sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Onde paramos de ser dois
Nós eramos bem felizes não éramos ?
Mas quando foi que deu o click, o estalo capaz de nos fazer de deixar de viver felizes e harmoniosamente para passarmos a propagar nossos planos sozinhos, cada qual a seu van prazer.
Foi automático talvez.
Nos afastamos pouco a pouco ou até em velocidade recorde.
Um leve corte aqui, uma cicatriz mal curada ali, feridas e mais feridas abertas, cada qual apegado ao seu ferimento sem pensar em qualquer cura juntos e apegado a um passado repleto de dores e ferimentos que vez ou outra sangravam desatadamente.
Não demos tempo ao tempo.
As coisas foram acontecendo e devastando o caminho tal como uma avalanche, uma bola de neve capaz de arrastar para si tudo aquilo construído previamente e que agora pouco importa.
A felicidade se esvaiu.
O sorriso fácil,bobo de quem ama um ao outro e antes facilmente conseguido deu lugar a rostos tristes,emburrados e sem a vontade necessária de superar.
Pode ser que o amor não tenha ido embora, mas ele já não conseguia se manifestar, não conseguia aparecer. Mas mesmo assim dentro de nós o sentimento de mudança era evidente, gritava a plenos pulmões, urgia com muita força para que acontecesse.
Vejo em você a vontade de ir embora.
Você vê em mim a vontade de sair por aí sem destino, sem rumo ou satisfações a dar.
A esperança dupla de que nós dois fossemos contra nossas vontades e batalhássemos para olhar para trás e ver a bela história obtida e caíssemos nos braços um do outro sempre existiu, mas a ação, essa não, não a fizemos,não pretendemos e assim seguimos.
Você foi ou talvez ainda seja o amor da minha vida.
Apenas não há um reconhecimento mutuo,não há caminho a prosseguir, pedras a montar um caminho onde pularemos entre as poças e voltaremos a ser não dois, não um e um, mas apenas um.
Um único e solo amor dentro de duas pessoas.
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