quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (07)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Meu primeiro namoro foi uma experiência um tanto quanto traumática. Só não sei se foi mais traumática para mim ou para ele. 

Eu era muito novinha, tinha apenas quatorze anos, uma criança realmente e fui passear pela primeira vez na casa do meu pai no interior de minas, uma cidadezinha a duzentos e trinta quilômetros de Belo Horizonte.

Chegando lá me apaixonei por um rapaz mais velho, dezoito anos e que era amigo do meu pai.

Na verdade esse cara era da família a qual meu pai foi adotado, logo se tornaram muito amigos por isso.

Começamos a dar uns beijinhos escondidos e ele de cara morrendo de medo do meu pai descobrir e matar ele enquanto eu não estava nem aí.

Os dias foram passando até o dia que meu pai nos pegou no pulão dando uns beijos.

Foi a maior confusão que nos fez decidir parar de ficar até por que ficou um clima chato.

Um dia antes da minha volta para Belo Horizonte ele veio e disse que queria namorar comigo e eu sem pensar aceitei.

Fizemos planos então de nos vermos mês a mês e tudo daria certo.

Voltei pra Belo Horizonte em janeiro e no Carnaval ele já veio me ver.

Demos altos beijos, mas nada demais por que eu era muito nova. 

Só que ele começou o papo de me levar pra roça, que nossos filhos seriam lindos e que ele já estava olhando um lote pra construir a nossa casa.

Aquilo me assustou tanto que eu só pensava que vida seria a minha. Eu dona de casa, cheia de criança catarrenta, sem estudo e meu marido bebendo pinga no buteco.

Eu mal tinha entrado no ensino médio e o cara já falando em filhos, em casar e ir pra roça, na verdade mesmo criança tive noção que ia dar merda.

Eu tentei terminar com ele, mas não consegui. 

Até que uma semana depois que ele foi embora eu liguei pra ele e terminei tudo com o pretexto de que não tínhamos os mesmos objetivos e que eu era muito nova pra pensar nas coisas que ele estava planejando.

Foi o fim do meu sossego. 
Ele pirou o cabeção.

Me ligava dia e noite perguntando com eu tive coragem de fazer isso com ele,que eu destruí a vida dele.

Tinha vezes em que ele me ligava e falava que estava me vendo na rua e nem em Belo Horizonte ele estava.

Isso por que o nosso "namoro" não durou nem um mês.

As coisas pioraram de vez quando ele pediu as contas de uma grande usina que ele trabalhava no Vale do aço de onde todas as pessoas se matavam para trabalhar.

Parentes dele e até meu pai que com o nosso início de namoro passou a aceitar me ligavam perguntando o que eu tinha feito com ele e o que fazer já que como em cidade pequena as coisas correm eu tinha virado o assunto da cidade.

Soube que ele tinha parado de comer, tomar banho, de fazer barba e passou a andar feito um Neanderthal além de toda vez que ele andava de moto se atirava no chão dizendo que queria morrer.

Fiquei doida perguntando para Deus se o que eu tinha feito era tão grave assim.

Mesmo assim estava certa de que não queria voltar, sabia que estaria enganando ele assim e que eu não seria feliz.

Todo esse transtorno durou um ano. 

Sempre com ele me perseguindo, me ligando, colocando músicas nos bares para eu escutar ao telefone,além de me xingar.

Fiquei tão traumatizada que só fui namorar novamente aos dezoito anos.

Hoje, tenho minha casa, meu marido ele também se casou, tem dois filhos, segue amigo do meu pai e felizmente superou tudo isso graças a Deus."

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