelo braço seguindo pela cidade contando todos os nossos percalços e o desafiando para tentar entender o por que de tantas aventuras desafortunadas e tanta dificuldade até que ele viesse até nós.

Melindroso como só ele o amor tentaria escapar de ouvir o sermão enquanto atrás dele estaríamos correndo com as fotos dos amores antigos já que os amores atuais estarão presos a nosso peito sem que escapem pelos dedos enquanto corremos atrás do amor.

Não seria utopia ao conseguirmos alcança-lo sentar com ele e explicar detalhadamente todas as lagrimas que correram pelo nosso rosto devido as vezes em que amamos demais e fomos amados de menos.

Apesar de todas as mágoas e ressentimentos é melhor que não se assuma diretamente pro amor que nos entregamos para esses pensamentos ruins e que muitas vezes por mera distração nos confundimos e abraçamos a causa como se não houvesse escolha, livre arbítrio.

Escolhas aliás muitas vezes ficaram por aí. Ou se ama ou se ama, muitas vezes pensamos, mas será mesmo que era assim?

Amor é daqueles que quanto mais se corre atrás dele mais ele foge da gente, porém se viramos as costas e passamos a correr dele parece um perseguidor implacável que marca de forma cerrada sem respiros e que apenas nos sucumbe com sua intensidade.

Mas olha Amor,sem essa de que não podemos viver sem você e seus gracejos. 

Podemos, mas convenhamos a vida seria mais sem graça.

Com eles em nossas mãos poderíamos sacudi-lo de um lado para outro, o revirando de ponta a cabeça até que ele sem jeito confesse seus segredos e ocultismos. Aqueles que ninguém conseguiu compreender, aqueles que não são escritos e tampouco descrito mesmo pelos que amam sem fim e até morrem de amor.

Talvez esse fosse o momento em que entraríamos em conflito com o amor,já que ele é de poucas palavras e mais olhares,mais toque. O amor não é de expressar sons com a boca além de encontro de beijos e gritos de Eu te amo. É bem mais que isso.

Haja tato,haja olhar,calor,suor nas mãos e borboletas no estômago. Palpitação mesmo daqueles que se veem diante de um sentimento que muitas vezes lhe corroeu o peito não dando ressalvas da dor que viria a seguir.

O amor para alguns é tão desconhecido que passa desapercebido, talvez isso explique o por que muitas vezes ao estar cara a cara com ele preferimos dar as costas ou questionar o por que de suas loucuras e escolhas erradas ao invés de o trazermos para junto de nós.

Uma guerra fria sem muitos dizeres e afazeres que abreviaria a busca implacável de tudo o que passamos e deixamos passar.

Será que sem essas tolas brigas já estariam juntos,sentados de mãos dadas e aconchegados com o sentimento colado e com um sorriso franco no rosto.

Quantas vezes será que o amor não chegou de mansinho e nos abraçou,mas assim como que num susto demos de braço e ele se foi para tentar voltar em outra hora enquanto olhávamos para o lado oposto sem acreditar que um dia ele veio ou que um dia viria.

Da próxima vez abra mais os olhos, os braços e principalmente o coração.

Se você não saiba eu vou te contar. É lá que o amor gosta de fazer morada, ali num pequeno espaço do lado esquerdo do peito de onde pouco depois toma todo o corpo e a nossa alma e exala por toda a nossa vida tudo aquilo de melhor que há em dizer e estar preenchido pelo amor.

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